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Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 1 Queridos alunos! Ânimo e muita força de vontade para a conquista de seus sonhos! Nunca desista de conquistá-los! Estamos torcendo enormemente pelo seu sucesso. Certamente chegará esse momento, faço votos para que seja breve. Que sua mente esteja sempre ILUMINADA! Recomendo que se dê atenção especial na leitura da lei “seca” (LRF), em especial nos seguintes artigos: 1º e 2º, seus parágrafos e incisos; 4º ao 5º seus parágrafos e incisos; 8º e 9º e seus parágrafos; 11 ao 21; 29 ao 32; 42, 48 ao 51, seus parágrafos e incisos; 54 ao 59, seus parágrafos e incisos. No fim desta nota de aula estamos apresentando uma bateria de exercícios com a lista com todos os exercícios nela comentados, para que o aluno, a seu critério, os resolva antes de ver o gabarito e ler os comentários correspondentes. O tópico “Gestão organizacional da contabilidade pública no Brasil: papéis da Secretaria do Tesouro Nacional e dos órgãos setoriais de Contabilidade constantes da Lei nº 10.180/2001.” Será abordado em aula extra para que esta nota de aula não fique muito extensa. Reflexão! Viva! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, Aula 07 – Tópicos da lei de responsabilidade fiscal - LRF PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 2 porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é “muito” pra ser insignificante. (Charles Chaplin) Bons estudos! Sugiro atenção especial nos tópicos marcados em vermelho! Sumário Conteúdo Página 1. Conceitos 02 2. Planejamento 14 3. Receita na LRF 22 4. Despesa pública sob a ótica da LRF 24 5. Transparência, controle, fiscalização e prestação de contas 29 5.1. Transparência da gestão fiscal 30 5.2. Regras de escrituração das contas públicas 33 6. Das prestações de contas 36 7. Novas regras da LRF 38 8. Fiscalização da gestão fiscal 43 9. Dívida e endividamento 45 10. Dívida flutuante e fundada 50 11. Questões de concursos públicos 54 12. Lista das questões 86 13 Gabarito 92 1. Conceitos Empresa controlada PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 3 Sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação. O termo “ente” refere-se à União, estados/DF e municípios. Empresa estatal dependente Empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. Exemplo de estatal dependente: EMBRAPA, Autarquias especiais, etc. Exemplo de estatal não dependente: Banco do Brasil, CEF, ECT, etc. Receita corrente líquida - RCL Representa o total das receitas correntes, diminuídas de algumas receitas estabelecidas pela própria lei. A RCL constitui parâmetro para quase todos os cálculos relacionados à execução orçamentária, elaboração de relatórios e adequação dos poderes e órgãos aos limites de austeridade estabelecidos pela norma. Como se apura a receita corrente líquida na União? A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades (art. 2º, § 3º, da LRF). O que se entende por mês de referência? O mês de referência, ou atual, é o mês imediatamente anterior àquele em que a receita corrente líquida estiver sendo apurada (art. 6º, Parágrafo único, da Portaria STN nº 589/01). Exemplo: se a RCL estiver sendo apurada em dezembro, o mês de referência será novembro do mesmo ano. Para obter a RCL deve-se considerar no cálculo todas as receitas correntes dos onze meses anteriores e as do mês de referência e excluir, para a União: 1. Os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal; 2. As contribuições sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício e do PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 4 trabalhador e dos demais segurados da previdência social; 3. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (art. 239, Constituição Federal); 4. A contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição Federal. (ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ - CE) Com base na Lei Complementar nº. 101/2000, a receita corrente líquida compreende o somatório de todas as naturezas de receitas correntes, deduzida(s): a) as transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas ao custeio do Sistema Único de Saúde. b) as parcelas entregues por Municípios aos Estados e Distrito Federal por determinação constitucional. c) a contribuição dos trabalhadores e empregadores para o custeio do regime geral da previdência social. d) as receitas correntes próprias arrecadadas pelas autarquias e fundações públicas. e) as contribuições dos entes públicos para os fundos de pensão das empresas estatais. Resolução Conforme exposto detalhadamente no quadro anterior, especificamente no item 2, deduz-se também da RCL a contribuição dos trabalhadores e empregadores para o custeio do regime geral da previdência social. Opção “C”. Abaixo exemplificaremos de forma sucinta essa diferença e o conceito de RCL, sem apurá-la de forma detalhada. Receitas $ RECEITAS CORRENTES (I) 400.000 Tributárias 200.000 Contribuições sociais 150.000 Serviços 50.000 PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 5 RECEITAS DE CAPITAL (II) 100.000 Operações de Crédito 80.000 Alienações de Imóveis 20.000 TOTAL DASRECEITAS (I+II) 500.000 Com base nos dados do quadro acima, para se calcular a Receita Corrente Líquida, utilizaremos apenas $ 400.000, que é o total das receitas correntes. Segregando-se as receitas correntes das de capital, iremos efetuar as deduções estabelecidas pela LRF, conforme demonstrado abaixo. Vamos considerar que a União tenha realizado as seguintes transferências obrigatórias, ou seja, as transferências constitucionais ou legais: $15.000 para o Fundo de Participação dos Estados; $10.000 para o Fundo de Participação dos Municípios; $15.000 da contribuição descontada dos servidores, para custeio do plano de seguridade social. TÍTULOS $ Total das receitas correntes 400.000 (-) Transferências Constitucionais (25.000) (-) Receitas da Previdência Social dos Servidores (15.000) = Receita Corrente Líquida - RCL 360.000 Observe que, embora o total das receitas seja $ 500.000, para fins de apuração da receita corrente líquida, no cálculo considera-se apenas as receitas correntes, pois as receitas de capital não fazem parte desse cálculo. Exemplo de cálculo da RCL: Cálculo da Receita Corrente Líquida - União Discriminação $ I- Receitas Correntes 6.600.000 Receita Corrente da Administração Direta 6.000.000 Receita Corrente da Administração Indireta 600.000 II- Deduções 500.000 (-) Transferências Constitucionais aos Municípios 300.000 (-) Transferências Constitucionais aos Estados 100.000 (-) Compensação Financeira (art. 201, § 9º CF) 50.000 (-) Contribuições sociais descontadas dos servidores 50.000 3. Receita Corrente Líquida - RCL (I - II) 6.100.000 PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 6 A RCL é praticamente a base de cálculo para todas as despesas orçamentárias, em especial, as com pessoal e encargos sociais. (ESAF – AFC/STN) Com base nos seguintes dados, todos hipoteticamente registrados pela União, assinale a opção que indica o valor correto da receita corrente líquida, de acordo com o disposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal: a) $ 110 b) $ 115 c) $ 120 d) $ 125 e) $ 130 Resolução Para encontrar o valor da RCL devemos somar todas as receitas correntes e subtrair as receitas dedutíveis, ou seja, as despesas com transferências, conforme previsto na LRF. Portanto, no cálculo da RCL não são computadas as receitas de capital. Cálculo: PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 7 Receitas correntes $ 160 Tributária $ 120 Patrimonial $ 10 De serviços $ 30 (-) Despesas ou receitas transferidas $ (45) Transferências obrigatórias a Estados $ 35 Transferências obrigatórias ao Distrito Federal $ 10 = Receita corrente líquida RCL $ 115 Observe as regras legais acerca do cálculo da RCL: IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos: a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição; b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição. § 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. § 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o do art. 19. § 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades. Opção B. Conceito de despesa total com pessoal Em razão de grande parte dos entes da federação comprometerem quase todas as suas receitas com o pagamento de pessoal, o legislador ordinário deu atenção especial a essa rubrica de despesas, estabelecendo restrições, limites de gastos e prazos para recondução da despesa com pessoal. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 8 Para a LRF, despesas com pessoal são apenas aquelas relacionadas a espécies remuneratórias, bem como despesas com a manutenção da seguridade social dos servidores dos entes federados. Dessa forma, despesas com auxílio-alimentação, assistência pré-escolar, vale-transporte, indenizações de bagagem, transporte, reparações econômicas e outras assemelhadas, bem como as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência social não são consideradas despesas com pessoal. A LRF parte do princípio de que “verbas indenizatórias” não são consideradas espécies remuneratórias, ou seja, não são computadas no cálculo do percentual de gasto com pessoal. LRF: Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência. § 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal". As despesas provenientes de terceirização de mão-de-obra em substituição a servidores e empregados públicos são consideradas despesas com pessoal. Portanto, são incluídas na rubrica de despesa com pessoal, sendo contabilizadas em item à parte, de maneira destacada da despesa total com pessoal do órgão, no grupo “outras despesas de pessoal”. Caso a terceirização não seja para substituição de servidores e empregados públicos, tal despesa não será classificada como despesa de pessoal, mas sim como outra despesa corrente: DESPESA CORRENTE PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.comto remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 9 1- Pessoal e Encargos Sociais (terceirização COM substituição) 2- Juros e Encargos da Dívida 3- Outras Despesas Correntes (terceirização SEM substituição) Portanto, muita atenção! As despesas provenientes de terceirização de mão-de-obra em substituição a servidores e empregados públicos são computadas na despesa total com pessoal do ente, porém, destacadas no subgrupo “outras despesas de pessoal DECORRENTES DE TERCEIRIZAÇÃO”. (ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ - CE) Para os efeitos da Lei Complementar n.101/2000, considera-se despesa com pessoal: a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da administração pública. b) o auxílio-alimentação dos servidores. c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira dos servidores. d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder executivo. e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência social. Resolução a) As reparações econômicas, quaisquer que sejam, são espécies indenizatórias. ERRADO. b) Auxílio-alimentação dos servidores públicos não se considera como despesa com pessoal. ERRADO. c) As despesas com pessoal referentes à terceirização de mão-de-obra e que NÃO seja substituição de atividades previstas nos planos de carreira dos servidores não se considera como despesa de pessoal, mas sim despesa com serviços de terceiros – pessoa jurídica. ERRADO. d) Aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de quaisquer dos poderes são computadas nas despesas com pessoal inativo. São consideradas despesas com inativos dos chefes de poderes. CERTO. e) As aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência social NÃO ENTRAM no cálculo das despesas com pessoal. ERRADO. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 10 Exclusão de rubricas de despesa com pessoal Na verificação do atendimento dos limites para a despesa total com pessoal (estabelecidos na LRF), não serão computadas as seguintes: 1. Indenização por demissão de servidores ou empregados; 2. Relativas a incentivos à demissão voluntária - PDV; 3. Convocação Extraordinária do Legislativo em caso de urgência ou interesse público relevante (art. 19, § 1º, inciso III, da LRF, c/c o art. 57, inciso II, § 6º, CF). Atenção! Com a aprovação da Emenda Constitucional nº 50/2006, não mais existe pagamento de hora-extra pela convocação extraordinária do Congresso Nacional. 4. Decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração a que se refere o § 2º do art. 18 desta LRF. 5. Com pessoal do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União; 6. Com inativos, quando custeadas com recursos proveniente da arrecadação de contribuições dos segurados e de compensação financeira entre os diversos regimes de previdência social; 7. Das demais receitas diretamente arrecadas por fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem com seu superávit financeiro. Apuração da despesa total com pessoal A apuração das despesas total com pessoal será efetivada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência. Os gastos com pessoal dos entes da federação não poderão ser superiores aos percentuais da receita corrente líquida, conforme demonstrados a seguir: Despesa com pessoal na União PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 11 A UNIÃO não poderá “gastar” com pessoal mais do que 50% da Receita Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da seguinte forma: 2,5% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas da União; 6% para o Poder Judiciário; 40,9% para o poder Executivo; 0,6% para o Ministério Público da União: Do percentual de 40,9% previsto para o Poder Executivo da União, 3% serão destinados para: ◊ Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios; ◊ A polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal; ◊ Prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio. Portanto, 3% do percentual do Executivo da União serão destacados para as despesas com pessoal dos órgãos acima mencionados, repartidos de forma proporcional à média das despesas relativas a cada um, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao exercício de 2000, da seguinte forma: 0,275% para o Poder Judiciário do Distrito Federal e dos Territórios; 0,064% para o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios; 0,174% para o ex-Território de Roraima; 0,287% para o ex-Território do Amapá; 2,200% para prestar assistência financeira ao Distrito Federal. A repartição interna dos percentuais de gasto com pessoal, previsto na LRF para os poderes, é só para o Legislativo e Judiciário, exceto quanto ao percentual de 3% segregados do Executivo da União destinados aos órgãos e entes acima especificados. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 12 Observe a previsão legal estabelecida na LRF: “Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites serão repartidos entre seus órgãos de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar” (art. 20, § 1º.). (CESPE – Analista Administrativo/STF) Na hipótese de a receita corrente líquida da União atingir, em determinado período, R$400 bilhões, a despesa de pessoal do Poder Judiciário não poderá exceder R$14,4 bilhões. Resolução A UNIÃO não pode gastar com pessoal mais do que 50% da Receita Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da seguinte forma: 2,5% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas da União; 6% para o Poder Judiciário; 40,9% para o poder Executivo; 0,6% para o Ministério Público da União: Cálculo: Receita Corrente Líquida – RCL 400 bilhões Valor máximo a comprometer (50% X 400) 200 bilhões Repartição dopercentual (cota de cada poder) Executivo (40,9% X 400) 163,6 bilhões Legislativo (2,5% X 400) 10 bilhões Ministério Público (0,6% X 400) 2,4 bilhões Judiciário (6% X 400) 24 bilhões Total 200 bilhões Conclusão: O Poder judiciário da União pode comprometer até 24 bilhões de despesa com pessoal. Portanto, analisando os dados apresentados, a despesa de pessoal do Poder Judiciário poderá exceder R$ 14,4 bilhões. ERRADO. Despesa com pessoal nos Estados e Distrito Federal PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 13 OS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL não poderão gastar com pessoal mais do que 60% da Receita Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da seguinte forma: 3% para o Legislativo, incluindo os Tribunais de Contas; 6% para o Poder Judiciário; 49% para o Poder Executivo; 2% para o Ministério Público dos Estados Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, os percentuais de 3% e de 49% serão, respectivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento). Exemplo: Nos Estados de Goiás e Ceará existem Tribunal de Contas do Estado e dos Municípios. Assim sendo, os Poderes Legislativos daqueles Estados ficam com 3,4% e os Poderes Executivos, com 48,6%. Despesa com pessoal nos Municípios Os MUNICÍPIOS não poderão gastar com pessoal mais do que 60% da Receita Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da seguinte forma: 6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Município, se houver; 54% para o Poder Executivo; Os percentuais acima serão repartidos no âmbito do poder Legislativo, entre os seus órgãos de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três últimos exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF. Não confundir Tribunal de Contas do Município com Tribunal de Contas dos Municípios. Este pertence ao Estado Federado e tem por finalidade fiscalizar todos os municípios do estado, aquele, ao próprio município. 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A LRF trouxe novidades ao estabelecer em seu art. 42 que é vedado ao titular de Poder ou órgão, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. LRF: Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício. A LRF ainda estabeleceu limites e condições para a inscrição em Restos a Pagar, estabelecendo que as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais formas de financiamento ou assunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 15 evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor. 2. Planejamento PPA – a LRF silenciou quanto a este instrumento de planejamento. LDO e as regras impostas pela LRF Importância da LDO após a LRF Com a vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias passou a ter mais relevância, ou seja, ganhou mais ênfase. Muito cobrado em concursos! A LRF estabeleceu que a LDO deverá dispor sobre: ► Equilíbrio entre receitas e despesas; ► Critérios e forma de limitação de empenho, a ser verificado no final de cada bimestre quando se verificar que a realização da receita poderá comprometer os resultados nominal e primário estabelecidos no anexo de metas fiscais e para reduzir a dívida ao limite estabelecido pelo Senado Federal; ► Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos; ► Demais condições e exigências para as transferências de recursos a entidade públicas e privadas. (CESPE/MPU 2010 - TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO/CONTROLE INTERNO) A LDO é responsável pelo estabelecimento de normas, critérios e limitações de empenho para os entes da Federação. Resolução A LRF estabelece em seu art. 4o que a lei de diretrizes orçamentárias deverá atender as determinações constitucionais e ainda: a) equilíbrio entre receitas e despesas; PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 16 b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivado caso a haja frustração de receita, ou seja, no caso de a receita arrecadada ser inferior à previsão; e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. Existe uma pegadinha na questão! A LDO da União NÃO pode estabelecer normas, critérios e limitações de empenho para os entes da Federação. A LDO da União é aplicável só à União. Cada Ente da Federação possui sua própria LDO. ERRADO. Anexo de Metas Fiscais – AMF na LDO O § 1º do art. 4º da LRF estabelece que integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais. Qual é a função do AMF? Estabelecer metas anuais, em valores correntes e constantes,relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes, ou seja, três exercícios financeiros. Conteúdo do Anexo de Metas Fiscais O § 2º do art. 4º da LRF menciona que o Anexo de Metas Fiscais conterá, ainda: 1. Avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; 2. Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional; 3. Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; 4. Avaliação da situação financeira e atuarial: a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial; 5. Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 17 Anexo de Riscos Fiscais – ARF na LDO O § 3º do art. 4º da LRF determina que a lei de diretrizes orçamentárias contenha Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. Bastante cobrado em concurso! A LDO deverá conter dois anexos: o de Metas Fiscais e o de Riscos Fiscais. No Anexo de Metas Fiscais estabelece metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes, ou seja, para 3 exercícios. Finalidade e conteúdo do Anexo de Riscos Fiscais No Anexo de Riscos Fiscais serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. Portanto, não se esqueça! O AMF estabelece metas e o ARF avalia os passivos contingentes e outros riscos capazes de as contas públicas. O que seriam outros riscos capazes de as contas públicas? São os riscos orçamentários e os riscos da dívida. Exemplo de riscos orçamentários: Possibilidade de algumas receitas previstas na LOA não serem realizadas. Exemplo de riscos da dívida: Altas variações das taxas de juros e de câmbio em títulos vincendos. Este assunto será mais bem detalhado no capítulo referente à lei orçamentária anual. Anexo à Mensagem Presidencial de encaminhamento da LDO PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 18 O § 4º do art. 4º da LRF, propugna que a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente. LOA e as regras impostas pela LRF Depois de aprovada a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, a Lei Orçamentária Anual – LOA ganhou ênfase e passou a ter mais relevância, ou seja, maior dimensão. O art. 5o da LRF estabeleceu que o Projeto de Lei Orçamentária Anual deve ser elaborado de forma compatível com o Plano Plurianual (PPA), com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e com a própria LRF. Essa é a regra de integração entre as leis orçamentárias. Coaduna-se com o orçamento-programa, ou seja, a integração entre planejamento e orçamento. Na realidade, essa integração entre o PPA e a LOA tem sido bastante comprometida em virtude da falta de rigor no cumprimento dos prazos na elaboração dos instrumentos de planejamento. Por muitas vezes, no Brasil, a LOA foi aprovada e publicada com defasagem de até cinco meses em relação à data prevista na CF. (Cespe – STF – Analista Administrativo) Tem-se observado, no Brasil, que o calendário das matérias orçamentárias e a falta de rigor no cumprimento dos prazos comprometem a integração entre Planos Plurianuais e Leis Orçamentárias Anuais. Resolução O § 2o, do art. 35, do ato das disposições constitucionais transitórias estabelece as seguintes regras: 1. Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9o, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 1.1. O projeto do Plano Plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 19 1.2. O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 1.3. O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. A referida lei complementar acima prevista ainda encontra-se em tramitação no Congresso Nacional há mais de dez anos. Atualmente, está em vigor a Lei Nacional no 4.320/1964, aprovada como lei ordinária, porém, recepcionada pela CF/1988 como lei complementar. É comum no Brasil, em especial no nível Federal, o encerramento do exercício financeiro sem a aprovação da LOA. Já houve ano em que a LOA fora aprovada só em junho do ano subsequente. É óbvio que essa situação compromete a integração entre Planos Plurianuais e Leis Orçamentárias Anuais, em especial no que se refere a investimentos, posto que “em tese” nenhum investimento pode ser realizado sem que a LOA tenha sido aprovada. CERTO. A LRF estabeleceu que a LOA deve dispor sobre as seguintes matérias: ► Deve conter, anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais. ► Será acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado. ► Conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definidoscom base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 20 A reserva de contingência é uma dotação orçamentária não específica, ou seja, não é destinada a nenhum órgão, fundo ou despesa. É um determinado valor (dotação) que deverá estar contido na LOA, e a sua forma de utilização e montante serão estabelecidos na LDO. Cuidado: O montante a ser utilizado da reserva de contingência deverá ser estabelecido com base na receita corrente líquida. Exemplo: A LDO poderá estabelecer que o montante da reserva de contingência constante na LOA seria de no máximo 5% da receita corrente líquida. A reserva de contingência será destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos, a exemplo do pagamento de decisões judiciais, (FCC – TRT-23a Região – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2011) Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, deverá constar na Lei Orçamentária Anual: a) Anexo de Metas Fiscais. b) Política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. c) Reserva de Contingência. d) Anexo de Riscos Fiscais. e) Créditos com dotação ilimitada, desde que autorizados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. Resolução Questão simples, exigiu apenas conhecimento literal da LRF. Observe as regras da LRF para cumprimento na LOA: Art. 5o. O projeto de Lei Orçamentária Anual, elaborado de forma compatível com o Plano Plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e metas PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 21 constantes do documento de que trata o § 1o do art. 4o; II – será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias, destinada ao: a) (VETADO) b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. § 4o. É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. (grifei) Observe que a LRF veda consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada, porém, não existem ressalvas conforme o comando da opção e, ou seja, “desde que autorizados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias”. Letra C. Mais algumas implicações da LRF na LOA A LRF determina que a LOA deve conter todas as despesas relativas à divida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão constarão na Lei Orçamentária Anual (§ 1o, do art. 5o, da LRF). O § 2o do art. 5o estabelece que o refinanciamento da dívida mobiliária ou contratual deverá constar separadamente na LOA e nas leis de créditos adicionais. A Constituição Federal veda a inclusão na LOA de crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. A LRF repete esta determinação estabelecendo que é vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada (art. 5o, § 4o, da LRF). Conforme visto, a LOA terá duração de um ano. Portanto, todas as suas dotações orçamentárias são para um ano. A LRF previu no § 5o do art. 5o que o governo não consignará dotação para investimento com duração superior ao exercício financeiro que não esteja previsto no Plano Plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão. Assim, contrário senso, na LOA poderá conter dotação orçamentária com duração superior ao exercício financeiro, desde que esteja previsto no PPA ou PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 22 em lei que autorize a sua inclusão. O § 6o, do art. 5o,da LRF estabelece que integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos. Os servidores do Banco Central do Brasil – Bacen são estatutários, portanto, as despesas com pessoal e encargos sociais dessa instituição são custeadas pela União; assim, esses gastos deverão ser incluídos na LOA. Também, as despesas de custeio e investimento do Bacen serão realizadas (pagas) pela União, haja vista que este órgão é uma autarquia pública. O art. 7o da LRF estabelece que o resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, será transferido até o décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais. Comentários: Se por um lado as despesas são custeadas pela União, em contrapartida, os resultados (receitas) do órgão pertencem à União. É o princípio da universalidade, em que todas as receitas e despesas deverão constar na LOA. Comentários: Se o resultado do Bacen for negativo, o art. 7o da LRF prevê que constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central do Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento. O § 2o, do art. 7o, da LRF estabelece que o impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do Brasil serão demonstrados trimestralmente, nos termos em que dispuser a Lei de Diretrizes Orçamentárias da União. O § 3o, do art. 7o, da LRF prevê que os balanços trimestrais do Banco Central do Brasil conterão notas explicativas sobre os custos da remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de títulos, destacando os de emissão da União. Comentários: A LRF foi incisiva ao mencionar que as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, assistência aos servidores e investimentos deverão ser pagas pela União. Sendo despesas da União, obrigatoriamente deverão estar inseridas na LOA. É o princípio da universalidade, em que todas as receitas e despesas deverão PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 23 constar na LOA.3. Receita na LRF Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos. Observe que esta regra refere-se aos impostos. Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. Portanto, na previsão da receita os entes da federação deverão observar os seguintes parâmetros: ◊ As normas técnicas e legais; ◊ Os efeitos das alterações na legislação; ◊ A variação do índice de preços e do crescimento econômico; ◊ Qualquer outro fator relevante; Devendo ainda: ◊ Ser acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos; ◊ Da projeção para os dois anos seguintes àquele a que se referirem; ◊ Da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 24 § 1º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. Essa reestimativa, caso ocorra, é realizada durante a tramitação do projeto de lei da LOA, a ser implementada pelos parlamentares. Portanto, a receita prevista pelo Executivo só pode ser alterada pelo Poder Legislativo, mediante reestimativas em caso de comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. § 2º O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária. A denominada “regra de ouro” encontra-se inserida no Constituição Federal de 1988, especificamente no inciso III do art. 167, na Seção II – Dos Orçamentos, dentro do Capítulo II – Das Finanças Públicas. É uma regra relativa aos dispositivos orçamentários na qual se veda, em princípio, a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital. Regras específicas de natureza fiscal Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições: I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias; II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. § 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 25 diferenciado. 4. Despesa pública sob a ótica da LRF Geração de despesa mediante critérios A LRF estabelece as seguintes regras: Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: I- estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; II- declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. A estimativa do impacto orçamentário- financeiro da despesa criada ou gerada será acompanhada das premissas e metodologia de cálculos utilizadas. Para a LRF toda e qualquer despesa pública deverá estar adequada com a LOA e compatível com o PPA e a LDO. O que é despesa adequada com a lei orçamentária anual e compatível com o PPA e a LDO? Adequada com a lei orçamentária anual é a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para um exercício financeiro. Compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias é a despesa que seja compatível com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos de planejamento e não infrinja qualquer de suas disposições. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 26 O legislador infraconstitucional estabeleceu que são consideradas irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração ou assunção de obrigações em desacordo com as regras estabelecidas pela LRF. Estabeleceu ainda que é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão. Como forma de controle de despesa com pessoal, o legislador infraconstitucional estabeleceu que os limites de despesa total com pessoal seja verificada ao final de cada quadrimestre. Para a efetivação de tal medida os poderes e órgãos deverão elaborar quadrimestralmente o Relatório de Gestão Fiscal – RGF e publicá-lo em até trinta dias depois de elaborado. Sobre o RGF abordaremos com mais detalhes em capítulo específico. O que é gerar despesa em desacordo com a LRF? Seria a geração ou assunção de obrigações pelos gestores públicos (Presidente da República, Governadores, Prefeitos, Presidentes de Tribunais etc.) sem observância dos preceitos abaixo descritos. Preceitos a serem observados na geração de despesa pública: ◊ Adequação das despesas com o PPA, LDO, LOA e com a própria LRF; ◊ A realização das despesas em conformidade com os programas de trabalhos estabelecidos na LOA; ◊ Obediência à lei de licitações públicas e demais instrumentos legais; ◊ A criação, expansão ou aperfeiçoamentode ação governamental que acarrete aumento de despesas deverá estar acompanhada da estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício e de declaração do ordenador de despesa de que a mesma tem adequação orçamentária e financeira e está compatível com o PPA e a LDO; ◊ A criação ou aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado, criadas por Lei, Medida Provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois anos, não poderão afetar as metas de resultados fiscais previstos, devendo ainda seus efeitos financeiros nos períodos seguintes ser compensados pelo aumento permanente de receita (elevação PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 27 de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição) ou pela redução permanente de despesa. A obediência às normas de geração de despesa acima referenciadas constitui condição prévia para empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras bem como a desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art. 182 da Constituição Federal. Despesa obrigatória de caráter continuado é aquela fixada para período superior a dois exercícios. Podem ser criadas, desde que não afete as metas de resultados fiscais previstos e seus efeitos financeiros devem ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa. (CESPE – DPF Administrativo – Contador) Denomina-se despesa obrigatória de caráter continuado apenas a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a três exercícios. Resolução 1º. As despesas obrigatórias de caráter continuado podem ser criadas por lei, medida provisória ou ato administrativo normativo, sendo consideradas apenas as despesas correntes; 2º. Não poderão afetar as metas de resultados fiscais previstos; 3º. Os efeitos financeiros das despesas criadas devem ser compensados durante o período de sua vigência; 4º. Só são consideradas despesas obrigatórias de caráter continuado quando fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios 5º. Seus efeitos financeiros nos períodos seguintes devem ser compensados pelo aumento permanente de receita. 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Despesa com o serviço da dívida e reajuste dos servidores públicos A geração de despesa destinada ao pagamento do serviço da dívida e ao reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição Federal NÃO existe necessidade de que seja demonstrada a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes e nem a origem dos recursos para seu custeio. Considera-se serviço da dívida o pagamento de juros e encargos, variação cambial e a amortização do principal. A LRF considera ainda como aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado. Despesa irrelevante A LRF prevê que a lei de diretrizes orçamentárias de cada ente federado deva estabelecer o que se considera como despesa irrelevante. Na União as LDOs vem regulamentado essa matéria informando que despesas irrelevantes são aquelas cujo valor não ultrapasse, para bens e serviços, os limites dos incisos I e II do art. 24 da Lei nº. 8.666, de 1993. Portanto, em nível federal considera-se despesa irrelevante os seguintes valores: Para obras e serviços de engenharia até R$ 15.000,00 Para outros serviços e compres até R$ 8.000,00 Observe a regra estabelecida na LDO 2007: Art. 124. Para os efeitos do art. 16 da Lei Complementar nº. 101, de 2000: I - as especificações nele contidas integrarão o processo administrativo de que trata o art. 38 da Lei no 8.666, de 1993, bem PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 29 como os procedimentos de desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art. 182 da Constituição; e II - entende-se como despesas irrelevantes aquelas cujo valor não ultrapasse, para bens e serviços, os limites dos incisos I e II do art. 24 da Lei nº. 8.666, de 1993. Ênfase da LRF na execução e controle das despesas com pessoal Em razão de grande parte dos entes da federação comprometer quase todas as suas receitas com o pagamento de pessoal, o legislador ordinário deu atenção especial a essa rubrica de despesas, estabelecendo restrições e limites de gastos com pessoal. Para tanto, são consideradas irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração ou assunção de obrigações em desacordo com as regras estabelecidas pela LRF. Dessa forma, alguns cuidados devem ser tomados antes da realização de qualquer tipo de despesa. Para a LRF, despesas com pessoal são apenas aquelas relacionadas a espécies remuneratórias, bem como despesas com a manutenção da seguridade social dos servidores dos entes federados. Dessa forma, despesas com auxílio-alimentação, assistência pré-escolar, vale-transporte, indenizações de bagagem, transporte, reparações econômicas e outras assemelhadas, bem como as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência social não são consideradas despesas com pessoal. A LRF parte do princípio de que “verbas indenizatórias” não são consideradas espécies remuneratórias, ou seja, não são computadas no cálculo do percentual de gasto com pessoal. O Inciso II do art. 195 da Constituição Federal estabelece que não pode haver cobrança de contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social do trabalhador e dos demais segurados da previdência social. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 30 Assim, se existe imunidade de contribuição social sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não há despesa com pessoal. (ESAF- Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ - CE) Para os efeitos da Lei Complementar n.101/2000, considera-se despesa com pessoal: a) as reparações econômicas a anistiados políticos não membros da administração pública. b) o auxílio-alimentação dos servidores. c) a terceirização de atividades não previstas nos planos de carreira dos servidores. d) as aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de poder executivo. e) as aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência social. Resolução a) As reparações econômicas, quaisquer que sejam, são espécies indenizatórias. ERRADO. b) Auxílio-alimentação dos servidores públicos não se considera como despesa com pessoal. ERRADO. c) As despesas com pessoal referentes à terceirização de mão-de-obra e que NÃO seja substituição de atividades previstas nos planos de carreira dos servidores não se considera como despesa de pessoal, mas sim despesa com serviços de terceiros – pessoa jurídica. ERRADO. d) Aposentadorias e pensões relativas a ex-chefes de quaisquer dos poderes são computadas nas despesas com pessoal inativo. São consideradas despesas com inativos dos chefes de poderes. CERTO. e) As aposentadorias e pensões pagas pelo regime geral da previdência social NÃO ENTRAM no cálculo das despesas com pessoal. ERRADO. 5. Transparência, controle, fiscalização e prestação de contas 5.1. Transparência da gestão fiscal PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 31 A Lei de Responsabilidade Fiscal enumera no art. 48 os instrumentos de transparência da gestão fiscal, os quais não são exaustivos, ou seja, são apenas regras das informações mínimas que deverão ser divulgadas pelo poder público, cujo objetivo é o amplo conhecimento e acesso do povo às ações de governo. Em outras palavras, os instrumentos de transparência da gestão fiscal são informações que deverão ser evidenciadas e divulgadas para que o povo conheça o “destino” dos recursos arrecadados pelo poder público. Os instrumentos mínimos de transparência da gestão fiscal, aos quais deverão ser dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público, são: ◊ Os Planos Plurianuais – PPA; ◊ Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento; ◊ Os orçamentos anuais – LOA; ◊ As leis de diretrizes orçamentárias - LDO; ◊ As prestações de contas; ◊ O parecer prévio dos Tribunais de Contas; ◊ O Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; ◊ As versões simplificadas dos RREO e do RGF. A Lei Complementar 131/09, que alterou a LRF ampliou o rol de instrumentos de transparência na gestão fiscal. Assim, acrescentou: A transparência será assegurada também mediante: I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 32 União e ao disposto no art. 48-A. Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a: I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários. Portanto, a LRF estabelece que a transparência na gestão fiscal seja assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos, ou seja, durante o processo de elaboração dos instrumentos de planejamento da administração pública. Objetivando dar efetivo cumprimento da transparência na gestão fiscal a LRF determina que as contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo devam ficar disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade. Em nível federal o órgão responsável pela elaboração das contas do Presidente da república é a Coordenação-Geral de Contabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional. A Prestação de Contas do Presidente da República é o processo elaborado a cada exercício financeiro em cumprimento ao inciso XXIV do artigo 84 da Constituição Federal, onde determina que compete privativamente ao Presidente da República prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas relativas ao exercício anterior. O instrumento legal à disposição da sociedade para o efetivo controle das ações do poder público é a AÇÃO POPULAR, posto que qualquer cidadão é parte legítima para propô-la, objetivando anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, em PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 33 especial, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural (art. 5º, LXXIII, CF). A propositura de ação popular isenta o autor de custas judiciais e do ônus de sucumbência, salvo se comprovada má fé. O Ministério Público também poderá promover a ação civil pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 5.2. Regras de escrituração das contas públicas (importante!) Nesse tópico o legislador ordinário instituiu regras contábeis na LRF, em especial nos artigos 50 e 51. Assim, além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a LRF estabeleceu que a escrituração das contas públicas deve observar as seguintes normas: A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;A despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa. Importante! Essa regra ratifica o regime contábil misto para a contabilidade pública previsto na Lei nº 4.320/64 (regime de caixa para as receitas e de competência para as despesas); As demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente; As receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos financeiros e orçamentários específicos, ou seja, as receitas e despesas previdenciárias serão evidenciadas em demonstrativo à parte. A intenção é demonstrar a situação econômico- financeira dos regimes previdenciários. As operações de crédito, as inscrições em restos a pagar e as demais formas PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 34 de financiamento ou assunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor; A demonstração das variações patrimoniais – DVP dará destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos. Assim sendo, conforme a LRF, a DVP deverá destacar a origem e o destino dos recursos provenientes de alienação de bens patrimoniais. A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União, no caso, a Secretaria de Tesouro Nacional - STN. Essa regra permanecerá enquanto não implantado o conselho de gestão fiscal, constituído por representantes de todos os poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade. Até o fechamento desta aula o conselho em referência ainda não havia sido instituído, ou seja, depois de mais de treze anos de vigência da LRF. Ao que parece, a STN ainda irá legislar por um bom período, mesmo porque não temos notícia de nenhuma movimentação política nesse sentido. A Administração Pública deverá manter sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial. (ESAF – Contador Ministério do Planejamento/ENAP) Assinale a opção que indica um dos aspectos contábeis advindos da Lei Complementar n. 101 – Lei de Responsabilidade Fiscal. a) As receitas orçamentárias devem ser reconhecidas pelo regime de competência. b) As receitas e as despesas previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos financeiros e orçamentários específicos. c) A origem e o destino de recursos oriundos da alienação de ativos deverão ser demonstrados no Balanço Orçamentário. PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 35 d) A edição de normas gerais para a consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União com a participação dos órgãos correspondentes nos estados e no Distrito Federal. e) Os Municípios são obrigados a encaminhar as suas contas ao Poder Executivo da União até 31 de maio. Resolução a) Conforme o Inciso II do art. 50 da LRF, a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa. ERRADO b) De acordo com o Inciso IV do art. 50 da LRF, as receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos financeiros e orçamentários específicos. CERTO. c) A origem e o destino de recursos oriundos da alienação de ativos deverão ser demonstrados na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP. ERRADO. d) A edição de normas gerais para a consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União enquanto não for instituído o conselho de gestão fiscal, constituído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade ERRADO. e) Os Municípios são obrigados a encaminhar as suas contas ao Poder Executivo da União até 30 de abril. Trinta e um de maio é o prazo estabelecido para os Estados. Observe o que prevê a LRF: Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso público. § 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes prazos: I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta de abril; II - Estados, até trinta e um de maio; § 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermarkPDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental Aula 07 – Tópicos da LRF Prof. Deusvaldo Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 36 refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. ERRADO. 6. Das prestações de contas A legislação brasileira estabelece que todo aquele que guarde, administre, gerencie, arrecade ou utilize bens e valores públicos tem o dever constitucional e moral de prestar contas dos recursos públicos. Essa prestação de contas consiste no envio, aos órgãos responsáveis, do conjunto de documentos e informações, obtidos direta ou indiretamente, que permitam avaliar a conformidade e o desempenho da gestão dos responsáveis por políticas públicas, bens, valores e serviços públicos. Geralmente a regularidade das contas prestadas pelos administradores públicos pode ser acompanhada por meio do sítio eletrônico do Tribunal de Contas de cada Ente Federado. Em sintonia com a legislação pretérita a LRF estabeleceu em seu artigo 56 que as contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no artigo 20, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas. Em 17/08/2007 o Supremo Tribunal Federal – STF, dando continuidade ao julgamento da ADIN nº. 2.238-5 suspendeu liminarmente a eficácia da aplicação dos artigos 56 e 57 da LRF. Assim sendo, atualmente as contas dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e do Chefe do Ministério Público deverão ser enviadas isoladamente pelos seus respectivos presidentes ou chefes e apreciadas
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