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ontologia jurídica

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ONTOLOGIA DO DIREITO
 A antologia é uma ciência que deriva da filosofia e estuda as categorias e componentes do mundo. Ela visa estuda o ser de maneira universal por meio de teorias que tratam da natureza existencial, o primeiro filosofo a tratar desse estudo foi Aristoteles em seu livro “As Categorias”.
 A antologia é classificada na filosofia como um ramo geral da metafísica (diferentemente da psicologia, teologia e cosmologia, que são do ramo específico da metafísica), pois apodera-se de temas mais abrangentes e abstratos da área e em alguns casos é usado como sinônimo. Dentro da antologia pode haver diversas linhas de entendimento, porém as mais básicas que são tratadas são: Antologia do uno (que afirma que todas as ideias dominantes no mundo vêm de uma única fonte); Antologia do ser (que ao contrário da anterior afirma que as ideias partem através do conhecimento e de experiencias); O determinismo ontológico (sendo a teoria que entende a natureza como um sistema no qual tudo está interligado e, por isso, não existe livre arbítrio). Para esta corrente, todas as escolhas são, na verdade, resultados de eventos que já aconteceram. 
 A ontologia do direito (jurídica) é utilizada no direito para que se conheça aquilo que os pressupostos da ciência jurídica não têm competência para determinar. Para que o direito tenha objeto definido é necessário que antes desse conhecimento tenha-se o estudo de sua essência, o seu “ser”, assim essa condição faz com que a filosofia seja uma solução para a adversidade existente, já que essa circunstância é supra científica, sendo o conhecimento jurídico não suficiente para determinar a essência. Outra função necessária dessa matéria é distinguir o conteúdo do direito, demarcar o espaço e o seu objetivo, e que assim, finalmente, apresente uma conceituação e definição de tal assunto.
 Como a Ontologia é a parte da filosofia que trata da questão do Ser é necessário entender que o ser em si não é uma questão jurídica, mas é o parâmetro para que o dever ser seja jurídico. Se o dever ser refletir o Ser, ou, ao menos, naquilo que lhe é lícito ser diferente, não irá afronta, será norma de justiça. O dever-ser está ligado ao fazer e isso é obra do homem, explicitando a sua vontade. Tudo que é feito intencionalmente é um dever-ser, um artifício. Ao contrário, o que é fruto do acaso, que é chamado de natural. O dever-ser é uma questão de vigência formal de um sistema legal, a sua eficácia dependerá dos parâmetros ontológicos ou de realidade que adotará.
 Se uma ciência se caracteriza pelo resultado plausível, através do método, temos que o método no Direito é o método hermenêutico, que supõe o uso da lógica sofística (lógica formal) como procedimento, e o uso da lógica material aristotélica como realização do Justo, uma vez que o método é o meio e não o fim em si mesmo. A ciência jurídica caracteriza-se pelo raciocínio explícito do juiz (implicando aí o trabalho de todos os agentes jurídicos envolvidos no procedimento), a fim de demonstrar qual a razão pela qual chegou a determinada conclusão. Por isso tudo, podemos dizer seguramente que, se o Direito tem um método, trata-se de uma ciência. Não é uma ciência positiva, como as ciências naturais, mas, de alguma forma, ao tornar possível que o Ontológico suponha o Deontológico, ou seja, que mesmo a vontade do Homem, de alguma maneira, faz parte da Natureza, e, portanto, deve a ela estar submetida, é uma ciência filosófica e, assim, com caráter discursivo, cuja estrutura é lógica.(2010, p.42)[2: ENCARNAÇÃO, João Bosco. Que é isso Direito? 40p. 5° edição revisada. ISBN da 3° edição, 2010.]

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