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disturbio eletrolítico

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Hulda Tenório
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS
Cerca de 60% do organismo do indivíduo adulto é composto por água;
Para cada 50Kg de peso corpóreo, aproximadamente 30Kg são de água;
Em adultos saudáveis , a ingestão de líquido oral média é de 2500mL/dia.
O líquido corporal está localizado em dois compartimentos: o espaço intracelular (Líquido Intracelular -LIC) e o espaço extracelular Líquidos Extracelulares – LEC).
O compartimento do LEC é adicionalmente dividido nos espaços dos líquidos intravascular (dentro dos vasos), intersticial (circundam às células) e transcelular (sinovial, cefalorraquidiano, pleural, intraocular, pericárdio e o pleural; suor; e as secreções digestivas.
Terceiro espaço
Deslocamento de líquido para espaço que não contribui para o equilíbrio entre LIC e LEC.
Sinais e sintomas: ⇩ débito urinário, ⇩P.A., ⇧FC, ⇩PVC, edema, aumento do peso corporal, desequilíbrio no balanço hídrico.
Ascite, queimadura, peritonite, hemorragia maciça no interior de cavidade.
Água no Organismo
Fatores que influenciam na quantidade de água no organismo:
Idade, sexo, tecido adiposo corporal.
Eletrólitos no Organismo
São substâncias química ativas;
Quando dissolvidas em líquido apresentam uma carga elétrica;
Cátions e ânions.
Principais cátions – íons sódio, potássio, cálcio, magnésio e hidrogênio.
Principais ânions - íons cloreto, bicarbonato, fosfato, sulfato e proteinato.
	
Regulação dos Compartimentos e líquidos Corporais
		Após a água e os eletrólitos serem absorvidos, processos fisiológicos regem seu movimento e sua relocação em nível celular, são eles:
Osmose: troca de líquido por membrana semi-permeável
Difusão: Passagem de Soluto do meio mais concentrado
 para o meio menos concentrado.
Filtração: movimento de líquido para fora de solução em virtude de forças orgânicas.
Transporte Ativo/Bomba de sódio e potássio:
 transporte contra o gradiente de 
concentração, gasta energia. 
Vias de Perda Hídrica
Rins: filtram 170 l /dia e débito líquido de 1 a 2 l/dia.
Pele: 
Perda sensível: 0 a 1000ml/dia (suor)
Perda insensível: ≅ 600 ml/dia
Pulmões: 300 a 400 ml/dia
TGI:100 a 200ml/dia
Mecanismos Homeostáticos
Garantem situação de equilíbrio no organismo
Rins
Sistema cardiovascular
Pulmões
Funções Hipofisiária:
Hipotálamo sintetiza o ADH que é armazenado na Hipófise posterior e liberado conforme necessidade.
Esse hormônio faz com que a água seja retida.
Regulação Hidroeletrolítica pelos
Osmorreceptores
Funções da Supra-renal
Aldosterona, um mineralocorticóide secretado pela zona glomerulosa (zona externa) do córtex da supra renal.
Secreção aumentada de aldosterona provoca retenção de sódio e de água; e perda de potássio.
Barorreceptores:
São pequenos receptores nervosos que detectam as alterações na pressão dentro dos vasos sanguíneos e transmitem esse informação para o sistema nervoso central;
Barorreceptores de baixa pressão: átrios cardíacos;
Barorreceptores de alta pressão: arco aórtico e no seio carotídeo.
Sistema Renina – Angiotensina – Aldosterona
Renina é uma enzima que converte o Angiotensinogênio em Angiotensina I e Angiotensina II;
Renina é liberada em resposta a função renal diminuída (Células justaglomerulares);
Angiotensina II tem propriedades vasoconstritoras;
Liberação da aldosterona.
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona
Liberação de Peptídeo Atrial Natriurético
Liberado pelos átrios cardíacos em resposta ao aumento da pressão atrial.
Qualquer distúrbio que resulte em expansão de volume ou em pressões aumentadas aumentará a liberação do peptídeo atrial natriurético.
 Peptídio Natiurético Atrial
DISTÚRBIOS DO VOLUME DE LÍQUIDO
HIPOVOLEMIA 
Água e Eletrólitos são perdidos na mesma proporção. Relação entre os eletrólitos séricos e a água permanecem idênticas.
ATENÇÃO! 
HIPOVOLEMIA ≠ DESIDRATAÇÃO!!!!!!!
Na desidratação ocorre perda isolada de água com aumento do sódio sérico.
FISIOPATOLOGIA
A água e os eletrólitos são perdidos na mesma proporção.
Resulta da perda de líquidos corporais.
Vômito, diarreia, sudorese profunda, baixa ingesta hídrica e hemorragia.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Dependem do grau de perda hídrica.
Perda de peso, ⇩turgor cutâneo, oligúria, urina concentrada, hipotensão postural, FC rápida e fraca, veias do pescoço achatadas, pele fria e pegajosa, sede, náusea, cãibra.
Pode ocorrer falência renal e coma severo.
DVL prolongado pode gerar necrose tubular aguda.
HISTÓRICOS E ACHADOS
Dados laboratoriais entre os valores de uréia (15-45 mg/dl) e creatinina (0,7 – 1,5 mg/dl); 
Nível de hematócrito é maior;
TRATAMENTO
Déficit não grave: reposição oral se possível.
Déficit grave: administrar soluções eletrolíticas isotônicas (Ringer lactato ou Soro Fisiológico), via EV.
Carga Hídrica – 100 a 200 ml de S,F 0,9% em 15 minutos.
Avaliar: ingesta e excretas, peso, SSVV, PVC, nível de consciência, sons respiratórios e coloração cutânea.
Tais avaliações servem para determinar quando a terapia deve ser lentificada.
A velocidade de infusão baseia-se na gravidade da perda e na resposta hemodinâmica do paciente à reposição de volume. 
Cuidados de Enfermagem
Avaliar rigorosamente e registrar: 
Balanço hídrico
Sinais vitais
Nível de consciência
Sons respiratórios
Turgor cutâneo e da língua
Coloração da pele e da língua
Manter adequada hidratação VO ou EV.
Ensinar o cliente a mudar de posição lentamente para minimizar hipotensão postural.
Balanço Hídrico
A medida e a anotação sistemática dos ganhos (ingestões e infusões, etc) e perdas de líquidos (urina, fezes, drenos, sondas, etc.).
São importantes em pacientes com doenças graves .
É um cuidado de Enfermagem.
Balanço Hídrico
Entrada
Volumehabitual
Ingestão de água e outros líquidos
1000 a2000mL
Água dos alimentos
500 a 1000mL
Água endógena do metabolismo
250mL
Total de Ganhos
2500 a 3500mL
Saída
volumehabitual
Volumeurinário
800 a 1800mL
Água nas fezes
100 a 200mL
Perdas insensíveis pulmonares
300mL
Suore perdas insensíveis pela pele
100 a 500mL
Total de perdas
2500 a 3500mL
TURGOR CUTÂNEO E DA LÍNGUA
HIPERVOLEMIA
Excesso de volume de líquido (EVL)
Expansão isotônica do LEC causada por retenção anormal de água e sódio.
FISIOPATOLOGIA
Está relacionado a simples sobrecarga hídrica ou à dinâmica da função dos mecanismos homeostáticos responsáveis pela regulação do equilíbrio hídrico.
FATORES DE RISCO
Insuficiência cardíaca congestiva
Insuficiência renal
Cirrose hepática
⇧ consumo de sódio na dieta
Uso de corticosteroides.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Edema 
Distensão das veias do pescoço (ingurgitamento de Jugular);
Estertores (sons pulmonares anormais);
Taquicardia;
⇧ P.A. e PVC
⇧ peso
TRATAMENTO
Deve ser direcionado aos fatores causais.
Repouso;
Tratamento sintomático: administração de diuréticos e restrição de líquidos e sódio na dieta.
Função renal gravemente comprometida: hemodiálise ou diálise peritoneal.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Avaliar rigorosamente e registrar:
Balanço hídrico
SSVV
Peso
Edema (grau, extensão)
Realizar ausculta pulmonar.
Orientar cliente quanto à dieta com restrição de sódio e líquidos.
Encaminhar paciente para hemodiálise, quando prescrito, e prestar cuidados necessários.
DISTÚRBIOS METABÓLICOS RELACIONADOS 
COM O SÓDIO
É o eletrólito mais abundante do LEC (líquido extracelular), sendo também seu principal regulador.
Principais Funções:
Controle da distribuição da água por todo o corpo
Manutenção do volume circulante e da circulação.
Nível sérico normal:
Varia de 135 a 145 mEq/l
HIPONATREMIA
DÉFICIT DE SÓDIO (< 135 mEq/l)
COMO PODEMOS PERDER O SÓDIO DO NOSSO ORGANISMO ???
VÔMITOS
DIARRÉIAS
SUOR
USO DE DIURÉTICOS
 Caso Especial: HIPONATREMIA DILUCIONAL
Condições: secreção inadequada de secreção inadequada de ADH (SIADH), hiperglicemia e a ingesta excessiva de água.
FISIOPATOLOGIA
Perda severa de líquido (vômito, diarréia, fístulas, terapia com diuréticos).
Insuficiência adrenal.
Síndrome
da excreção inadequada do hormônio antidiurético (SIADH)
Excessivo ganho de água por administração de líquidos parenterais deficientes em sódio ou pela ingesta compulsiva de água.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Depende da causa;	
Na maioria das vezes, assintomático (até 125 mEq/l não há sintomas). 
DIMINUIÇÃO DO TURGOR CUTÂNEO E DA LÍNGUA (diminuição do sódio e da água).
MUCOSA SECA;
PRODUÇÃO DIMINUÍDA DE SALIVA;
NÁUSEAS
ANOREXIA
CÓLICAS INTESTINAIS
Alterações do nível de consciência: letargia, desorientação, cefaleia, confusão, convulsão;
COMA
TRATAMENTO
Cuidadosa administração de sódio por via oral, sonda nasogástrica ou por via parenteral; 
Em casos de hiponatremia sintomática deve-se fazer a reposição salina, independente da causa, especialmente se esta ocorreu de maneira muito rápida.
Restrição Hídrica: 800ml em 24h (nos casos de hiponatremia diluicional).
	Atenção: As soluções de Sódio altamente hipertônicas (Cloreto de Sódio a 3 e 5%) somente devem ser administradas em unidades de terapia intensiva, sob estrita observação.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Avaliar rigorosamente e registrar:
Balanço hídrico
SSVV
Peso
Estado neurológico
Monitorar quanto aos sinais de excesso de volume.
Soluções de sódio altamente concentradas, somente devem ser administradas em UTIs.
Na hiponatremia grave: elevar o nível sérico do sódio a até 125mEq/l, com solução salina hipertônica, até aliviar os sintomas neurológicos.
HIPERNATREMIA
EXCESSO DE SÓDIO (> 145mEq/l)
Ganho de Sódio superior ao de água;
Perda de água superior ao de Sódio.
COMO PODEMOS “GANHAR” (EM EXCESSO) O SÓDIO DO NOSSO ORGANISMO ?
INGESTA ORAL DE SÓDIO
INFUSÃO VENOSA DE SÓDIO
PERDA DA SENSAÇÃO DE SEDE
EXCREÇÃO DE ÁGUA PRATICAMENTE “PURA”
PRIVAÇÃO DE LÍQUIDOS
ADM. DE ENTERAIS HIPERTÔNICAS
DIARRÉIA AQUOSA
É menos frequente do que a hiponatremia, mais comum em pacientes debilitados, que não têm condição de ingerir líquido (reflexo da sede), devido a sua incapacidade física.
FISIOPATOLOGIA
Perda de água devido a:
Diarréia, febre, hiperventilação.
Reposição de água inadequada (cliente comatoso, com comprometimento cognitivo ou idoso).
Inabilidade para deglutir.
	
A água sai da célula pelo aumento do sódio extracelular – sempre provoca desidratação celular.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
DESIDRATAÇÃO CELULAR: leva a disfunção do SNC ; a água da célula cerebral é puxada, o que pode levar à laceração, hemorragia subaracnóidea e subcortical, e trombose dos seios venosos.
INQUIETAÇÃO
FRAQUEZA
ILUSÕES
ALUCINAÇÕES
SEDE***: característica primária da hipernatremia.
PELE E MUCOSAS RESSECADAS
TRATAMENTO:
Diagnóstico da causa do processo e correção.
O tratamento visa a correção das causas da hipernatremia (controlar a perda de líquidos gastrointestinais e etc.)
INFUSÃO DE SOLUÇÃO ELETROLÍTICA HIPOTÔNICA
INFUSÃO DE SOLUÇÃO NÃO-SALINA ISOTÔNICA (S.G 0,5%).
OBSERVAR PERDAS ANORMAIS DE ÁGUA;
OBSERVAR INGESTÃO DEFICIENTE DE ÁGUA;
OBSERVAR A SEDE.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Avaliar rigorosamente e registrar:
Balanço hídrico
SSVV
Peso
Estado neurológico comprometido (inquietação, fraqueza)
Turgor cutâneo e da língua diminuído
Espasmos musculares, hiperreflexia e tremores.
Orientar quanto à necessidade de aumento da ingestão de líquido, conforme apropriado.
Infundir solução hipotônica, conforme prescrito.
DISTÚRBIOS METABÓLICOS RELACIONADOS
 AO POTÁSSIO
É o principal eletrólito intracelular.
Principais Funções:
Influencia as atividades dos músculos esqueléticos e cardíacos
Nível sérico normal:
Varia de 3,5 a 5,5 mEq/l
A FUNÇÃO RENAL DEVERÁ FUNCIONAR, POIS 80% DO POTÁSSIO SÃO EXCRETADOS DO CORPO DIARIAMENTE ATRAVÉS DOS RINS.
Aldosterona aumenta a excreta de potássio.
	ATENÇÃO!!!!
Os distúrbio relacionados ao potássio são muito frequentes e, na maioria das vezes, constituem-se em emergência clínica.
A manutenção da diferença entre o intra e extra-celular determina potencial elétrico na membrana celular e é responsável por iniciar e transmitir sinais elétricos em nervos, músculo esquelético e miocárdio.
O potássio é o íon predominantemente intracelular, sendo o seu maior depósito no tecido muscular.
HIPOCALEMIA
DÉFICIT DE POTÁSSIO (> 3,5 mEq/l)
COMO PODEMOS PERDER O POTÁSSIO DO NOSSO ORGANISMO ???
VÔMITOS
DIARRÉIAS
DEFICIÊNCIA DIETÉTICA
FISIOPATOLOGIA
Ingestão inadequada de potássio na dieta.
Perda excessiva de potássio (uso de diuréticos e corticosteróides, terapia líquida parenteral sem reposição de potássio, aspiração gástrica, colostomia e ileostomia).
Distúrbios do TGI (diarréia, vômitos, fístulas).
Hiperaldosteronismo (ação ocorre no ducto coletor, abrindo canais de Na+, o que aumenta a reabsorção desse cátion, com consequente secreção de K+ na urina).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
MORTE POR PARADA CARDÍACA OU RESPIRATÓRIA
FADIGA
ANOREXIA
NÁUSEAS / VÔMITOS
FRAQUEZA MUSCULAR
	“O coração é o principal órgão acometido”.
CÃIBRAS NAS PERNAS
DISRITMIAS
PARESTESIA
DILUIÇÃO URINÁRIA
TRATAMENTO:
Ingestão aumentada da dieta (trat. convencional);
Terapia de reposição oral ou endovenosa;
Suplementos orais de potássio.
	Podem produzir lesões no intestino (observar distensão abdominal, dor ou sangramento).
 PARA TERAPIA EV: Fluxo urinário deverá estar estabelecido.
ATENÇÃO: 
Deve ser infundido com o auxílio de uma Bomba de infusão;
Se através de uma veia periférica, a velocidade de administração deverá ser lenta;
NUNCA é administrado em bolus ou Intramuscular;
Dica: Diluir em frascos com volume de 100ml
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Avaliar rigorosamente e registrar:
Balanço hídrico
SSVV
Estado neurológico
Monitorar ECG continuamente.
Orientar cliente quanto a importância de dieta rica em potássio, especialmente quando em uso de corticosteróides e diuréticos depletores de potássio. Dieta: Banana, melão, suco de laranja, batata.
HIPERCALEMIA
EXCESSO DE POTÁSSIO (> 5,5 mEq/l)
*** A PCR (PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA) ESTÁ MAIS FREQUENTEMENTE ASSOCIADA A NÍVEIS SÉRICOS ELEVADOS DE POTÁSSIO ***
PRINCIPAL CAUSA DA HIPERCALEMIA:
EXCREÇÃO RENAL DIMINUÍDA DE POTÁSSIO
Outras causas de Hipercalemia:
 Administração rápida de Potássio;
Pacientes com insuficiência renal;
Hipoaldesteronismo;
Trauma tissular grave (queimaduras, infecções maciças, lesão por esmagamento);
Ingestão excessiva de potássio (raro).
CUIDADO COM:
 “PSEUDO” – HIPERCALEMIA”
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: mais frequentemente associada a hipercalemia.
Fraqueza muscular / Paralisia dos membros;
Arritmias / hipotensão;
Cãibras
Irritabilidade / Ansiedade.
TRATAMENTO:
Pode ser:
Antagonismo direto: infusão endovenosa em bolus de gluconato de cálcio ou cloreto de cálcio – não reduz a quantidade de K+ apenas antagoniza os efeitos.
Redistribuição do potássio: bicarbonato de sódio, solução polarizante (insulina + glicose) ;
Diuréticos de alça; 
Diálise.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Avaliar rigorosamente e registrar:
Balanço hídrico
SSVV
Estado neurológico
Orientar cliente quanto ao risco de hipercalemia, especialmente portadores de insuficiência renal, evitando alimentos ricos em potássio.
Monitorar ECG continuamente.
ALIMENTOS QUE DEVEM SER RESTRITOS DA DIETA:
CAFÉ, CACAU, CHÁ, FRUTAS SECAS, PÃO INTEGRAL, LEITE E OVOS.
DISTÚRBIOS METABÓLICOS RELACIONADOS AO CÁLCIO
Eletrólito mais abundante no organismo.
99% do cálcio está nos ossos e dentes e 1% no sangue e líquidos extracelulares.
Principais Funções:
Formação de ossos;
Transmissão de impulsos nervosos;
Regulação da contração e relaxamento dos músculos, incluindo o músculo cardíaco;
Desempenha uma função na coagulação sanguínea.
É absorvido por alimentos, na presença da acidez gástrica e da vitamina D.
O cálcio sérico é controlado pelo PTH e pela calcitonina.
PTH: na diminuição do cálcio – aumenta a reabsorção e libera cálcio dos ossos. 
Calcitonina: no excesso de cálcio – inibe a reabsorção do cálcio a partir dos ossos.
Nível
sérico normal: 8,5 a 10,5 mg/dl.
Hipocalcemia
HIPOCALCEMIA - Déficit de Cálcio (< 8,5 mg/dl).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Raquitismo (produz deformidades no esqueleto);
Formigamento;
Convulsões;
Alucinações;
Osteoporose;
Hipertensão;
Broncoespasmos
Sinal de Trousseau: 
Espasmo Carpopedal.
Insuflar um manguito de pressão arterial sobre o braço ate cerca de 20mmHg acima da pressão sistólica (2-5 minutos)
Sinal de Chvostek:
Percussão acima de 
2cm anterior ao pavilhão auricular, 
acima do arco zigomático.
 TRATAMENTO:
A hipocalcemia Sintomática Aguda é uma emergência e precisa de tratamento imediato.
Administração de Cálcio (endovenoso): gluconato de cálcio e cloreto de cálcio.
Terapia com Vitamina D.
Cuidados:
Cálcio EV deve ser diluído com SG 5%, pois com Cloreto de Sódio pode aumentar a perda renal deste.
Deve ser administrado em bolos, mas lentamente.
Não deve ser acrescentado a soluções de fosfato e bicarbonato – precipitação do cálcio.
Paciente mantido no leito para reposição EV – Hipotensão Postural.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Avaliar rigorosamente e registrar:
Balanço hídrico
SSVV
Estado neurológico
Administrar cálcio parenteral, conforme prescrito, tomando precauções para evitar infiltração tissular (pode causar necrose do tecido);
Não adicionar cálcio às soluções parenterais contendo bicarbonato ou fósforo – pode formar precipitado.
Cuidado na dieta: cafeína e álcool;
EXCESSO DE CÁLCIO (> 10,5 mg/dl)
*** DESEQUILÍBRIO PERIGOSO QUE QUANDO GRAVE, APRESENTA UMA TAXA DE MORTALIDADE DE 50% ***
HIPERCALCEMIA
PRINCIPAIS CAUSAS DE HIPERCALCEMIA:
Doenças Neoplásicas Malignas;
Uso excessivo de suplementos de Cálcio;
Excesso de vitamina D;
Intoxicação por vitamina A e D;
FISIOPATOLOGIA:
Administração ou ingestão excessiva de cálcio;
Movimento do cálcio dos ossos para o soro ⇨ imobilização prolongada, neoplasias malignas;
Insuficiência renal
Terapia medicamentosa com tiazídicos (diuréticos);
Hiperparatireoidismo.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Redução da excitabilidade neuromuscular;
Fraqueza muscular;
Alteração do nível de consciência: fala lenta, confusão, letargia;
Anorexia / Constipação;
Náuseas / Vômitos;
Desidratação;
Dor abdominal e óssea;
Bradicardia.
TRATAMENTO:
Administração de líquidos para diminuir o nível sérico;
Administração de cloreto de sódio: inibe a reabsorção do cálcio.
Administração de calcitonina: uso em cardiopatas
Para pacientes com doença maligna: tratamento com quimioterapia e radioterapia.
	Fontes de Cálcio: vegetais de folhas escuras, sardinhas, moluscos, ostras, salmão. em laticínio: ovo, cereal, feijão e frutas.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Avaliar rigorosamente e registrar:
Balanço hídrico
SSVV
Estado neurológico
Estimular deambulação ⇨reduzir perda de cálcio dos ossos.
Estimular ingestão de líquidos e fibras.
Principais valores laboratoriais de referência
Exame
Limites de referência usuais
Sódio sérico
135 – 145mEq/l
Potássio sérico
3,5 – 5,5mEq/l
Cálcio sérico total
8,5– 10,5mEq/l
Magnésio sérico
1,5 – 2,5mEq/l
Fósforo sérico
2,5 – 4,5mEq/l
Cloro sérico
96 – 106mEq/l
Dióxido de carbono
24 – 30mEq/l
Uréia
10– 20mg/dl
Creatina sérica
0,7 – 1,5mg/dl
Hematócrito
Homem: 44 – 52%
Mulher: 39 – 47%

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