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APOL FILOSOFIA DA CIÊNCIA

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Questão 1/10 - Filosofia da Ciência
Considere o fragmento de texto a seguir:
“Acerca da doutrina que versa sobre a origem do nosso conhecimento, Guilherme de Ockham ja´ nos brinda com sua originalidade ao destacar o valor da experiência no processo gnosiolo´gico. E´ bem verdade que Tomás de Aquino e Duns Escoto também ja´ tinham realçado a importância da empiria no processo de aquisição de conhecimento. Entrementes, para Duns Escoto, a experiência servia apenas para salientar a atividade do intelecto, que e´ a causa última do nosso conhecimento intelectual. Ao passo que para Tomás de Aquino, a experiência era apenas uma causa material do conhecimento. Em Ockham, a experiência sensível e´ de fato a causa eficiente do conhecimento. Desse modo, só´ nos e´ necessário um conhecimento intuitivo sensível aplicado a um objeto do mundo exterior, ou um conhecimento intuitivo intelectual sobre algo não material, como atos psíquicos internos. Somente assim e´ possível alcançar a origem do conhecimento do mundo real”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LIMA, R. P. Guilherme de Ockham: conhecimento, singular e primum cognitium. Horizonte Científico, v. 7, n. 1, 2013. p. 4,5
Considerando o fragmento de texto e o livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a concepção de conhecimento intuitivo, abstrativo, juízo e objeto em Ockham, assinale a alternativa correta:
	C
	Ockham defende que o conhecimento envolve tanto apreensão quanto juízo e vice-versa, ou seja,  termos simples que entram no pensamento complexo em questão.
A alternativa correta é a letra c). Segundo o livro-base: “Primeiramente, Ockham [...] define os objetos da apreensão como termos e proposições simples de qualquer tipo, e sobre a possibilidade do juízo, segundo ele, podemos ter um pensamento complexo sem fazer juízo dele, mas ‘não podemos efetuar um juízo sem apreendermos o conteúdo do juízo’ [...]. Portanto, ‘o conhecimento envolve tanto apreensão quanto juízo’ e vice-versa, de ‘termos simples que entram no pensamento complexo em questão’ [...]. O conhecimento de um termo simples pode ser abstrativo, e temos conhecimento desse tipo, pois “abstraímos de” independentemente da existência das coisas e sejam quais forem as propriedades contingentes que essas coisas possuam. E, também, o conhecimento pode ser intuitivo, o qual nos capacita a conhecer a existência de uma determinada coisa, pois ‘se uma coisa existe ou não, de modo que se a coisa realmente existe o intelecto imediatamente julga que ela existe’, e temos ‘evidente consciência de sua existência, a menos que seja barrado [sic] devido a alguma imperfeição desse conhecimento) ’ [...]. ‘A consciência intuitiva nos informa da existência e das propriedades das coisas’“ (livro-base, p. 101,102). A alternativa a) está errada, porque Ockham define os objetos da apreensão como termos e proposições simples. A alternativa b) está errada, porque Ockham assevera que podemos ter um pensamento complexo sem fazer juízo dele. A alternativa d) está errada, porque o conhecimento de um termo simples pode ser abstrativo já que abstraímos independentemente da existência das coisas, sejam quais forem as propriedades contingentes que essas coisas possuam. A alternativa e) está errada, porque o conhecimento pode ser intuitivo, o qual nos capacita a conhecer a existência de uma determinada coisa, pois o intelecto julga imediatamente a sua existência.
Questão 2/10 - Filosofia da Ciência
Leia o fragmento de texto a seguir:
Senso comum é muitas vezes o ponto de partida para qualquer juízo, mas antes de estabelecer um conceito para senso comum, por vezes é importante compreender em separado o que significam senso e comum. Para melhor atribuir-lhe um significado. O julgar, nos atos ordinários de nossa vida, passa por aquilo que inadvertidamente chamamos de senso comum e atribuímos a isso até um rótulo pejorativo. Contudo, sem um conceito claro sobre o que é julgar, pouco se pode entender acerca de senso comum, para evitar imprecisões urge, portanto, um cuidado prévio na concepção de conceitos.
Fonte: Citação elaborada pelo autor desta questão.
De acordo com o fragmento de texto e com os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a concepção de senso no que tange o ato de julgar segundo a teoria dos juízos de Kant, assinale a afirmativa correta:
	C
	Segundo Kant, o juízo sintético é uma proposição em que o predicado acrescenta algo à compreensão do sujeito.
Você acertou!
A alternativa correta é a letra c). Segundo o livro-base: “Para avaliarmos com maior detalhe os conceitos que envolvem o senso comum, é importante que nos dediquemos um pouco à tarefa de examinar o que vem a ser um senso. No dicionário de filosofia de Nicola Abbagnano, encontramos o seguinte significado para o verbete senso: ‘Capacidade de julgar em geral’ [...]. Ora, julgar é uma ação de nosso juízo. Existe uma vasta bibliografia acerca de juízo na filosofia. Fiquemos com duas concepções, uma mais simples, outra um pouco mais elaborada. A mais simples confere ao termo juízo o seguinte significado: ato de decidir (julgar) sobre algo (mera ação do juízo, ou seja, julgar). A outra concepção, a qual desejo explanar um pouco, é mais complexa e foi elaborada por Immanuel Kant em sua famosa obra ‘Crítica da razão pura ‘ (1781). Para abordarmos essa concepção, usaremos por ora apenas o conceito kantiano de juízo sintético. O juízo sintético ocorre quando, dada uma proposição (enunciado do tipo ‘sujeito verbo predicado’, que pode ser declarado verdadeiro ou falso), o seu predicado acrescenta algo à compreensão do sujeito. No exemplo kantiano ‘os corpos são pesados’, ‘pesados’ (predicado) é acrescentado ao conceito de ‘corpo’ (sujeito). Esse acréscimo em específico ocorre somente com recurso à experiência. Kant divide juízos sintéticos em a priori e a posteriori. Os juízos sintéticos a posteriori, tal como o exemplo dos ‘corpos pesados’ que acabamos de ver, são simplesmente derivados da experiência e, para Kant, são contingentes e não universais. Os juízos sintéticos a priori, por outro lado, são necessários, universais, independentes da experiência e ampliam nosso conhecimento [...]. Kant dedica a Crítica da razão pura para explicar a como são possíveis de juízos sintéticos a priori. Essa passagem por Kant nos auxilia pelo menos a assimilar que possuímos modos de julgar e que o juízo das questões acerca dos fatos pode ser a posteriori (contingentes e não universais) ou a priori (necessários e universais). Mas, independentemente do tipo de juízo sintético, ambos ampliam nosso conhecimento” (livro-base, p. 46-48). A alternativa a) está errada, porque senso é a capacidade de julgar e não a faculdade do juízo. A alternativa b) está errada, porque juízo é o simples ato de julgar e por isso é anterior ao juízo moral, ou seja, de decidir entre certo e errado segundo uma determinada moral. A alternativa d) está errada, porque juízos sintéticos a posteriori são contingentes, não-universais e dependem da experiência. A alternativa e) está errada, porque juízos sintéticos, tanto a priori quanto a posteriori alargam o nosso conhecimento.
Questão 3/10 - Filosofia da Ciência
Atente para o seguinte extrato de texto:
“Popper começa sua obra ‘A Lógica da Pesquisa Cientifica’ abordando o problema da indução (apontado por Hume no século XVIII), primeiramente define o que é a Lógica Indutiva e como é usada nas ciências empíricas, explicando sucintamente, é uma condução de enunciado singulares (resultado de observações ou experimentos) para enunciados universais. Para entender melhor, vou usar o mesmo exemplo usado por ele, independente de quantos cisnes brancos são observados, esse número nunca será suficiente para podermos concluir absolutamente que ‘todos os cisnes são brancos’. Reichenbach dizia: (esse princípio) ‘determina a verdade das teorias científicas. Eliminá-lo da Ciência significaria nada menos que privá-la do poder de decidir quanto à verdade ou falsidade de suasteorias’. Popper rebate dizendo que se não houvesse problema no princípio da indução, o conhecimento produzido através deste seria como uma tautologia ou como as inferências no campo da Lógica Dedutiva, que no caso não o é. O problema enfrentado pelos filósofos positivistas é que estes não veem uma solução”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MARIANI, C. Karl Popper e falseabilidade. <http://www.afilosofia.com.br/post/karl-popper-e-falseabilidade/349>. Acesso 10 abr. 2017.
Levando em consideração o extrato de texto e o livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre as insatisfações de Popper com respeito ao método indutivo, assinale a alternativa correta sobre a razão da insatisfação do filósofo:
	E
	A certeza indutiva.
Você acertou!
A alternativa correta é a letra e). Segundo o livro-base: “Sua questão de certa forma se expressava na admiração de seus colegas pela capacidade de explicação que aquelas três teorias possuíam. Praticamente, elas explicavam tudo em seus campos de atuação! Parecia, para Popper, que elas produziam um efeito similar ao de uma revelação intelectual ou mesmo de uma conversão daqueles que se dedicavam a estudá-las. A esses, parecia que o mundo estava repleto de verificações ou confirmações das verdades contidas nessas teorias. A característica principal delas era o fluxo incessante e constante de confirmações, de observações que verificavam as teorias. Por exemplo, os jornais as confirmavam pelas notícias presentes (e também ausentes) e evidenciavam o preconceito a determinadas classes oprimidas (teoria de Marx); as observações clínicas verificavam abundantemente as teorias de Freud; e, de Adler, com sua teoria do sentimento de inferioridade, a qual era capaz de generalizar, para muitos casos, verificações em situações nas quais caberiam muito bem controvérsias (a um custo de uma certeza indutiva fundamentada em casos anteriores)” (livro-base, p. 213,214). A alternativa a) está errada, porque é a capacidade de explicação. A alternativa b) está errada, porque é a revelação intelectual ou conversão de estudiosos. A alternativa c) está errada, porque são as verificações ou confirmações de verdades. A alternativa d) está errada, porque é o fluxo constante de verificações ou confirmações.
Questão 4/10 - Filosofia da Ciência
Leia o fragmento de texto a seguir:
Pontos bastante importantes para a análise e a avaliação dos pontos de contato e afastamento entre as ciências humanas e as ciências naturais acerca, respectivamente, da hermenêutica e do método hipotético-dedutivo foram, sem dúvida, levantados por Føllesdal e Gadamer. Alguns deles podem ser resumidos nas seguintes palavras: interpretação, hipótese-experiência, sentido, preconceitos etc. Vale então verificar as qualidades e as dificuldades dessa comparação.
Fonte: Citação elaborada pelo autor desta questão.
Levando em consideração o fragmento de texto o livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre o método hipotético-dedutivo e o círculo hermenêutico em Føllesdal e Gadamer, assinale a alternativa correta:
	C
	O método hipotético-dedutivo se assemelha ao círculo hermenêutico descrito por Gadamer, em que a interpretação envolve projeções e antecipações de sentido a partir de pressupostos ou preconceitos do intérprete; isso assemelha-se ao desenvolvimento e teste de hipóteses por meio da confrontação com a experiência.
A alternativa correta é a letra c). Segundo o livro-base: “O método hipotético-dedutivo decompõe-se na formulação de hipóteses e na dedução de consequências observacionais a partir delas, o que acaba por ser uma confrontação entre hipótese e experiência: ‘Um ponto particularmente relevante deste método é o fato de ele envolver, como Føllesdal salienta, uma justificação das nossas crenças a partir de baixo, i.e., a partir das consequências deduzidas, e não a partir de cima, das hipóteses ou premissas do raciocínio científico’ [...]. Dessa forma, o método hipotético-dedutivo se assemelha ao círculo hermenêutico descrito por Gadamer. Como vimos, a interpretação envolve projeções e antecipações de sentido a partir de pressupostos ou preconceitos do intérprete; isso se assemelha ao desenvolvimento de hipóteses, e a revisão das projeções de sentido, ao teste de hipóteses por meio da confrontação com a experiência. As semelhanças não param por aqui, uma delas diz respeito à dificuldade alertada por Gadamer – de que preconceitos inadequados podem levar a antecipações de sentido incorretas e consequentemente à incapacidade de fornecer uma interpretação coerente do objeto em estudo – que se apresenta em forma de hipóteses incorretas que geram consequências incongruentes com os dados da experiência; a outra, à tese hermenêutica do pluralismo das interpretações, pois nas ciências empíricas há uma subdeterminação da teoria pelos dados (diferentes hipóteses para um mesmo conjunto de dados)” (livro-base p. 196). A alternativa a) está errada, porque o método hipotético-dedutivo decompõe-se na formulação de hipóteses e na dedução de consequências observacionais a partir delas, o que acaba por ser uma confrontação entre hipótese e experiência. A alternativa b) está errada, porque um ponto particularmente relevante deste método hipotético-dedutivo é o fato de ele envolver, como Føllesdal salienta, uma justificação das nossas crenças a partir de baixo, i.e., a partir das consequências deduzidas, e não a partir de cima, das hipóteses ou premissas do raciocínio científico. A alternativa d) está errada, porque outra semelhança entre a hermenêutica e o método hipotético-dedutivo, conforme Gadamer, está na seguinte dificuldade: preconceitos inadequados podem levar a antecipações de sentido incorretas e consequentemente à incapacidade de fornecer uma interpretação coerente do objeto em estudo. A alternativa e) está errada, porque Gadamer ainda salienta que o método hipotético-dedutivo, quando apresenta-se em forma de hipóteses incorretas que geram consequências incongruentes com os dados da experiência, aproxima-se à tese hermenêutica do pluralismo das interpretações, pois nas ciências empíricas há uma subdeterminação da teoria pelos dados.
Questão 5/10 - Filosofia da Ciência
Leia o fragmento de texto a seguir:
“O filósofo David Hume coloca a questão de saber se podemos ou não justificar alguma vez este tipo de conclusão acerca do que não observamos. Hume afirma que quando raciocinamos indutivamente, fazemos um pressuposto: pressupomos que a natureza é uniforme e também que existem os mesmos padrões gerais subjacentes à natureza. O que aconteceria se não partíssemos destes pressupostos? Nesse caso, não poderíamos tirar as conclusões que tiramos. Eu não concluiria que a cadeira em que me sento agora aguentará comigo, em virtude de ela ter sempre aguentado comigo no passado. É porque acredito que as mesmas regularidades gerais subjazem à natureza, incluindo no futuro, que suponho que a cadeira aguentará comigo da próxima vez que nela me sentar. Mas é aí que Hume detecta um problema. Sempre que raciocinamos indutivamente pressupomos que a natureza é uniforme. Porém, se queremos justificar a nossa crença de que a indução é um método fidedigno para chegar a crenças verdadeiras, temos de justificar este pressuposto”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LAW, S. Indução e filosofia da ciência. Tradução de Carlos Marques. <http://criticanarede.com/fildaciencia.html>. Acesso em 10 abr. 2017.
Com base no fragmento de texto  e no livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre o problema da indução retrabalhado por Popper, analise as afirmativas a seguir que contemplem tais fatores:
	D
	Popper estava convencido de que a psicologia de Hume (psicologia popular) estava errada no que tange à gênese dos hábitos.
A alternativa correta é a letra d). Segundo o livro-base: ”A explicação de Hume, salienta Popper, é filosoficamente insatisfatória (pertence mais a um campo psicológico) porque procura fornecer umaexplicação causal à crença em leis e em assertivas que afirmam a regularidade de certos tipos de eventos conjuntados constantemente por força do hábito ou do costume. Ou, de maneira mais satisfatória, quando se considera a origem da repetição constante, o hábito, do qual pode-se afirmar o seguinte: ‘nosso hábito de acreditar em leis é produto da repetição frequente – da observação repetida de que coisas de uma certa natureza se associam constantemente a coisas de outra natureza’ [...]. Popper estava convencido de que a psicologia de Hume (psicologia popular) estava errada em pelo menos três pontos: ‘(a) o resultado típico da repetição; (b) a gênese dos hábitos; e especialmente (c) o caráter daquelas experiências e tipos de comportamento que podem ser descritos como ‘acreditar numa lei’, ou ‘esperar uma sucessão ordenada de eventos’” (livro-base, p. 220). A alternativa a) está errada, porque a explicação de Hume, salienta Popper, é filosoficamente insatisfatória (pertence mais a um campo psicológico), porque procura fornecer uma explicação causal à crença em leis e em assertivas que afirmam a regularidade de certos tipos de eventos conjuntados constantemente por força do hábito ou do costume. A alternativa b) está errada, porque quando se considera a origem da repetição constante, o hábito, pode-se afirmar o seguinte: nosso hábito de acreditar em leis é produto da repetição frequente, da observação repetida de que coisas de uma certa natureza se associam constantemente a coisas de outra natureza. A alternativa c) está errada, porque Popper estava convencido de que a psicologia de Hume (psicologia popular) estava errada no que tange ao resultado típico da repetição. A alternativa e) está errada, porque Popper estava convencido de que a psicologia de Hume (psicologia popular) estava errada no que tange ao caráter de experiências e tipos de comportamento que podem ser descritos como ‘acreditar numa lei’.
Questão 6/10 - Filosofia da Ciência
Considere o seguinte fragmento de texto:
“Bachelard assume Epistemologia como a ‘filosofia das ciências’, que trata da relação entre o sujeito cognoscente e o objeto conhecido — adequada às ciências contemporâneas. Não aceita a filosofia como síntese dos resultados gerais do pensamento científico — nem voltada às verdades primeiras, acabadas, definitivas, propondo um modelo aberto não dogmático, em uma filosofia que ultrapassa seus próprios princípios [...]. Aos filósofos propõe considerar ‘o conhecimento — como uma evolução do espírito que permite variações’. Propõe assim, uma Epistemologia ligada à Filosofia não submetida ao sistema clássico, mas com instrumentos teóricos próprios – à cultura científica contemporânea. Busca assim, conciliar os discursos filosófico e científico”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GANDUR, M. C. Epistemologia da Complexidade (Bachelard & Morin). <https://questcosmic.wordpress.com/2013/07/20/a-epistemologia-da-complexidade-de-bachelard-a-morin/>. Acesso em 11 abr. 2017.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos abordados no livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a filosofia da ciência e o papel do filósofo em Bachelard, assinale a afirmativa correta:
	D
	Para uma filosofia para filósofos, basta uma verdade para abandonarmos a dúvida, a ignorância e o irracionalismo.
A alternativa correta é a letra d). Segundo o livro-base: “Para o filósofo que se esforça para encontrar em si verdades primeiras, objetiva confirmar princípios gerais, e quando os toma em bloco, o faz sem dificuldades. As flutuações, as variações e as perturbações não o inquietam. Pois, ou ele as despreza como detalhes inúteis, ou as junta para convencer-se da irracionalidade fundamental dos dados. Para qualquer um dos casos, ele está preparado para desenvolver uma filosofia da ciência clara rápida e fácil, mas que permanece uma filosofia para filósofos. Dessa forma, basta uma verdade para abandonarmos a dúvida, a ignorância, o irracionalismo. Como diz Bachelard [...], ela é suficiente para iluminar a alma e a sua evidência reflete-se sem fim, numa luz única, e como tal, o espírito a vive e não tenta criar para si outras verdades” (livro-base, p. 241). A alternativa a) está errada, porque para o filósofo que se esforça para encontrar em si verdades primeiras, objetiva confirmar princípios gerais, e quando os toma em bloco, o faz sem dificuldades. A alternativa b) está errada, porque as flutuações, as variações e as perturbações não inquietam o filósofo; pois, ou ele as despreza como detalhes inúteis, ou as junta para convencer-se da irracionalidade fundamental dos dados. A alternativa c) está errada, porque para qualquer um dos casos [ou o desprezo das variações ou convencimento da irracionalidade delas], o filósofo está preparado para desenvolver uma filosofia da ciência clara rápida e fácil, mas que permanece uma filosofia para filósofos. A alternativa e) está errada, porque como diz Bachelard, a verdade é suficiente para iluminar a alma e a sua evidência reflete-se sem fim, numa luz única, e como tal, o espírito a vive e não tenta criar para si outras verdades.
Questão 7/10 - Filosofia da Ciência
Considere o seguinte fragmento de texto:
“O primeiro caráter do conhecimento científico, reconhecido até por cientistas e filósofos das mais diversas correntes, é a objetividade, no sentido de que a ciência intenta afastar do seu domínio todo o elemento afetivo e subjetivo, deseja ser plenamente independente dos gostos e das tendências pessoais do sujeito que a elabora. Numa palavra, o conhecimento verdadeiramente científico deve ser um conhecimento válido para todos. A objetividade da ciência, por isso, pode ser também, e talvez melhor, chamada intersubjetividade, até porque a evolução recente da ciência, e especialmente da Física, mostrou a impossibilidade de separar adequadamente o objeto do sujeito e de eliminar completamente o observador. Este reconhecimento que é essencial na teoria da relatividade e na nova Física quântica, torna o caráter da objetividade mais complexo e problemático do que parecia no século XIX; todavia, não elimina de modo algum da ciência o propósito radicalmente objetivo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SELVAGGI, F. Características do conhecimento científico. <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/caracteristicas-do-conhecimento-cientifico/44250/>. Acesso em 1 abr. 2017.
De acordo com o fragmento de texto e com os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências referentes às características da ciência, relacione corretamente os elementos às respectivas características:
1st Objetiva
2nd Quantitativa
3rd Homogênea
4th Generalizante
5th Causal
(   ) Estabelecer relações causais depois de investigar a natureza ou a estrutura do fato estudado, tendo em vista as suas relações com outros semelhantes ou diferentes.
(   ) Reunir individualidades, percebidas como diferentes, sob as mesmas leis, os mesmos padrões e os mesmos critérios de medida, mostrando que possuem a mesma estrutura.
(   ) Buscar por leis gerais de funcionamento dos fenômenos, que são as mesmas para fatos que nos parecem diferentes.
(   ) Buscar medidas, padrões, critérios de comparação e de avaliação para coisas que parecem diferentes.
(   ) Procurar pelas estruturas universais e necessárias das coisas investigadas.
Agora, selecione a sequência correta:
e. 5 – 4 – 3 – 2 – 1
a sequência correta é 5 – 4 – 3 – 2 – 1. Segundo o livro-base: “A ciência, de certa maneira, não adere às primeiras aparências. Possui um ‘espírito inquiridor’, identifica problemas e dificuldades em questões que aparentemente são explicadas pelo senso comum, mas, se analisadas no detalhe, precisam de esclarecimento. Sob essa atitude, segundo Chauí, a ciência precisa ser: 1. Objetiva: deve procurar ‘as estruturas universais e necessárias das coisas investigadas’ [...]; 2. Quantitativa: deve buscar ‘medidas, padrões, critérios de comparação e de avaliaçãopara coisas que parecem diferentes. ’ [...]; 3. Homogênea: deve buscar ‘as leis gerais de funcionamento dos fenômenos, que são as mesmas para fatos que nos parecem diferentes. ’ [...]; 4. Generalizante: deve reunir ‘individualidades, percebidas como diferentes, sob as mesmas leis, os mesmos padrões ou os mesmos critérios de medida, mostrando que possuem a mesma estrutura. ’ [...]; 5. Causal, só devem estabelecer ‘relações causais depois de investigar a natureza ou a estrutura do fato estudado e as suas relações com outros semelhantes ou diferentes” (livro-base, p. 60).
Questão 8/10 - Filosofia da Ciência
Leia o extrato de texto a seguir:
“A ignorância em Heráclito, a doxa em Platão e a empiria em Aristóteles já diziam, em parte, o que mais tarde se definiria por senso comum. Importa, porém, verificar como o tema do senso comum é definido em oposição à filosofia e à ciência, que se instituíram como saberes específicos, ao alcance de elites privilegiadas como as castas sacerdotais no Egito. O senso comum não foi superado, mas apenas identificado como um modo de saber e conhecer o mundo, modalidade acessível a todos os homens”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BENINCÁ, E. O senso comum pedagógico: práxis e resistência. 2002. 247 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2002. p. 34.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre senso comum para Aristóteles, assinale a afirmativa correta:
	A
	O significado de senso comum para Aristóteles se relaciona a uma certa capacidade animal.
A alternativa correta é a letra a). Segundo o livro-base: “O significado para senso comum proposto por Aristóteles [...] diz respeito à capacidade da alma animal que possibilita os diferentes sentidos individuais a perceberem coletivamente características como movimento e tamanho. Isso ajuda os animais e as pessoas a distinguir e a identificar as coisas físicas” (livro-base, p. 49,50). A alternativa b) está errada, porque para Aristóteles o senso comum possibilita que os sentidos percebam características coletivamente. A alternativa c) está errada, porque segundo Aristóteles, movimento e tamanho são características percebidas coletivamente por diferentes sentidos individuais. A alternativa d) está errada, porque Aristóteles afirma que senso comum tem relação com os sentidos de animais e pessoas. A alternativa e) está errada, porque Aristóteles afirma que a identificação das coisas físicas pela percepção é dada pelos sentidos que contribuem direta e não-acidentalmente.
Questão 9/10 - Filosofia da Ciência
Leia o excerto de texto a seguir:
“Para Descartes [...], não havia tanta perfeição nas obras feitas por vários mestres, como naquelas em que somente um trabalhou. Se as ciências dos livros carecem de demonstrações para as suas razões e construídas gradativamente a partir das opiniões de diversas pessoas, não deve haver tanta verdade nestas ciências. Haveria, portanto, mais verdade no simples raciocínio de um homem de bom senso do que nas razões daquelas ciências”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GERMANO, M. G. Uma nova ciência para um novo senso comum. Campina Grande: EDUEPB, 2011. p. 78.
Levando em conta o excerto de texto e os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre senso comum em Descartes, analise as assertivas que seguem e marque V para as asserções verdadeiras e F para as asserções falsas:
I.  (  ) Descartes desconsidera que sensus communis está próximo dos sentidos e desenvolve um sistema complexo que envolve a fisiologia corpórea incrementada de uma comunicação por espíritos animais.
II. (  ) Conhecemos muito mais aquilo que é referente ao espírito do que aquilo que é referente ao corpo, pois os sentidos, assevera Descartes, são a nós enganadores.
III.(  ) Segundo Descartes, bon sens possui um sentido judicativo, pois o homem tem condições de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso.
IV. (  ) Descartes possui um projeto de eliminar a abordagem matemática com respeito à razão e defende que a certeza que temos vem da experiência.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
	C
	F – V – V – F
A alternativa correta é a letra c). As afirmativas II e III são verdadeiras, pois segundo o livro-base: “Descartes usou o termo latino sensus communis numa noção que se aproxima da aristotélica, porque apenas está voltada aos sentidos, porém, os significados são fundamentalmente diferentes. Na filosofia cartesiana, o corpo (material) é distinto do espírito (imaterial), e nós temos mais condições de conhecer as coisas referentes ao espírito em comparação àquelas coisas referentes ao corpo porque nossos sentidos são enganadores. Agora, para termos consciência das ‘coisas do mundo’ por meio de nossos sentidos, Descartes usa de uma engenhosa estrutura que envolve uma trama de túbulos nervosos que se espalham do cérebro para a medula espinhal e desta para todo o corpo. Nosso cérebro é formado por um tecido composto que possui poros e cavidades pelos quais transitam espíritos animais que alteram nossas paixões. Eles interferem nos túbulos nervosos, tencionando-os e inflando-os (tal como a ação do vento sobre a vela de um navio). Esses espíritos transmitem as impressões de nossos órgãos sensoriais à glândula pineal, ‘sede da imaginação e do senso comum’ [...]. Descartes também usa o termo bon sens (bom senso) e, depois, o sentido desse termo foi o que permaneceu e foi redefinido como sensus communis. Porém, é importante salientar que Descartes manteve em suas obras o uso das duas expressões (bon sens e sensus communis) com os significados distintos. [...] Descartes atribui a bon sens um sentido judicativo comum a todos os homens – habilidade de ‘bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso’ [...] – ou seja, a razão. O aspecto sensorial do senso comum é rejeitado pelo método racional cético cartesiano, e Descartes atribui ao sensus communis o elo entre o espírito e o corpo. Uma outra questão diz respeito ao projeto cartesiano de atribuir à razão uma abordagem matemática que resguarda a certeza a qual os sentidos não são capazes de sustentar. Essa abordagem racionalista cartesiana repele não somente os sentidos como fundamento do conhecimento, mas também qualquer princípio indutivo. A alternativa que resta a Descartes, portanto, é uma razão dedutiva matemática que parte de pressupostos axiomáticos” (livro-base, p. 51,52). A afirmativa I é falsa, porque Descartes considera que o sensus communis está próximo dos sentidos, e desenvolve um sistema complexo que envolve a fisiologia corpórea incrementada de uma comunicação por espíritos animais, para que o espírito imaterial do homem fosse sensibilizado pelos sentidos imanentes ao corpo. A afirmativa IV é falsa, porque Descartes tem uma abordagem racionalista, em que atribui à razão uma abordagem matemática a qual resguarda a certeza que escapa dos sentidos.
Questão 10/10 - Filosofia da Ciência
Leia o extrato de texto a seguir:
“A aprendizagem da ciência e´ um processo de desenvolvimento progressivo do senso comum. O que e´ senso comum? Antes, devo informar ao leitor que a expressão senso comum não foi criada pelas pessoas de senso comum, mas por aqueles que se julgam acima do senso comum. Portanto, senso comum e´ o conhecimento que não e´ cientifico e as pessoas de senso comum são intelectualmente inferiores, ou, como muitos chamam, ‘leigos’. O que os cientistas talvez não saibam — ou melhor, eles sabem, mas fingem que não sabem —, e´ que a ciência e´ uma metamorfose do senso comum. Sem o senso comum, a ciência não pode existir”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FONTANA, J. A filosofia da ciência de Rubem Albes. Cibertecnologia – Revista de Teologia e Cultura, São Paulo, n. 9, a. 3, p. 1-11, jan./ fev., 2007. p. 1.
Tendoem vista o extrato de texto e o livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre o conceito de senso comum, assinale a afirmativa correta:
	D
	O senso comum sustenta a crença e a convicção na ‘verdade’ de previsões.
A alternativa correta é a letra d). Segundo o livro-base: “Senso comum é um juízo (considerado como ‘verdadeiro’) compartilhado, corrente e aceito por um meio social determinado. Em nosso exemplo, o agricultor hipotético tinha uma crença na ‘verdade’ acerca de seu modo (não científico) de prever o tempo. Quero sustentar que essa crença pode ser compartilhada por ser bem-sucedida nas verificações desse saber prático próprio de nosso agricultor e pela convicção gerada por essa crença, sob a forma kantiana de conceituar crença. Para Kant, ‘considerar-algo-verdadeiro [...] é um evento em nosso entendimento que, embora podendo repousar sobre fundamentos objetivos, também exige causas subjetivas na mente daquele que julga’” (livro-base, p. 48). A alternativa a) está errada, porque o senso comum é um juízo compartilhado. A alternativa b) está errada, porque o senso comum é um juízo aceito e compartilhado por um meio social. A alternativa c) é falsa, porque o senso comum não estabelece uma verdade, apenas ajuíza acerca de um fato. A alternativa e) é falsa, porque considerar-algo-verdadeiro depende tanto de fundamentos objetivos quanto subjetivos.
Questão 1/10 - Filosofia da Ciência
Considere o seguinte fragmento de texto:
“Hoje, todos os países estão cientes da relevância da ciência para seu desenvolvimento e participação na aplicação dos conhecimentos que ela gera para preservar o mundo e atendimento das necessidades do homem. Mais ainda, todos devem estar cientes de que não apenas a geração de conhecimento, mas os seus usos devem ser feitos dentro dos princípios da ética. Só assim, a ciência estará realmente a serviço do homem, melhorando a sua qualidade de vida”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: WITTER, Geraldina Porto. Ciência e uso do conhecimento. Psicologia Escolar Educacional, Campinas, v. 2, n. 3, p. 7-8, 1998. p. 7.
De acordo com o fragmento de texto e com os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências referentes aos efeitos colaterais da ciência, relacione corretamente os elementos às respectivas características:
1st Descrição do fenômeno
2nd Atitude objetivante
3rd Reflexão da atividade científica
4th Motivações da ciência
5th Neutralidade na ciência
(   ) A ciência está vulnerável a interesses que não condizem com uma visão neutra de sua atividade.
(   ) O cientista mantém-se distante de seu objeto de estudo.
(   ) A ciência é incapaz de expressar o fenômeno em toda a sua totalidade.
(   ) Avalia-se o produto da ciência em relação aos impactos que pode causar.
(   ) Os efeitos colaterais da ciência podem ser internos, como nos desenvolvimentos da própria ciência ou externos, por exemplo, efeito financeiro, político e religioso.
Agora, selecione a sequência correta:
	A
	5 – 2 – 1 – 3 – 4
a sequência correta é 5 – 2 – 1 – 3 – 4. Segundo o livro-base: “Contudo, há outros aspectos que ainda não foram tratados neste livro, como os ‘efeitos colaterais’ produzidos pela ciência, como 1. A incapacidade que ela tem de rascunhar qualquer coisa do mundo pois não abarca a totalidade daquela determinada coisa, ou seja, 2. A atitude científica objetivante distancia o sujeito de seu objeto, e essa distância tomada pelo cientista esmaece o mundo e distancia o homem das experiências vividas cotidianamente. [...] Outro aspecto que também pode ser incorporado aos “efeitos colaterais” da ciência é 3. A importância de haver uma reflexão tanto da atividade científica como de seu produto. Por exemplo, os avanços em engenharia genética e principalmente em transgenia permitirão em breve “programar” as características fenotípicas de um bebê, e isso pode ter um apelo comercial muito forte com consequências sociais desastrosas. 4. A ciência (ou os cientistas) pode (m) não ser imparcial (ais) e em determinadas ocasiões não o é (são). As motivações que influenciam o trabalho científico podem ser internas ou externas à ciência, mas é concreta a influência que esta sofre, seja por motivação comercial, seja por motivação política, seja por questão religiosa e etc. 5. A neutralidade da ciência é de fato algo que pode ser questionado e avaliado” (livro-base, p. 31,32).
Questão 2/10 - Filosofia da Ciência
Leia o fragmento de texto a seguir:
“O conhecimento ordinário é ametódico e vivencial. Não tem unidade, não segue um método nem se submete a críticas. Seu surgimento se dá com o aparecimento de problemas diários, proporcionando uma imagem fragmentada da realidade, o que gera grandes limitações [...] Considerando o interesse do homem de ir além do comportamento meramente passivo, o conhecimento objetiva atingir o ideal de racionalidade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BIEHL, Luciano Volcanoglo. A ciência ontem, hoje e sempre. Canoas: ULBRA, 2003. p. 176.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos abordados no livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre as diferenças entre ciência e saber comum, assinale as afirmativas a seguir que contemplem tais fatores:
I. Uma das diferenças entre ciência e saber comum é a presença de um método que apresente condições rigorosas para se obterem dados da experiência e analisá-los.
II. Outra diferença entre ciência e saber comum é a presença de um modelo teórico inserido em um complexo teórico ainda maior e conectado a outras teorias.
III. A diferença definitiva entre a ciência e o saber comum é que a ciência não depende da experiência, basta o modelo teórico para fazer previsões.
IV. Apenas a ciência precisa ser confirmada pela experiência, o saber comum está dispensado dessa exigência.
São corretas apenas as afirmativas:
	E
	I e II
As afirmativas I e II são verdadeiras. Segundo o livro-base: “Uma primeira diferença entre ciência e saber comum (como foi o caso de nosso exemplo) é a presença de um método que oferece condições rigorosas para se obterem dados da experiência e analisá-los. Uma segunda diferença é a presença de um modelo teórico que se encontra inserido em um complexo teórico ainda maior e conectado a outras teorias” (livro-base, p. 30). As afirmativas III e IV são falsas, pois segundo o livro-base: “Então, outro aspecto importante para qualquer previsão é compará-la à experiência [base empírica]. Uma previsão precisa ser confirmada pela experiência, senão não se trata de uma previsão” (livro-base, p. 29)
Questão 3/10 - Filosofia da Ciência
Leia o extrato de texto a seguir:
“A ignorância em Heráclito, a doxa em Platão e a empiria em Aristóteles já diziam, em parte, o que mais tarde se definiria por senso comum. Importa, porém, verificar como o tema do senso comum é definido em oposição à filosofia e à ciência, que se instituíram como saberes específicos, ao alcance de elites privilegiadas como as castas sacerdotais no Egito. O senso comum não foi superado, mas apenas identificado como um modo de saber e conhecer o mundo, modalidade acessível a todos os homens”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BENINCÁ, E. O senso comum pedagógico: práxis e resistência. 2002. 247 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2002. p. 34.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre senso comum para Aristóteles, assinale a afirmativa correta:
	A
	O significado de senso comum para Aristóteles se relaciona a uma certa capacidade animal.
Você acertou!
A alternativa correta é a letra a). Segundo o livro-base: “O significado para senso comum proposto por Aristóteles [...] diz respeito à capacidade da alma animal que possibilita os diferentes sentidos individuais a perceberem coletivamente características como movimentoe tamanho. Isso ajuda os animais e as pessoas a distinguir e a identificar as coisas físicas” (livro-base, p. 49,50). A alternativa b) está errada, porque para Aristóteles o senso comum possibilita que os sentidos percebam características coletivamente. A alternativa c) está errada, porque segundo Aristóteles, movimento e tamanho são características percebidas coletivamente por diferentes sentidos individuais. A alternativa d) está errada, porque Aristóteles afirma que senso comum tem relação com os sentidos de animais e pessoas. A alternativa e) está errada, porque Aristóteles afirma que a identificação das coisas físicas pela percepção é dada pelos sentidos que contribuem direta e não-acidentalmente.
Questão 4/10 - Filosofia da Ciência
Considere o fragmento de texto a seguir:
“Acerca da doutrina que versa sobre a origem do nosso conhecimento, Guilherme de Ockham ja´ nos brinda com sua originalidade ao destacar o valor da experiência no processo gnosiolo´gico. E´ bem verdade que Tomás de Aquino e Duns Escoto também ja´ tinham realçado a importância da empiria no processo de aquisição de conhecimento. Entrementes, para Duns Escoto, a experiência servia apenas para salientar a atividade do intelecto, que e´ a causa última do nosso conhecimento intelectual. Ao passo que para Tomás de Aquino, a experiência era apenas uma causa material do conhecimento. Em Ockham, a experiência sensível e´ de fato a causa eficiente do conhecimento. Desse modo, só´ nos e´ necessário um conhecimento intuitivo sensível aplicado a um objeto do mundo exterior, ou um conhecimento intuitivo intelectual sobre algo não material, como atos psíquicos internos. Somente assim e´ possível alcançar a origem do conhecimento do mundo real”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LIMA, R. P. Guilherme de Ockham: conhecimento, singular e primum cognitium. Horizonte Científico, v. 7, n. 1, 2013. p. 4,5
Considerando o fragmento de texto e o livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a concepção de conhecimento intuitivo, abstrativo, juízo e objeto em Ockham, assinale a alternativa correta:
	C
	Ockham defende que o conhecimento envolve tanto apreensão quanto juízo e vice-versa, ou seja,  termos simples que entram no pensamento complexo em questão.
Você acertou!
A alternativa correta é a letra c). Segundo o livro-base: “Primeiramente, Ockham [...] define os objetos da apreensão como termos e proposições simples de qualquer tipo, e sobre a possibilidade do juízo, segundo ele, podemos ter um pensamento complexo sem fazer juízo dele, mas ‘não podemos efetuar um juízo sem apreendermos o conteúdo do juízo’ [...]. Portanto, ‘o conhecimento envolve tanto apreensão quanto juízo’ e vice-versa, de ‘termos simples que entram no pensamento complexo em questão’ [...]. O conhecimento de um termo simples pode ser abstrativo, e temos conhecimento desse tipo, pois “abstraímos de” independentemente da existência das coisas e sejam quais forem as propriedades contingentes que essas coisas possuam. E, também, o conhecimento pode ser intuitivo, o qual nos capacita a conhecer a existência de uma determinada coisa, pois ‘se uma coisa existe ou não, de modo que se a coisa realmente existe o intelecto imediatamente julga que ela existe’, e temos ‘evidente consciência de sua existência, a menos que seja barrado [sic] devido a alguma imperfeição desse conhecimento) ’ [...]. ‘A consciência intuitiva nos informa da existência e das propriedades das coisas’“ (livro-base, p. 101,102). A alternativa a) está errada, porque Ockham define os objetos da apreensão como termos e proposições simples. A alternativa b) está errada, porque Ockham assevera que podemos ter um pensamento complexo sem fazer juízo dele. A alternativa d) está errada, porque o conhecimento de um termo simples pode ser abstrativo já que abstraímos independentemente da existência das coisas, sejam quais forem as propriedades contingentes que essas coisas possuam. A alternativa e) está errada, porque o conhecimento pode ser intuitivo, o qual nos capacita a conhecer a existência de uma determinada coisa, pois o intelecto julga imediatamente a sua existência.
Questão 5/10 - Filosofia da Ciência
Atente para o seguinte extrato de texto:
“Reid advogava a favor do que denominou de ‘o senso comum’. Para ele, nossos instintos são inatos e pertencem à natureza humana, seguindo o modo como fomos construídos para nos preservarmos frente aos desafios do mundo: o senso comum seria o responsável por sabermos de antemão que não é saudável pular de abismos ou provocar animais selvagens, por exemplo. Reid dizia ser possível manter as crenças e as ações afastadas daquilo que o senso comum recomenda, mas isso significaria uma negação dos comportamentos naturais – e teria o custo de gerar uma série de conflitos tanto em nosso corpo quanto em nossa mente”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DA REDAÇÃO. “Que a minha alma resida no senso comum”, Thomas Reid. Superinteressante. <http://super.abril.com.br/ideias/que-a-minha-alma-resida-no-senso-comum-thomas-reid/>. Acesso em 31 mar. 2017.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos abordados no livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre senso comum para Thomas Reid, assinale a afirmativa correta:
	D
	A teoria das ideias de Hume e Locke não se sustenta, pois uma ideia não pode ser um objeto do pensamento, uma vez que é uma ação da mente.
A alternativa correta é a letra d). Segundo o livro-base: “Thomas Reid foi um defensor do senso comum. Ele foi o fundador da Escola Escocesa do Senso Comum. Foi também um crítico de Descartes, de Hume e de Locke. Em relação ao primeiro, Reid afirma que qualquer e até mesmo o mais inteligente dos homens pode errar acaso parta de um princípio falso. Com respeito a Hume e Locke, Reid criticava a teoria das ideias. Ele afirma que uma ideia não pode ser um objeto do pensamento ou uma imagem daquilo que apreendemos. Antes de tudo, ideia é uma ação da mente, ou seja, é um pensamento ou uma concepção de um conceito sobre algo. Essa é a forma, segundo Reid, como produzimos juízos ‘originais e naturais’, e isso é, para ele, o ‘senso comum’” (livro-base, p. 53). A alternativa a) está errada, porque Thomas Reid foi um defensor do senso crítico. A alternativa b) está errada, porque Reid critica os conceitos de senso comum de Descartes, Hume e Locke. A alternativa c) está errada, porque contrariamente ao que Descartes afirma, podemos errar quando partimos de um princípio falso. A alternativa e) está errada, porque produzimos juízos originais e naturais, e isso é para Thomas Reid o próprio senso comum.
Questão 6/10 - Filosofia da Ciência
Atente para o seguinte extrato de texto:
“Popper começa sua obra ‘A Lógica da Pesquisa Cientifica’ abordando o problema da indução (apontado por Hume no século XVIII), primeiramente define o que é a Lógica Indutiva e como é usada nas ciências empíricas, explicando sucintamente, é uma condução de enunciado singulares (resultado de observações ou experimentos) para enunciados universais. Para entender melhor, vou usar o mesmo exemplo usado por ele, independente de quantos cisnes brancos são observados, esse número nunca será suficiente para podermos concluir absolutamente que ‘todos os cisnes são brancos’. Reichenbach dizia: (esse princípio) ‘determina a verdade das teorias científicas. Eliminá-lo da Ciência significaria nada menos que privá-la do poder de decidir quanto à verdade ou falsidade de suas teorias’. Popper rebate dizendo que se não houvesse problema no princípio da indução, o conhecimento produzido através deste seria como uma tautologia ou como as inferências no campo da Lógica Dedutiva, que no caso não o é. O problema enfrentado pelos filósofos positivistas é que estes não veem uma solução”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MARIANI, C. Karl Popper e falseabilidade. <http://www.afilosofia.com.br/post/karl-popper-e-falseabilidade/349>.Acesso 10 abr. 2017.
Levando em consideração o extrato de texto e o livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre as insatisfações de Popper com respeito ao método indutivo, assinale a alternativa correta sobre a razão da insatisfação do filósofo:
	E
	A certeza indutiva.
Você acertou!
A alternativa correta é a letra e). Segundo o livro-base: “Sua questão de certa forma se expressava na admiração de seus colegas pela capacidade de explicação que aquelas três teorias possuíam. Praticamente, elas explicavam tudo em seus campos de atuação! Parecia, para Popper, que elas produziam um efeito similar ao de uma revelação intelectual ou mesmo de uma conversão daqueles que se dedicavam a estudá-las. A esses, parecia que o mundo estava repleto de verificações ou confirmações das verdades contidas nessas teorias. A característica principal delas era o fluxo incessante e constante de confirmações, de observações que verificavam as teorias. Por exemplo, os jornais as confirmavam pelas notícias presentes (e também ausentes) e evidenciavam o preconceito a determinadas classes oprimidas (teoria de Marx); as observações clínicas verificavam abundantemente as teorias de Freud; e, de Adler, com sua teoria do sentimento de inferioridade, a qual era capaz de generalizar, para muitos casos, verificações em situações nas quais caberiam muito bem controvérsias (a um custo de uma certeza indutiva fundamentada em casos anteriores)” (livro-base, p. 213,214). A alternativa a) está errada, porque é a capacidade de explicação. A alternativa b) está errada, porque é a revelação intelectual ou conversão de estudiosos. A alternativa c) está errada, porque são as verificações ou confirmações de verdades. A alternativa d) está errada, porque é o fluxo constante de verificações ou confirmações.
Questão 7/10 - Filosofia da Ciência
Considere o seguinte fragmento de texto:
“Considerar-algo-verdadeiro [...] é um evento em nosso entendimento que, embora podendo repousar sobre fundamentos objetivos, também exige causas subjetivas na mente daquele que julga. Se este juízo é válido para qualquer pessoa na medida em que seja dotada de razão, o seu fundamento é objetivamente suficiente e o [sic] considerá-lo-verdadeiro chama-se então convicção”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: KANT, I. Crítica da razão pura. Tradução de Valerio Rohden e Udo Baldur Moosburger. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 486
Levando em conta o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a concepção dos três graus de considerar-algo-verdadeiro de Kant, analise as afirmativas a seguir que contemplem tais fatores:
I. Os três graus de considerar-algo-verdadeiro para Kant são: opinar, crer e saber.
II. Opinar é considerar-algo-verdadeiro tanto subjetivamente quanto objetivamente insuficiente.
III. Crer é considerar-algo-verdadeiro objetivamente suficiente e subjetivamente insuficiente.
IV. Saber é considerar-algo-verdadeiro objetivamente insuficiente e subjetivamente suficiente.
São corretas apenas as afirmativas:
	E
	I e II
As afirmativas I e II são verdadeiras. Segundo o livro-base: “O considerar-algo-verdadeiro, ou validade subjetiva do juízo com referência à convicção (a qual ao mesmo tempo vale objetivamente), possui os seguintes três graus: opinar, crer e saber. Opinar é um considerar-algo-verdadeiro que, com consciência, é tanto subjetivamente quanto objetivamente insuficiente. Se o considerar-algo-verdadeiro é subjetivamente suficiente, sendo ao mesmo tempo tomado como objetivamente insuficiente, então se denomina crer. Finalmente, o considerar-algo-verdadeiro, que é tanto subjetivamente quanto objetivamente suficiente, chama-se saber. A suficiência subjetiva intitula-se convicção (para mim mesmo), a objetiva denomina-se certeza (para qualquer indivíduo) ” (livro-base, p. 48,49). A afirmativa III é falsa, porque crer é considerar-algo-verdadeiro objetivamente insuficiente e subjetivamente suficiente. A afirmativa IV é falsa, porque saber é considerar-algo-verdadeiro objetivamente e subjetivamente suficientes.
Questão 8/10 - Filosofia da Ciência
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Aristóteles, filósofo da Antiga Grécia do século IV A. C., possui conhecidamente uma vasta obra. Desta, a que ele mais se aprofunda nas discussões sobre o conhecimento e´ ‘Segundos Analíticos’. Nela Aristóteles define o que e´ o conhecimento científico ou ciência; bem como evidencia o instrumento de investigação do intelecto: a lógica – empregada no silogismo demonstrativo; declarando, assim, que o conhecimento científico se obtém por silogismo. E e´ com base nesses pressupostos que procuraremos desenvolver algumas reflexões sobre o conhecer humano com o pensamento aristotélico.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PEREIRA, C J. Conhecimento, racionalidade e simbólico: Aristóteles e Cassirer, distintas interpretações sobre o conhecer humano e suas possíveis reflexões na epistemologia geográfica. GeoTextos. v. 10, n. 2, p. 161-189, dez., 2014. p. 162.
Levando em conta o fragmento de texto e o livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a concepção de conhecimento para Aristóteles, assinale a alternativa correta:
	D
	Ser uma inferência válida não basta para conhecermos uma coisa pela causa pois, nos silogismos do tipo ‘que é’, a conclusão procede dos efeitos para as causas; somente nos silogismos do tipo ‘porque é’ que se explica a conclusão das causas para os efeitos
A alternativa correta é a letra d), porque somente nos silogismos do tipo ‘porque é’ que se explica a conclusão das causas para os efeitos. Segundo o livro-base: “Para indicar quais conhecimentos eram científicos e quais não eram, Aristóteles afirmou que, para algo ser considerado conhecimento científico, era preciso conhecer a sua causa. Nas palavras dele: ‘Julgamos conhecer cientificamente uma coisa qualquer, sem mais (e não do modo sofístico, por concomitância), quando julgamos reconhecer, a respeito da causa pela qual a coisa é, que ela é causa disso, e que não é possível ser de outro modo’ [...]. Para Aristóteles, o conhecimento científico é obtido por demonstração, ou seja, com base na transição das premissas até a conclusão por um silogismo científico. Para garantir essa transição, as premissas e a conclusão devem estar em uma relação específica: ‘Se há também um outro modo de conhecer cientificamente, investigaremos depois, mas afirmamos que de fato conhecemos através de demonstrações. E por “demonstração” entendo silogismo científico; e por “científico” entendo aquele segundo o qual conhecemos cientificamente por possuí-lo. Assim, se conhecer cientificamente é como propusemos, é necessário que o conhecimento demonstrativo provenha de itens verdadeiros, primeiros, imediatos, mais cognoscíveis que a conclusão, anteriores a ela e que sejam causas dela’ [...]. Nos ‘Segundos analíticos’, Aristóteles faz uma distinção entre dois tipos de demonstração ou silogismo. A demonstração do tipo ‘que é’ (tou hoti) e a do tipo ‘por que é’ (tou dioti). De todas as figuras silogísticas, a primeira é a mais adequada para uma demonstração do tipo ‘por que é’: [...]. De fato, o silogismo do porquê [sic] se dá através dessa figura, ou em todos os casos, ou no mais das vezes e na maioria dos casos. Por conseguinte, também por isso ela é a que mais propicia conhecimento, visto que o mais decisivo para o conhecer é considerar o porquê [sic]’ [...]. Contudo, ser uma inferência válida não basta para conhecermos uma coisa pela causa pois, nos silogismos do tipo ‘que é’, a conclusão procede dos efeitos para as causas. Somente nos silogismos do tipo ‘por que é’ que se explica a conclusão das causas para os efeitos.. De todas as figuras silogísticas, Aristóteles afirma que a primeira figura é a mais adequada para o conhecimento porque, como vimos no exemplo, demonstra o efeito pela causa” (livro-base, p. 87,88,89). A alternativa a) está errada, porque paraAristóteles, conhecer cientificamente é conhecer pela causa. A letra b) está errada, porque o conhecimento científico é obtido pela demonstração em uma inferência válida, mesmo que as premissas sejam verdadeiras, primeiras, imediatas, mais cognoscíveis que a conclusão, anteriores a ela e que sejam causas dela. A letra c) está errada, porque dos dois tipos de silogismos, o ‘que é’ e o ‘porque é’, este último é que propicia conhecimento científico, enquanto aquele primeiro não propicia este tipo de conhecimento. A letra e) está errada, porque de todas as figuras silogísticas, Aristóteles afirma que a primeira figura é a mais adequada para o conhecimento, porque como vimos no exemplo, demonstra o efeito pela causa.
Questão 9/10 - Filosofia da Ciência
Considere o excerto de texto a seguir:
“O reconhecimento de generalidades reais se perdeu enquanto a filosofia moderna se afastou do realismo escolástico e teve um tratamento assaz preconceituoso no século XX. Na sua forma mais extremada, esse sentimento antimetafi´sico fez com que um discurso dessa natureza fosse taxado de pseudoproposic¸a~o.”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: : SANTOS, J. F. C. O realismo em Popper Peirce: um contraponto. In: OLIVEIRA, P. E. (Org.). Ensaios sobre o pensamento de Karl Popper. Curitiba: Círculo de Estudos Bandeirantes, 2012. p. 113-133. p. 130.
Tendo em vista o excerto de texto e o livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre as proposições científicas e pseudoproposições em Popper, analise as afirmativas a seguir que contemplem tais fatores:
	C
	Fatos atômicos são fatos que em princípios podem ser verificados pela observação.
A alternativa correta é a letra c). Segundo o livro-base: “Wittgenstein, em seu ‘Tractatus logico-philosophicus’ (1921), defende que proposições filosóficas ou metafísicas são ou proposições falsas ou pseudoproposições (sem sentido ou significado). Por outro lado, ‘Toda proposição genuína (ou significativa) deve ser função da verdade de proposição elementar ou ‘atomística’, que descreva ‘fatos atômicos’, isto é, fatos que em princípios podem ser verificados pela observação’ [...]. Se uma afirmação é resultante da observação (ou implica de fato uma observação ou menciona algo possível de ser observado), então ‘toda proposição genuína deve ser função da verdade de afirmativa resultante da observação, e dela dedutível’ [...]. O contrário disso será uma pseudoproposição, sem significado, um conjunto de palavras desarticuladas e sem sentido. Esse é o contexto do critério de significação; nele, toda ciência natural em oposição à filosofia é uma totalidade de proposições verdadeiras” (livro-base, p. 218,219). A alternativa a) está errada, porque Wittgenstein defende que proposições filosóficas ou metafísicas são ou proposições falsas ou pseudoproposições. A alternativa b) está errada, porque toda proposição genuína (ou significativa) deve ser a função da verdade de proposição elementar ou ‘atomística’, que descreva ‘fatos atômicos’. A alternativa d) está errada, porque se uma afirmação é resultante da observação, então toda proposição genuína deve ser função da verdade de afirmativa resultante da observação, e dela dedutível. A alternativa e) está errada, porque uma pseudoproposição é sem significado, um conjunto de palavras desarticuladas e sem sentido.
Questão 10/10 - Filosofia da Ciência
Considere o fragmento de texto a seguir:
“A opinião vigente até´ o século XII era a de que só há´ ciência do universal, de modo que o conhecimento objetivo só´ tinha valor, caso o universal estivesse fundamentado na realidade. A própria realidade era, de certo modo, concebida como universal. Entretanto, a realidade apresenta uma multiplicidade incontestável, o que originou o problema da individuação: a dificuldade de saber por intermédio do que a natureza universal se individualizava para possibilitar a existência dos seres singulares que percebemos no mundo. A resposta encontrada e´ que a universalidade e a singularidade eram, para pensadores como Tomás de Aquino e Duns Scotus, modos de ser pelos quais as coisas existiam na realidade ou na mente”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SOUZA, L. R. O problema dos universais no medievo: o nominalismo de Ockham e a passagem da ontologia à lógica. 2015. 131 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa. 2015. p. 13.
Tendo em vista o fragmento de texto dado e o livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a teoria da iluminação e o problema dos universais em Duns Scotus, assinale a alternativa correta:
	B
	A obscuridade em apreender o particular acarreta necessariamente um conhecimento turvo dos universais.
Você acertou!
A alternativa correta é a letra b), porque dada a dificuldade de apreendermos o particular, segundo o livro-base: “Segundo Kenny [...], para Scotus, mesmo que nosso intelecto humano seja capaz de apreender o indivíduo particular, nosso conhecimento a respeito dele é obscuro e incompleto. ‘Se dois indivíduos não diferissem, em absoluto, em suas propriedades sensoriais, o intelecto não seria capaz de distinguir um do outro’ [...], mesmo sendo indivíduos diferentes. Essa obscuridade acarreta necessariamente um conhecimento turvo dos universais. Como resolver esse problema da obscuridade de nosso conhecimento? Scotus defende que nosso ‘conhecimento envolve a presença na mente de uma representação do objeto’ [...]. Nisso ele concorda com Tomás de Aquino, pois Scotus descreve ‘o conhecimento em termos da presença de uma espécie ou ideia no sujeito cognoscente’ [...]. A diferença principal é a espécie ou a ideia: enquanto para Tomás de Aquino ela está na capacidade do intelecto agente, para Scotus a ideia é objeto imediato do conhecimento. Em suas palavras: “A real presença do objeto em si mesmo não é exigida, mas algo é exigido no qual o objeto é representado. A espécie é de tal natureza que o objeto a ser conhecido está nela presente não efetiva ou realmente, mas pelo modo de ser exibido [...]. Para Tomás de Aquino, o objeto do intelecto está na realidade presente em nossa mente, pois é um universal cuja presença ocorre tão somente na mente (não podemos esquecer de todo aquele aparato que envolve a transmissão da luz ao intelecto agente por agência de Deus). Scotus advoga a favor de um modelo de consciência sensorial quando concebemos um conhecimento do particular. Por exemplo, ‘quando vejo uma parede branca, a brancura da parede exerce um efeito sobre a minha visão e a minha mente, mas ela mesma não pode estar presente em meu olho ou na minha mente, somente alguma representação dela’” (livro-base, p. 99,100). A alternativa a) está errada, porque mesmo que nosso intelecto humano seja capaz de apreender o indivíduo particular, nosso conhecimento a respeito dele é obscuro e incompleto. A alternativa c) está errada, porque o conhecimento envolve a presença na mente e de uma representação do objeto enquanto objeto imediato do conhecimento. A alternativa d) está errada, porque é Tomás de Aquino, e não Scotus, quem defende que o objeto do intelecto está na realidade presente em nossas mentes. A alternativa e) está errada, porque Scotus advoga a favor de um modelo de consciência sensorial quando concebemos um conhecimento do particular.
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