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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS CAMPUS REGIONAL DO VALE DO IVAÍ CURSO DE SERVIÇO SOCIAL KAWANA ELVIRA CRUZ DOS SANTOS FILME: O LEOPARDO Ivaiporã 2019 KAWANA ELVIRA CRUZ DOS SANTOS FILME: O LEOPARDO Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Maringá, na disciplina de Classes e Movimentos Sociais, ministrada pela professora Elizete Conceição Silva, como requisito parcial à obtenção da nota do 1º Bimestre. Ivaiporã 2019 Filme: “O Leopardo” - reflexão sobre a articulação do poder, organização e reorganização da estrutura social frente aos conflitos sociais. O filme parte do conflito, de uma classe que começa a ruir e de outra que nascendo procura seu lugar no centro do poder e para que alcance este objetivo é necessário a organização de uma classe no enfrentamento ou acordo com a outra. Partindo deste pressuposto, compreende-se que a partir do deslocamento do poder de uma mão a outra, nasce-se um novo formato de estrutura social, com novos valores e com uma ideologia reorganizada a ser posta. As duas classes conflituosas que “O Leopardo” aborda é a aristocracia e a burguesia que passam a um embate para uma nova estrutura de sociedade, compreende-se que cada classe possui um projeto de sociedade, uma visão de mundo, interesses, valores e afins. Analisa-se uma estrutura aristocrata de poder que apresenta sinais de colapso e que a partir da revolução verá o velho dar lugar ao novo, entende-se que esta revolução se faz necessária para a manutenção de seus interesses, não atoa, uma das frases marcantes que elucida esta passagem é “tudo precisa mudar, para que permaneça como esta”, é óbvio que nada permanece como esta em um sentido de totalidade, mas a referencia se volta a mudar para que o poder não saia de onde esta, mesmo que agora esteja dividido com outra classe e reformulado. Diante disso, recaímos em um casamento arranjado, o que muito se assemelha a um contrato entre classes, mesmo que apareça como um romance entre um aristocrata e a filha de um poderoso burguês, desta forma, a ideia de casar as famílias permite que o poder não saia de onde esta, mesmo que agora ganhe novas mãos de comando, colocando sob a mesa uma nova estrutura, uma reorganização do poder, uma aliança entre os que até então ditavam e os que agora se levantavam, ou seja, aliando a burguesia em ascensão com a aristocracia em decadência. Em suma, conclui-se que a partir de conflitos podem existir novos acordos e uma nova organização de um padrão vigente de sociedade, uma vez que a aristocracia estava em decadência, precisou reorganizar seu posicionamento e criar estratégias para que pudesse continuar no centro de poder, entrando em um suposto acordo, deixando o velho e dando lugar ao novo.
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