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Monitoramento e Avaliação de Políticas Sociais

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE serviço social
dayane jataí oliveira
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS: O VÍNCULO ENTRE TEORIA E PRÁTICA.
TAUÁ – CE
2019
dayane jataí oliveira
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS: O VÍNCULO ENTRE TEORIA E PRÁTICA.
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social- Universidade Norte do Paraná para as disciplinas: Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC);Comunicação na Pratica do Assistente Social; Gestão Social e Análise de Políticas Sociais; Seminários da Prática VII- Tópicos Especiais; Estagio em Serviço Social III.
: 
.
TAUÁ – CE
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO03
2. DEFINIÇÃO CONCEITUAL DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS SOCIAIS04
3. METODOLOGIAS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 05
4. A RELAÇÃO DO CONTROLE SOCIAL COM O MONITORAMNETO E AVALIAÇÃO 14
5. CONCLUSÃO16
6. REFERÊNCIAS17
1 INTRODUÇÃO
Para a elaboração desse trabalho foi utilizado os textos propostos, como também leituras de textos complementares para produzir um texto com o tema que foi proposto.Na introdução temos conceitos básicos de monitoramento e de avaliação por alguns autores e também um pouco do que sãoapresentados nos outros tópicos e nas considerações finais sobre o trabalho.
O que são metodologias de monitoramento e avaliação, estratégias de comunicação dos resultados do monitoramento e avaliação, a relação do controle social com o monitoramento e avaliação e por ultimo as considerações finais.
O que são políticas sociais?
São políticas públicas destinadas ao bem –estar geral da população, mais com caráter distributivo, destinado principalmente as camadas de menor renda da sociedade, em situação de pobreza ou pobreza extrema, visando principalmente o desenvolvimento econômico, e diminuição da pobreza, a redução da desigualdade econômica e a distribuição de riqueza e renda.
O que é Gestão social?
E o processo de gerencia e administração de projetos ou programas sociais.A gestão social orienta as empresas nas ações e projetos de responsabilidade social corporativa, que valorizem o relacionamento ético entre empresa, trabalhadores e a comunidade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável.
A importância do processo avaliativo tem importância estratégia para a gestão de uma política pública, pois permite um acompanhamento orientado para os objetivos e metas previstos, já no monitoramento tem o propósito de subsidiar a gestão dos programas com informações tempestivas, simples e em qualidade adequada para a tomada de decisão e, além disso, é preciso que as informações geradas pelos indicadores sejam apresentadas em formato de fácil consumo pelos gestores ou seja , para que estes tenham rápida apreensão do desempenho do programa . Por isso, a importância de painéis de monitoramento.
2 DEFINIÇÃO CONCEITUAL DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DE POLITICAS SOCIAIS:
MONITORAMENTO
“Consiste no acompanhamento continuo por parte de gestores e gerentes, do desenvolvimento dos programas e políticas em relação a seus objetivos e metas. é uma função inerente a gestão dos programas devendo ser capaz de prover seus gestores permitindo a adoção de medidas corretivas para melhorar sua operacionalização.É realizado por meio de indicadores produzidos regularmente com base em diferentes fontes de dados, que dão os gestores informações sobre o desempenho de programas permitindo medir se objetivos e metas estão sendo alcançados ‘’ (Rodrigues, Sousa,2006,p.21)
Tem o propósito de subsidiar os gestores com informações mais simples e tempestivas sobre a operação e os efeitos do programa, resumidas em painéis ou sistemas de indicadores de monitoramento (Jannuzzi,2009).
AVALIAÇÃO
Tem o propósito de subsidiar os gestores com informações mais aprofundadas e detalhadas sobre o funcionamento e os efeitos do programa, levando nas pesquisas de avaliação.
Segundo Batista (2003; p.113) é na avaliação encontra-se presente em todas as etapas do processo de planejamento.
3METODOLOGIAS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO.
De uma forma geral, o processo de monitoramento e avaliação de um projetoconsiste em procedimentos de análise e acompanhamento das ações e resultados ligados ao projeto.
Este processo, em última análise serve para definir um possível redirecionamento do projeto ou ainda para confirmar se foram atingidos os objetivos anteriormente determinados.
“Um projeto necessita de procedimentos de coleta e sistematização de dados e informações que não apenas subsidie o gerenciamento (uso interno), como também permita a comunicação e negociação com outros atores (uso externo)”(Brose,1999).
Sendo assim, pode-se dizer que qualquer projeto, por melhor elaborado que possa ser, necessita de um bom sistema de monitoramento e avaliação, pois nesse momento são levantadas e analisadas informações importantes que podem definir o fracasso ou o sucesso de um projeto. No entanto, muitas vezes se confunde o que é o monitoramento e o que é a avaliação, então, cabe ressaltar algumas das principais características que diferenciam o monitoramento da avaliação. Uma das diferenças entre o monitoramento e a avaliação é o fato de que, no monitoramento, a quantidade de observações e coleta de dados é significativamente maior que no caso de uma avaliação, isto é, enquanto a avaliação é executada esporadicamente, o monitoramento é uma atividade executada com uma frequência bem maior.
Outra característica que evidencia a diferença entre o monitoramento e a avaliaçãoestá relacionado aos resultados de cada uma destas atividades, pois o monitoramento procura buscar informações, coletar dados, observar as ações e verificar se os atores sociais estão desempenhando suas atividades conforme foi determinado no projeto. No caso da avaliação, todos esses dados e informações servirão de base para que se possa determinar a eficiência do projeto, pois sua principal preocupação é adeterminação da capacidade do projeto na geração das mudanças planejadas, enquanto o monitoramento tem a preocupação do levantamento de dados e informações.
Os Indicadores de Monitoramento e Avaliação
Conforme descrito por Armani, “Os indicadores são os padrões ou sinais que nos indicam se alcançamos nossos propósitos” (Armani, 2000),isto é, são instrumentos utilizados para medição do alcance de determinadas metas ou objetivos. De uma forma geral, ele visualiza a qualidade, a quantidade, a direção e a forma das mudanças de um parâmetro definido no planejamento do projeto. Deste modo, os indicadores devem fazer parte de qualquer sistema de monitoramento e avaliação, pois eles configuram importantes ferramentas utilizadas para que esta tarefa seja desempenhada de forma satisfatória. Inicialmente cabe destacar que, em função da diversidade de projetos e seus objetivos, torna-se difícil a elaboração de uma única sequência de indicadores que possam ser usados em todos os projetos, já que um indicador poderá ser altamente eficiente para o levantamento de uma informação em um tipo de projeto, ou em um determinado local, ou talvez para um tipo específico de público e, no entanto, poderá mostrar-se incapaz de mostrar a mesma informação de forma eficiente se mudarmos uma ou mais variáveis do projeto. A seleção de indicadores é um dos passos mais difíceis na construção do projeto, porque, nos casos de participação de diferentes atores, com realidades e racionalidades diferentes, esta é uma das etapas em que surgem as diversas necessidades e expectativas dos atores em relação ao projeto.
 Contudo, os indicadores devem ser adequados às características das informações de que se deseja ter conhecimento; assim, de forma geral, deverão caracterizar-se por serem válidos, mensuráveis, verificáveis, oportunos, sensíveis, pontuais, etc. Além disso, sua construção deverá ser feita desde o início do projeto, já no seu planejamento,quando deverão ser explicitadas informações como o método que será utilizado para a coleta de dados, a fonte dos dados, etc.
 Outro ponto a ser destacado na escolha de indicadores para o monitoramento e avaliação é que estes devem ser combinados, principalmente quando se fala de indicadores qualitativos, porque, certos tipos de mudanças são difíceis de serem mensuradas, e deste modo, a correlação de diversos indicadores poderá auxiliar no levantamento da informação de forma mais eficaz, no sentido de que um indicador complemente a informação obtida por outro. Desta forma convém a utilização de uma determinada quantidade de indicadores que proporcionem a medição da variável da forma mais correta possível.
No entanto, deve-se ter o cuidado de que, durante a construção dos indicadores, esta tarefa seja executada considerando o sistema como um todo, isto é, devem-se levar em conta as relações existentes da variável analisada com as demais, pois um descuido deste tipo poderia levar a se dar uma importância equivocada para o resultado de um determinado indicador.
 Assim sendo, fica evidente a necessidade de definirmos variáveis importantes para o projeto com bastante clareza, uma vez que, através delas, poderá ser definido quais são os indicadores mais apropriados para o monitoramento e avaliação do projeto. 
Muitas vezes o indicador traduz conceitos abstratos em grandezas mensuráveis, possibilitando que, durante a monitoria e avaliação, seja possível medir qualitativamente a variável.O objetivo de um indicador de monitoria e avaliação é que ele explique uma parte da variação global da situação que está sendo mudada, no sentido de que a soma dos indicadores explique a totalidade, ou quase, da mudança ocorrida. 
 Assim, de modo geral, para o sistema de monitoria e avaliação, pode-se dizer que são necessários indicadores de impacto, indicadores de efeito, indicadores operacionais e indicadores de desempenho, podendo ser quantitativos, que expressam grandezas quantificáveis, ou qualitativos, que expressam grandezas que não podem ser traduzidas em números. Esses são registrados através de descrições/interpretações.
Os indicadores de impacto devem determinar o grau de alcance dos fins últimos do projeto, geralmente estão ligados ao objetivo superior do projeto e aos planejamentos mais amplos, dentro dos quais os projetos estão inseridos.Os indicadores de efeito expressam o grau de alcance dos efeitos do projeto; assim sendo, estão mais relacionados aos objetivos específicos definidos para o projeto.Os indicadores operacionais quantificam e explicitam os investimentos disponíveis no projeto para a realização das atividades, sejam eles humanos, financeiros, técnicos, ambientais, etc.
 Por fim, os indicadores de desempenho demostram os produtos e serviços alcançados no projeto. Contudo, qualquer que seja o indicador, deve ser compatível com o objetivo geral, com o objetivo específico e com as atividades do projeto.
O Monitoramento
O monitoramento de um projeto é a atividade regular e sistemática de observarações e coletar informações a respeito da execução de um projeto de modo a identificar possíveis desvios das ações programadas e colaborar para o momento de avaliação e posterior tomada de decisões.
“O monitoramento existe essencialmente para dar suporte à tomada de decisão e ao planejamento, fornecendo informações a respeito de tendências e mudanças, sobre o que está funcionando ou como as atividades podem ser melhor ajustadas” (Abbot, p. 1999)
Desta forma, o monitoramento de um projeto tem importante papel no seu desenvolvimento, visto que, para que se tenha uma avaliação eficiente, é necessário que, durante o monitoramento, sejam coletadas informações relevantes, como, por exemplo: informações sobre as ações, sobre os impactos e efeitos no meio e nos participantes, sobre o alcance das metas, sobre os recursos empregados, sobre os aspectos facilitadores e limitadores, entre outros relacionadas ao projeto.
Por isso, pode-se dizer que o monitoramento não é um fim em si, mas sim ummeio para se atingir uma finalidade, ou seja, através das observações e informações coletadas é feita a avaliação para que, de uma forma geral, se tenha conhecimento dos efeitos e impactos do projeto.
A Avaliação
A avaliação é algo que se encontra presente na vida da grande maioria doscidadãos a um longo tempo; apesar disso, sempre causa inquietação e ansiedade nas pessoas, pois a avaliação é percebida pelos indivíduos como uma ameaça, como um momento em que são expostas as debilidades e incertezas que nos afetam, e não como o que realmente é, ou seja, como uma oportunidade de redirecionar algo que em um primeiro momento não atingiu o objetivo esperado e, por isso, deve-se buscar suprir essas debilidades e incertezas.
“A avaliação final é um conjunto de atividades no qual se coletam dados, analisam e interpretam dados e informações para fazer um julgamento objetivo de um projeto concluído ou de uma fase do projeto” (Tenório, p. 1995).
Isto é, a avaliação é um processo de verificação do desempenho do projeto na solução de um problema verificado.Ela visa determinar se os objetivos do projeto foram ou estão sendo atingidos, avaliando opapel do projeto na sua concretização e indicando mudanças dele decorrentes.
Através da avaliação do projeto são tomadas decisões no sentido de aprimorar as ações do atual projeto, que está sob avaliação, ou ainda, de futuros projetos a serem implementados.
 Assim, a avaliação deve estar presente em todas as fases do projeto para que a cada fase atingida sejam detectados pontos fortes e fracos e para que se tenha a convicção da necessidade, da importância e da possibilidade de dar continuidade ao projeto, devendo ser capaz de avaliar não só a mudança ocorrida, mas também a permanência dessa mudança ao longo do tempo e o seu grau de abrangência.
Ademais, a avaliação deverá ser desempenhada considerando o sistema como umtodo, ou seja, devemos avaliar o projeto considerando as diversas inter-relações existentes na sociedade. Para isso, devemos inicialmente ignorar as fronteiras particulares de interesse e considerar os efeitos e impactos do projeto tanto direta como indiretamente.
Assim como o monitoramento, o sistema de avaliação deverá ser estruturado nomomento da elaboração do projeto, podendo ser desempenhado de forma distinta um do outro. Esta diferenciação ocorre de acordo com diversas variáveis que definem que tipo de avaliação melhor se aplica a cada caso. A seguir serão destacados alguns tipos de avaliação de projetos sociais.
Tipos de Avaliação
Existem diversas variáveis que permitem que a avaliação possa ser classificada deacordo com vários tipos. Entre elas pode-se destacar o tempo de realização, o objetivo da avaliação, quem realiza e para quem se realiza a avaliação.Assim podemos inicialmente dividir os diferentes tipos de avaliação em avaliaçãoex-ante e avaliação ex-post. 
A avaliação ex-ante é realizada ao se iniciar o projeto, com a finalidade de trazer dados racionais para a decisão de implementar ou não o projeto. Além disso, a avaliação ex-ante permite que, diante de dois ou mais projetos, com a necessidade de optar por apenas um deles, tenhamos condições de decidir qual deles apresenta maior possibilidade de alcançar os objetivos.
A avaliação ex-post, realizada em projetos em andamento e/ou concluídos, pode definir a continuidade no desenvolvimento de um projeto assim como a mudança no seu direcionamento.
Muitas pessoas consideram a avaliação feita após a conclusão do projetodesnecessária e um custo evitável; afinal, o projeto já foi realizado e qualquer avaliação a posteriori não teria importância alguma. Contudo, é possível aprender com os erros e acertos do passado, e a análise posterior do projeto pode revelar onde estão os seus pontos fracos e fortes, isto é, no caso de projetos concluídos a avaliação poderá colaborar para que a experiência do projeto concluído e que está sendo avaliado contribua para projetos futuros.
Com relaçãoa quem realiza a avaliação, podem-se distinguir quatro tipos deavaliação de projetos:
A avaliação externa: este tipo de avaliação ocorre quando o avaliador nãoparticipa da execução do projeto. A ideia que se tem é de que o avaliador externo éexperiente nesta função e por isso poderia fazer comparações dos resultados obtidos deavaliações anteriores de outros projetos similares com os resultados obtidos. Ela permite aobtenção deum ponto de vista de quem está analisando a situação de fora, sem participardiretamente do projeto.
Contudo, o pontofraco que é identificado neste tipo de avaliação é que oavaliador externo possui pouco conhecimento na área substantiva e das especificidades do projeto que está sendo avaliado; assim, neste caso, poderia se estar dando maior importância ao método de avaliação do que às características do projeto.
A avaliação interna: a avaliação interna é realizada dentro da organização. Seu ponto forte em relação à avaliação externa encontra-se no fato de que, no caso da avaliaçãoexterna, existe uma possibilidade maior de os avaliados sentirem-se acuados e, assimacabarem não fornecendo informações completas, não contribuindo para que o avaliadorexterno tenha o conhecimento das especificidades do projeto, necessárias para a execuçãode uma boa avaliação.
Na avaliação interna, os argumentos são de que existiria plena colaboração dos que participaram do projeto. Os avaliados sentiriam a avaliação como um momento de repensar o projeto e não como um momento de avaliação pessoal; além disso, a avaliação seria realizada por agentes que participaram da gestão do projeto e, por isso, conheceriam melhor as especificidades do mesmo.
Contudo, também podem ser encontrados alguns pontos fracos neste tipo deavaliação. Um deles é o fato de que, considerando que a organização gestora é quem avalia o projeto, isto poderá eliminar a objetividade, pois os agentes poderão ter ideias preconcebidas do projeto, sendo que, o interesse pessoal do agente avaliador interno poderá influenciar no resultado da avaliação. Neste tipo de avaliação torna-se mais difícil que esta seja executada de forma independente e imparcial. Afora isso, os diferentes interesses pessoais que poderão existir entre os agentes internos que avaliam o projeto, poderão, muitas vezes, trazer conflitos internos, o que dificultaria as trocas positivas de informação e ideias que se buscam no momento em que se faz uma avaliação de projeto.
A avaliação mista: ocorre, procurando unir os dois tipos de avaliaçãomencionadas anteriormente, isto é, esta avaliação é feita de forma que os avaliadoresexternos desenvolvam a avaliação com a participação e em contínuo contato com osmembros do projeto a ser avaliado.Desta forma, pretende-se aproveitar as vantagens de cada um dos tipos anterioresde avaliação e também superar as dificuldades que cada um contém.
A avaliação participativa: este tipo de avaliação caracteriza-se pela participaçãodos beneficiários no processo de avaliação, minimizando a distância entre estes e osavaliadores.As variáveis, como a alfabetização da população-objetivo, a qualidade do meiofísico para a agricultura, o número de sítios por exte sionista, etc., são importantes; noentanto, em estudo realizado pela AID em 1975, ficou comprovado que a participação dapopulação-alvo desde a formulação, implementação, até a avaliação final, em um pontoonde nem os beneficiários nem os avaliadores teriam poder de decisão final, é defundamental importância para o sucesso do projeto.
 “No processo de um projeto social a estratégia participativa prevê a adesão da comunidade no planejamento, programação, execução, operação e avaliação do mesmo. Desta forma, a avaliação participativa é um componente de uma estratégia diferente de projetos, fazendo com que sua adequada implementação dependa em grande parte da população afetada por ele” (Cohen, 1993)
A avaliação participativa pode ser considerada como um processo educativo, ondetanto aqueles que se beneficiam diretamente do projeto, quanto aqueles que o apoiam, ou seja, os técnicos que participam do projeto através das organizações (privadas, públicas ou não - governamentais) adquirem aprendizado mútuo. Isso porque o beneficiário que vive o problema é capaz de identificar com melhor clareza as suas necessidades; além disso, transfere o seu conhecimento popular para o técnico, mesmo que inconscientemente.
Por outro lado, o técnico é possuidor do saber profissional e também transmite conhecimento para o ator local, auxiliando no desenvolvimento da comunidade.
Contudo, a avaliação participativa dificilmente será uma grande harmonia, poisconsiderando a participação de atores originários de realidades diversas e, portanto, com racionalidades diferentes, haverá pontos de vista diferentes, o que pode gerar certas discussões.
Assim, a participação no processo de avaliação deve se dar de forma efetiva, através do diálogo entre os diferentes atores no sentido de se chegar a um consenso, porém contemplando as diversas visões que são expressadas durante o processo de avaliação.
3.1-RESULTADOS DO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
Vários são os motivos que podem fazer com que não sejam implementadosprojetos que busquem o desenvolvimento rural através dos agricultores familiares, a iniciar pela cultura da nossa sociedade que, apesar de já se perceber alguma mudança em alguns grupos, de forma geral, relaciona o rural ao atrasado, desconsiderando o espaço rural como um espaço importante de atuação para o desenvolvimento de políticas públicas.
Além disso, a falta de organização dos pequenos agricultores faz com que se tornem atores com pouco poder de influência nessas políticas, na busca por apoio de desenvolvimento de projetos no meio rural e, ainda, muitas vezes, não permite que seja impedido o fracasso de projetos em desenvolvimento.
Outro ponto que afeta o sucesso de projetos sociais é o clientelismo políticopresente na sociedade, quando muitas vezes um bom projeto é direcionado para atender a interesses individuais em detrimento de interesses coletivos, não alcançando os objetivos de elevar a qualidade de vida da população. Contudo, cada projeto, quando implementado, para ser considerado de sucesso, necessita atingir efetivamente os objetivos que lhe são propostos especificamente, no entanto, de uma forma mais ampla, qualquer projeto social deve satisfazer algumas condições gerais.Uma delas é a realização das atividades planejadas no sentido de produzir osresultados esperados de acordo com os prazos e recursos acordados na sua formulação e, principalmente, com o grau de qualidade definido na elaboração do projeto, pois não é suficiente apenas produzir os resultados, é necessário garantir a qualidade das ações para que o projeto tenha sustentabilidade e contemple de forma efetiva os objetivos que lhes são propostos.
O projeto deve, além do mais, trazer mudanças concretas na qualidade de vida da comunidade, elevar a sua capacidade organizativa e exercer poder de influência sobre os processos mais amplos dos setores sociais definidos como beneficiários. Outra condição a ser alcançada por um projeto social que mostra o seu sucesso é a capacidade do projeto de tornar-se referência para futuros projetos a serem desenvolvidos,inclusive de outras organizações ou políticas públicas.
O projeto social também deve ser capaz de ser apropriado plenamente por seusbeneficiários, para que, com isso, se tornem sujeitos de ação no desenvolvimento dele, de forma ativa, e não apenas atores passivos.
Outro ponto que demostra a eficiência de um projeto é a geração de novos conhecimentos e metodologias para a resolução das problemáticas sociais identificadas, e a sua capacidade de atrair novos parceiros.
4- A RELAÇÃO DO CONTROLE SOCIAL COM O MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
	Neste tópico pode-se começa relatando que na realidade brasileira no âmbito do monitoramento e avaliação de políticas públicas, especialmente de políticas sociais há uma gama de particularidade. Umas delas é a incompletude das reformas administrativasdo estado, visto que é apesar das tentativas de instaurar modelo de gestão descentralizados e participativos, o patrimonialismo continua presente nas relações sócias e o estado brasileiro permanece burocrático e centralizador (BUENO; CARLOTO, 2015).
	No Brasil, a concretização da função da avaliação nas políticas sociais deu início, a partir da década de 1990, após uma longa discussão a respeito da necessidade de uma modernização no campo da administração pública em uma perspectiva gerencial. Neste sentido, a avaliação é considerada um instrumento de gestão que garante eficiência, força e concretização das ações do Estado, tendo como modelo as empresas privadas (BUENO; CARLOTO, 2015). 
	A avaliação dentro da área da Assistência Social faz parte de um processo mais amplo de construção da democracia e da profissionalização da administração pública, uma vez que a avaliação e o monitoramento, ainda que representem a necessidade de estabelecimento de mecanismos gerenciais, respondem também à pressão da sociedade por transparência e responsabilização da gestão pública (BUENO; CARLOTO, 2015). 
	Na gestão da Assistência Social o monitoramento e a avaliação estão previsto na Política Nacional de Assistência Social (PNAS) de 2004, visto que neste regulamentação consta que a formulação e a implementação de um sistema que inclua o monitoramento e a avaliação, pois ambas são ferramentas essenciais e relevantes para a consolidação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) (BUENO; CARLOTO, 2015).
	Neste sentido, é extrema relevância destacar que a legislação na área da assistência social se concretizou tendo como pressuposto a materialização do monitoramento e da avaliação como elementos que permitem o aperfeiçoamento da gestão, dos serviços, programas, projetos e benefícios, que pudessem contribuir para o controle social da sociedade sobre o estado (BUENO; CARLOTO, 2015). 
	Diante do que foi exposto, faz necessário discorrer um pouco sobre o que é monitoramento e a avaliação. O monitoramento é uma função inerente à gestão e de ser realizado pela própria equipe de implementação do referido programa. Na gestão descentralizada da Assistência Social, esta responsabilidade se torna maior para os municípios, visto que os mesmos devem executar os serviços, programas, projetos e gerenciar benefícios, por ser o ente federativo mais próximo da população (BUENO; CARLOTO, 2015). 
	O monitoramento apresenta alguns objetivos importantes, entre eles, garantir que as ações prioritárias das secretárias e órgãos do Executivo estivessem alinhadas à estratégia do governo na gestão 2011-104, potencializar os projetos estratégicos do governo através da gestão compartilhada, organizar as informações para agilizar a tomada de decisões em tempos hábeis e facilitar os processos internos na execução dos projetos estratégicos do governo (BRASIL, 2015). 
	No que se referi a avaliação, esta pode ser realizada através de contratação de serviços de órgão e instituição de pesquisa, visando com isso, a produção de conhecimentos sobre a política e o sistema de Assistência Social (BUENO; CARLOTO, 2015). 
	O monitoramento e a avaliação foram ganhando espaço no decorrer dos tempos e cada vez mais reconhece a necessidades de monitorar e avaliar as políticas públicas, como também a sociedade civil tem percebido estes instrumentos que podem facilitar a transparência e a responsabilização, visto que o monitoramento e a avaliação passam a serem impulsionadores do avanço da assistência social como política pública profissionalizada e qualificada (BUENO; CARLOTO, 2015). 
5- CONCLUSÃO 
Diante do estudo, ficou evidente que a atuação das três esferas de poder (União, Estado e Município) é de extrema importância para o funcionamento da gestão no Sistema Único da Assistência Social-SUAS, visto que os três entes federativos são os responsáveis para que hajam avanços, melhorias nas práticas, ações e serviços ofertados no SUAS, de modo a abranger o cuidado e abrir espaço para que sejam constituídas novas políticas públicas voltadas para a melhoria nas políticas sociais.
Portanto, mediante ao que foi exposto, pode-se afirmar que os objetivos da pesquisa foram alcançados, o que proporcionou um maior conhecimento e amadurecimento acerca do tema estudado. No desenrolar deste trabalho discorreu-se sobre a definição conceitual de monitoramento e avaliação de políticas sociais, metodologias de monitoramento e avaliação, estratégias de comunicação dos resultados do monitoramento e avaliação e pôr fim a relação do controle social com o monitoramento e avaliação. 
De acordo com os artigos utilizados, é valido ressaltar que quando se trata de políticas públicas no âmbito do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), ainda há muito caminho para se percorrer, visto que trata-se de temática que carece ser mais discutida, precisando de um maior conhecimento e aprofundamento por parte dos profissionais que atuam em tal campo. 
	
REFERÊNCIAS 
Disponível em < http://www.santamaria.rs.gov/smasc/17monitoramento e avaliação>acesso em: 09 de maio de 2019.
Disponível em: <https://www.ufrgs.br/cegov/files/pub_65.pdf> Acesso em: 09 de maio de 2019.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rk/v18n1/1414-4980-rk-18-01-00013.pdf> Acesso em: 09 de maio de 2019
Disponível em: http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/992/1/SOUSA%2C%20Marconi%20Fernandes%20%20Conceitos%20B%C3%A1sicos%20de%20Monitoramento%20e%20Avalia%C3%A7%C3%A3o.pdf, acesso em: 09 de maio de 2019.
Disponívelem: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/6076/5641>acesso em: 09 de maio de 2019.
CONTADOR, Cláudio R. Projetos sociais: avaliação e prática. - Impacto ambiental ,
externalidades, benefícios e custos sociais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1997. 375 p.
FORTES, Alexandre. Planejamento tradicional e planejamento estratégico. In:
ECUMÊNICA DE SERVIÇOS (Coord.) Caminhos. Planejamento, Monitoramento,
Avaliação – PMA. Encontro de Agentes de Projetos. Salvador: CESE, 1999. p. 39-43.
MUNIZ, Reginaldo. Qualificando Conceitos. In: ECUMÊNICA DE SERVIÇOS (Coord.)
Caminhos. Planejamento, Monitoramento, Avaliação – PMA. Encontro de Agentes de
Projetos. Salvador: CESE, 1999. p. 43-51.
BUENO, N. C; CARLOTO, C. M. Avaliação e Monitoramento da Política de Assistência Social: uma proposta em construção. R. Katál., Florianópolis, v. 18, n. 1, p. 13-21, jan./jun. 2015.
Políticas públicas: monitoramento, avaliação, controle e participação social noGoverno do Rio Grande do Sul. organizadoras Fernanda Costa Corezola, AidaGriza [e] Marília Patta Ramos. – Porto Alegre: Editora da UFRGS/CEGOV, 2015.

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