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Artigo de Legitimação da posse

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Legitimação da posse e sua previsão na Lei 13.465/17
Introdução
A regularização fundiária e a legitimação da posse, não são temas atuais, pois sempre foram abarcados nas Legislações com o fim de regular tais institutos. Porém, nenhum deles conseguiu de forma efetiva e satisfativa fazer a regularização e a legitimação da posse. Diante disso, o presidente Michel Temer com intuito de dar uma norteada nesses institutos criou a Lei 13.465/17.
Com essa Lei, houve um grande avanço na regularização fundiária do Brasil, visto que o direito de propriedade foi potencializado e as formas de regularizar as áreas que as pessoas habitam de maneira informal foi facilitado com procedimentos pouco burocráticos e de possível realização.
Diante disso, na Lei em questão, observa-se como se da a legitimação da posse, bem como seu conceito e os requisitos necessários para o processo. Ela traz diversas novidades em relação a regularização fundiária tanto urbana quanto rural. 
Desenvolvimento
A Regulamentação fundiária se define como medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais destinadas à incorporação dos núcleos urbanos informais ao ordenamento territorial urbano e à titulação de seus ocupantes (Brasil, 2017).  Ela é de extrema importância para garantir o direito a moradia previsto no artigo 6º da CF/88 e para promover a função social da propriedade constante no artigo 170, III, da CF/88.
Diante disso, a Lei 13.465/17, que teve origem com a medida provisória nº 759/2016, flexibiliza a regularização de imóveis da União que estão ocupados irregularmente, além disso traz facilidade em questões fundiárias de terras do governo localizadas na Amazônia Legal. Ou seja, a finalidade dela é fornecer uma maior agilidade para resolver os conflitos em relação as áreas ocupadas de maneira informal.
Ainda, preside em três questões: a regularização fundiária e urbana; a liquidação de créditos concedidos aos assentamentos da reforma agrária e a regularização fundiária na Amazônia Legal; e aprimora os procedimentos de alienação de imóveis da União. (LIMA, 2017).
Porém existem dois casos em que a Lei não é aplicada que são nas áreas indispensáveis a segurança nacional ou de interesse de defesa e nos imóveis em que a área rural tem a fração maior que a fração mínima de parcelamento prevista na Lei nº 5.868/72.
A Lei 13.465/17, traz o conceito de legitimação da posse:
Art. 11. Para fins desta Lei, consideram-se: 
VI - legitimação de posse: ato do poder público destinado a conferir título, por meio do qual fica reconhecida a posse de imóvel objeto da Reurb, conversível em aquisição de direito real de propriedade na forma desta Lei, com a identificação de seus ocupantes, do tempo da ocupação e da natureza da posse; 
Em relação a legitimação da posse se encontra disposta nos artigos 25 a 27 da Lei em questão. Para ter a legitimação da posse é necessário que esteja dentro dos requisitos da REURB (Regularização Fundiária Urbana), bem como a identificação dos ocupantes, o tempo da ocupação e a natureza da posse. Podendo ser convertida em direito real de propriedade, ela ainda poderá ser transferida por causa mortis ou por ato inter vivos. No entanto, não abrange os imóveis urbanos situados em áreas de titularidade do poder público.
Para tanto, existem duas modalidades de REURB, a REURB-S que é a regularização de interesse social no qual é aplicável aos núcleos urbanos informais ocupados por população de baixa renda declarados em ato do Poder Executivo municipal., e a REURB-E que é de interesse específico aplicável aos núcleos urbanos informais por população não qualificada como de baixa renda. Na REURB-S terá isenção de custas e emolumentos, entre outros. Vale salientar que a REURB também engloba bens públicos.
A REURB necessita de um procedimento para ter a aprovação, podendo ser feita abrangendo um núcleo inteiro, ou apenas partes do núcleo. Primeiro deve ter o requerimento por escrito dos legitimados, depois a instauração da REURB e a notificação dos titulares de direitos reais e os confrontantes. Segue-se a elaboração e aprovação do projeto de regularização fundiária, o saneamento do processo administrativo e a assinatura de termo de compromisso de realização das obras previstas no Projeto (só na REURB-E). (ABELHA, 2017).
Logo depois tem a aprovação da REURB que se da por decisão administrativa, tem-se a expedição do CRF- Certificação de Regularização Fundiária, o Registro do CRF e do projeto no cartório de registro de imóveis, a abertura das matriculas das unidades regularizadas, e a realização das obras pelo Poder Público ou pelos responsáveis. (ABELHA, 2017).
Os municípios são os responsáveis por analisar qual é REURB em questão, devendo processar, analisar e aprovar os projetos de regularização além de leva-los ao registro e fazer a notificação dos proprietários e interessados para apresentarem impugnação se quiserem.
A finalidade da Lei 13.465/17 frente a questão da legitimação da posse e de toda a regularização fundiária é tornar mais simples e célere a obtenção da propriedade e dar mais segurança as pessoas que estão morando em áreas de forma irregular. Promovendo a inclusão social a partir da legitimação da posse que assegura a garantia Constitucional de propriedade, e dando a destinação social dela.
Conclusão
Perante o exposto, tem-se que a nova Lei é um marco importante para efetivamente ter a tão esperada regulamentação fundiária. É uma medida muito abrangente pois além das áreas particulares, a REURB também é promovida sobre bem público, que esta presente nos artigos 16 e 17 da dessa Lei.
Além disso, a Lei mostra todo o procedimento necessário para se fazer a legitimação da posse e a REURB. Cabe ressaltar, que este procedimento foi facilitado com as novas diretrizes dadas pela Lei, pois antes havia muito mais burocracia e dificuldades para se obter a propriedade.
A partir da Lei nº 13.465/17, podemos estabelecer cinco objetivos no que tange à Reurb: 1 – identificar os núcleos urbanos informais, 2 – criar unidades imobiliárias compatíveis com o planejamento urbano; 3 – priorizar a permanência dos ocupantes no local; 4 – prevenir a formação de novos núcleos urbanos informais; 5 – conceder direitos reais, preferencialmente em nome da mulher; 6 – franquear participação dos interessados nas etapas da Reurb. (ABELHA, 2017).
Podemos afirmar que a legitimação da posse, na verdade é uma formalização do domínio se atendidos todos os requisitos previstos e necessários descritos na lei.
Referências
ABELHA, André. Lei 13.465/17 (Parte VI): desmistificando a Reurb. 4 de setembro de 2017. Disponível em: <http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI264717,61044-Lei+1346517+Parte+VI+desmistificando+a+Reurb>. Acesso em: 27 de março de 2018.
BRASIL. Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017. Brasília: Presidência da República do Brasil, 06 de setembro de 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13465.htm>. Acesso em: 27 de março de 2018.
CONSTRUÇÃO MERCADO. Lei 13465/2017 prevê novas regras para a Regularização Fundiária Urbana (Reurb) e loteamento de condomínios. 1 de setembro de 2017. Disponível em: <http://construcaomercado.pini.com.br/2017/09/lei-134652017-preve-novas-regras-para-a-regularizacao-fundiaria-urbana-reurb-e-loteamento-de-condominios/>. Acesso em: 27 de março de 2017.
LACERDA, Irajá. Importância da regularização fundiária. 18 de abril de 2016. Disponível em: <http://iregistradores.org.br/importancia-da-regularizacao-fundiaria/>. Acesso em : 27 março 2018.
LIMA, Hélio José da Silva. Cartilha - Regularização fundiária urbana e rural na Lei nº 13.465/2017. 24 de julho de 2017. Disponível em: <https://issuu.com/senadorheliojose/docs/cartilha_senador>. Acesso em : 27 de março de 2018.

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