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Contabilidade Pública_Ponto-TCU-aula-07

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Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula 07 – Tópicos da LRF 
Prof. Deusvaldo Carvalho 
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1 
 
 
 
 
Queridos alunos! 
 
Ânimo e muita força de vontade para a conquista de seus sonhos! 
Nunca desista de conquistá-los! 
 
Estamos torcendo enormemente pelo seu sucesso. Certamente chegará 
esse momento, faço votos para que seja breve. Que sua mente esteja 
sempre ILUMINADA! 
 
Recomendo que se dê atenção especial na leitura da lei “seca” (LRF), 
em especial nos seguintes artigos: 
1º e 2º, seus parágrafos e incisos; 
4º ao 5º seus parágrafos e incisos; 
8º e 9º e seus parágrafos; 
11 ao 21; 
29 ao 32; 
42, 48 ao 51, seus parágrafos e incisos; 
54 ao 59, seus parágrafos e incisos. 
 
No fim desta nota de aula estamos 
apresentando uma bateria de exercícios com a lista com todos os 
exercícios nela comentados, para que o aluno, a seu critério, os resolva 
antes de ver o gabarito e ler os comentários correspondentes. 
 
O tópico “Gestão organizacional da contabilidade pública no Brasil: papéis da 
Secretaria do Tesouro Nacional e dos órgãos setoriais de Contabilidade 
constantes da Lei nº 10.180/2001.” Será abordado em aula extra para que 
esta nota de aula não fique muito extensa. 
 
Reflexão! 
Viva! 
Bom mesmo é ir à luta com determinação, 
abraçar a vida com paixão, 
perder com classe 
e vencer com ousadia, 
Aula 07 – Tópicos da lei de responsabilidade fiscal - LRF 
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2 
porque o mundo pertence a quem se atreve 
e a vida é “muito” pra ser insignificante. 
(Charles Chaplin) 
 
Bons estudos! 
Sugiro atenção especial nos tópicos marcados em vermelho! 
 
Sumário 
Conteúdo Página 
1. Conceitos 02 
2. Planejamento 14 
3. Receita na LRF 22 
4. Despesa pública sob a ótica da LRF 24 
5. Transparência, controle, fiscalização e prestação de 
contas 
29 
5.1. Transparência da gestão fiscal 30 
5.2. Regras de escrituração das contas públicas 33 
6. Das prestações de contas 36 
7. Novas regras da LRF 38 
8. Fiscalização da gestão fiscal 43 
9. Dívida e endividamento 
45 
10. Dívida flutuante e fundada 50 
11. Questões de concursos públicos 54 
12. Lista das questões 86 
13 Gabarito 92 
 
1. Conceitos 
 
Empresa controlada 
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Sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, 
direta ou indiretamente, a ente da Federação. O termo “ente” refere-se 
à União, estados/DF e municípios. 
 
Empresa estatal dependente 
Empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros 
para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de 
capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de 
participação acionária. 
Exemplo de estatal dependente: EMBRAPA, Autarquias especiais, etc. 
Exemplo de estatal não dependente: Banco do Brasil, CEF, ECT, etc. 
 
Receita corrente líquida - RCL 
 
Representa o total das receitas correntes, diminuídas de algumas 
receitas estabelecidas pela própria lei. A RCL constitui parâmetro para 
quase todos os cálculos relacionados à execução orçamentária, 
elaboração de relatórios e adequação dos poderes e órgãos aos limites 
de austeridade estabelecidos pela norma. 
 
Como se apura a receita corrente líquida na União? 
A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas 
arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as 
duplicidades (art. 2º, § 3º, da LRF). 
 
O que se entende por mês de referência? 
O mês de referência, ou atual, é o mês imediatamente anterior àquele 
em que a receita corrente líquida estiver sendo apurada (art. 6º, 
Parágrafo único, da Portaria STN nº 589/01). 
Exemplo: se a RCL estiver sendo apurada em dezembro, o mês de 
referência será novembro do mesmo ano. 
Para obter a RCL deve-se considerar no cálculo todas as receitas 
correntes dos onze meses anteriores e as do mês de referência e 
excluir, para a União: 
1. Os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação 
constitucional ou legal; 
2. As contribuições sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais 
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa 
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício e do 
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trabalhador e dos demais segurados da previdência social; 
3. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de 
Integração Social e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor 
Público (art. 239, Constituição Federal); 
4. A contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência 
e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira 
citada no § 9o do art. 201 da Constituição Federal. 
 
(ESAF - Analista Contábil-Financeiro - 
SEFAZ - CE) Com base na Lei Complementar nº. 101/2000, a receita 
corrente líquida compreende o somatório de todas as naturezas de 
receitas correntes, deduzida(s): 
a) as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas 
ao custeio do Sistema Único de Saúde. 
b) as parcelas entregues por Municípios aos Estados e Distrito Federal 
por determinação constitucional. 
c) a contribuição dos trabalhadores e empregadores para o custeio do 
regime geral da previdência social. 
d) as receitas correntes próprias arrecadadas pelas autarquias e 
fundações públicas. 
e) as contribuições dos entes públicos para os fundos de pensão das 
empresas estatais. 
 
Resolução 
Conforme exposto detalhadamente no quadro anterior, especificamente 
no item 2, deduz-se também da RCL a contribuição dos trabalhadores e 
empregadores para o custeio do regime geral da previdência social. 
Opção “C”. 
 
Abaixo exemplificaremos de forma sucinta essa diferença e o conceito 
de RCL, sem apurá-la de forma detalhada. 
Receitas $ 
RECEITAS CORRENTES (I) 400.000 
Tributárias 200.000 
Contribuições sociais 150.000 
Serviços 50.000 
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RECEITAS DE CAPITAL (II) 100.000 
Operações de Crédito 80.000 
Alienações de Imóveis 20.000 
TOTAL DASRECEITAS (I+II) 500.000 
 
Com base nos dados do quadro acima, para se calcular a Receita 
Corrente Líquida, utilizaremos apenas $ 400.000, que é o total das 
receitas correntes. 
 
Segregando-se as receitas correntes das de capital, iremos efetuar as 
deduções estabelecidas pela LRF, conforme demonstrado abaixo. Vamos 
considerar que a União tenha realizado as seguintes transferências 
obrigatórias, ou seja, as transferências constitucionais ou legais: 
$15.000 para o Fundo de Participação dos Estados; 
$10.000 para o Fundo de Participação dos Municípios; 
$15.000 da contribuição descontada dos servidores, para custeio do 
plano de seguridade social. 
TÍTULOS $ 
Total das receitas correntes 400.000 
(-) Transferências Constitucionais (25.000) 
(-) Receitas da Previdência Social dos Servidores (15.000) 
= Receita Corrente Líquida - RCL 360.000 
Observe que, embora o total das receitas seja $ 500.000, para fins de 
apuração da receita corrente líquida, no cálculo considera-se apenas as 
receitas correntes, pois as receitas de capital não fazem parte desse 
cálculo. 
 
Exemplo de cálculo da RCL: 
Cálculo da Receita Corrente Líquida - União 
Discriminação $ 
I- Receitas Correntes 6.600.000 
Receita Corrente da Administração Direta 6.000.000 
Receita Corrente da Administração Indireta 600.000 
II- Deduções 500.000 
(-) Transferências Constitucionais aos Municípios 300.000 
(-) Transferências Constitucionais aos Estados 100.000 
(-) Compensação Financeira (art. 201, § 9º CF) 50.000 
(-) Contribuições sociais descontadas dos servidores 50.000 
3. Receita Corrente Líquida - RCL (I - II) 6.100.000 
 
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A RCL é praticamente a base de cálculo para 
todas as despesas orçamentárias, em especial, as com pessoal e 
encargos sociais. 
 
(ESAF – AFC/STN) Com base nos seguintes 
dados, todos hipoteticamente registrados pela União, assinale a opção 
que indica o valor correto da receita corrente líquida, de acordo com o 
disposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal: 
 
a) $ 110 
b) $ 115 
c) $ 120 
d) $ 125 
e) $ 130 
 
Resolução 
Para encontrar o valor da RCL devemos somar todas as receitas 
correntes e subtrair as receitas dedutíveis, ou seja, as despesas com 
transferências, conforme previsto na LRF. Portanto, no cálculo da RCL 
não são computadas as receitas de capital. 
Cálculo: 
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Receitas correntes $ 160 
Tributária $ 120 
Patrimonial $ 10 
De serviços $ 30 
(-) Despesas ou receitas transferidas $ (45) 
Transferências obrigatórias a Estados $ 35 
Transferências obrigatórias ao Distrito Federal $ 10 
= Receita corrente líquida RCL $ 115 
 
Observe as regras legais acerca do cálculo da RCL: 
IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de 
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, 
transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos: 
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por 
determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na 
alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição; 
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação 
constitucional; 
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores 
para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas 
provenientes da compensação financeira citada no § 9o do art. 201 da 
Constituição. 
§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos 
e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro 
de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias. 
§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e 
dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para 
atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o do art. 19. 
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas 
arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as 
duplicidades. 
Opção B. 
 
Conceito de despesa total com pessoal 
 
Em razão de grande parte dos entes da federação comprometerem 
quase todas as suas receitas com o pagamento de pessoal, o legislador 
ordinário deu atenção especial a essa rubrica de despesas, 
estabelecendo restrições, limites de gastos e prazos para recondução da 
despesa com pessoal. 
 
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Para a LRF, despesas com pessoal são apenas aquelas relacionadas a 
espécies remuneratórias, bem como despesas com a manutenção da 
seguridade social dos servidores dos entes federados. 
 
Dessa forma, despesas com auxílio-alimentação, assistência pré-escolar, 
vale-transporte, indenizações de bagagem, transporte, reparações 
econômicas e outras assemelhadas, bem como as aposentadorias e 
pensões pagas pelo regime geral da previdência social não são 
consideradas despesas com pessoal. 
 
A LRF parte do princípio de que “verbas indenizatórias” não são 
consideradas espécies remuneratórias, ou seja, não são computadas no 
cálculo do percentual de gasto com pessoal. 
 
LRF: 
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa 
total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os 
ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, 
funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer 
espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e 
variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, 
inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de 
qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas 
pelo ente às entidades de previdência. 
§ 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se 
referem à substituição de servidores e empregados públicos serão 
contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal". 
 
As despesas provenientes de terceirização 
de mão-de-obra em substituição a servidores e empregados 
públicos são consideradas despesas com pessoal. Portanto, são 
incluídas na rubrica de despesa com pessoal, sendo contabilizadas em 
item à parte, de maneira destacada da despesa total com pessoal do 
órgão, no grupo “outras despesas de pessoal”. 
 
Caso a terceirização não seja para substituição de servidores e 
empregados públicos, tal despesa não será classificada como despesa 
de pessoal, mas sim como outra despesa corrente: 
DESPESA CORRENTE 
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1- Pessoal e Encargos Sociais (terceirização COM substituição) 
2- Juros e Encargos da Dívida 
3- Outras Despesas Correntes (terceirização SEM substituição) 
 
Portanto, muita atenção! As despesas provenientes de terceirização 
de mão-de-obra em substituição a servidores e empregados públicos 
são computadas na despesa total com pessoal do ente, porém, 
destacadas no subgrupo “outras despesas de pessoal DECORRENTES DE 
TERCEIRIZAÇÃO”. 
 
(ESAF - Analista Contábil-Financeiro - 
SEFAZ - CE) Para os efeitos da Lei Complementar n.101/2000, 
considera-se despesa com pessoal: 
a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da 
administração pública. 
b) o auxílio-alimentação dos servidores. 
c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira dos 
servidores. 
d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder 
executivo. 
e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência 
social. 
 
Resolução 
a) As reparações econômicas, quaisquer que sejam, são espécies 
indenizatórias. ERRADO. 
b) Auxílio-alimentação dos servidores públicos não se considera como 
despesa com pessoal. ERRADO. 
c) As despesas com pessoal referentes à terceirização de mão-de-obra e 
que NÃO seja substituição de atividades previstas nos planos de carreira 
dos servidores não se considera como despesa de pessoal, mas sim 
despesa com serviços de terceiros – pessoa jurídica. ERRADO. 
d) Aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de quaisquer dos 
poderes são computadas nas despesas com pessoal inativo. São 
consideradas despesas com inativos dos chefes de poderes. CERTO. 
e) As aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência 
social NÃO ENTRAM no cálculo das despesas com pessoal. ERRADO. 
 
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Exclusão de rubricas de despesa com pessoal 
 
Na verificação do atendimento dos limites 
para a despesa total com pessoal (estabelecidos na LRF), não serão 
computadas as seguintes: 
1. Indenização por demissão de servidores ou empregados; 
2. Relativas a incentivos à demissão voluntária - PDV; 
3. Convocação Extraordinária do Legislativo em caso de urgência ou 
interesse público relevante (art. 19, § 1º, inciso III, da LRF, c/c o art. 
57, inciso II, § 6º, CF). Atenção! Com a aprovação da Emenda 
Constitucional nº 50/2006, não mais existe pagamento de hora-extra 
pela convocação extraordinária do Congresso Nacional. 
4. Decorrentes de decisão judicial e da competência de período 
anterior ao da apuração a que se refere o § 2º do art. 18 desta LRF. 
5. Com pessoal do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, 
custeadas com recursos transferidos pela União; 
6. Com inativos, quando custeadas com recursos proveniente da 
arrecadação de contribuições dos segurados e de compensação 
financeira entre os diversos regimes de previdência social; 
7. Das demais receitas diretamente arrecadas por fundo vinculado a tal 
finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, 
bem com seu superávit financeiro. 
 
Apuração da despesa total com pessoal 
 
A apuração das despesas total com pessoal será efetivada somando-se a 
realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente 
anteriores, adotando-se o regime de competência. 
 
Os gastos com pessoal dos entes da federação não poderão ser 
superiores aos percentuais da receita corrente líquida, conforme 
demonstrados a seguir: 
 
Despesa com pessoal na União 
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11 
 
A UNIÃO não poderá “gastar” com pessoal mais do que 50% da Receita 
Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da 
seguinte forma: 
2,5% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas da União; 
6% para o Poder Judiciário; 
40,9% para o poder Executivo; 
0,6% para o Ministério Público da União: 
 
Do percentual de 40,9% previsto para o 
Poder Executivo da União, 3% serão destinados para: 
◊ Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a 
Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios; 
◊ A polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do 
Distrito Federal; 
◊ Prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de 
serviços públicos, por meio de fundo próprio. 
 
Portanto, 3% do percentual do Executivo da União serão destacados 
para as despesas com pessoal dos órgãos acima mencionados, 
repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a cada 
um, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três 
exercícios financeiros imediatamente anteriores ao exercício de 2000, da 
seguinte forma: 
0,275% para o Poder Judiciário do Distrito Federal e dos Territórios; 
0,064% para o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios; 
0,174% para o ex-Território de Roraima; 
0,287% para o ex-Território do Amapá; 
2,200% para prestar assistência financeira ao Distrito Federal. 
 
A repartição interna dos percentuais de 
gasto com pessoal, previsto na LRF para os poderes, é só para o 
Legislativo e Judiciário, exceto quanto ao percentual de 3% 
segregados do Executivo da União destinados aos órgãos e entes 
acima especificados. 
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12 
 
Observe a previsão legal estabelecida na LRF: 
“Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites serão 
repartidos entre seus órgãos de forma proporcional à média das 
despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, 
verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao 
da publicação desta Lei Complementar” (art. 20, § 1º.). 
 
(CESPE – Analista Administrativo/STF) Na 
hipótese de a receita corrente líquida da União atingir, em determinado 
período, R$400 bilhões, a despesa de pessoal do Poder Judiciário não 
poderá exceder R$14,4 bilhões. 
 
Resolução 
A UNIÃO não pode gastar com pessoal mais do que 50% da Receita 
Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da 
seguinte forma: 
2,5% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas da União; 
6% para o Poder Judiciário; 
40,9% para o poder Executivo; 
0,6% para o Ministério Público da União: 
Cálculo: 
Receita Corrente Líquida – RCL 400 bilhões 
Valor máximo a comprometer (50% X 400) 200 bilhões 
Repartição dopercentual (cota de cada poder) 
Executivo (40,9% X 400) 163,6 bilhões 
Legislativo (2,5% X 400) 10 bilhões 
Ministério Público (0,6% X 400) 2,4 bilhões 
Judiciário (6% X 400) 24 bilhões 
Total 200 bilhões 
Conclusão: 
O Poder judiciário da União pode comprometer até 24 bilhões de 
despesa com pessoal. Portanto, analisando os dados apresentados, a 
despesa de pessoal do Poder Judiciário poderá exceder R$ 14,4 bilhões. 
ERRADO. 
 
Despesa com pessoal nos Estados e Distrito Federal 
 
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13 
OS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL não poderão gastar com pessoal 
mais do que 60% da Receita Corrente Líquida. Esse percentual é 
dividido entre os poderes da seguinte forma: 
3% para o Legislativo, incluindo os Tribunais de Contas; 
6% para o Poder Judiciário; 
49% para o Poder Executivo; 
2% para o Ministério Público dos Estados 
 
Nos Estados em que houver Tribunal de 
Contas dos Municípios, os percentuais de 3% e de 49% serão, 
respectivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro décimos por 
cento). 
 
Exemplo: Nos Estados de Goiás e Ceará existem Tribunal de Contas do 
Estado e dos Municípios. Assim sendo, os Poderes Legislativos daqueles 
Estados ficam com 3,4% e os Poderes Executivos, com 48,6%. 
 
Despesa com pessoal nos Municípios 
 
Os MUNICÍPIOS não poderão gastar com pessoal mais do que 60% da 
Receita Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da 
seguinte forma: 
6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Município, se 
houver; 
54% para o Poder Executivo; 
 
Os percentuais acima serão repartidos no âmbito do poder Legislativo, 
entre os seus órgãos de forma proporcional à média das despesas com 
pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três 
últimos exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação 
da LRF. 
Não confundir Tribunal de Contas do 
Município com Tribunal de Contas dos Municípios. Este pertence ao 
Estado Federado e tem por finalidade fiscalizar todos os municípios do 
estado, aquele, ao próprio município. 
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14 
 
Quadro resumo do percentual de despesa com pessoal: 
DESPESA TOTAL COM PESSOAL (% DA RCL) 
UNIÃO 50% 
Executivo Federal (Ministérios + Administração Indireta) 37,9% 
GDF e ex-Territórios (Roraima e Amapá) 3% 
Ministério Público da União – MPU 0,6% 
Legislativo (Congresso Nacional + TCU) 2,5% 
Judiciário 6% 
ESTADOS/DF 60% 
Executivo (caso exista TCMs, reduzir 0,4%) 49% 
Legislativo (Assembléia Legislativa + TCE – caso exista TCMs, 
acrescentar + 0,4%) 
3% 
Judiciário estadual 6% 
Ministério Público Estadual 2% 
MUNICÍPIOS 60% 
Executivo Municipal 54% 
Legislativo (Câmara Municipal + TCM, RJ/SP) 6% 
 
 
Restos a pagar em final de mandato (importante!) 
 
A LRF trouxe novidades ao estabelecer em seu art. 42 que é vedado ao 
titular de Poder ou órgão, nos últimos dois quadrimestres do seu 
mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida 
integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no 
exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa 
para este efeito. 
 
LRF: 
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos 
dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não 
possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem 
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa 
para este efeito. 
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão 
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do 
exercício. 
 
A LRF ainda estabeleceu limites e condições para a inscrição em Restos 
a Pagar, estabelecendo que as operações de crédito, as inscrições em 
Restos a Pagar e as demais formas de financiamento ou assunção de 
compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a 
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15 
evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, 
detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor. 
 
2. Planejamento 
PPA – a LRF silenciou quanto a este instrumento de planejamento. 
 
LDO e as regras impostas pela LRF 
 
Importância da LDO após a LRF 
Com a vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias passou a ter mais relevância, ou seja, ganhou mais 
ênfase. 
Muito cobrado em concursos! A LRF 
estabeleceu que a LDO deverá dispor sobre: 
► Equilíbrio entre receitas e despesas; 
► Critérios e forma de limitação de empenho, a ser verificado no final de cada 
bimestre quando se verificar que a realização da receita poderá comprometer 
os resultados nominal e primário estabelecidos no anexo de metas fiscais e 
para reduzir a dívida ao limite estabelecido pelo Senado Federal; 
► Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos 
programas financiados com recursos dos orçamentos; 
► Demais condições e exigências para as transferências de recursos a 
entidade públicas e privadas. 
(CESPE/MPU 2010 - TÉCNICO DE APOIO 
ESPECIALIZADO/CONTROLE INTERNO) A LDO é responsável pelo 
estabelecimento de normas, critérios e limitações de empenho para os 
entes da Federação. 
 
Resolução 
A LRF estabelece em seu art. 4o que a lei de diretrizes orçamentárias 
deverá atender as determinações constitucionais e ainda: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas; 
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b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivado caso a 
haja frustração de receita, ou seja, no caso de a receita arrecadada ser 
inferior à previsão; 
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados 
dos programas financiados com recursos dos orçamentos. 
Existe uma pegadinha na questão! A LDO da União NÃO pode 
estabelecer normas, critérios e limitações de empenho para os entes da 
Federação. A LDO da União é aplicável só à União. Cada Ente da 
Federação possui sua própria LDO. ERRADO. 
 
Anexo de Metas Fiscais – AMF na LDO 
O § 1º do art. 4º da LRF estabelece que integrará o projeto de lei de 
diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais. 
 
Qual é a função do AMF? Estabelecer metas anuais, em valores 
correntes e constantes,relativas a receitas, despesas, resultados 
nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que 
se referirem e para os dois seguintes, ou seja, três exercícios 
financeiros. 
Conteúdo do Anexo de Metas Fiscais 
O § 2º do art. 4º da LRF menciona que o Anexo de Metas Fiscais 
conterá, ainda: 
1. Avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 
2. Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de 
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as 
fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com 
as premissas e os objetivos da política econômica nacional; 
3. Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, 
destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de 
ativos; 
4. Avaliação da situação financeira e atuarial: 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e 
do Fundo de Amparo ao Trabalhador; 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; 
5. Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da 
margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. 
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17 
Anexo de Riscos Fiscais – ARF na LDO 
O § 3º do art. 4º da LRF determina que a lei de diretrizes orçamentárias 
contenha Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos 
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, 
informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
 
Bastante cobrado em concurso! A LDO 
deverá conter dois anexos: o de Metas Fiscais e o de Riscos Fiscais. 
 
No Anexo de Metas Fiscais estabelece metas 
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, 
despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, 
para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes, ou seja, 
para 3 exercícios. 
 
Finalidade e conteúdo do Anexo de Riscos Fiscais 
No Anexo de Riscos Fiscais serão avaliados os passivos contingentes e 
outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as 
providências a serem tomadas, caso se concretizem. 
Portanto, não se esqueça! O AMF estabelece metas e o ARF avalia os 
passivos contingentes e outros riscos capazes de as contas públicas. 
 
O que seriam outros riscos capazes de as contas públicas? 
São os riscos orçamentários e os riscos da dívida. 
 
Exemplo de riscos orçamentários: Possibilidade de algumas receitas 
previstas na LOA não serem realizadas. 
 
Exemplo de riscos da dívida: Altas variações das taxas de juros e de 
câmbio em títulos vincendos. 
Este assunto será mais bem detalhado no capítulo referente à lei 
orçamentária anual. 
 
Anexo à Mensagem Presidencial de encaminhamento da LDO 
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O § 4º do art. 4º da LRF, propugna que a mensagem que encaminhar o 
projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das 
políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as 
projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas 
de inflação, para o exercício subsequente. 
 
LOA e as regras impostas pela LRF 
Depois de aprovada a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, a Lei 
Orçamentária Anual – LOA ganhou ênfase e passou a ter mais 
relevância, ou seja, maior dimensão. 
 
O art. 5o da LRF estabeleceu que o Projeto de Lei Orçamentária Anual 
deve ser elaborado de forma compatível com o Plano Plurianual (PPA), 
com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e com a própria LRF. Essa 
é a regra de integração entre as leis orçamentárias. Coaduna-se com o 
orçamento-programa, ou seja, a integração entre planejamento e 
orçamento. 
Na realidade, essa integração entre o PPA e a LOA tem sido bastante 
comprometida em virtude da falta de rigor no cumprimento dos prazos 
na elaboração dos instrumentos de planejamento. 
Por muitas vezes, no Brasil, a LOA foi aprovada e publicada com 
defasagem de até cinco meses em relação à data prevista na CF. 
 
 
(Cespe – STF – Analista Administrativo) Tem-se observado, no Brasil, 
que o calendário das matérias orçamentárias e a falta de rigor no 
cumprimento dos prazos comprometem a integração entre Planos 
Plurianuais e Leis Orçamentárias Anuais. 
 
Resolução 
O § 2o, do art. 35, do ato das disposições constitucionais transitórias 
estabelece as seguintes regras: 
1. Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o 
art. 165, § 9o, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
1.1. O projeto do Plano Plurianual, para vigência até o final do 
primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, 
será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do 
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa; 
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1.2. O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias será encaminhado 
até oito meses e meio antes do encerramento do exercício 
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro 
período da sessão legislativa; 
1.3. O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até 
quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e 
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. 
 
A referida lei complementar acima prevista ainda encontra-se em 
tramitação no Congresso Nacional há mais de dez anos. Atualmente, 
está em vigor a Lei Nacional no 4.320/1964, aprovada como lei 
ordinária, porém, recepcionada pela CF/1988 como lei complementar. 
É comum no Brasil, em especial no nível Federal, o encerramento do 
exercício financeiro sem a aprovação da LOA. Já houve ano em que a 
LOA fora aprovada só em junho do ano subsequente. 
 
É óbvio que essa situação compromete a integração entre Planos 
Plurianuais e Leis Orçamentárias Anuais, em especial no que se refere a 
investimentos, posto que “em tese” nenhum investimento pode ser 
realizado sem que a LOA tenha sido aprovada. 
CERTO. 
 
A LRF estabeleceu que a LOA deve dispor sobre as seguintes 
matérias: 
► Deve conter, anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos 
orçamentos com os objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais. 
► Será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as 
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e 
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das 
medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas 
obrigatórias de caráter continuado. 
► Conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, 
definidoscom base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na Lei de 
Diretrizes Orçamentárias. 
 
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A reserva de contingência é uma dotação 
orçamentária não específica, ou seja, não é destinada a nenhum órgão, 
fundo ou despesa. É um determinado valor (dotação) que deverá estar 
contido na LOA, e a sua forma de utilização e montante serão 
estabelecidos na LDO. 
Cuidado: O montante a ser utilizado da reserva de contingência deverá 
ser estabelecido com base na receita corrente líquida. 
 
Exemplo: A LDO poderá estabelecer que o montante da reserva de 
contingência constante na LOA seria de no máximo 5% da receita 
corrente líquida. 
 
A reserva de contingência será destinada ao atendimento de passivos 
contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos, a 
exemplo do pagamento de decisões judiciais, 
 
 
(FCC – TRT-23a Região – Analista Judiciário – Área Administrativa – 
2011) Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, deverá constar na Lei 
Orçamentária Anual: 
a) Anexo de Metas Fiscais. 
b) Política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
c) Reserva de Contingência. 
d) Anexo de Riscos Fiscais. 
e) Créditos com dotação ilimitada, desde que autorizados pela Lei de 
Diretrizes Orçamentárias. 
 
Resolução 
Questão simples, exigiu apenas conhecimento literal da LRF. 
Observe as regras da LRF para cumprimento na LOA: 
Art. 5o. O projeto de Lei Orçamentária Anual, elaborado de 
forma compatível com o Plano Plurianual, com a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias e com as normas desta Lei 
Complementar: 
I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da 
programação dos orçamentos com os objetivos e metas 
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21 
constantes do documento de que trata o § 1o do art. 4o; 
II – será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do 
art. 165 da Constituição, bem como das medidas de 
compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas 
obrigatórias de caráter continuado; 
III – conterá reserva de contingência, cuja forma de 
utilização e montante, definido com base na receita corrente 
líquida, serão estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias, 
destinada ao: 
a) (VETADO) 
b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e 
eventos fiscais imprevistos. 
§ 4o. É vedado consignar na lei orçamentária crédito com 
finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. (grifei) 
 
Observe que a LRF veda consignar na lei orçamentária crédito com 
finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada, porém, não existem 
ressalvas conforme o comando da opção e, ou seja, “desde que 
autorizados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias”. 
Letra C. 
 
Mais algumas implicações da LRF na LOA 
A LRF determina que a LOA deve conter todas as despesas relativas à divida 
pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão constarão na 
Lei Orçamentária Anual (§ 1o, do art. 5o, da LRF). 
O § 2o do art. 5o estabelece que o refinanciamento da dívida mobiliária ou 
contratual deverá constar separadamente na LOA e nas leis de créditos 
adicionais. 
A Constituição Federal veda a inclusão na LOA de crédito com finalidade 
imprecisa ou com dotação ilimitada. A LRF repete esta determinação 
estabelecendo que é vedado consignar na lei orçamentária crédito com 
finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada (art. 5o, § 4o, da LRF). 
Conforme visto, a LOA terá duração de um ano. Portanto, todas as suas 
dotações orçamentárias são para um ano. 
A LRF previu no § 5o do art. 5o que o governo não consignará dotação para 
investimento com duração superior ao exercício financeiro que não esteja 
previsto no Plano Plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão. 
Assim, contrário senso, na LOA poderá conter dotação orçamentária com 
duração superior ao exercício financeiro, desde que esteja previsto no PPA ou 
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22 
em lei que autorize a sua inclusão. 
O § 6o, do art. 5o,da LRF estabelece que integrarão as despesas da União, e 
serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a 
pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a 
benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos. 
Os servidores do Banco Central do Brasil – Bacen são estatutários, portanto, as 
despesas com pessoal e encargos sociais dessa instituição são custeadas pela 
União; assim, esses gastos deverão ser incluídos na LOA. 
Também, as despesas de custeio e investimento do Bacen serão realizadas 
(pagas) pela União, haja vista que este órgão é uma autarquia pública. 
O art. 7o da LRF estabelece que o resultado do Banco Central do Brasil, 
apurado após a constituição ou reversão de reservas, constitui receita do 
Tesouro Nacional, será transferido até o décimo dia útil subsequente à 
aprovação dos balanços semestrais. 
Comentários: Se por um lado as despesas são custeadas pela União, em 
contrapartida, os resultados (receitas) do órgão pertencem à União. É o 
princípio da universalidade, em que todas as receitas e despesas deverão 
constar na LOA. 
Comentários: Se o resultado do Bacen for negativo, o art. 7o da LRF prevê 
que constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central do Brasil e 
será consignado em dotação específica no orçamento. 
O § 2o, do art. 7o, da LRF estabelece que o impacto e o custo fiscal das 
operações realizadas pelo Banco Central do Brasil serão demonstrados 
trimestralmente, nos termos em que dispuser a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias da União. 
O § 3o, do art. 7o, da LRF prevê que os balanços trimestrais do Banco Central 
do Brasil conterão notas explicativas sobre os custos da remuneração das 
disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas cambiais e 
a rentabilidade de sua carteira de títulos, destacando os de emissão da União. 
Comentários: A LRF foi incisiva ao mencionar que as despesas do Banco 
Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, 
assistência aos servidores e investimentos deverão ser pagas pela União. 
Sendo despesas da União, obrigatoriamente deverão estar inseridas na LOA. É 
o princípio da universalidade, em que todas as receitas e despesas deverão 
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constar na LOA.3. Receita na LRF 
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão 
fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos 
da competência constitucional do ente da Federação. 
 
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias 
para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos 
impostos. 
Observe que esta regra refere-se aos 
impostos. 
 
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, 
considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do 
índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator 
relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos 
últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se 
referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. 
 
Portanto, na previsão da receita os entes da federação deverão observar 
os seguintes parâmetros: 
◊ As normas técnicas e legais; 
◊ Os efeitos das alterações na legislação; 
◊ A variação do índice de preços e do crescimento econômico; 
◊ Qualquer outro fator relevante; 
Devendo ainda: 
◊ Ser acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos 
últimos três anos; 
◊ Da projeção para os dois anos seguintes àquele a que se 
referirem; 
◊ Da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. 
 
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§ 1º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será 
admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. 
 
Essa reestimativa, caso ocorra, é realizada durante a tramitação do 
projeto de lei da LOA, a ser implementada pelos parlamentares. 
 
Portanto, a receita prevista pelo Executivo só pode ser alterada pelo 
Poder Legislativo, mediante reestimativas em caso de comprovado 
erro ou omissão de ordem técnica ou legal. 
 
§ 2º O montante previsto para as receitas de operações de crédito não 
poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de 
lei orçamentária. 
 
A denominada “regra de ouro” encontra-se inserida no Constituição 
Federal de 1988, especificamente no inciso III do art. 167, na Seção II – 
Dos Orçamentos, dentro do Capítulo II – Das Finanças Públicas. 
 
É uma regra relativa aos dispositivos orçamentários na qual se veda, em 
princípio, a realização de operações de crédito que excedam o 
montante das despesas de capital. 
 
Regras específicas de natureza fiscal 
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza 
tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de 
estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva 
iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de 
diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: 
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na 
estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não 
afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de 
diretrizes orçamentárias; 
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado 
no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de 
alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou 
contribuição. 
§ 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, 
concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou 
modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos 
ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento 
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25 
diferenciado. 
4. Despesa pública sob a ótica da LRF 
 
Geração de despesa mediante critérios 
 
A LRF estabelece as seguintes regras: 
Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação 
governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado 
de: 
I- estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que 
deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; 
II- declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem 
adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e 
compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes 
orçamentárias. 
 
A estimativa do impacto orçamentário-
financeiro da despesa criada ou gerada será acompanhada das 
premissas e metodologia de cálculos utilizadas. 
 
Para a LRF toda e qualquer despesa pública deverá estar adequada com 
a LOA e compatível com o PPA e a LDO. 
 
O que é despesa adequada com a lei orçamentária anual e 
compatível com o PPA e a LDO? 
 
Adequada com a lei orçamentária anual é a despesa objeto de 
dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito 
genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, 
realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam 
ultrapassados os limites estabelecidos para um exercício financeiro. 
 
Compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes 
orçamentárias é a despesa que seja compatível com as diretrizes, 
objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos de 
planejamento e não infrinja qualquer de suas disposições. 
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26 
 
O legislador infraconstitucional estabeleceu que são consideradas 
irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração ou assunção de 
obrigações em desacordo com as regras estabelecidas pela LRF. 
 
Estabeleceu ainda que é nulo de pleno direito o ato de que resulte 
aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias 
anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou 
órgão. 
 
Como forma de controle de despesa com pessoal, o legislador 
infraconstitucional estabeleceu que os limites de despesa total com 
pessoal seja verificada ao final de cada quadrimestre. Para a efetivação 
de tal medida os poderes e órgãos deverão elaborar quadrimestralmente 
o Relatório de Gestão Fiscal – RGF e publicá-lo em até trinta dias 
depois de elaborado. Sobre o RGF abordaremos com mais detalhes em 
capítulo específico. 
 
O que é gerar despesa em desacordo com a LRF? 
Seria a geração ou assunção de obrigações pelos gestores públicos 
(Presidente da República, Governadores, Prefeitos, Presidentes de 
Tribunais etc.) sem observância dos preceitos abaixo descritos. 
 
Preceitos a serem observados na geração de despesa pública: 
◊ Adequação das despesas com o PPA, LDO, LOA e com a própria LRF; 
◊ A realização das despesas em conformidade com os programas de 
trabalhos estabelecidos na LOA; 
◊ Obediência à lei de licitações públicas e demais instrumentos legais; 
◊ A criação, expansão ou aperfeiçoamentode ação governamental que 
acarrete aumento de despesas deverá estar acompanhada da estimativa do 
impacto orçamentário-financeiro no exercício e de declaração do ordenador 
de despesa de que a mesma tem adequação orçamentária e financeira e está 
compatível com o PPA e a LDO; 
◊ A criação ou aumento de despesas obrigatórias de caráter 
continuado, criadas por Lei, Medida Provisória ou ato administrativo 
normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um 
período superior a dois anos, não poderão afetar as metas de resultados 
fiscais previstos, devendo ainda seus efeitos financeiros nos períodos 
seguintes ser compensados pelo aumento permanente de receita (elevação 
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de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo 
ou contribuição) ou pela redução permanente de despesa. 
 
A obediência às normas de geração de despesa acima referenciadas 
constitui condição prévia para empenho e licitação de serviços, 
fornecimento de bens ou execução de obras bem como a desapropriação 
de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art. 182 da Constituição 
Federal. 
 
Despesa obrigatória de caráter continuado é 
aquela fixada para período superior a dois exercícios. Podem ser criadas, 
desde que não afete as metas de resultados fiscais previstos e seus 
efeitos financeiros devem ser compensados pelo aumento permanente 
de receita ou pela redução permanente de despesa. 
 
(CESPE – DPF Administrativo – Contador) 
Denomina-se despesa obrigatória de caráter continuado apenas a 
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato 
administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua 
execução por um período superior a três exercícios. 
 
Resolução 
1º. As despesas obrigatórias de caráter continuado podem ser criadas 
por lei, medida provisória ou ato administrativo normativo, sendo 
consideradas apenas as despesas correntes; 
2º. Não poderão afetar as metas de resultados fiscais previstos; 
3º. Os efeitos financeiros das despesas criadas devem ser compensados 
durante o período de sua vigência; 
4º. Só são consideradas despesas obrigatórias de caráter continuado 
quando fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um 
período superior a dois exercícios 
5º. Seus efeitos financeiros nos períodos seguintes devem ser 
compensados pelo aumento permanente de receita. 
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6º. Atenção! Para a LRF considera-se aumento permanente de receita 
o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, 
majoração ou criação de tributo ou contribuição. 
ERRADO. 
 
Despesa com o serviço da dívida e reajuste dos servidores 
públicos 
 
A geração de despesa destinada ao pagamento do serviço da dívida e ao 
reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do 
art. 37 da Constituição Federal NÃO existe necessidade de que seja 
demonstrada a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no 
exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes e nem a 
origem dos recursos para seu custeio. 
 
Considera-se serviço da dívida o pagamento de juros e encargos, 
variação cambial e a amortização do principal. 
 
A LRF considera ainda como aumento de despesa a prorrogação daquela 
criada por prazo determinado. 
 
Despesa irrelevante 
 
A LRF prevê que a lei de diretrizes orçamentárias de cada ente federado 
deva estabelecer o que se considera como despesa irrelevante. 
 
Na União as LDOs vem regulamentado essa matéria informando que 
despesas irrelevantes são aquelas cujo valor não ultrapasse, para bens 
e serviços, os limites dos incisos I e II do art. 24 da Lei nº. 8.666, de 
1993. 
 
Portanto, em nível federal considera-se despesa irrelevante os seguintes 
valores: 
Para obras e serviços de engenharia até R$ 15.000,00 
Para outros serviços e compres até R$ 8.000,00 
 
Observe a regra estabelecida na LDO 2007: 
Art. 124. Para os efeitos do art. 16 da Lei Complementar nº. 101, de 
2000: 
I - as especificações nele contidas integrarão o processo 
administrativo de que trata o art. 38 da Lei no 8.666, de 1993, bem 
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como os procedimentos de desapropriação de imóveis urbanos a que 
se refere o § 3o do art. 182 da Constituição; e 
II - entende-se como despesas irrelevantes aquelas cujo valor não 
ultrapasse, para bens e serviços, os limites dos incisos I e II do art. 24 
da Lei nº. 8.666, de 1993. 
 
Ênfase da LRF na execução e controle das despesas com pessoal 
 
Em razão de grande parte dos entes da federação comprometer quase 
todas as suas receitas com o pagamento de pessoal, o legislador 
ordinário deu atenção especial a essa rubrica de despesas, 
estabelecendo restrições e limites de gastos com pessoal. 
 
Para tanto, são consideradas irregulares e lesivas ao patrimônio público 
a geração ou assunção de obrigações em desacordo com as regras 
estabelecidas pela LRF. Dessa forma, alguns cuidados devem ser 
tomados antes da realização de qualquer tipo de despesa. 
 
Para a LRF, despesas com pessoal são apenas aquelas relacionadas a 
espécies remuneratórias, bem como despesas com a manutenção da 
seguridade social dos servidores dos entes federados. 
 
Dessa forma, despesas com auxílio-alimentação, assistência pré-escolar, 
vale-transporte, indenizações de bagagem, transporte, reparações 
econômicas e outras assemelhadas, bem como as aposentadorias e 
pensões pagas pelo regime geral da previdência social não são 
consideradas despesas com pessoal. 
 
A LRF parte do princípio de que “verbas indenizatórias” não são 
consideradas espécies remuneratórias, ou seja, não são computadas no 
cálculo do percentual de gasto com pessoal. 
 
O Inciso II do art. 195 da Constituição 
Federal estabelece que não pode haver cobrança de contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência 
social do trabalhador e dos demais segurados da previdência social. 
 
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Assim, se existe imunidade de contribuição social sobre aposentadoria e 
pensão concedidas pelo regime geral de previdência social do 
trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não há 
despesa com pessoal. 
 
(ESAF- Analista Contábil-Financeiro - 
SEFAZ - CE) Para os efeitos da Lei Complementar n.101/2000, 
considera-se despesa com pessoal: 
a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da 
administração pública. 
b) o auxílio-alimentação dos servidores. 
c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira dos 
servidores. 
d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder 
executivo. 
e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência 
social. 
 
Resolução 
a) As reparações econômicas, quaisquer que sejam, são espécies 
indenizatórias. ERRADO. 
b) Auxílio-alimentação dos servidores públicos não se considera como 
despesa com pessoal. ERRADO. 
c) As despesas com pessoal referentes à terceirização de mão-de-obra e 
que NÃO seja substituição de atividades previstas nos planos de carreira 
dos servidores não se considera como despesa de pessoal, mas sim 
despesa com serviços de terceiros – pessoa jurídica. ERRADO. 
d) Aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de quaisquer dos 
poderes são computadas nas despesas com pessoal inativo. São 
consideradas despesas com inativos dos chefes de poderes. CERTO. 
e) As aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência 
social NÃO ENTRAM no cálculo das despesas com pessoal. ERRADO. 
 
5. Transparência, controle, fiscalização e prestação de contas 
 
5.1. Transparência da gestão fiscal 
 
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A Lei de Responsabilidade Fiscal enumera no art. 48 os instrumentos de 
transparência da gestão fiscal, os quais não são exaustivos, ou seja, são 
apenas regras das informações mínimas que deverão ser divulgadas 
pelo poder público, cujo objetivo é o amplo conhecimento e acesso do 
povo às ações de governo. 
 
Em outras palavras, os instrumentos de transparência da gestão fiscal 
são informações que deverão ser evidenciadas e divulgadas para que o 
povo conheça o “destino” dos recursos arrecadados pelo poder público. 
 
Os instrumentos mínimos de transparência da gestão fiscal, aos quais 
deverão ser dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de 
acesso público, são: 
◊ Os Planos Plurianuais – PPA; 
◊ Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais de 
desenvolvimento; 
◊ Os orçamentos anuais – LOA; 
◊ As leis de diretrizes orçamentárias - LDO; 
◊ As prestações de contas; 
◊ O parecer prévio dos Tribunais de Contas; 
◊ O Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão 
Fiscal; 
◊ As versões simplificadas dos RREO e do RGF. 
 
A Lei Complementar 131/09, que alterou a LRF ampliou o rol de 
instrumentos de transparência na gestão fiscal. 
Assim, acrescentou: 
A transparência será assegurada também mediante: 
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, 
durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes 
orçamentárias e orçamentos; 
II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em 
tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e 
financeira, em meios eletrônicos de acesso público; 
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que 
atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da 
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União e ao disposto no art. 48-A. 
 
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 
48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica 
o acesso a informações referentes a: 
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no 
decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a 
disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente 
processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica 
beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório 
realizado; 
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das 
unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários. 
 
Portanto, a LRF estabelece que a transparência na gestão fiscal seja 
assegurada também mediante incentivo à participação popular e 
realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração 
e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos, 
ou seja, durante o processo de elaboração dos instrumentos de 
planejamento da administração pública. 
 
Objetivando dar efetivo cumprimento da transparência na gestão fiscal a 
LRF determina que as contas apresentadas pelo Chefe do Poder 
Executivo devam ficar disponíveis, durante todo o exercício, no 
respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua 
elaboração para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da 
sociedade. 
 
Em nível federal o órgão responsável pela elaboração das contas do 
Presidente da república é a Coordenação-Geral de Contabilidade da 
Secretaria do Tesouro Nacional. 
 
A Prestação de Contas do Presidente da República é o processo 
elaborado a cada exercício financeiro em cumprimento ao inciso XXIV do 
artigo 84 da Constituição Federal, onde determina que compete 
privativamente ao Presidente da República prestar, anualmente, ao 
Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão 
legislativa, as contas relativas ao exercício anterior. 
 
O instrumento legal à disposição da sociedade para o efetivo controle 
das ações do poder público é a AÇÃO POPULAR, posto que qualquer 
cidadão é parte legítima para propô-la, objetivando anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, em 
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especial, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural (art. 5º, LXXIII, CF). 
 
A propositura de ação popular isenta o autor de custas judiciais e do 
ônus de sucumbência, salvo se comprovada má fé. 
 
O Ministério Público também poderá promover a ação civil pública para a 
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros 
interesses difusos e coletivos. 
 
5.2. Regras de escrituração das contas públicas (importante!) 
 
Nesse tópico o legislador ordinário instituiu regras contábeis na LRF, em 
especial nos artigos 50 e 51. 
 
Assim, além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a 
LRF estabeleceu que a escrituração das contas públicas deve observar 
as seguintes normas: 
A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os 
recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem 
identificados e escriturados de forma individualizada;A despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime 
de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos 
fluxos financeiros pelo regime de caixa. Importante! Essa regra ratifica o 
regime contábil misto para a contabilidade pública previsto na Lei nº 
4.320/64 (regime de caixa para as receitas e de competência para as 
despesas); 
As demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as 
transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração 
direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente; 
As receitas e despesas previdenciárias serão 
apresentadas em demonstrativos financeiros e orçamentários específicos, ou 
seja, as receitas e despesas previdenciárias serão evidenciadas em 
demonstrativo à parte. A intenção é demonstrar a situação econômico-
financeira dos regimes previdenciários. 
As operações de crédito, as inscrições em restos a pagar e as demais formas 
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de financiamento ou assunção de compromissos junto a terceiros, deverão 
ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida 
pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor; 
A demonstração das variações patrimoniais – DVP dará destaque à origem e 
ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos. Assim sendo, 
conforme a LRF, a DVP deverá destacar a origem e o destino dos recursos 
provenientes de alienação de bens patrimoniais. 
A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá 
ao órgão central de contabilidade da União, no caso, a Secretaria de 
Tesouro Nacional - STN. Essa regra permanecerá enquanto não 
implantado o conselho de gestão fiscal, constituído por representantes 
de todos os poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de 
entidades técnicas representativas da sociedade. 
 
Até o fechamento desta aula o conselho em referência ainda não havia 
sido instituído, ou seja, depois de mais de treze anos de vigência da 
LRF. Ao que parece, a STN ainda irá legislar por um bom período, 
mesmo porque não temos notícia de nenhuma movimentação política 
nesse sentido. 
 
A Administração Pública deverá manter 
sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da 
gestão orçamentária, financeira e patrimonial. 
 
(ESAF – Contador Ministério do 
Planejamento/ENAP) Assinale a opção que indica um dos aspectos 
contábeis advindos da Lei Complementar n. 101 – Lei de 
Responsabilidade Fiscal. 
a) As receitas orçamentárias devem ser reconhecidas pelo regime de 
competência. 
b) As receitas e as despesas previdenciárias serão apresentadas em 
demonstrativos financeiros e orçamentários específicos. 
c) A origem e o destino de recursos oriundos da alienação de ativos 
deverão ser demonstrados no Balanço Orçamentário. 
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d) A edição de normas gerais para a consolidação das contas públicas 
caberá ao órgão central de contabilidade da União com a participação 
dos órgãos correspondentes nos estados e no Distrito Federal. 
e) Os Municípios são obrigados a encaminhar as suas contas ao Poder 
Executivo da União até 31 de maio. 
 
Resolução 
a) Conforme o Inciso II do art. 50 da LRF, a despesa e a assunção de 
compromisso serão registradas segundo o regime de competência, 
apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos 
financeiros pelo regime de caixa. ERRADO 
b) De acordo com o Inciso IV do art. 50 da LRF, as receitas e despesas 
previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos financeiros e 
orçamentários específicos. CERTO. 
c) A origem e o destino de recursos oriundos da alienação de ativos 
deverão ser demonstrados na Demonstração das Variações Patrimoniais 
– DVP. ERRADO. 
d) A edição de normas gerais para a consolidação das contas públicas 
caberá ao órgão central de contabilidade da União enquanto não for 
instituído o conselho de gestão fiscal, constituído por representantes de 
todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de 
entidades técnicas representativas da sociedade ERRADO. 
e) Os Municípios são obrigados a encaminhar as suas contas ao Poder 
Executivo da União até 30 de abril. Trinta e um de maio é o prazo 
estabelecido para os Estados. 
Observe o que prevê a LRF: 
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a 
consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da 
Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por 
meio eletrônico de acesso público. 
§ 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder 
Executivo da União nos seguintes prazos: 
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até 
trinta de abril; 
II - Estados, até trinta e um de maio; 
§ 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que 
a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências 
voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao 
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refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. 
ERRADO. 
 
6. Das prestações de contas 
 
A legislação brasileira estabelece que todo aquele que guarde, 
administre, gerencie, arrecade ou utilize bens e valores públicos tem o 
dever constitucional e moral de prestar contas dos recursos públicos. 
Essa prestação de contas consiste no envio, aos órgãos responsáveis, do 
conjunto de documentos e informações, obtidos direta ou indiretamente, 
que permitam avaliar a conformidade e o desempenho da gestão dos 
responsáveis por políticas públicas, bens, valores e serviços públicos. 
 
Geralmente a regularidade das contas prestadas pelos administradores 
públicos pode ser acompanhada por meio do sítio eletrônico do Tribunal 
de Contas de cada Ente Federado. 
 
Em sintonia com a legislação pretérita a LRF estabeleceu em seu artigo 
56 que as contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, 
além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no 
artigo 20, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do 
respectivo Tribunal de Contas. 
 
Em 17/08/2007 o Supremo Tribunal Federal 
– STF, dando continuidade ao julgamento da ADIN nº. 2.238-5 
suspendeu liminarmente a eficácia da aplicação dos artigos 56 e 57 da 
LRF. 
 
Assim sendo, atualmente as contas dos Presidentes dos órgãos dos 
Poderes Legislativo, Judiciário e do Chefe do Ministério Público deverão 
ser enviadas isoladamente pelos seus respectivos presidentes ou chefes 
e apreciadas

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