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FREUD
Teorias e Técnicas de Grupo
Wilson Roberto P Ortega
Sigmund Freud – GRUPOS
 Freud abordou o tema em seu trabalho “Psicologia de grupo e a análise do ego” em 1921, considerando que um grupo tem a “capacidade de exercer influência tão decisiva sobre a vida mental do indivíduo” (FREUD, 1996, p.83). 
 A obra de Freud traz o alicerce teórico-técnico que, indiretamente, se constitui como o alicerce básico da dinâmica grupal, mesmo que Freud nunca praticou ou recomendou a grupoterapia. Em “Psicologia das massas e análise do Ego”, ele pronuncia sua clássica afirmativa de que a “psicologia individual e social não diferem em sua essência”. (ZIMERMAN, 2000).
Sigmund Freud – GRUPOS
 Na sua obra “Psicologia de grupo e análise do ego”, de 1920-22, Freud discute algumas ideias sobre grupos a partir dos estudos de Le Bon. Ele utiliza o termo “grupo” como equivalente a “massa” e “multidão”. Nessa obra não vamos encontrar referência a técnica grupal, mas algumas concepções preliminares sobre grupos.
 Freud concorda que há influência dos fenômenos sociais na constituição do sujeito. Uma relação que envolva no mínimo duas pessoas já pode ser considerada como uma relação social, ao contrário do que se costuma pensar, ou seja, que a Psicologia Social estuda as influências de várias pessoas sobre o indivíduo; além de estudar um grupo de pessoas ou multidão. O interesse dessa ciência é estudar o indivíduo como fazendo parte de um grupo, de uma profissão, de uma instituição ou de um grupo de pessoas reunidas momentaneamente para atingir um determinado objetivo. Isto porque o instinto social vem à luz nessas situações.
Sigmund Freud – GRUPOS
 Mas o que a Psicologia Social tem a ver com a Psicologia de Grupo? Já foi dito anteriormente que a segunda nasceu da primeira, além disso, Freud utiliza essas expressões como sinônimas. Para este autor [1920-22(1976)] “a psicologia de grupo interessa-se assim pelo indivíduo como membro de uma raça (...) ou como parte componente de uma multidão que se organizam em grupo, numa ocasião determinada, para um intuito definido” (p. 92).
 Le Bon, citado em Freud [1920-22(1976)] menciona algumas características de um grupo. A primeira delas diz respeito à “mente coletiva”, ou seja, a maneira de pensar e de agir de uma pessoa é diferente de quando está no grupo. A tendência é se comportarem de forma diferente. 
Sigmund Freud – GRUPOS
 Com a relação do indivíduo com o social, esta pode ser transformada sob certas circunstâncias, como quando acontece a chamada formação de Massa (ou Grupo). Tomando então as massas como objeto de estudo, Freud vai partir do seguinte problema em sua investigação: inserido na massa, o indivíduo pensa, sente e age de maneira diversa de quando está sozinho. Para descobrir o porquê disso, Freud utilizará basicamente dois autores, Le Bon e McDougall, em suas descrições da vida anímica coletiva. Invariavelmente, Le Bon e McDougall (e outros autores citados por Freud, como os da sociologia) atribuem à sugestão quase toda a responsabilidade pelas mudanças ocorridas nos indivíduos reunidos em grupo. Mas apesar disso, não dão uma explicação que justifique o funcionamento dessa sugestão.
Sigmund Freud – GRUPOS
 Zimerman (2000) ampliou esta ideia e desenvolveu o que ele chamou de “campo grupal”: num grupo os fenômenos encontrados são reflexos da interação entre os participantes, e não uma somatória de cada um. 
 No grupo, o indivíduo tem um “sentimento de poder invencível”, segundo Le Bon, citado em Freud [1920-22(1976)]. Seus instintos são aflorados às vezes até de forma irresponsável. Além disso, há o fenômeno do contágio, que faz com que os sentimentos e atos sejam contagiosos quando o indivíduo está no grupo. Muitas vezes o interesse coletivo sobrepõe ao interesse individual. 
Sigmund Freud – GRUPOS
 Yalom (2006) faz menção a essa teoria do contágio, quando revela, a partir de suas pesquisas, que uma parte dos pacientes que desistem da grupoterapia teme que o sofrimento do outro os contagie de alguma forma. 
 Nesse sentido, os fenômenos inconscientes exercem mais influência que nossa vida consciente. A maior parte de nossos comportamentos é regida pelas leis da instância psíquica que não temos conhecimento – o inconsciente. 
 Outra característica evidenciada por Le Bon, citado em Freud [1920-22(1976)] refere-se aos elementos heterogêneos do grupo. Pessoas com história de vida diferente reúnem-se entre si, provisoriamente, porque possuem algum objetivo em comum. Por isso mesmo devem estar ligadas por um elo. 
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 Zimerman (2000) e Pichon-Rivière (1991) compartilham dessa ideia quando classificam os grupos como homogêneos e heterogêneos. A primeira expressão designa as características em comum encontradas nos membros do grupo, enquanto que a segunda refere-se às características diferentes. 
 A necessidade de haver um líder no grupo já era um tema discutido por Le Bon, citado em Freud [1920-22(1976)]. Este autor faz uma associação do grupo com um rebanho obediente, o qual precisa de um pastor. Mas salienta que o líder deve ter algumas qualidades, como “prestígio”, acreditar fielmente nas suas ideias, além de ser imponente. 
Sigmund Freud – GRUPOS
 McDougall, também citada em Freud [1920-22(1976)] dá sua contribuição quando afirma que um grupo não é uma mera reunião de pessoas. Um grupo psicológico é formado de pessoas que têm algo em comum, objetivos em comum e, principalmente, precisa haver organização. Dessa forma, os grupos podem ser muito produtivos. O autor cita como exemplo a criação de folclores e canções populares, produzidas por um grupo de pessoas. 
 De uma forma ou de outra, as características descritas acima serviram de ponto de partida para o desenvolvimento da técnica grupal a qual se apresenta hoje, podemos dizer que tais ideias foram esculpidas e aprimoradas, pois não são contrárias à literatura atual sobre grupos psicológicos.

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