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* * COLETA DE SANGUE VENOSO * * O material coletado e conservado adequadamente torna-se de grande valor , proporcionando informações importantes para o clínico chegar a um diagnóstico. Uma coleta inadequada implica em custos, perda de tempo, gerando uma interpretação incompleta ou incorreta dos resultados. * * ALGUNS DETALHES DO PROCEDIMENTO Identificar cada amostra com dados do paciente, sempre acompanhada de requisições com informações completas. Acondicionar em local apropriado. Verificar o tipo de frasco a ser utilizado, se será necessário com ou sem anticoagulante. O ideal é o paciente estar em jejum por 12 horas, para evitar que estas amostras apresentem lipemia. A lipemia pode causar hemólise e alterar os resultados dos exames. * * variáveis como estresse e exercícios podem alterar os resultados, nestes casos deixar o paciente o mais relaxado possível para dar início a coleta. Uso de medicamentos deverá ser informado ao laboratório. Respeitar o volume de sangue a ser colocado nos frascos com anticoagulantes. Homogeneizar de forma correta e não agitar excessivamente a amostra. Não deixar o material em temperatura ambiente por muito tempo ou em altas temperaturas ou congelar (depender do material). * * PROCEDIMENTO Conferir a identidade do paciente através da ficha de entrada (no caso de laboratórios) ou no caso de pacientes hospitalizados a informação poderá ser checada pela pulseira de identificação ou pelo formulário médico. O paciente deve ser recebido de forma cortês e segura. Profissionalismo é importante para que a paciente tenha uma boa primeira impressão. Sorria, seja amigável, mas seja profissional. Falando com o paciente, dedicando atenção e explicando os procedimentos de coleta que serão realizados, ele se sentirá mais seguro e confiante, facilitando o contato e o processo em si. * * Posicionamento do braço O braço do paciente deve ser posicionado em uma linha reta do ombro ao punho, de maneira que as veias fiquem mais acessíveis e o paciente o mais confortável possível. O cotovelo não deve estar dobrado e a palma da mão voltada para cima * * Garroteamento O garrote é utilizado durante a coleta de sangue para facilitar a localização das veias, tornando-as proeminentes. Deve ser colocado no braço do paciente próximo ao local da punção (4 a 5 dedos ou 10 cm acima do local de punção), sendo que o fluxo arterial não poderá ser interrompido. Não deve ser deixado no braço do paciente por mais de um minuto. Deve-se retirar ou afrouxar o garrote logo após a venipunção, pois o garroteamento prolongado pode acarretar alterações nas análises (por exemplo: cálcio). * * Seleção da região de punção A regra básica para uma punção bem sucedida é examinar cuidadosamente o braço do paciente. As características individuais de cada um poderão ser reconhecidas através de exame visual e/ou apalpação das veias. Deve-se sempre que for realizar uma venipunção, escolher as veias do braço para a mão, pois neste sentido encontram-se as veias de maior calibre e em locais menos sensíveis a dor. * * Veia mediana cubital – conecta a veia basílica a veia cefálica * * A "ordem de coleta" recomendada, segundo a NCCLS (National Committee for Clinical Laboratory Standard), quando há necessidade de se coletar várias amostras de um mesmo paciente 1. Tubo para hemocultura (quando houver); 2. Tubo sem aditivo (soro); 3. Tubos com anticoagulantes específicos para cada análise * * Após o material estar preparado, iniciar a antissepsia Primeiro, do centro do local de perfuração para fora, em sentido espiral e após, de baixo para cima, forçando uma vascularização local NUNCA toque o local da punção após antissepsia, exceto com luvas estéreis. * * Remover a capa superior da agulha mantendo o bisel voltado para cima. Colocar o garrote. No ato da punção, com o indicador ou polegar de uma das mãos esticar a pele do paciente firmando a veia escolhida e com a outra mão, puncionar a veia com precisão e rapidez (movimento único) A agulha deve estar em um ângulo de coleta de 15º em relação ao braço do paciente. * * Erros que podem ocorrer durante a punção Aderência do bisel na parede interna da veia. Solução: girar suavemente a seringa , liberando o bisel e reiniciar a coleta. * * * * Colabamento da veia Solução: diminuir a pressão do garrote. * * Outras situações podem ser criadas no momento da coleta, dificultando-a: Agulha de calibre incompatível com a veia. Estase venosa devido a garroteamento prolongado. Bisel voltado para baixo. * * Tão logo termine a coleta, retirar o garrote e a agulha Com uma mecha de algodão exercer pressão sobre o local da punção, sem dobrar o braço, até parar de sangrar. Uma vez estancado o sangramento aplicar uma bandagem. A agulha deve ser descartada em recipiente próprio para materiais infecto contaminantes. * * H E M A T O M A S * * * * Soro lipêmico * * SORO E PLASMA * * Várias dosagens bioquímicas e imunológicas podem ser realizadas no soro e no plasma Soro (obtido a partir de sangue sem anticoagulantes) Plasma (obtido de sangue com anticoagulantes). A única diferença analítica entre soro e plasma é que o primeiro não contém fibrinogênio, o qual foi utilizado para a formação do coágulo (fibrina). * * * * Dependendo da análise o exame poderá ser realizado: no sangue total (exemplo: Hemograma); no plasma (exemplo: glicose, provas de coagulação) no soro (exemplo: bioquímicos e sorológicos). * * CONSERVAÇÃO Estas amostras podem ser refrigeradas por até 3 dias ou congeladas por vários meses até a sua análise, sem que haja prejuízo no resultado dos testes. * * Em bioquímica sangüínea é preferível trabalhar com sangue heparinizado do que com sangue coagulado, pois facilita a manipulação e conservação, além de diminuir o risco de hemólise. Atualmente, alguns testes podem ser realizados com plasma de sangue com o anticoagulante EDTA. No caso de utilização do soro, é necessário aguardar um período de 30 a 180 minutos para a formação do coágulo e a completa obtenção do soro. * * ANTICOAGULANTES Os anticoagulante são substâncias usadas para prevenir a coagulação e retardar a deterioração do sangue. A escolha do anticoagulante e da sua quantidade é importante. Escolhido impropriamente interfere com as investigações bioquímicas: Ex: EDTA potássico - na dosagem do potássio Oxalato de amônio - na dosagem da uréia. * * O excesso de anticoagulante líquido dilui o sangue interferindo nas determinações quantitativas. Alguns anticoagulantes se prestam melhor à hematologia pelas suas propriedades conservadoras da morfologia celular e dos componentes do plasma, especialmente os fatores da coagulação. * * Ex: EDTA - comercializado em forma de sal di-potássio, di-sódico e tri-potássico sendo os dois últimos os mais utilizados. É o anticoagulante de eleição para hematologia. 1mg para 1ml de sangue ou 0,5 ml de solução a 1% para 5 ml de sangue . A coagulação se evita pela eliminação do cálcio do sangue. * * HEPARINA - inibe a formação de trombina, impedindo a conversão de fibrinogênio em fibrina. Não altera a morfologia e o tamanho celular. É usada uma concentração de 0,2 ml de heparina saturada por cada ml de sangue. Utilizado para dosagem de cálcio. * * Fluoreto de sódio - utilizado para dosagem de glicose, por evitar a glicólise O fluoreto inibe a enzima enolase na via glicolítica evitando assim a glicólise. * * Amostras tratadas com antiglicolítico – Concentração da glicose permanece estável por 8 horas a 25°C ou 48 horas entre 2 - 8°C. - Sem um agente glicolítico a concentração da glicose no sanguedecresce em torno de 10 mg/dL por hora a 25°C. * * CITRATO DE SÓDIO - É o anticoagulante ideal para estudos de coagulação. Se utiliza a concentração de uma parte de citrato de sódio para 9 partes de sangue total. É imprescindível manter a relação anticoagulante/sangue para realizar as provas de coagulação. Atuam quebrando o cálcio, formando um complexo com o mesmo e impedindo o processo de coagulação. * * * * Tubo com gel e ativador de coágulo
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