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ESTUDO DE CONFLITOS INTERNACIONAIS
Grupo: Jéssica Dalmati; Júlia Portocarrero e Marcelle Braga.
Matéria: Estudo dos Conflitos Internacionais. 
Professor: André Sena
Analisando a charge ao lado, podemos fazer algumas observações, mas para efeito de contextualização, vamos definir alguns parâmetros: o processo migratório e a globalização formaram um elo inseparável desde a última metade do século passado. Os motivos são vários: eficácia dos meios de transporte e comunicação, desenvolvimento do setor turístico, desigualdades socioeconômicas entre os países etc.; no entanto, os malefícios vêm surgindo ao longo do tempo. Um deles bastante característico nessa situação é a xenofobia, que se define sendo um fenômeno social onde existe um medo ilógico do diferente e do desconhecido. A xenofobia é o preconceito, a aversão e a discriminação contra pessoas de diferentes culturas, etnias ou nacionalidades. Está diretamente ligada ao etnocentrismo, esse conceito nada mais é do que a ideia de que um certo grupo étnico é superior a outros. Além desses dois fatores, ainda é importante definir o conceito de protecionismo, sistema de proteção da indústria que um país adota por meio da taxação de produtos estrangeiros.
Dito isso, analisando a história dos Estados Unidos da América, podemos notar como sendo um Estado com uma alta propensão a geração de conflitos, mesmo que de forma mais branda, por meio de um balanceamento hostil, mas ainda assim brando. Ou seja, desde sua independência, e utilizando o conceito de Destino Manifesto, onde se tornou uma nação cuja doutrina é se considerar um povo escolhido por Deus para civilizar o continente com respaldo divino, mesmo com o número de mortes e atrocidades cometidas; conceito esse que mais tarde favoreceu o grande imperialismo americano. 
Sendo assim, com a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA, podemos observar a série de acontecimentos internacionais precedidos pela postura nociva do então presidente, onde ao meu ver, considero como um intenso conflito as guerras comerciais que estão sendo travadas até então prejudicando grande parte do sistema internacional, mas principalmente Estados emergentes onde a economia não é estabilizada e necessita do volume de exportações para se manter. 
Com a globalização, o nível de integração entre os Estados aumentou, gerando uma série de Acordos e Tratados para facilitar e otimizar a relação principalmente a nível comercial. O fato é que, Trump desde que foi eleito saiu de inúmeros deles: Tratado de Associação Transpacífica, Acordo de Paris sobre o clima, acordo nuclear com o Irã, Unesco e mais recentemente se retirou do Conselho de Direitos Humanos. Além disso, Trump criou a política de “tolerância zero”, onde os imigrantes ilegais que são pegos entrando no país são automaticamente detidos e as crianças são separadas de seus pais por não poderem permanecer no mesmo local; em apenas três meses, quase duas mil crianças foram retiradas de seus pais ou tutores, incluindo crianças pequenas e bebês. Com isso, o muro criado pode ser comparado ao Muro de Israel e ao antigo Muro de Berlim, considerados divisores do “mundo”; mas não parando por aí, logo que foi eleito Trump vetou a entrada absoluta de imigrantes vindo de 6 países cujo maioria da população é muçulmana. 
Sendo assim, o protecionismo instituído pelos EUA já afeta a economia global de acordo com o FMI causando uma desaceleração mundial, por exemplo na UE que lançou um apelo pelo livre-comércio, em uma clara referência às políticas protecionistas de Donald Trump, durante uma cúpula em Bruxelas com líderes de 21 países da Ásia e Rússia. Por exemplo, Rússia e China lançaram uma declaração conjunta com críticas aos Estados Unidos e sua "busca pela hegemonia e monopólio no cenário internacional". O presidente da China ressaltou o consenso entre a Europa e a Ásia sobre "a necessidade de proteger as organizações comerciais que respeitam as normas e leis internacionais". Moscou enfrenta a expansão, rumo a suas fronteiras, da Otan, a aliança militar liderada por Washington. A China coleciona uma lista de diferenças com o governo norte-americano, como direitos humanos, apoio a Taiwan e disputas comerciais. Já Chefe do programa nuclear iraniano, anunciou que o Irã não está satisfeito com as propostas europeias para tentar salvar o acordo de 2015, abandonado pelos EUA. Várias empresas europeias já anunciaram que deixarão de comercializar com o Irã, por medo de represálias norte-americanas. 
Além disso, a xenofobia dos EUA já se tornou um problema institucional, com o presidente fazendo comentários racistas, difamando mexicanos e muçulmanos presentes no país. É preocupante essa nova administração, ao ponto que o representante de Direitos Humanos da ONU mostrou indignação pelas novas normas migratórias que estão sendo promovidas de proibir a entrada durante 90 dias de cidadãos de seis países predominantemente muçulmanos. Também lamentou que o presidente americano pretenda deportar os imigrantes irregulares que residem no país, sem levar em conta os anos que estão residindo nos Estados Unidos e nem suas raízes familiares.
Concluindo, após essa séria de posturas nocivas ao cenário internacional, podemos considerar como esse sendo um conflito gigantesco e crescente, liderado por uma das maiores potências mundiais; promovendo a desavença entre nações até então com relações estáveis, excluindo grande parte da população mundial como sendo “inferiores” e não merecedores, Trump está dificultando a conciliação e muito provavelmente pode acarretar uma série de conjunturas inesperadas e prejudiciais. No mais, a charge mostra pouco mas dialoga com a situação internacional atual e traz à tona uma variedade de questões impensáveis até agora, fazendo com que seja necessária uma reorganização de prioridades no cenário internacional, não nos deixando a mercê de decisões de irresponsáveis. 
Analisando a charge em questão, podemos observar o dilema em que o imigrante africano se encontra: Boko Haram, xenofobia, Al-Shabaab e a possibilidade de um naufrágio; ou seja, essas são as opções aparentes, mas não somente, para quem escolhe deixar a pobreza da terra de origem para buscar alguma qualidade de vida. 
Agora, vamos fazer algumas definições. Boko Haram pode ser traduzido como “a educação ocidental é proibida”, no entanto é o apelido dado a organização radical na Nigéria, que foi criada em 2002 como uma alternativa ao ensino ocidental e tenta institucionalizar o estado islâmico na região. Atualmente, acredita-se que 1,5 milhão de nigerianos vivem sob o domínio desta organização, que habitam cerca de 25 mil km² deste país e com o número de mortes atrelado a esse grupo, faz com que ele seja o grupo terrorista mais letal do mundo. Enquanto isso, a xenofobia já definimos anteriormente como sendo o preconceito, a aversão e a discriminação contra pessoas de diferentes culturas, etnias ou nacionalidades. Já o Al-Shabaab, que tem ligações com a Al-Qaeda, vem realizando ataques violentos, em especial no Quênia, há anos, mas principalmente na região da Somália, que teve parte controlada pela organização extremista durante um tempo. Al-Shabaab significa 'A Juventude' em árabe. Nas áreas sobre seu controle, impôs uma versão rígida da sharia. Estima-se que, atualmente, o grupo tenha de 7 mil a 9 mil combatentes, incluindo estrangeiros. E finalizando as “opções” dadas pela charge, vemos a possibilidade de morte do imigrante por um naufrágio: só em 2018, 785 pessoas morreram tentando atravessar o mar vermelho, um número muito baixo perto do contexto geral. Em 2016, um dos piores da crise, um período de 3 dias registrou 1.114 mortes em travessias.
São muitas as questões que assolam a população africana, o processo de desertificação em alguns locais, a pobreza extrema, a radicalização e a quantidade de doenças presentes no local são apenas alguns exemplos alarmantes. A ideia de proteger as pessoas cujos governos não são capazes de fazê-lo não existia até então e, hoje, os enormesdeslocamentos migratórios são cada vez mais complexos. Mundialmente, o número de migrantes está diretamente relacionado com o número de guerras e com os direitos humanos cerceados pelo poder local ou por forças dominantes. E dentro disso, há uma série interminável de conflitos armados, internos e regionais em todo o mundo, concentrados principalmente no Oriente Médio e na África. Inclusive esse intenso movimento migratório estimula e gera uma predisposição a governos de extrema direita terem facilidade para se instalar ao redor do mundo, dificultando ainda mais as negociações e aos imigrantes que fizeram pedidos de asilo, como é o caso da Hungria por exemplo que criminalizou qualquer tipo de ajuda a imigrantes. Mas esse não o pior caso de radicalização, já que menores desacompanhados são mais propensos ao extremismo, como já sinalizou Merkel, chanceler alemã. Mais de um caso de terrorismo em território europeu, reivindicado pelo Estado Islâmico, ocorreu por conta dessa radicalização de refugiados.
A verdade é que a África é um Estado que foi prejudicado por muito tempo, em decorrência do imenso imperialismo europeu, principalmente por parte da França e Reino Unido, e como legado nunca conseguiu de fato, fazer sua economia crescer apesar de estar em desenvolvimento. Todo mundo quer o mesmo na África: seus enormes recursos de cobre, madeira, diamante, ouro, gás, petróleo, minério de ferro, urânio, etc. Mas essa é a visão de uma Europa que se interessa em fazer acordo com somente uma parte do continente, mas para a outra fecha os olhos diante das violações dos direitos humanos, ajudando assim a maior crise refugiados da história.
Concluindo, o conflito está instaurado em uma situação onde o imigrante africano atualmente, se vê com um dilema onde para sobreviver tem de enxergar a radicalização como uma opção por falta de políticas públicas ou fugir, para viver em um continente antigo com a xenofobia fazendo parte do seu cotidiano, sempre a sombra ou ainda, morrer tentando. 
 
A intolerância religiosa é um problema no Brasil e no mundo. Tem se tornado o veneno de uma sociedade. Em um país miscigenado, tal ignorância já pode ser considerada um aspecto cultural. Devido a isso, foi criado um artigo na Constituição visando garantir a liberdade de culto e proteção contra a discriminação, porque tais direitos não seriam naturais. Por sátira o termo “religião” vem do latim “religare”, que significa, em termos inteligíveis, religar, voltar a unir duas partes que estavam separadas, porém a realidade é oposta e nem sempre tal proposição é cultivada pelos grupos.
Nada obstante, atos de preconceito e violência vêm se reproduzido em escolas e no trabalho como: ofensas pessoais, ameaças, danificação de imagens, bíblias, igrejas e destruição de terreiros. Há pouco tempo, o mundo ficou chocado com o ataque ao jornal Charlie Hebdo, em Paris. Um ato contra a liberdade e uma demonstração clara de intolerância religiosa. O ato deixou 12 mortos, 11 feridos e uma revolta social. Referido aos islamistas, o ataque à redação do veículo pode gerar mais conflitos em relação aos muçulmanos que residem na Europa. Visto que, infelizmente, atos de pequenos grupos extremistas fazem com que toda uma religião seja transfigurada.
No Brasil, por exemplo, as principais vítimas são as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda. Essa problemática é fruto de uma forte influência católica na formação do estado brasileiro, que desde o período colonial, com as missões jesuíticas, até o império, com a forte ligação entre estado e igreja, sempre foi predominante no território nacional. Somado a isso, temos a conjuntura no qual os afrodescendentes conquistaram sua liberdade, levando-os às margens da sociedade e gerando um estereótipo negativo sobre si e suas crenças. Como consequência, temos o atual panorama de intolerância religiosa, principalmente contra religiões afro-brasileiras, resultando em agressões, aliados a discursos de ódio em redes sociais.
Essa valorização ou desvalorização de uma determinada religião permite a geração da discriminação e tecnologia se tornar evidente, porém não é algo novo na coletividade, já que convivemos com as diferenças desde outrora, esta é uma questão histórica e está presente desde o princípio na formação da Polis, na Grécia Antiga, pois somente nesse período abriram-se discussões éticas sobre a verdade absoluta.
Nós cidadãos acreditamos que desde o momento em que um ser passa a conviver em sociedade, ele aprende a seguir algumas crenças, adquirir valores éticos e morais, no entanto isso passa a ser um problema quando os que propagam e compartilham desse conhecimento se acham no direito de obrigar um indivíduo a seguir seus conceitos. De acordo com Jean-Paul Sartre, "a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”.
Sendo assim, medidas são necessárias para combater a intolerância religiosa no país. O Ministério Público deve acarretar ações como a que instituiu o "Dia nacional de tolerância religiosa', para gerar uma conscientização de que o respeito às diferenças é assegurado por lei e resulta em uma sociedade mais igualitária. Do mesmo modo, a escola e a família tem papel fundamental na educação das crianças e jovens, para que aprendam a tolerar as diferenças e a valorizar a cultura nacional, pois assim o país caminhará para diminuir os problemas decorrentes da intolerância. A única convicção que vale menção é que o respeito à fé alheia é sagrado.

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