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Regina Fernandes dos Santos Fogaça ATIVIDADE AVALIATIVA II: Conceitos de Gramáticas, de erro, de variação linguística: GEOGRÁFICA, SOCIAL, ETÁRIA, TEMPORAL, GÊNERO. C.C: Linguística I RA: 142245 Professor: Alexandre Ferrari Polo: Dois Vizinhos Com frequência procuramos explicar, expressar tudo o que pensamos, sentimos, para tanto nos utilizamos da linguagem. Não somente a linguagem verbal, mas também da linguagem visual, sonora, gestual, etc. O conhecimento atrai o homem desde os tempos mais remotos. Esta curiosidade se aplica a várias áreas, inclusive com a própria linguagem. Para Bizzocchi (2000), os gregos elaboraram a concepção clássica ou imperial de língua, onde segundo eles a língua teria três fases em seu desenvolvimento: • Período de formação da língua: arcaico • Período de apogeu da língua: clássico • Período de decadência da língua: tardio Podemos estabelecer assim uma comparação com a nossa língua Portuguesa falada aqui no Brasil: Determinando o período arcaico na época em que os índios começaram a utilizá-la, o período clássico marcado pela utilização da língua por escritores como Machado de Assis e por fim estaríamos vivendo o período da decadência. Para os gregos, gramatica era a arte de escrever com correção e elegância, com um conjunto de regras e normas a serem trilhadas. As primeiras gramáticas das línguas vulgares foi o legado deixado pelos estudos da Idade Moderna, a partir do Renascimento, pois até então somente o Latim e o Grego eram consideradas línguas de civilização. Em meados do século XIX, o estudo da linguagem se deu devido ao fato de os Hindus acreditarem que poderiam estabelecer uma relação com o criador através das palavras. Entretanto, o começo da linguística como ciência se deu no século XX, onde tinha por finalidade explicar a linguagem verbal. Na época atual, a linguística se difere da gramática, onde: • Linguística: ciência que visa estudar a linguagem humana em seus aspectos fonético, morfológico, sintático, semântico, social e psicológico; as línguas consideradas como estrutura. • Gramatica: chamada de gramatica normativa, ela visa prescrever normas e regras de correção da linguagem. Apesar dessa diferenciação, a gramática muito contribuiu com a linguística, pois seus estudos, possibilitaram o estabelecimento de princípios que visam pensar na linguagem como um todo. Outro aporte concedido à linguística, pelos estudos das gramáticas comparadas no século XIX, com a descoberta das semelhanças entre as línguas europeias e sânscrito (línguas indo-europeias). Onde estudiosos dizem que estas semelhanças entre as línguas ocorreram através de transformações naturais de uma mesma língua. Ao se averiguar, a existência da língua de origem não é totalmente comprovada, mas os estudos de comparação entre as línguas trouxeram grandes benefícios, pois mostrou que as mudanças são regulares e tem uma direção. Ou seja, as palavras não se diferem totalmente da palavra que as deu origem, elas geralmente têm uma evolução regular. Por esse motivo estudiosos da época chegaram a comparar a língua a um ser vivo, pois ela nasce, cresce, se desenvolve, se reproduz e morre. Então apontar um desvio na gramática ou até mesmo na pronuncia não se trata de um “erro” e sim de que a língua está se transformando, evoluindo (ou será regredindo?). Pois as mudanças linguísticas são decorrentes do uso da língua. Diferentes formas de abordar os fenômenos da linguagem segundo Saussure: • Diacronicamente: evolução histórica da língua • Sincronicamente: comparação histórica da relação dos elementos que constituem a língua. Este segundo era o que ele defendia. • Forma e substancia: cada objeto não se distingue por sua natureza e sim por sua função, mantendo relação e diferenças entre si, possibilitando a sua identificação, designada por Saussure de estrutura, sendo assim a língua é uma estrutura. • Caráter social da língua: concepção de signo para Saussure. Assim, o signo de um objeto, possui na língua portuguesa um som da palavra, uma sequência de letras que constitui a escrita dessa palavra e um significado mental que temos do objeto. Deste modo, é que o ensino do Português padrão nas escolas ainda é um desafio imenso a ser superado. Levando em consideração de que a evolução ou regressão da língua é um fenômeno natural, de que é mutável, de que ela é viva, que nasceu, cresceu, desenvolveu-se, reproduziu-se e que ainda podemos lutar para mantê-la viva o maior tempo possível. Ainda possuímos outros obstáculos pela frente. O autor afirma que a tese de que “não se deve exigir o domínio da língua padrão dos alunos seria um preconceito” é falsa. Argumenta-se favoravelmente diante do exposto, pois todos somos capazes de aprender, entretanto algumas questões sociais impedem que a afirmativa “a função da escola é ensinar português padrão” se concretize definitivamente. Dizer que é injusto e preconceituoso expor um grupo social a outros valores é no mínimo contraditório! Tendo em vista que se estará excluindo a possibilidade destes de poderem agregar conhecimento às suas vidas. Quanto ao falar errado, julga-se preconceituoso dizer que a fala diferente de uma pessoa que pertence a um grupo que não o seu, fala errado. As razões pelas quais essas diferenças existem, podem ser culturais, históricas ou sociais, mas não podem ser considerados erros. A variedade linguística (formas diferentes de se falar) existem em qualquer língua, por causa da variedade social, de fatores geográficos, de classe, idade, sexo, etnia, profissão. Entretanto existem sim os erros gramaticais que a língua não permite, que são aqueles que cometidos por quem estudou ou não a língua, por exemplo: Pode –se falar ou escrever “pexe” em vez de peixe, mas não pode se falar ou escrever “peto” em vez de peito. Há que se concordar com o autor, quando se refere que é um equívoco dar ênfase demasiada à gramática e esquecer da interpretação de textos. Tão importante quanto saber as regras gramaticais é saber interpretar o que se lê. BIBLIOGRAFIA: ORLANDI, E. P. O que é linguística. 2009. Disponível em: <file:///C:/Users/jjfog/Desktop/20790%20- %20COL.%20PRIMEIROS%20PASSOS%20-%20N.%20184%20- %20O%20QUE%20É%20LINGUÍSTICA.pdf >. Acesso em 19/10/2019. BIZZOCCHI, A. O Fantástico Mundo da Linguagem. 2000. Disponível em <file:///C:/Users/jjfog/Desktop/O%20FANTÁSTICO%20MUNDO%20DA%20LINGUA GEM.pdf>. Acesso em: 19/10/2019 PONSETI, S. Por que (não) ensinar gramatica na escola. 1996. Disponível em:<file:///C:/Users/jjfog/Desktop/ACFrOgC7AzL3NxCwUzJPsj55M6m-c- vgFvd0pEMMUIl9-gTDAPehVCskT49SrOxiGun-B2WGKRsYe3bSs-FxKE- ZhgrGFUFfj8fYnTRRo0MZT6mMLYIMzPxzxoBiSgk=.pdf>. Acesso em: 19/10/2019. GOOGLE. O que é linguística. 2019. Disponível em: <encurtador.com.br/fhjHS>. Acesso em: 19/10/2019.
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