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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 DESENVOLVIMENTO 4 2.1 EMPREENDEDORISMO – MODELO DE NEGÓCIO 5 2.2 GESTÃO DE PROJETOS- (GESTÃO DE ESCOPO) 8 2.3 HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE 10 2.4 MODELOS DE GESTÃO 11 2.5 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA 12 3 CONCLUSÃO 14 REFERÊNCIAS 16 1 INTRODUÇÃO A sustentabilidade é uma questão que se entrepõe no ambiente organizacional na atualidade. Apresenta questionamentos, especialmente nos eixos ambiental e econômico. Esse cenário se verifica muito em razão das mudanças econômicas que exigem das organizações a busca constante pela redução de custos, juntamente com a necessidade de atender às exigências da sociedade por maior responsabilidade com as questões ambientais (BRITTES et al., 2012). As estruturas organizacionais antigas, baseadas no tradicionalismo, individualismo e práticas burocráticas vêm cedendo espaço para comportamentos mais flexíveis e participativos, como forma de aprimorar as competências das empresas, viabilizando assim, o percurso para torná-las aptas ao alcance de um desenvolvimento consolidado (BARROS, 2010). O gerenciamento ambiental como ferramenta de competitividade tem ocorrido no contexto da globalização dos mercados, cujas regulamentações de comércio influenciam, de modo determinante, as vantagens competitivas ligadas à diferenciação de produto e à redução de custos. As empresas que estão preocupadas com a melhoria de seu nível de competitividade, que aumentam continuamente sua capacidade tecnológica, tendem a aderir o gerenciamento ambiental. Isto indica a existência de vínculos entre capacidade tecnológica e gestão ambiental (SILVA, 2015). Diante deste panorama, as empresas passam a se reestruturar para se adequarem a esta nova percepção. As pressões sociais e restrições impostas fazem com que as empresas sejam forçadas a buscar formas de reduzir seu impacto ambiental e a melhorar sua imagem frente a sua responsabilidade social. Neste sentido, muito tem sido feito para a sustentabilidade do setor produtivo (ALBANIO; TATSCH, 2016). O presente trabalho apresenta uma proposta para abertura de uma empresa voltada a produção de calçados sustentáveis. Esta proposta de negócio apresenta como características a utilização de materiais recicláveis como fonte de matéria prima para a produção; a busca de clientes que se identifiquem com a proposta de aproveitamento e reuso de materiais recicláveis; o aproveitamento do potencial criativo para ofertar ao mercado produtos atraentes e que estejam condizentes com os valores de sustentabilidade. 2 DESENVOLVIMENTO O impacto causado pelas ações sustentáveis tem mobilizado diversos setores econômicos que buscam a adoção de práticas que influenciem positivamente para o meio ambiente e para o posicionamento da marca no mercado, atraindo e mantendo clientes. Decisões como escolha de fornecedores, extração e produção da matéria-prima, uso de agrotóxicos no algodão, formato de venda e até descarte do produto feito pelo consumidor, são fatores que devem ser considerados para a implantação da sustentabilidade no vestuário (SEBRAE, 2017). A indústria calçadista é a segunda maior poluente do Brasil, e a segunda maior poluidora de água. Este tipo de indústria consome uma grande quantidade de água para a fabricação de seus produtos. Para produzir um par de sapatos são necessários 8.547 litros de água (TENDÊNCIAS ONLINE, 2017). Todas as fases do processo de produção do calçado geram resíduos, estes são os maiores problemas desta indústria. Atualmente, cerca de 80 % do couro usado no mundo é empregado na fabricação de calçados. O remanescente é destinado a outros setores, como o automotivo, e à produção de artigos de moda, tais como bolsas, roupas, cintos e carteiras (LIGER, 2012). O processo de curtimento do couro, que consiste basicamente em tornar a pele do animal, que é uma matéria-prima em decomposição, em couro, ou seja, em um substrato imputrescível, faz uso de operações mecânicas e de tratamentos químicos (BRITO, 2013). A maior parte dos banhos de tratamento e das lavagens das peles ocorre nas operações de ribeira, que são responsáveis pela propagação de resíduos tóxicos. Como foi descrito por Liger (2012), após a lavagem, existe, na água, a presença de grande quantidade de cloreto de sódio e de outros sais minerais solúveis. Por isso, quando lançada no solo, a água proveniente dos banhos e das lavagens aumenta a pressão osmótica do terreno, impedindo o desenvolvimento de plantas, e, quando lançada nos rios, impede o crescimento de muitos peixes. Dentre os setores da indústria, a indústria calçadista, mais especificamente o setor coureiro calçadista é um dos que mais gera resíduos poluentes. Configura-se aí, uma grande oportunidade de aproveitamento dos rejeitos industriais produzidos. Isto possibilita significativa redução do consumo de matéria-prima, bem como o desenvolvimento de novas fontes de recursos, sejam através do desenvolvimento de novos materiais, da reciclagem e do reaproveitamento dos rejeitos, fatores estes que são compensados com a efetiva diminuição dos gastos com o descarte e tratamento (GATELLI, 2010). Uma grande vantagem para a abertura desta empresa é a pouca concorrência por ser um mercado novo e inovador. Uma pesquisa realizada pelo Facit Business and. Techonology Journal (2017) com mulheres veganas, na faixa etária entre 22 e 42 anos, mostrou a opinião das entrevistadas em relação ao sistema de moda, onde a maioria afirmou que a indústria da moda gera grandes impactos ao meio ambiente, isso mostra que podemos perceber através dessa informação sobre a importância de se trabalhar com recursos que além de serem adaptáveis à produção em série e resistentes, podem ser diferenciais no momento de se criar identidade e valorização desses produtos, tendo em vista os valores ambientais que os mesmos carregam. Algumas das características mais atraentes deste tipo de calçado é que é um sapato totalmente vegano, confortável, atemporal, com estampas que remetem a natureza e a biodiversidade, inovadores, unissex e eco sexy. 2.1 EMPREENDEDORISMO – MODELO DE NEGÓCIO Para a criação desta empresa, existem várias ferramentas e metodologias que podem ser usadas como, por exemplo, a modelagem Canvas. O Business Model Canvas é uma ferramenta de gerenciamento estratégico que permite desenvolver e esboçar modelos de negócio novos ou existentes. É um mapa visual pré-formatado contendo nove blocos de modelo de negócio, sendo eles: 1. Proposta de valor: o que a empresa vai oferecer para o mercado que realmente terá valor para os clientes; 2. Segmento de clientes: quais segmentos de clientes serão foco da empresa; 3. Os canais: como o cliente compra e recebe o produto e serviço; 4. Relacionamento com clientes: como a empresa se relacionará com cada segmento de cliente; 5. Atividade-chave: quais sãoas atividades essenciais para que seja possível entregar a Proposta de Valor; 6. Recursos principais: são os recursos necessários para realizar as atividades-chave; 7. Parcerias principais: são as atividades-chave realizadas de maneira terceirizada e os recursos principais adquiridos fora da empresa; 8. Fontes de receita: são as formas de obter receita por meio de propostas de valor. 9. Estrutura de custos: São os custos relevantes necessários para que a estrutura proposta possa funcionar. Abaixo (Figura 1), temos um quadro que permite visualizar as principais funções de um negócio em blocos, no qual se pode descrever, visualizar e alterar modelos do negócio. Usando este quadro é possível refletir sobre cada função da empresa de calçados sustentáveis e descobrir o que precisara ser feito e mudado, para conquistar clientes e ganhar dinheiro. Os nove blocos são agrupados em quatro etapas: o que; quem; como; e quanto (SEBRAE, 2013). Figura 1- Mapa visual - Modelagem Canvas Seguindo o quadro, foram respondidas as perguntas, fazendo uma análise para esta empresa de calçados sustentáveis: 1. Vou fazer o que? Criar uma empresa que produz e vende sapatos ecológicos e veganos que, além de agredirem menos o meio ambiente durante a fabricação, conscientizem a sociedade quanto a importância de levar em conta as questões ambientais na compra de um calçado, gerando interesse no consumidor. São sapatos, com estampas que remetem a natureza e que atinja não só o público vegano, mas as pessoas preocupadas com meio ambiente. 2. Para quem vou fazer? Os sapatos serão para todos os públicos, masculino e feminino. Serão desenvolvidos para todas as pessoas que se preocupam com o meio ambiente e também aos consumidores que gostam de estar na moda. 3. Como vou fazer? A empresa terá uma loja fixa na cidade, também haverá o site da empresa onde nossos clientes tem a possibilidade de comprar nosso produto sem se deslocar. As nossas entregas serão realizadas de bicicletas, quando em curtas distâncias, ou via transporte público, levando em conta a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera. Teremos um setor de produção para os sapatos, com recursos humanos e tecnológicos, com máquinas que facilitam o processo produtivo. Na loja haverá profissionais como, por exemplo, gerente, vendedores, entregadores, setor administrativo, e todos esses profissionais receberam treinamento sobre sustentabilidade e a missão desta empresa, feito por empresa terceirizada já especializada nesse ramo de sustentabilidade. Contamos também com mais alguns parceiros terceirizados como também, contabilidade, fornecedores de matéria-prima, como plástico reciclado, borracha, entre outros. Para a administração desta empresa contaremos com um sócio investidor que entrará com o capital financeiro e também com ideias inovadoras para que esse negócio cresça cada dia mais. Nosso foco futuro é expandir nossa ideia e crescer nossa produção para que possamos criar mais lojas em outras cidades e levar nossa sustentabilidade para mais pessoas. 4. Quanto? Nossos clientes poderão pagar pelos nossos produtos através do e-commerce ou diretamente em nossas lojas, através de cartões, boletos, ou seja, o cliente poderá escolher qual forma será mais viável para ele efetuar o pagamento. Hoje as matérias-primas tem alto custo devido a baixa demanda para este tipo de material destinado a uma produção sustentável, mas é possível reverter essa situação negociando com nossos fornecedores, pois a ideia deste negócio é ser sustentável e viável economicamente. Com isso nossos sapatos terão melhor custo-benefício e serão mais competitivos no mercado. Atualmente, o gasto com divulgação da marca pode ser reduzido pois temos como ferramenta gratuita as redes sociais que são excelente meio para divulgação e venda de produtos. Esta proposta almeja também diminuir ao máximo o consumo de água e energia elétrica com investimento em tecnologia que possam reduzir esses custos. Também existe a empresa de manutenção das máquinas que é terceirizada e por serem máquinas sofisticadas exigem alto custo de manutenção, a ideia desta proposta é que futuramente a empresa tenha uma equipe de manutenção na produção altamente treinada e qualificada para que possamos reduzir os altos custos desta empresa. 2.2 GESTÃO DE PROJETOS - (GESTÃO DE ESCOPO) A declaração do Escopo é um documento do Projeto visualizado, aceito e assinado por todos os interessados. É um importante documento a ser elaborado durante a fase de planejamento do projeto. A atividade inclui a declaração do escopo, definição do escopo não incluso, delimitação dos critérios de aceitação, premissas, entre outros detalhes relevantes para a condução da gestão do escopo de um projeto. Como podemos observar abaixo no Tabela 1. Tabela 1- Declaração de escopo DECLARAÇÃO DE ESCOPO Descrição do escopo do produto: são sapatos produzidos totalmente a partir de matéria-prima de origem vegana, com modelos unissex que acompanhem as tendências da moda atual; com estampas que remetem a natureza, os animais, florestas. Esses tipos de estampas serão usados para chamar a atenção dos consumidores para o que ocorre no meio ambiente, além de tudo serão confortáveis e inovadores. Critérios de aceitação do produto: além de serem ambientalmente corretos, os sapatos veganos podem atender a todo tipo de clientela, cada vez que um cliente compra um sapato vegano ele se adapta ao hábito de compra-lo sempre e saber que esta contribuindo para o meio ambiente com um simples gesto que é pensar no impacto que a compra de um sapato pode causar. Assim com o tempo ele mudará seu pensamento e todos os seus calçados. A aceitação de produtos veganos está cada vez mais aumentando, pelo fato de que cada vez mais existem pessoas com pensamentos de sustentabilidade. Entregas do produto: atenderemos aos clientes com uma loja agradável que remeta sustentabilidade e clima de natureza, onde o cliente possa se sentir bem, com profissionais capacitados para atendê-los e tirar suas dúvidas sobre esta empresa. Haverá sempre uma transparência nesta empresa em relação aos stakeholders para que não haja dúvidas sobre o projeto e para que possa haver a possibilidade de ideias inovadoras. Os colaboradores do setor produtivo serão bem treinados e orientados para a prevenção ou minimização de defeitos nos produtos para que possam ser entregues com qualidade. Exclusões do projeto: atualmente o grande problema que esta empresa encontrará são as matérias-primas com alto custo de compra, esse é um fator que faz com que os preços dos sapatos também subam. É preciso também mais investimentos em tecnologia para que possa ser minimizados consumos como energia elétrica e água, pois serão muitas máquinas usadas no processo produtivo. Restrições do projeto:Como restrições externas temos os fatores como, por exemplo, impostos altos, alta na inflação, economia do país ruim, esses fatores influenciam negativamente no processo desta empresa e não dependem exclusivamente dos gerentes da empresa, sendo assim não podem ser controlados. Como fatores internos temos, por exemplo, uma máquina muito lenta atrasando o processo produtivo, uma pausa para manutenção de equipamentos. Será preciso também um pouco mais de investimento para entrarmos em um acordo com nossos fornecedores para um volume maior de compra de matéria-prima, com isso poderemos ter um preço melhor nos custos, melhorando o preço dos nossos calçados. Premissas do projeto: um fator que precisará ter uma atenção maior é o fato de haver pouco investimento em mais matéria-prima para se ter um estoque maior. Além disso, inicialmente a empresa não contará com um contrato com uma empresa terceirizada para o treinamento de nossos colaboradores. Medidas estas que serão tomadas o mais breve possível. 2.3 HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE O professor da Fundação Getúlio Vargas – EAESP, José Carlos Barbieri, em sua palestra sobre Organizações Inovadoras Sustentáveis afirma: “O desenvolvimento sustentável nasce de duas crises, uma ambiental e outra social, ambas gravíssimas, afinal temos uma população de mais 7 bilhões e mais de 2 bilhões que vivem na extrema pobreza, tendo algo em torno de 2 dólares por dia para sobreviver. Para promover a inclusão dessa população, é necessário prover moradia, vestuário, alimentação, medicamentos, entre outras coisas. Por outro lado, a natureza já mostra sinais preocupantes de que seus limites naturais já foram ou estão prestes a serem ultrapassados, a solução desta empresa é, organizar melhor os recursos, criar possibilidades, convencer a sociedade a adotar formas mais adequadas de consumo sustentável” (BARBIERI, 2012). O objetivo desta empresa é trazer impactos positivos como a conscientização do nosso público sobre sustentabilidade e a necessidade da redução de lixos. É também incentivar novos empreendedores a adotarem essa prática em suas organizações, disseminando a ideia de preservação do meio ambiente no meio social. Além disso, para amenizar a situação crítica de desemprego e pobreza da região que foi gerada pela automação industrial, com a criação desta empresa serão criadas vagas de emprego em nossa loja e no setor produtivo melhorando a qualidade de vida da sociedade da região pois além de tecnologia usaremos também vários recursos humanos. A sustentabilidade que será implantada nesta empresa tem grande influência na redução de custos da empresa, isso porque o gasto excessivo de água e energia será controlado reduzindo os impactos negativos no futuro. Sendo assim a ideia desta empresa é implantar mais tecnologia e conscientização da nossa equipe para diminuição destes gastos. 2.4 MODELOS DE GESTÃO Segundo Barbieri (2012) a inovação tem carga emocional positiva para os brasileiros e isso ajuda na construção de uma sociedade sustentável. O desenvolvimento sustentável requer uma nova postura em relação ao consumo. Para isso é necessário que esta empresa reverta a dissociação da sustentabilidade econômica com a sustentabilidade ambiental. Essas duas dimensões da sustentabilidade precisam ser consideradas simultaneamente. O desperdício desenfreado aumenta muito o descarte de resíduos, sendo uma das principais fontes de gastos excessivos nas empresas. No entanto, a boa notícia é que esta empresa tem grande vantagem competitiva no mercado, por fazer da maioria desses descartes uma matéria prima para a produção de um novo produto e aqueles que não são possíveis reutilizar, serão descartados com responsabilidade legal e garantindo a conformidade por meio de regras de reciclagem. Isso significa evitar multas desnecessárias por impactar negativamente o meio ambiente. O trabalho em equipe será também de grande valia nesta empresa, pois serão realizadas reuniões semanalmente para que os colaboradores possam opinar e trazer novas ideias, juntamente com alguns treinamentos sobre como diminuir gastos excessivos e garantir a sustentabilidade da empresa e de todos ao seu redor. 2.5 LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA Esta empresa será movida com todos os requisitos que estão presentes na CLT “consolidação das leis trabalhista”, através do Acordo Coletivo de trabalho, como o próprio nome já diz, é um acordo também de caráter normativo (gera obrigações entre as partes), assinado entre o Sindicato dos Trabalhadores (empregados) e a empresa (CLT, 1943). Quando o sindicato de empregados e uma empresa, órgão ou instituição – entram em comum acordo - redigem um documento normativo (elenco de normas) sem a intervenção de alguma entidade patronal, isso é chamado de Acordo Coletivo de Trabalho. Abaixo será citado alguns direitos dos colaboradores, normas, e acordos que poderão ser fechados entre ambas as partes, empregado (sindicato) e empregador (empresa). A CLT traz a efetivação do direito à licença-maternidade às trabalhadoras gestantes através do afastamento temporário de suas atividades laborais, sem prejuízo do emprego e da remuneração. A garantia deste direito segue, em resumo, o seguinte rito. Primeiramente, a empregada notifica o empregador da sua gravidez, mediante entrega de atestado médico, indicando também a data do início do seu afastamento do emprego. Vale ressaltar, que este é o procedimento adotado também em casos de parto antecipado no qual rege a lei da mesma forma prevista no (§ 3º do art. 392 da CLT). Do ponto de vista legal, é assegurado à empregada o direito de afastar-se do trabalho com um período de 120 dias, esse direito e definido pela constituição federal e não podem ser negociados. Após este período, a empregada que era proibida de trabalhar em qualquer ambiente insalubre, poderá continuar trabalhando em atividades de grau médio ou mínimo de insalubridade, a menos que tenham recomendações médicas para afastamento. De acordo com o entendimento das Leis Trabalhistas que regem a CLT e as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho, nenhum tipo de acordo coletivo está autorizado a dispor dos itens básicos que garantam a segurança dos seus trabalhadores, e muito menos que afronte a NR 23, que trata da Proteção contra Incêndios. Todo o estabelecimento comercial ou empresa, geralmente, deverá conter as especificações em termos de estrutura física e de ambiente que permitam a saída das pessoas em caso de incêndio e de equipamentos que possam evitá-lo, tais como os extintores de incêndio, além de saídas de emergência. Essas regras são essenciais e não estão a cargo do empregador implementá-las ou não. Pode-se apontar que a empresa poderia fixar com o sindicato o intervalo intrajornada, aquela pausa de descanso de 30 minutos isso estáprevisto na CLT em seu artigo 71. Concluímos que a única condição para que o intervalo intrajornada ocorra é que se haja uma reunião em convenção coletiva, com a empresa, e os sindicatos dos trabalhadores para que haja um comum acordo. Será destinada aos nossos colaboradores uma comissão por venda onde a cada venda R$ 1,00 serão para decidirem livremente o que farão. Caso a empresa celebrasse o acordo coletivo nestes termos ela estaria sim cumprindo a sua função social. Nesse sentido, a função desta empresa e se desenvolver pensando no coletivo, o que faz com que ela cresça não pensando apenas no lucro, mas também em seu impacto social. Por meio desse acordo pode - se exercer de maneira direta sua função social e a integridade e segurança de seus colaboradores podendo haver harmonia entre ambas as partes. 3 CONCLUSÃO Neste trabalho foi montado o plano de negócio para a abertura de uma empresa de calçados sustentável, onde foram citados todos os requisitos para montagem de uma empresa que diminua o impacto causado ao meio ambiente devido fabricação de calçados. Foram usadas algumas ferramentas para facilitar o planejamento, a execução, a identificação das necessidades, prioridades e riscos foram documentadas, e entendidas por todos os stakeholders. A empresa atualmente foi inaugurada, e atende aos seus clientes seguindo todos os critérios planejados. Com loja fixa, a empresa está cada dia mais obtendo resultados positivos, e tem uma visão promissora. Obtemos também de um investimento a mais, para que fosse feito um acordo entre nossos fornecedores para um maior volume de matéria-prima, assim conseguimos um preço menor, fator que é de suma importância pelo fato de podermos também diminuir o preço final do produto assim gerando mais competitividade. Foram concluídos todos os requisitos de qualidade, por se tratar de um produto sustentável confortável e agradável a todos os gostos, garantindo um certificado da ISSO 9001. A empresa está em dia com todos paramentos que regem a lei, garantido segurança a sociedade, aos colaboradores e ao meio ambiente. Nosso setor de vendas e de produção está com ótimos resultados, e nosso foco futuro é estar lucrando para que também sege implantado mais investimento em tecnologia para reduzir os gastos como água e energia elétrica minimizando riscos financeiros da empresa. Temos uma equipe de colaboradores bem treinados por uma empresa terceirizada, onde foi fechado um contrato. Para assim facilitar a comunicação o atendimento dos nossos clientes e mais conhecimento podendo gerar mais ideia inovadoras. REFERÊNCIAS ALBANIO, L. S.; TASCH, M. P. A percepção de empresas do setor calçadista sobre práticas sustentáveis. Organizações em contexto, São Bernardo do Campo, ISSNe 1982-8756 • Vol. 12, n. 23, jan.-jun. 2016 ALMEIDA et al. A influência da moda sustentável no consumo de acessórios femininos de origem não animal. Facit Business and Technology Journal 119 2017;2(1):119. Disponível em: < http://revistas.faculdadefacit.edu.br/index.php/JNT/article/view/171/187>. Acesso em 26 abr. 2019. BARBIERI, J. C. Organizações inovadoras sustentáveis. Fundação Getúlio Vargas- Escola de Administração de São Paulo. 2012. Disponível em: < http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/ci/article/viewFile/22792/21557>. Acesso em 29 abr. 2019. BARROS, R. A.; ANDRADE, E. O.; VASCONCELOS, A. C. F. 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