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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA - AULA

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FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 
 
 
O ESTUDO DA CIÊNCIA ECONÔMICA QUE TEM COMO OBJETIVO ANALISAR OS PROBLEMAS 
ECONÔMICOS E FORMULAR SOLUÇÕES PARA RESOLVÊ-LOS, DE FORMA A MELHORAR NOSSA 
QUALIDADE DE VIDA. 
 
 
CONCEITO DE ECONOMIA 
 
O TEMA – ECONOMIA, É DISCUTIVO VASTAMENTE NO DIA-A-DIA DOS CIDADÃOS COMUNS, DE 
FORMA EMPÍRICA (DEVIDO À PRÁTICA E VIVÊNCIA), OPINANDO SOBRE COMO O ESTADO DEVE 
AGIR PARA ADEQUAR O MERCADO DE ACORDO COM A SITUAÇÃO VIVIDA NAQUELE 
MOMENTO. 
 
A PALAVRA ECONOMIA DERIVA DO GREGO, OIKONOMIA (ÓIKOS, CASA; NÓMOS, LEI), QUE 
SIGNIFICA A ADMINISTRAÇÃO DE UMA CASA, OU DO ESTADO. 
 
CABE AOS PROFISSIONAIS DO DIREITO, DE ECONOMIA, DE ADMINISTRAÇÃO, DE CONTÁBEIS, 
ETC, BUSCAR CONHECIMENTOS TEÓRICOS MAIS SÓLIDOS, DE FORMA A ATUAR EM DIVERSAS 
ÁREAS, TANTO NO MERCADO PRIVADO QUANTO PÚBLICO. 
 
ECONOMIA, É A CIÊNCIA SOCIAL QUE ESTUDA COMO O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE DECIDEM 
EMPREGAR RECURSOS PRODUTIVOS ESCASSOS NA PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS, DE MODO 
A DISTRIBUÍ-LOS ENTRE AS VÁRIAS PESSOAS E GRUPOS DA SOCIEDADE, A FIM DE SATISFAZER AS 
NECESSIDADES HUMANAS. 
 
 
NESTA TOMADA DE DECISÃO TRATAMOS VÁRIOS CONCEITOS: 
 
* ESCOLHA; 
* ESCASSEZ; 
* NECESSIDADE; 
* RECURSOS; 
* PRODUÇÃO; 
* DISTRIBUIÇÃO. 
 
EM TODA SOCIEDADE, OS FATORES DE PRODUÇÃO (TERRA, CAPITAL E TRABALHO), SÃO 
LIMITADOS, MAS AS NECESSIDADES HUMANAS SÃO ILIMITADAS E ESTÃO EM CONSTANTE 
RENOVAÇÃO, DEVIDO AO CRESCIMENTO POPULACIONAL E DO CONTÍNUO DESEJO DE 
ELEVAÇÃO DO PADRÃO DE VIDA. 
 
AS FAMÍLIAS SÃO AS PROPRIETÁRIAS DOS FATORES DE PRODUÇÃO, SENDO TAMBÉM O LUCRO 
UMA FORMA DE REMUNERAÇÃO DE UM DOS FATORES DE PRODUÇÃO, POIS SERVE DE 
REMUNERAÇÃO DA CAPACIDADE EMPRESARIAL OU GERENCIAL DOS PROPRIETÁRIOS DA 
EMPRESA. 
A VENDA, PELAS EMPRESAS, DE BENS E SERVIÇOS NO MERCADO E O RESULTADO DE SUAS 
ATIVIDADES, PERTENCE A SEUS PROPRIETÁRIOS QUE SÃO PESSOAS FÍSICAS. 
 
 
 
 
 
 
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OS FATORES DE PRODUÇÃO SÃO REMUNERADOS DA SEGUINTE FORMA: 
- TERRA: Aluguel; 
- CAPITAL: Juros; 
- TRABAHO: Salário; 
- CAPACIDADE EMPRESARIAL: Lucro; 
- CAPACIDADE TECNOLÓGICA: Royalties. 
 
INDEPENDENTE DO GRAU DE DESENVOLVIMENTO DO PAÍS, NENHUM DELES DISPÕE DE TODOS 
OS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA SATISFAZER TODAS AS NECESSIDADES DA COLETIVIDADE. 
 
DESTA FORMA, VISUALIZAMOS UM PROBLEMA DE ESCASSEZ, DOS RECURSOS LIMITADOS, QUE 
SE CONTRAPÕEM COM AS NECESSIDADES HUMANAS QUE SÃO ILIMITADAS. 
DEVIDO À ESTA ESCASSEZ DE RECURSOS, A SOCIEDADE NECESSITA ESCOLHER QUAL A MELHOR 
ALTERNATIVA DE PRODUÇÃO E DE DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS OBTIDOS PELA ATIVIDADE 
PRODUTIVA. 
 
ESTA É A QUESTÃO CENTRAL DO ESTUDO DA ECONOMIA: 
COMO ALOCAR RECURSOS PRODUTIVOS LIMITADOS, DE FORMA A ATENDER AO MÁXIMO ÀS 
NECESSIDADES HUMANAS. 
 
 
OS PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS SÃO: 
 
- O QUE E QUANDO PRODUZIR: A SOCIEDADE PRECISA ESCOLHER QUAIS OS PRODUTOS SERÃO 
PRODUZIDOS E AS RESPECTIVAS QUANTIDADES; 
 
- COMO PRODUZIR: A SOIEDADE DEVE ESCOLHER QUAIS OS RECURSOS DE PRODUÇÃO SERÃO 
EMPREGADOS PARA A PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS, DADO O NÍVEL TECNOLÓGICO 
EXISTENTE. ESTA DECISÃO É FORÇADA PELA CONCORRÊNCIA E OS LEVA À ESCOLHA PELO 
MENOR CUSTO DE PRODUÇÃO POSSÍVEL; 
 
- PARA QUEM PRODUZIR: A SOCIEDADE TERÁ QUE DECIDIR COMO SEUS MEMBROS 
PARTICIPARÃO DA DISTRIBUIÇÃO DOS RESULTADOS DE SUA PRODUÇÃO. A RENDA ESTARÁ 
ATRELADA À OFERTA E PROCURA DOS PRODUTOS E SERVIÇOS PRODUZIDOS COMO TAMBÉM 
PELA DETERMINAÇÃO DOS SALÁRIOS, ARRENDAMENTO, JUROS, E BENEFÍCIOS DO CAPITAL, 
COMO TAMBÉM DA PROPRIEDADE E DA FORMA COMO É TRANSFERIDA POR HERANÇA. 
O MODO COMO AS SOCIEDADES RESOLVEM OS PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS 
DEPENDE DA FORMA DA ORGANIZAÇÃO ECONÔMICA DO PAIS, OU SEJA, DO SISTEMA 
ECONÔMICO DE CADA NAÇÃO. 
 
 
SISTEMAS ECONÔMICOS 
 
O SISTEMA ECONÔMICO PODE SER DEFINIDO COMO FORMA POLÍTICA, SOCIAL E ECONÔMICA 
PELA QUAL ESTÁ ORGANIZADA UMA SOCIEDADE. É UM SISTEMA PARTICULAR, POIS CADA PAÍS 
TEM SUA CARACTERÍSTICA INDIVIDUAL, COM NECESSIDADES ESPECÍFICAS, QUE NORTEARÃO A 
ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO, A DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMO DE FORMA A ATENDER ÀS 
NECESSIDADES DA POPULAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
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ELEMENTOS BÁSICOS DE UM SISTEMA ECONÔMICO: 
 
• ESTOQUE DE RECURSOS PRODUTIVOS OU FATORES DE PRODUÇÃO: TRATA-SE DOS RECURSOS 
HUMANOS (TRABALHO E CAPACIDADE DE PRODUÇÃO), O CAPITAL, A TERRA, AS RESERVAS 
NATURAIS E A TECNOLOGIA; 
• COMPLEXO DE UNIDADES DE PRODUÇÃO: CONSTITUÍDO PELAS EMPRESAS; 
• CONJUNTO DE INSTITUIÇÕES POLÍTICAS, JURÍDICAS, ECONÔMICAS E SOCIAIS: FORMAM A BASE 
DA ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE; 
 
OS AGENTES ECONÔMICOS 
Agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, através de suas ações, 
contribuem para o funcionamento do sistema econômico. São eles: as famílias, as empresas e o 
governo. 
As famílias incluem todos os indivíduos e unidades familiares, que no papel de consumidores, 
adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços objetivando o atendimento de suas 
necessidades de consumo. Por outro lado, as famílias são as proprietárias de recursos 
produtivos oferecidos às empresas e governos como: o trabalho, a terra, o capital e as 
capacidades empresarial e tecnológica e recebem por eles os salários, os aluguéis, os lucros e os 
juros. É com essa renda que adquirem os bens e serviços também oferecidos pelas empresas e 
governos. Tanto na aquisição de bens, quanto na venda dos fatores de produção, as decisões da 
unidade econômica familiar são guiadas pelo propósito de maximizar a satisfação das suas 
necessidades. 
As empresas são unidades encarregadas de produzir e/ou comercializar bens e serviços. A 
produção é realizada combinando-se os fatores de produção adquiridos de famílias, outras 
empresas e governos. As empresas buscam a máxima eficiência tanto na aquisição de fatores 
produtivos, quanto no seu processo produtivo e na venda dos bens e serviços produzidos, 
afinal, seu objetivo maior é gerar lucro. 
O governo, por sua vez, inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o 
controle do Estado, nas esferas federais, estaduais e municipais. Muitas vezes o governo 
intervém no sistema econômico atuando como empresário e produzindo bens e serviços 
através de suas empresas como os Correios, os bancos estatais, etc. Outras vezes, o governo 
age como comprador, adquirindo serviços, equipamentos, bens, tendo em vista a realização de 
suas tarefas. O governo age ainda como agente regulador. Nesse caso, ele intervém no sistema 
econômico por meio de regulamentos e controles com a finalidade de disciplinar a conduta dos 
demais agentes econômicos. 
O MERCADO 
Mercado é o local onde compradores e vendedores de bens, serviços e recursos estabelecem 
contato e realizam transações. 
Os compradores são os consumidores de bens e serviços e as empresas são as consumidoras de 
recursos produtivos para a produção de bens e serviços. 
 
 
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Os vendedores são as empresas que ofertam seus bens e serviços e os proprietários dos 
recursos produtivos que os oferecem em troca de remuneração (salários, aluguéis, etc.). 
O mercado não implica necessariamente em um lugar geográfico onde ocorram as transações. 
As mercadorias são vendidas nos mais diferentes dispositivos institucionais como feiras, lojas, 
Bolsas de Valores, internet, etc. 
https://www.youtube.com/watch?v=bJ-ZsflQmS0 
 
PENSAMENTO ECONÔMICO NA ANTIGUIDADE 
 
A economia ascende como disciplina a partir da obra ‘A RIQUEZA DAS NAÇÕES’ de Adam Smith, 
onde ele investiga sobre o funcionamento da economia de várias nações. 
 
Pensadores: 
 
Platão – Discípulo de Sócrates, em sua obra a República ele defende a abolição da propriedade 
privada. Naquela época a Grécia era dividida por cidades independentes e que se conflitavam. 
Referente aos guardiões: Defendia que homens e mulheres são iguais, capazes de exercer as 
mesmas tarefas, não podendo constituir família,não podendo possuir bens, tendo poder pelo 
seu saber. 
 
Aristóteles – Foi discípulo de Platão, defendia a propriedade privada com o uso comum. A 
propriedade coletiva impede que as pessoas sejam benevolentes (por nada terem a doar). 
Há baixo interesse em investir e ninguém a quer manter, um esperando pelo outro. No conceito 
escravidão ele entende que existem pessoas que nascem para comandar e outros que nascem 
param serem comandados. 
 
Xenofante – Discípulo de Platão, entra analisando as causas da relativa prosperidade da cidade 
de Atenas, onde a causa está na especialização do comércio e na divisão do trabalho. Observa: 
- A prosperidade advém da excelência da agricultura; 
- Atenção da atividade econômica ‘as obras públicas; 
- As Polis (cidades) mais prósperas são as que se mantiveram em paz por mais tempo. 
- Observou que Atenas era a melhor dotada pela natureza para florescer durante a paz. 
 
Plínio O Velho – Era romano e não via como eficiente o uso da escravidão “ É pior plano possível 
ter a terra cultivada por escravos libertos da casa de correção, como o fato acontece com todo 
o trabalho confiado a homens que vivem sem esperança”. Defende incentivo ‘a agricultores 
familiares. 
 
 - Na idade média .... 
Tomás de Aquino – Para Aquino, o preço deve ser justo, com lucro decente, e o comprador 
deve aceitar este preço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OS ECONOMISTAS CLÁSSICOS 
 
 
 
- Adam Smith (1723-1790) 
 
Considerado o pai da economia moderna e o mais importante teórico do liberalismo 
econômico. Em plena Revolução Industrial – 1776 – ele publicou um livro que é considerado o 
marco da Teoria Econômica – “A Riqueza das Nações”, o qual serviu de base teórica para a 
expansão do capitalismo industrial. 
Acreditava que para o conhecimento da realidade e transformação da sociedade, era 
fundamental o uso da razão, e não da tradição ou da religião. Segundo Smith, somos todos 
egoístas e procuramos, no mundo econômico, sempre o que é melhor para nós. Mas fazendo 
isto, somos guiados por uma “mão invisível” e acabamos por realizar o que é melhor para a 
sociedade, pois o auto interesse de uma sociedade livre proporcionaria a forma mais rápida de 
uma nação alcançar o progresso e o crescimento econômico. 
Exemplo: O Padeiro produz o pão pelo melhor preço, devido ‘a pressão da concorrência e 
buscando o lucro. Mas há uma interação entre os agentes econômicos “mão invisível” gerando 
o melhor para todos. 
 
Na sua liberal opinião o maior obstáculo a esse progresso econômico seria o 
intervencionismo do Estado na Economia; pois, para ele, existiria uma “mão invisível” que auto 
regularia o mercado. Ou seja, para Adam Smith se o mercado fosse deixado em paz pelos 
governos ele se manteria sempre em equilíbrio. 
Isso ele denominou de “Laissez-Faire” (deixar fluir livremente), onde o mercado atuava 
livremente, sem a intervenção do estado. 
Para ele caberia ao Estado apenas três funções: 
(A) o estabelecimento e a manutenção da justiça; 
(B) a defesa nacional; 
(C) a criação e a manutenção de certas obras e instituições públicas, as quais não fossem de 
interesse privado. 
Ele era radicalmente contra qualquer restrição à liberdade econômica que levasse ao 
monopólio de mercado. 
Possuía outra teria, a da divisão do trabalho, como sendo um fator preponderante para 
o desenvolvimento e crescimento de uma atividade, onde cada indivíduo será responsável por 
parte do trabalho, de acordo com as habilidades, gerando aprimoramento e maior 
produtividade. 
 
 
-David Ricardo (1772-1823) 
 
 É considerado juntamente com Adam Smith e Thomas Malthus, como um dos 
fundadores da escola clássica inglesa de Economia Política. 
 
 
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Em 1817 escreveu “Princípios da Economia Política e Tributação”, onde são analisadas 
as leis que determinam a distribuição de tudo o que poderia ser produzido pelas três classes da 
comunidade: os proprietários da terra, os trabalhadores e os donos do capital. Em sua teoria de 
distribuição, ele concluiu que os lucros variam inversamente aos salários, que sobem ou caem 
em linha com o custo das necessidades. 
David Ricardo tornou-se conhecido por suas teorias, entre elas destacam-se: “a teoria 
das vantagens comparativas”, que constituem a base essencial da teoria do comércio 
internacional, onde demonstrou que duas nações podem beneficiar-se mutuamente do 
comércio livre, mesmo que uma delas seja menos eficiente na produção de todos os tipos de 
bens do que o seu parceiro comercial. 
Exemplos: a) Um país (o Brasil daquela época), tinha uma vocação agrícola, e, portanto, 
vantagens comparativas nessa área, e não na indústria. Mesmo porque a agricultura precisa de 
terra e mão-de-obra não qualificada, e tínhamos ambas em abundância, e a indústria precisa de 
capital e mão-de-obra qualificada, que tínhamos pouco. 
 b) Duas únicas confeiteiras que fazem dois tipos de bolos (laranja e chocolate). 
Uma delas tem acesso a alguns insumos mais baratos, pois os retira da fazenda de seu pai. 
Podendo assim vender os bolos mais baratos. A outra confeiteira deve desistir do ramo? Não 
pois no bolo de chocolate a diferença é pequena, por não haver produção de chocolate na 
fazenda de seu concorrente e apesar da confeiteira possuir mais vantagens comparativas do 
que ela, não dará conta de atender toda a demanda do mercado, e esta resolveu então produzir 
apenas o bolo de laranja, pois este lhe propiciava maior vantagem competitiva. Neste caso, a 
segunda confeiteira pode focar no bolo de chocolate, que não era tão barato. 
 
Em sua “teoria da renda da terra”, David Ricardo procurou interligar os preços dos 
cereais à repartição da renda, ao aumento da população, ao preço da renda da terra, às 
vantagens recíprocas do comércio internacional e ao nível de salário e subsistência dos 
trabalhadores. 
 
 
-Thomas Robert Malthus (1766-1834) 
 
 Em sua tese, no Ensaio sobre o Princípio da População, ele diz que a produção de 
alimentos cresceria em progressão aritmética (PA), e a população em progressão geométrica 
(PG). Trabalhava com uma visão de catástrofe, que não aconteceu, pois houve aumento da 
produção agrícola devido ‘a utilização de mais terra quanto o investimento em tecnologia, além 
de ter havido redução do crescimento populacional. 
 Nos dias de hoje, esta teoria faz sentido, principalmente para alguns países como China 
e África que tem uma população desproporcional ‘a sua produção agrícola, mesmo com 
controle da natalidade e no caso da África a população cresce de forma exponencial. 
 
 
- Karl Marx (1818-1883) 
 
 Entre os economistas clássicos, Marx foi quem estudou mais profundamente o 
funcionamento de uma economia capitalista, fato ocorrido devido ao período, século XIX, onde 
o capitalismo industrial já estava consolidado e momento em que o capital estava se 
concentrando. 
 Para Marx, a burguesia (capital) era profundamente injusta, por explorar a população 
(operários), pregando que a burguesia deveria ser derrubada, pois neste sistema, os ricos 
ficariam cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres. 
 
 
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 Para resolver a questão o investimento, passaria ao poder do estado a propriedade dos 
meios de produção (socialismo) e quando o socialismo se consolidasse, chegaríamos ao 
comunismo (sociedade igualitária, sem classes e sem governo). 
 
 Nos períodos de crise, Marx é sempre lembrado por pregar o colapso do capitalismo 
devido ‘a pressão dos operários explorados (lutas de classes) e as contradições internas do 
funcionamento próprio do capitalismo. 
 Apesar de sabermos que no mercado capitalista, vive-se períodos de crise, é notório 
também que as economias seguidoras de Marx, fracassaram em maior ou menor grau: 
China – Sucesso econômico, mas não é comunista. O comunismo, como foi defendido por 
Marx], nunca foi implantado. 
 Seu maior legado foi que seus ensinamentosserviram para fortalecer sindicatos e ‘a 
criação de partidos de esquerda, trabalhando e alcançando junto aos governos as políticas 
sociais que protegem, de alguma forma, a população menos favorecida. 
Exemplos de conquistas: Educação básica gratuita e proibição ao trabalho infantil. 
 
 
A ESCOLA NEOCLÁSSICA 
 
- Alfred Marshall 
 
 Costuma ser chamado de o pai da Microeconomia, ramo da ciência econômica que 
estuda a interação do mercado entre empresas e consumidores. 
 
 
DIFERENÇA ENTRE OS ECONOMISTAS CLÁSSICOS E OS NEOCLÁSSICOS 
 
 Os economistas clássicos utilizavam a teoria do valor trabalho, onde o preço tinha como 
base a quantidade de horas de trabalho que era empregada na produção. Para os neoclássicos, 
este tempo não importava, se não conseguir vende-lo. O preço do produto não é determinada 
pelo valor trabalho e sim no mercado, pelo valor que o mercado atribui a ela (valor utilidade). 
 
 
A ESCOLA AUSTRÍACA 
 
-Joseph Schumpeter 
 
 Para Schumpeter (e para Marx), o capitalismo é bastante dinâmico e para abrir espaço 
para o novo é necessário destruir o velho, assim sendo, ao lançar um produto novo (meio de 
transporte, nova tecnologia, meio de produção) estaremos destruindo os antigos. 
 Trata os ciclos econômicos, como processos inerentes a uma economia capitalista. 
Define que haverá ciclos longos, que estarão vinculados a avanços tecnológicos e em 
contrapartida gerará perda de postos de trabalho, em detrimento da desocupação pela 
inexistência do trabalho, pois a ocupação correspondente não existe mais (desemprego 
estrutural), pois a melhoria nas estruturas, geram baixas de mão de obra. 
 
-Teoria Keynesiana ( 1883-1946) 
 
A principal obra de John Maynard Keynes (1883-1946), “A teoria geral do emprego, dos 
juros e da moeda, de 1936”, mudou a maneira de olhar a economia e o papel do governo na 
 
 
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sociedade e permanece até hoje como uma das principais referências na formação de 
economistas. A obra de Keynes surgiu num conturbado período de crise econômica mundial, 
conhecido como a Grande Depressão. A quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, 
aumentou o número de desempregados nos Estados Unidos em proporções elevadíssimas. A 
Inglaterra e outros países europeus também enfrentavam o problema do desemprego. 
Diferentemente da teoria econômica vigente, Keynes consegue mostrar que a 
combinação das políticas econômicas adotadas até então não funcionava adequadamente 
naquele contexto, e sugere alternativas que poderiam tirar o mundo da recessão. 
Para Keynes, o nível de produção nacional de uma economia e o volume de emprego 
são determinados pela demanda efetiva (consumo e investimento). 
- O consumo é a soma dos gastos das pessoas com bens e serviços. 
- O investimento é a soma dos gastos das empresas para criar ou ampliar a capacidade 
produtiva, como a compra de máquinas, construção de novas instalações etc. 
“A demanda efetiva” é, portanto, a soma de todos os gastos de consumo e de 
investimento de uma economia. O autor argumenta que, em um contexto de recessão, as 
incertezas e expectativas ruins desestimulam os empresários a investir, e as livres forças do 
mercado (“mão invisível”) não conseguiriam, por si só, dar fim à crise. Então, ele propôs que o 
Estado deveria deixar de ter uma participação passiva na economia, que tinha até então, e 
passasse a atuar ativamente na vida econômica do país, realizando gastos, a fim de estimular o 
consumo e o investimento, reativando assim a economia. O Estado deveria investir em 
infraestrutura e estimular as exportações e induzir os bancos a aumentarem o crédito ao setor 
privado, e as empresas deveriam investir mais. Tal posicionamento significa que o sistema de 
mercado livre ou “laissez-faire” estaria antiquado e que o Estado deveria atuar ativamente para 
estabilizar a economia e o nível de emprego. 
Os argumentos de Keynes tiveram grande influência na política econômica dos países 
capitalistas, e a adoção de suas políticas colaborou para os resultados positivos que se 
seguiram. Suas ideias foram postas em prática nos EUA, por meio do New Deal (1933), que 
obteve êxito em tirar a economia da recessão, com um gigantesco programa de obras públicas 
e gastos sociais. Observamos também forte atuação governamental durante a grave crise 
econômica que atingiu os Estados Unidos e muitos outros países em 2008. A atuação de seus 
continuadores causou tanto impacto que passou a ser chamada de “Revolução Keynesiana”. 
Exemplos: 
- Obama sanciona pacote de estímulo econômico de US$ 787 bi. 
- Presidente dos EUA agradeceu esforço para aprovação do projeto que prevê a criação de 
milhões de empregos 17 de fevereiro de 2009 | 16h 48 Suzi Katzumata - da Agência Estado. 
 
 
 
 
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CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ECONÔMICOS: 
 
 
SISTEMA CAPITALISTA, OU ECONOMIA DE MERCADO: SISTEMA REGIDO PELAS FORÇAS DE 
MERCADO, PREDOMINANDO A LIVRE INICIATIVA E A PROPRIEDADE PRIVADA DOS FATORES DE 
PRODUÇÃO; 
 
SISTEMA SOCIALISTA, OU ECONOMIA CENTRALIZADA, OU AINDA ECONOMIA PLANIFICADA: 
SISTEMA ONDE AS QUESTÕES ECONÔMICAS FUNDAMENTAIS SÃO RESOLVIDAS POR UM ÓRGÃO 
CENTRAL DE PLANEJAMENTO, ONDE PREDOMINA A PROPRIEDADE PÚBLICA DOS FATORES DE 
PRODUÇÃO, QUE SÃO CHAMADOS NESTE SISTEMA, DE BENS DE PRODUÇÃO, ENGLOBANDO OS 
BENS DE CAPITAL, A TERRA, PRÉDIOS, BANCOS, MATÉRIAS-PRIMAS. 
 
Os seguintes países unipartidários cujo partido segue oficialmente a doutrina marxista-
leninista. 
• República Popular da China; (desde 1949); Partido Comunista da China. 
• República Popular Democrática da Coreia; (desde 1945); Partido dos 
Trabalhadores da Coreia. 
• República de Cuba; (Revolução Cubana em 1959, estado socialista declarado 
em 1961); Partido Comunista de Cuba. 
• República Socialista do Vietname; (desde 1945 no Norte, desde 1976 após a 
unificação); Partido Comunista do Vietnã. 
• República Democrática Popular de Laos; (desde 1975); Partido Popular 
Revolucionário do Laos. 
 
 
OS PAÍSES ORGANIZAM-SE SEGUNDO ESTES DOIS SISTEMAS, OU ATRAVÉS DE ALGUMA OUTRA 
FORMA INTERMEDIÁRIA. 
 
ATÉ O INÍCIO DO SÉCULO XX HAVIA A PREDOMINÂNCIA NAS ECONOMIAS OCIDENTAIS DO 
SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA (SEM A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA). ESTA 
ERA A FILOSOFIA DO LIBERALISMO, DEFENDIDA POR ALGUNS PENSADORES, ENTRE ELES, ADAM 
SMITH, ESTAS IDÉIAS VIERAM COM INCLINAÇÃO CLARA DE COMBATER O MERCANTILISMO. 
 
 
Podemos citar como principais características do sistema econômico mercantilista: 
 
- Metalismo: o ouro e a prata eram metais que deixavam uma nação muito rica e poderosa, 
portanto os governantes faziam de tudo para acumular estes metais. Além do comércio 
externo, que trazia moedas para a economia interna do país, a exploração de territórios 
conquistados era incentivada neste período. Foi dentro deste contexto histórico, que a Espanha 
explorou toneladas de ouro das sociedades indígenas da América como, por exemplo, os maias, 
incas e astecas. 
 
- Industrialização: o governo estimulava o desenvolvimento de indústrias em seus territórios. 
 
 
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Como o produto industrializado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, 
exportar manufaturados era certeza de bons lucros. 
 
- Protecionismo Alfandegário: os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada 
de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também 
evitar a saída de moedas para outros países. 
 
- Pacto Colonial: as colônias europeias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. 
Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados 
na Europa. Dentro deste contexto histórico ocorreu o ciclo econômico do açúcar no Brasil 
Colonial. 
 
- Balança ComercialFavorável: o esforço era para exportar mais do que importar, desta forma 
entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira. 
A PARTIR DE 1930, HOUVE A PREDOMINÂNCIA DOS SISTEMAS DE ECONOMIA MISTA, COM A 
ATUAÇÃO CLARA DAS FORÇAS DE MERCADO (OFERTA E PROCURA), MAS COM A ATUAÇÃO DO 
ESTADO, TANTO NA ALOCAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS COMO NA PRÓPRIA PRODUÇÃO 
DE BENS E SERVIÇOS, NA ÁREA DE INFRA-ESTRUTURA, ENERGIA, SANEAMENTO E 
TELECOMUNICAÇÕES. 
 
NAS ECONOMIAS DE MERCADO, A MAIORIA DOS BENS, SERVIÇOS E SALÁRIOS É DETERMINADA 
PELO MECANISMO DE PREÇOS, QUE ATUA PELA FORÇA DA OFERTA E DEMANDA DOS FATORES 
DE PRODUÇÃO. 
 
NAS ECONOMIAS CENTRALIZADAS, HÁ UM ÓRGÃO CENTRAL DE PLANEJAMENTO, A PARTIR DE 
UM LEVANTAMENTO DOS RECURSOS DE PRODUÇÃO DISPONÍVEIS E DAS NECESSIDADES DO 
PAÍS. ASSIM SENDO, GRANDE PARTE DOS PREÇOS DOS BENS E DOS SERVIÇOS, SALÁRIOS, COTAS 
DE PRODUÇÃO E DOS RECURSOS É CALCULADA NOS COMPUTADORES CENTRAIS. 
 
AO FINAL DE 1980, APÓS O FIM DA CHAMADA “CORTINA DE FERRO”, NOS GOVERNOS 
COMUNISTAS, COMO RÚSSIA E CHINA, PASSOU A HAVER ESPAÇO PARA ATUAÇÃO DA 
INICIATIVA PRIVADA, CARACTERIZANDO-SE ASSIM UM “SOCIALISMO DE MERCADO”. 
EXEMPLO: China moderna (iniciou em 1980 no governo de Deng Xiaoping). 
 
Características principais do socialismo de mercado: 
- Controle político através de partido único; 
- Controle social realizado pelo governo, através da censura e repressão aos opositores; 
- Controle de preços, salários e sindicatos; 
- Estímulos voltados para a instalação de multinacionais no país. Os incentivos fiscais e 
manutenção de mão-de-obra barata são exemplos destes estímulos; 
- Ausência de democracia; 
 - Estímulos públicos voltados para o desenvolvimento econômico; 
 - Política cambial voltada para a desvalorização da moeda nacional, objetivando o aumento das 
exportações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO - CPP 
(CURVA DE TRANSFORMAÇÃO) 
 
A CPP – CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO, ESPRESSA A CAPACIDADE MÁXIMA DE 
PRODUÇÃO DA SOCIEDADE, TRABALHANDO COM A POSSIBILIDADE DO PLENO EMPREGO DOS 
RECURSOS OU FATORES DE PRODUÇÃO, EM DADO MOMENTO DO TEMPO. 
 
DEVIDO À ESCASSEZ DE RECURSOS, O PAÍS TEM UMA PRODUÇÃO POTENCIAL OU PRODUTO DE 
PLENO EMPREGO (SEM CAPACIDADE OCIOSA, SEM DESEMPREGO). 
 
EXEMPLO: SUPONHA UMA ECONOMIA QUE SÓ PRODUZA MÁQUINAS (BENS DE CAPITAL) E 
ALIMENTOS (BENS DE CONSUMO) E QUE AS ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO SEJAM: 
 
POSSIBILIDADES DE 
PRODUÇÃO 
 
ALTERNATIVAS DE 
PRODUÇÃO 
MÁQUINAS 
(MILHARES) 
ALIMENTOS 
(TONELADAS) 
A 25 0,0 
B 20 30,0 
C 15 47,5 
D 10 60,0 
E 0 70,0 
 
 
 
CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO 
ALIMENTOS (TONELADAS) 
 70 
 65 
 60 
 55 
 50 
 45 
 40 
 35 
 30 
 25 
 20 
 15 
 10 
 5 
 
 
5 10 15 20 25 
 
 
 MÁQUINAS (MILHARES) 
 
 
- A CURVA ABCDE INDICA TODAS AS POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO POTENCIAL DE MÁQUINAS E 
ALIMENTOS NESSA ECONOMIA HIPOTÉTICA; 
 
 
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- EM QUALQUER PONTO DESTA CURVA A ECONOMIA TRABALHARÁ EM PLENO EMPREGO 
(UTILIZANDO 100% DOS FATORES DE PRODUÇÃO); 
- QUALQUER PONTO DENTRO DA CURVA, SIGNIFICA QUE HÁ DESEMPREGO; 
- QUALQUER PONTO FORA DA CURVA É IMPOSSÍVEL POR EXCEDER A CAPACIDADE DE 
PRODUÇÃO; 
- NO PONTO (A) SIGNIFICA QUE TODOS OS FATORES DE PRODUÇÃO ESTÃO ALOCADOS EM 
PRODUÇÃO DE MÁQUINAS; 
- NO PONTO (E) SIGNIFICA QUE TODOS OS FATORES DE PRODUÇÃO ESTÃO ALOCADOS EM 
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS; 
- NOS PONTOS B, C e D HÁ INDICAÇÃO DA COMBINAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO EM 
MÁQUINAS E ALIMENTOS. 
 
 
 
 
 
CUSTO DE OPORTUNIDADE 
 
A TRANSFERÊNCIA DOS FATORES DE PRODUÇÃO DE UM BEM X PARA OUTRO BEM Y GERA UM 
CUSTO DE OPORTUNIDADE, QUE É IGUAL AO SACRIFÍCIO DE DEIXAR DE PRODUZIR PARTE DE 
UM BEM EM DETRIMENTO DA PRODUÇÃO DE OUTRO BEM. 
 
OBSERVE NO PONTO B, DA FIGURA ACIMA, QUE ACONTECEU UM SACRIFÍCIO NA PRODUÇÃO DE 
MÁQUINAS PARA SE PRODUZIR ALIMENTOS (PONTO C), VEMOS QUE ESTE SACRIFÍCIO GEROU 
UMA ELEVAÇÃO 17,5 TONELADAS DE ALIMENTOS, SAINDO DE 30 PARA 47,5 TONELADAS DE 
ALIMENTOS. 
 
OS CUSTOS DE OPORTUNIDADE SÃO CRESCENTES: 
 
 
- NOS MOSTRA QUE PARA OBTERMOS AS MESMAS QUANTIDADES ADCIONAIS DE UM BEM, A 
SOCIEDADE DEVE SACRIFICAR CADA VEZ MAIS A PRODUÇÃO DE OUTRO BEM; 
- ESTE FATO OCORRE PORQUE OS RECURSOS UTILIZADOS EM UMA ATIVIDADE PODEM NÃO TER 
A MESMA EFICIÊNCIA QUANDO TRANSFERIDOS PARA OUTRA ATIVIDADE, ASSIM, QUANTO MAIS 
TRANSFERÊNCIA MAIS INEFICIÊNCIA, OU SEJA, A TRANSFERÊNCIA VAI FICANDO CADA VEZ MAIS 
DIFÍCIL E ONEROSA. 
- OS FATORES DE PRODUÇÃO SÃO ESPECIALIZADOS EM DETERMINADAS LINHAS DE PRODUÇÃO, 
E NÃO SÃO COMPLETAMENTE ADAPTÁVEIS A OUTROS USOS. 
 
A CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO TEM O FORMATO CÔNCAVO: 
PELO FATO DE QUE QUANTO MAIS SE PRODUZ DE UM PRODUTO (X) MAIOR SERÁ A QUEDA NA 
PRODUÇÃO DO PRODUTO (Y). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALIMENTOS 
 
 
 
 13 
 
(Toneladas) 
 
 
 
 
 
70 
 
 
65 
 
 
60 
 
 
55 
 
 
50 
 Acréscimos iguais 45 
 na produção 40 
 de alimentos … 35 
 
 
30 
 
 
25 
 
 
20 
 
 
15 
 
 
10 
 
 
5 MÁQUINAS 
 
5 10 15 20 25 
 
(Milhares) 
 
 
Levam a quedas cada vez maiores na produção de 
 
Máquinas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESLOCAMENTOS DA CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO: 
 
 
 
O DESLOCAMENTO PARA A DIREITA DA CPP, INDICA CRESCIMENTO DO PAÍS. ESTE FATO PODE 
OCORRER DEVIDO AO AUMENTO DA QUANTIDADE FÍSICA DE FATORES DE PRODUÇÃO, COMO 
EM FUNÇÃO DO MELHOR APROVEITAMENTO DOS RECURSOS JÁ EXISTENTES, DEVIDO A UM 
CRESCIMENTO TECNOLÓGICO, MAIOR EFICIÊNCIA PRODUTIVA E ORGANIZACIONAL DAS 
EMPRESAS E MELHORIA NA QUALIFICAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA. ESTA EVOLUÇÃO GERA UM 
DESLOCAMENTO PARA CIMA E PARA A DIREITA. 
 
 
 
 14 
 
CRESCIMENTO ECONÔMICO 
 ALIMENTOS 
EM 
 (Toneladas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÁQUINAS 
 
 (Milhares) 
 
 
ENTENDER O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ECONÔMICO 
 
VAMOS SUPOR UMA ECONOMIA DE MERCADO SEM A INTERFERÊNCIA DO GOVERNO E SEM 
TRANSAÇÕES COM O EXTERIOR (ECONOMIA FECHADA). 
 
BENS E SERVIÇOS: EM UMA ECONOMIA SÃO PRODUZIDOS BENS E SERVIÇOS, SENDO QUE OS 
BENS SÃO PRODUTOS QUE TÈM FORMA FÍSICA (SAPATOS, ROUPAS, ELETRODOMÉSTICOS, ETC.) 
E SERVIÇOS NÃO TEM FORMA FÍSICA (CONSULTA MÉDIDA, CABELEIREIRO, AULA DE PROFESSOR, 
ETC.). PODEMOS DETERMINAR QUE PRODUTO É ALGO TANGÍVEL E QUE SERVIÇO NÃO É 
TANGÍVEL. 
 
A PRODUÇÃO PROVÉM DOS TRÊS SETORES QUE COMPÔEM UMA ECONOMIA: 
- PRIMÁRIO (AGRICULTURA, PECUÁRIA, PESCA, MINERAÇÃO, EXTRATIVISMO VEGETAL E CAÇA): 
É O SETOR PRIMÁRIO QUE FORNECE MATÉRIA-PRIMA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO. 
- SECUNDÁRIO (INDÚSTRIA); 
- TERCIÁRIO (COMÉRCIO E SERVIÇOS). 
 
OBS.: Os países mais desenvolvidos têm sua economia voltada principalmente para o setor 
industrial e os países menos desenvolvidos têm sua economia voltada principalmente para o 
setor primário. 
 O Brasil estava nesta situação até o século XIX, se desenvolveu e diversificou sua 
produção. Conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2013, no 
Brasil a agropecuária representava apenas 5,7% da produção do país, a indústria 24,9% e o 
terciário 69,4%. 
 
BENS DE CAPITAL, BENS DE CONSUMO, BENS INTERMEDIÁRIOS E FATORESDE PRODUÇÃO 
 
BENS DE CAPITAL: SÃO UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE OUTROS BENS (MÁQUINAS, 
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES). FAZEM PARTE DO ATIVO FIXO DAS EMPRESAS. 
 
BENS DE CONSUMO: DESTINAM-SE A ATENDER ÀS NECESSIDADES HUMANAS, SENDO 
DIVIDIDOS EM BENS DURÁVEIS (GELADEIRAS, FOGÕES, AUTOMÓVEIS) OU NÃO DURÁVEIS 
(ALIMENTOS, PRODUTOS DE LIMPEZA). 
 
 
 
 15 
BENS INTERMEDIÁRIOS: SÃO TRANSFORMADOS OU AGREGADOS NA PRODUÇÃO DE OUTROS 
BENS E TOTALMENTE CONSUMIDOS NO PROCESSO PRODUTIVO (INSUMOS, MATÉRIAS-PRIMAS 
E COMPONENTES). 
OS BENS DE CAPITAL, COMO NÃO SÃO “CONSUMIDOS” NO PROCESSO PRODUTIVO, SÃO BENS 
FINAIS E NÃO INTERMEDIÁRIOS. 
 
OS AGENTES ECONÔMICOS SÃO AS FAMÍLIAS (UNIDADES FAMILIARES) E AS EMPRESAS 
(UNIDADES PRODUTORAS); 
 
AS FAMÍLIAS SÃO PROPRIETÁRIAS DOS FATORES DE PRODUÇÃO E OS FORNECEM ÀS EMPRESAS, 
QUE SÃO DONAS DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO NO MERCADO DOS FATORES DE PRODUÇÃO; 
 
AS EMPRESAS PRODUZEM BENS E SERVIÇOS E OS FORNECEM ÀS FAMÍLIAS, NO MERCADO DE 
BENS E SERVIÇOS. 
 
A ESTE FLUXO DE FATORES DE PRODUÇÃO, BENS E SERVIÇOS DENOMINAMOS FLUXO REAL DA 
ECONOMIA. 
 
 
 
 
 16 
 
ESTE FLUXO SÓ É POSSÍVEL COM A PRESENÇA DA MOEDA, QUE É UTILIZADA PARA REMUNERAR 
OS FATORES DE PRODUÇÃO E PARA O PAGAMENTO DOS BENS E SERVIÇOS. 
 
ASSIM SENDO, EM PARALELO AO FLUXO REAL, TEMOS TAMBÉM O FLUXO MONETÁRIO, ONDE 
AS EMPRESAS REMUNERAM ÀS FAMÍLIAS PELOS FATORES DE PRODUÇÃO E AS FAMÍLIAS 
PAGAM ÀS EMPRESAS PELOS BENS E SERVIÇOS QUE ADQUIREM. 
 
 
UNINDO OS FLUXOS REAL E MONETÁRIO DA ECONOMIA, TEMOS O CHAMADO FLUXO CIRCULAR 
DE RENDA. 
 
 
 
 
NESTES MERCADOS ATUAM CONJUNTAMENTE AS FORÇAS DA OFERTA E DA DEMANDA, 
DETERMINANDO O PREÇO. ASSIM, NO MERCADO DE BENS E SERVIÇOS FORMAM-SE OS PREÇOS 
DOS BENS E SERVIÇOS, ENQUANTO NO MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO SÃO 
DETERMINADOS OS PREÇOS DOS FATORES DE PRODUÇÃO (SALÁRIOS, JUROS, ALUGUÉIS, 
LUCROS, ROYALTIES, DENTRE OUTROS). ESTE É O CHAMADO FLUXO BÁSICO, QUE ENVOLVE 
FAMÍLIAS E EMPRESAS. 
 
 
 17 
 
O FLUXO COMPLETO INCORPORA O SETOR PÚBLICO, ADICIONANDO O EFEITO DOS IMPOSTOS E 
DOS GASTOS PÚBLICOS, E TAMBÉM O EFEITO EXTERNO QUE INCLUI TODAS AS TRANSAÇÕES 
COM MERCADORIAS, SERVIÇOS E O MOVIMENTO FINANCEIRO COM O RESTO DO MUNDO. 
 
COM A INCORPORAÇÃO DO SETOR PÚBLICO AO FLUXO ANTERIOR, TEREMOS O IMPACTO DOS 
IMPOSTOS E DOS GASTOS PÚBLICOS NO FLUXO DA RENDA. AO SE INCLUIR O GOVERNO, ESTE 
IMPÕE IMPOSTOS, SOBRE EMPRESAS E FAMÍLIAS, QUE DIMINUEM TANTO O PODER DE 
COMPRA DAS UNIDADES FAMILIARES COMO O LUCRO DAS EMPRESAS. POR OUTRO LADO, AO 
CONCEDER SUBSÍDIOS, EM DETERMINADOS SETORES PRODUTIVOS OU PARCELAS DA 
SOCIEDADE, AUMENTAM AS POSSIBILIDADES DE INVESTIMENTOS DAS EMPRESAS. 
 
AO INTRODUZIR NO ESQUEMA ACIMA, O COMÉRCIO INTERNACIONAL, HÁ UM AUMENTO DA 
DEMANDA POR PRODUTOS NO MERCADO DE BENS E SERVIÇOS, NA MEDIDA EM QUE PARTE 
DOS BENS E SERVIÇOS DISPONIBILIZADOS PELAS EMPRESAS IRÃO SER EXPORTADOS, O QUE 
ACABA POR ELEVAR A CONCORRÊNCIA, PODENDO OCASIONAR UMA QUEDA NOS PREÇOS 
DESTES PRODUTOS E UMA MELHORIA NA QUALIDADE. 
 
 
 
 
 
 
INTER-RELAÇÃO DA ECONOMIA COM OUTRAS ÁREAS DO CONHECIMENTO 
 
 
- CONTABILIDADE > UMA ANÁLISE DE BALANÇO REQUER CONHECIMENTOS DE ECONOMIA 
COMO QUESTÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS, POR EXEMPLO, HOJE EMPRESAS MULTINACIONAIS 
ADOTAM PARA EFEITO DE CONTABILIDADE GERENCIAL, DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS EM 
MOEDA ESTRANGEIRA COMPARANDO O RESULTADO DA COMPANHIA COM AS SIMILARES EM 
OUTRAS PARTES DO PLANETA. A PRÓPRIA ANÁLISE DOS NÚMEROS CONTÁBEIS VAI EXIGIR 
CONHECIMENTO DOS EFEITOS DA INFLAÇÃO SOBRE O RESULTADO DA COMPANHIA. 
 
- ADMINISTRAÇÃO > A GESTÃO DE UMA EMPRESA VAI REQUERER CONHECIMENTOS DE 
ECONOMIA PARA ANALISAR OS EFEITOS QUE ASPECTOS ECONÔMICOS PRODUZEM NO 
RESULTADO DA COMPANHIA. UMA ELEVAÇÃO DE PREÇOS INFLUENCIA DIRETAMENTE NA 
GESTÃO DE ESTOQUES. UM CRESCIMENTO MENOR DA ECONOMIA OU MAIORES INCERTEZAS 
NO CENÁRIO ECONÔMICO AFETA DIRETAMENTE OS INVESTIMENTOS DA EMPRESA. E ASSIM 
POR DIANTE. 
 
- MATEMÁTICA > É POSSÍVEL ATRAVÉS DA MATEMÁTICA, ELABORAR MODELOS ANALÍTICOS EM 
QUE ESTÃO RESUMIDOS ASPECTOS RELEVANTES DO ESTUDO DA ECONOMIA. 
 
- ESTATÍSTICA > A ECONOMIA NÃO É UMA CIÊNCIA EXATA PRECISANDO DA ESTATÍSTICA PARA 
MONTAR OS MODELOS PROBABILÍSTICOS. 
 
- EXEMPLO: “O CONSUMO NACIONAL ESTÁ DIRETAMENTE RELACIONADO COM A RENDA 
NACIONAL” 
 
- C = f(RN) 
- O CONSUMO (C) É UMA FUNÇÃO DA RENDA NACIONAL (RN) 
 
 
 
 18 
- C > 0 
- RN 
- 
- DADA UMA VARIAÇÃO NA RENDA NACIONAL TEREMOS UMA VARIAÇÃO DIRETAMENTE 
PROPORCIONAL DO CONSUMO AGREGADO. 
COMO AS RELAÇÕES ECONÔMICAS NÃO SÃO EXATAS, MAS PROBABILÍSTICAS, 
RECORRE-SE À ESTATÍSTICA. POIS, MESMO CONHECENDO O VALOR DA RENDA NACIONAL EM 
DETERMINADO ANO, NÃO CONSEGUIMOS OBTER O VALOR EXATO DO CONSUMO, E SIM UMA 
ESTIMATIVA APROXIMADA, TENDO EM VISTA QUE O CONSUMO NÃO DEPENDE SÓ DA RENDA 
NACIONAL, COMO TAMBÉM DE CONDIÇÕES DE CRÉDITO, JUROS, PATRIMÔNIO. 
 
APESAR DISTO A ECONOMIA APRESENTA MUITAS REGULARIDADES, QUE PODEM SER 
ESTIMADAS ESTATISTICAMENTE, TAIS COMO: 
• O CONSUMO NACIONAL DEPENDE DIRETAMENTE DA RENDA NACIONAL; 
• A QUANTIDADE DEMANDADA DE UM BEM TEM UMA RELAÇÃO INVERSAMENTE 
PROPORCIONAL COM SEU PREÇO, TUDO O MAIS CONSTANTE; 
• AS EXPORTAÇÕES E AS IMPORTAÇÕES DEPENDEM DA TAXA DE CÂMBIO. 
 
A MATEMÁTICA E A ESTATÍSTICA PERMITEM COLOCAR À PROVA AS HIPÓTESES DA 
TEORIA ECONÔMICA, SÃO FERRAMENTAS DE ANÁLISE NECESSÁRIAS PARA TESTAR AS 
PROPOSIÇÕES COM OS DADOS DA REALIDADE. ESTA TÉCNICA, DEVE NOS AJUDAR, MAS NÃO 
NOS DOMINAR, POIS, QUANDO TRATAMOS DE FATOS ECONÔMICOS, ESTAMOS ENVOLVIDOS 
EM QUESTÕES QUE AFETAM RELAÇÕES HUMANAS. 
 
 
 
- COMUNICAÇÃO > ENTENDER O JORNALISMO ECONÔMICO É UMA PARTE IMPORTANTE PARA O 
PROFISSIONAL DE COMUNICAÇÃO QUE DESEJA CRESCER EM UM MERCADO EM FRANCA 
EXPANSÃO EM NOSSA MÍDIA. O MESMO PENSAMENTO SE APLICA NAS ÁREAS DE PUBLICIDADE 
E MARKETING, COM LIGAÇÕES ESTREITAS COM O ESTUDO DA ECONOMIA. 
 
- DIREITO > A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA ECONOMIA PARA O CURSO DE DIREITO É FORNECER 
UMA VISÃO DAS PRINCIPAIS QUESTÕES ECONÔMICAS DE TAL FORMA QUE SE POSSA TER UMA 
MELHOR COMPREENSÃO DA REALIDADE ECONÔMICA E SUAS RELAÇÕES COM AS NORMAS 
JURÍDICAS. O DIREITO EM GERAL DESEMPENHA UMA FUNÇÃO IMPORTANTE NA ORGANIZAÇÃO 
DA ATIVIDADE ECONÔMICA. 
 
- GEOGRAFIA > EXISTE UMA RELAÇÃO DA GEOGRAFIA COM A ECONOMIA EM ASPECTOS 
RELEVANTES COMO PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL, MEIO AMBIENTE, ENTRE OUTROS. 
 
- HISTÓRIA > A HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO É UM DOS PILARES DO ESTUDO DA 
ECONOMIA. ESTUDAR A HISTÓRIA DO HOMEM É FUNDAMENTAL CONHECER OS ASPECTOS 
ECONÔMICOS DE CADA ÉPOCA. 
 
 
- ECONOMIA E POLÍTICA: ESTAS SÃO ÁREAS BASTANTE INTERLIGADAS, POIS A ATIVIDADE 
ECONÔMICA SE SUBORDINA À ESTRUTURA DE REGIME POLÍTICO DO PAÍS. AS PRIORIDADES DE 
POLÍTICA ECONÔMICA (CRESCIMENTO, DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, ETC.) SÃO DETERMINADAS 
PELO PODER POLÍTICO. 
 
A ESTRUTURA POLÍTICA, PODE ESTAR SUBORDINADA AO PODER ECONÔMICO. POR EXEMPLO: 
 
 
 19 
- POLÍTICA DO CAFÉ COM LEITE, ANTES DE 1930, QUANDO MINAS GERAIS E SÃO PAULO 
DOMINAVAM O CENÁRIO POLÍTICO DO PAÍS; 
- PODER ECONÔMICO DOS LATIFUNDIÁRIOS; 
- PODER DOS OLIGOPÓLIOS E MONOPÓLIOS; 
- PODER DAS CORPORAÇÕES ESTATAIS; 
- PODER DO SISTEMA FINANCEIRO. 
 
- ECONOMIA E HISTÓRIA: O ESTUDO DA HISTÓRIA, AUXILIA NA ECONOMIA, POIS AJUDA NA 
COMPREENSÃO DO PRESENTE E NAS PREVISÕES. ESTÃO ENTRELAÇADOS, POIS AS GUERRAS E 
REVOLUÇÕES, FAZEM PARTE DE UMA HISTÓRIA ONDE HÁ ALTERAÇÃO DO COMPORTAMENTO 
ECONÔMICO, DO MESMO JEITO QUE OS FATOS ECONÔMICOS AFETAM O DESENROLAR DA 
HISTÓRIA. 
 
FATOS ECONÔMICOS QUE INTERFERIRAM O DESENROLAR DA HISTÓRIA: 
- CICLOS DO OURO E DA CANA-DE-AÇUCAR (POIS ESTES ELEMENTOS FOMENTARAM A 
ECONOMIA BRASILEIRA); 
- REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (MUDANÇA NA FORMA DE PRODUZIR, SAINDO PARCIALMENTE DO 
TRABALHO MANUAL E INTRODUZINDO MÁQUINAS); 
- A QUEBRA DA BOLSA DE NOVA IORQUE(1929), IMPACTOU TODO O MUNDO, POIS DIVERSOS 
PAÍSES POSSUÍAM RELAÇÕES COMERCIAIS COM OS ESTADOS UNIDOS, REDUZINDO ASSIM A 
EXPORTAÇÃO PARA OS ESTADOS UNIDOS E PREJUDICANDO A ECONOMIA LOCAL. 
 
AS PRÓPRIAS GUERRAS E REVOLUÇÕES SÃO PERMEADAS POR MOTIVAÇÕES ECONÔMICAS. 
 
 
- ECONOMIA E GEOGRAFIA: ATRAVÉS DA GEOGRAFIA HÁ POSSIBILIDADE DE AVALIARMOS AS 
CONDIÇÕES GEOECONÔMICAS DO PAÍS, CONCENTRAÇÃO DOS FATORES DE PRODUÇÃO, 
CONCENTRAÇÃO ESPACIAL DOS FATORES PRODUTIVOS, LOCALIZAÇÃO DE EMPRESAS E A 
COMPOSIÇÃO SETORIAL DA ATIVIDADE ECONÔMICA. 
 
 
- ECONOMIA, MORAL, JUSTIÇA E FILOSOFIA: ANTES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, A ECONOMIA 
ERA VISTA COMO PARTE INTEGRANTE DA FILOSOFIA, MORAL E ÉTICA, SENDO ORIENTADA POR 
PRINCÍPIOS MORAIS E DE JUSTIÇA. POR NÃO HAVER NAQUELE PERÍODO UM ESTUDO 
SISTEMÁTICO DAS LEIS ECONÔMICAS. 
AINDA HOJE AS ENCÍCLICAS PAPAIS (COMUNICAÇÃO ESCRITA PAPAL) REFLETEM A APLICAÇÃO 
DA FILOSOFIA MORAL E CRISTÃ ÀS RELAÇÕES ECONÔMICAS ENTRE HOMENS E NAÇÕES. 
 
 
-ECONOMIA E O DIREITO: ESTA RELAÇÃO EXISTE DESDE QUE O HOMEM PASSOU A VIVER EM 
SOCIEDADE. PASSANDO A SER ESTUDADA DE FORMA SISTEMÁTICA, A PARTIR DO SÉCULO XVIII 
COM ADAM SMITH. 
 
PARA QUE HAJA O DESENVOLVIMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO, É 
NECESSÁRIO QUE HAJA UMA BOA REGULAMENTAÇÃO DE MERCADO E UMA LEGISLAÇÃO 
CLARA, OBJETIVA E SIMPLES. PRECISA HAVER CLARA DEFINIÇÃO ACERCA DOS DIREITOS DE 
PROPRIEDADE; ESTES FATORES SÃO FUNDAMENTAIS PARA A REALIZAÇÃO DE TROCAS E ISTO 
LEVA AO BOM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. 
 
O RELACIONAMENTO DA ECONOMIA E O DIREITO É ESTREITO, E AO DIREITO É DADO A 
INCULBÊNCIA DE ORGANIZAR A ORDEM SOCIAL E SE DENTRO DA ORDEM SOCIAL, INCLUI-SE A 
ECONOMIA. 
 
 
 20 
 
 
A) DIREITO DO TRABALHO – O TRABALHO É O PRINCIPAL FATOR DE PRODUÇÃO ECONÔMICO, 
RELACIONANDO-SE COM A ECONOMIA E O DIREITO, PELA IMPLANTAÇÃO DE NORMAS 
JURÍDICAS QUE PROTEGEM ESTE QUE É A FONTE DE PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS 
INDISPENSÁVEIS À ECONOMIA. 
 
Existem alguns temas que estabelecem pontos de contato entre Economia e o Direito do 
Trabalho, são eles: 
• Remuneração e salário, que, na economia, representam a contraprestação paga a quem 
exerce o trabalho; 
• Participação do trabalho nos resultados da empresa; 
• Intervenção da justiça do trabalho nos reajustes salariais; 
• Garantia constitucional de boas condições de trabalho. 
 
B) DIREITO ADMINISTRATIVO – É O RAMO DO DIREITO PÚBLICO QUE TEM POR OBJETO OS 
ÓRGÃOS, AGENTES E PESSOAS JURÍDICAS ADMINISTRATIVAS QUE INTEGRAM A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
RELACIONA-SE COM A ECONOMIA NO TOCANTE AO CONTEÚDO ECONÔMICO DA NORMA DE 
DIREITO ADMINISTRATIVO COMO: REGULAMENTAÇÃO DA LICITAÇÃO PARA BUSCAR O MENOR 
PREÇO, DETERMINAÇÕES DO BANCO CENTRAL EM RELAÇÃO À POLÍTICA DE INGRESSO DE 
DÓLAR NO PAÍS, ATOS DE CRIAÇÃO DE EMPRESAS PÚBLICAS E DE SOCIEDADES DE ECONOMIA 
MISTA. 
 
B) – DIREITO COMERCIAL – RAMO DO DIREITO QUE ABRANGE O ESTUDO DO “CONJUNTO DE 
NORMAS QUE REGULAM AS ATIVIDADES DAS PESSOAS NATURAIS OU JURÍDICAS DEDICADAS AO 
COMÉRCIO”. AQUI VEMOS O ESTUDO DAS SOCIEDADES MERCANTIS E DOS TÍTULOS DE 
CRÉDITO. 
 
C) – DIREITO CIVIL – É UM RAMO DO DIREITO PRIVADO QUE TEM POR OBJETIVO FUNDAMENTAL 
A REGULAMENTAÇÃO JURÍDICA DA PESSOA E DOS DIREITOS QUE LHE SÃO PRÓPRIOS E NA 
CONDIÇÃO DE SUJEITO DE UM PATRIMÔNIO. 
 
 
 21 
A ECONOMIA TRATA DE UMA PARTE DOS BENS DE QUE TAMBÉM O DIREITO CIVIL: OS 
CHAMADOS DIREITOS MATERIAIS, HAVENDO ASSIM, RELAÇÃO COM A ECONOMIA, POIS 
TRATAM DOS MESMOS BENS. 
D) – DIREITO CONSTITUCIONAL – A CONSTITUIÇÃO LIMITA TODA E QUALQUER ATIVIDADE 
ECONÔMICA EXIGINDO-SE A DEFESA DO CONSUMIDOR, NOS TERMOS DOS ARTIGOS 5º, INCISO 
XXXII E ARTIGO 170, DA CONSTITUIÇÃO CIDADÃ. 
OS TEMAS SÓCIO-ECONÔMICOS INGRESSAM DE MANEIRRA EXPLÍCITA NOS TEXTOS 
CONSTITUCIONAIS A PARTIR DA CONSTITUIÇÃO MEXICANA DE 1917, PORÉM NO BRASIL NUNCA 
FOI ANALISADO COMO DEVERIA, SENDO QUE SOMENTE APÓS A LEI FUNDAMENTAL DE 1988, 
PROMULGADA A 5 DE OUTUBRO, É QUE ESTUDOS CONSTITUCIONAIS PASSARAM A EMERGIR 
COM MAIOR RIQUEZA NO SEIO DA COMUNIDADE JURÍDICA BRASILEIRA, MAS AINDA REVELA-SE 
COMO UMA ÁREA CARECEDORA DE ESTUDOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 
 
 
`O Brasil perdeu o grau de investimento na classificação de crédito da Standard and Poor's (S&P), 
informou a agência de classificação de risco nesta quarta-feira (09). A nota do país foi rebaixada de 
"BBB-" para "BB+", com perspectiva negativa. O rebaixamento do rating do Brasil para a categoria 
"especulativa" acontece menos de 50 dias após a agência ter mudado a perspectiva para negativa. (g1 
de 09/09/205) 
 
 
 23 
 
Em seu comunicado, a agência chama a atenção para a deterioração fiscal e a falta de coesão da 
equipe ministerial, como causas da decisão de rebaixar a nota. 
"Os desafios políticos que o Brasil enfrenta continuam a pesar na capacidade do governo e vontade 
de submeter ao Orçamento de 2016 ao Congresso consistente com a política de ajuste fiscal 
assinalada durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff”, destaca a S&P.Veja a íntegra 
do comunicado mais abaixo 
Segundo a agência, a proposta do Orçamento do governo para 2016 com um déficit R$ 30,5 bilhões, 
ou o equivalente a 0,3% do PIB em vez dos 0,7% previstos em julho, "reflete um desacordo com a 
composição e magnitude das medidas necessárias para reequilibrar as contas públicas". 
"Acreditamos que a situação de crédito do Brasil enfraqueceu desde 28 de julho, quando a 
perspectiva do Brasil foi revisada para "negativa". No momento, concluímos que houve um aumento 
elevado do risco para a política de correção fiscal em andamento, principalmente decorrendo da 
dinâmica fluída no Congresso, associada aos efeitos das investigações de corrupção da estatal 
Petrobrás. Nós temos agora menos convicção na política fiscal", destaca a S&P. 
No mercado financeiro, a nota de um país funciona como um "certificado de segurança" que as 
agências de classificação dão a países que elas consideram com baixo risco de calotes a investidores. 
 
 
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA 
 
 
A MICROECONOMIA É O RAMO DA CIÊNCIA ECONÔMICA VOLTADO AO ESTUDO DO 
COMPORTAMENTO DAS UNIDADES DE CONSUMO (INDIVÍDUOS E FAMÍLIAS); AO ESTUDO DAS 
EMPRESAS E AO ESTUDO DA PRODUÇÃO DE PREÇOS DOS DIVERSOS BENS, SERVIÇOS E FATORES 
PRODUTIVOS. 
 
A TEORIA DOS PREÇOS, ANALISA A FORMAÇÃO DE PREÇOS NO MERCADO: COMO A EMPRESA E 
O CONSUMIDOR INTERAGEM E DECIDEM QUAL O PREÇO E A QUANTIDADE DE DETERMINADO 
BEM OU SERVIÇO EM MERCADOS ESPECÍFICOS. 
 
HÁ UMA DIFERENÇA ENTRE A ABORDAGEM ECONÔMICA E A CONTÁBIL, POIS NA ECONÔMICA 
ANALISA-SE O CUSTO DE OPORTUNIDADE, ALÉM DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO. 
 
CUSTO DE OPORTUNIDADE = OPORTUNIDADES SACRIFICADAS, QUANTO AS EMPRESAS 
GASTARIAM SE TIVESSEM DE ALUGAR OU COMPRAR NO MERCADO OS INSUMOS QUE SÃO DE 
SUA PROPRIEDADE. 
 
CUSTO DE PRODUÇÃO = GASTOS OU DESEMBOLSOS FINANCEIROS 
 
PARA ANALISAR UM MERCADO ESPECÍFICO, A MICROECONOMIA SE VALE DA HIPÓTESE DE QUE 
TUDO O MAIS PERMANECE CONSTANTE (CETERIS PARIBUS), ANALISANDO-SE O PAPEL QUE A 
OFERTA E A DEMANDA NELE EXERCEM, SUPONDO QUE OUTRAS VARIÁVEIS INTERFIRAM MUITO 
POUCO, OU QUE NÃO INTERFIRAM. 
ASSIM, É POSSÍVEL ANALISAR O MERCADO DE FORMA ESPECÍFICA UTILIZANDO-SE APENAS AS 
VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM OS AGENTES ECONÔMICOS, CONSUMIDORES E PRODUTORES. 
 
 
 24 
A PROCURA DE DETERMINADA MERCADORIA É MAIS AFETADA PELO SEU PREÇO E PELA RENDA 
DOS SEUS CONSUMIDORES. PARA ANALISAR O EFEITO DO PREÇO SOBRE A PROCURA, 
SUPOMOS QUE A RENDA PERMANECECE CONSTANTE (CETERIS PARIBUS). 
 
PROCURA = PREÇO = RENDA (CONSTANTE) 
 
PARA ANALISAR A RELAÇÃO ENTRE PROCURA E A RENDA DOS CONSUMIDORES, SUPOMOS QUE 
O PREÇO DA MERCADORIA NÃO VARIA. TEREMOS ASSIM O EFEITO PURO OU LÍQUIDO, DE CADA 
UMA DESTASVARIÁVEIS SOBRE A PROCURA. 
 
PROCURA = PREÇO (CONSTANTE) = RENDA 
 
 
 
 
 
 
 
PREÇOS RELATIVOS E PREÇOS ABSOLUTOS 
 
 
OS PREÇOS RELATIVOS SÃO MAIS RELEVANTES QUE OS PREÇOS ABSOLUTOS. 
 
POR EXEMPLO: 
SE O PREÇO DO GUARANÁ CAIR EM 10%, MAS SE O PREÇO DA SODA CAIR EM 10%, 
NADA DEVE ACONTECER COM A DEMANDA DOS DOIS PRODUTOS (CETERIS PARIBUS). 
 
SE CAIR O PREÇO DO GUARANÁ, PERMANECENDO INALTERADO O PREÇO DA SODA, 
DEVEREMOS ESPERAR UM AUMENTO NA PROCURA POR GUARANÁ E CONSEQUENTEMENTE 
QUEDA NA PROCURA POR SODA. 
 
O PREÇO ABSOLUTO DA SODA PERMANECEU INALTERADO, MAS EM COMPARAÇÃO AO 
GUARANÁ OBTEVE AUMENTO EM SEU PREÇO RELATIVO AO SER COMPARADO COM O 
GUARANÁ. 
 
 
PARA AS EMPRESAS, A ANÁLISE MICROECONOMICA PODE SUBSIDIAR AS SEGUINTES 
DECISÕES: 
 
- POLÍTICA DE PREÇOS DA EMPRESA; 
- PREVISÕES DE DEMANDA E FATURAMENTO; 
- PREVISÕES DE CUSTOS DE PRODUÇÃO; 
- DECISÕES ÓTIMAS DE PRODUÇÃO (ESCOLHA DA MELHOR COMBINAÇÃO DE FATORES DE 
PRODUÇÃO E DO TAMANHO, ESCALA ÓTIMA DE PRODUÇÃO); 
-AVALIAÇÃO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS (CUSTO BENEFÍCIO DA COMPRA 
DE EQUIPAMENTOS...); 
- POLÍTICA DE PROPAGANDA E PUBLICIDADE (PREFERÊNCIAS DO CONSUMIDOR); 
- LOCALIZAÇÃO DA EMPRESA, SE PERTO DOS PRODUTORES DE INSUMOS OU DOS 
CONSUMIDORES DO PRODUTO; 
- DIFERENCIAÇÃO DE MERCADOS, QUE É A POSSIBILIDADE DE OFERECER PREÇO DIFERENCIADO 
PARA MERCADOS DIFERENTES; 
 
 
 25 
- AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTO PÚBLICOS; 
- EFEITOS DE IMPOSTOS SOBRE MERCADOS ESPECÍFICOS; 
- POLÍTICA DE SUBSÍDIOS (NOS PREÇOS DE PRODUTOS COMO TRIGO E LEITE...); 
- FIXAÇÃO DE PREÇOS MÍNIMOS NA AGRICULTURA; 
- FIXAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO; 
- CONTROLE DE PREÇOS; 
- POLÍTICA SALARIAL; 
- POLÍTICA DE TARIFAS PÚBLICAS; 
- POLÍTICA DE PREÇOS PÚBLICOS (PETRÓLEO, AÇO); 
- LEIS ANTITRUSTE (CONTROLE DE MONOPÓLIOS E OLIGOPÓLIOS). 
 
O ESTUDO MICROECONÔMICO É DIVIDIDO EM ANÁLISE DA DEMANDA E ANÁLISE DA 
OFERTA: 
 
ANÁLISE DA DEMANDA OU DEMANDA DE MERCADO: 
 
A MESMA É DEFINIDA PELA QUANTIDADE DE DETERMINADO BEM OU SERVIÇO QUE OS 
CONSUMIDORES DESEJAM ADQUIRIR, NUM DADO PERÍODO. É CONSIDERADA COMO UM 
FLUXO, POIS DEVE SER DETERMINADA EM UM CERTO PERÍODO DE TEMPO. 
 
Qd = f (P) 
 
Quantidade procurada de determinado bem ou serviço, num dado período de tempo está em 
função do preço do bem ou serviço. 
 
 
ANÁLISE DA OFERTA: 
 
ANALISA A QUANTIDADE DE DETERMINADO BEM OU SERVIÇO QUE OS PRODUTORES E 
VENDEDORES DESEJAM OFERTAR EM DETERMINADO PERÍODO. 
REPRESENTA UM PLANO OU INTENÇÃO DE PRODUTORES OU VENDEDORES, E NÃO A VENDA 
EFETIVA. 
AS VARIÁVEIS QUE AFETAM A OFERTA DE DADO BEM OU SERVIÇO SÃO: QUANTIDADE 
OFERTADA DO BEM, PREÇO DO BEM, PREÇO DOS FATORES DE E INSUMOS DE PRODUÇÃO, 
PREÇO DE OUTROS BENS SUBSTITUTOS NA PRODUÇÃO, OBJETIVOS E METAS DO EMPRESÁRIO. 
 
Qo = f (P) 
 
Quantidade ofertada de um bem ou serviço, está em função do preço do bem ou serviço. 
 
 
ANÁLISE DAS ESTRUTURAS DE MERCADO: 
 
A PARTIR DA DEMANDA E DA OFERTA DE MERCADO, SÃO DETERMINADOS O PREÇO E A 
QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO DE UM DADO BEM OU SERVIÇO. 
O PREÇO E A QUANTIDADE, DEPENDERÃO DA PARTICULAR FORMA OU ESTRUTURA DESSE 
MERCADO, OU SEJA, SE ELE É COMPETITIVO, COM MUITAS EMPRESAS PRODUZINDO UM DADO 
PRODUTO, OU CONCENTRADO EM POUCAS OU EM UMA ÚNICA EMPRESA. 
 
 
 
 
 
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QUANTIDADE SITUAÇÃO DE MERCADO 
PREÇO PROCURADA OFERTADA 
1,00 11000 1000 EXCESSO DE PROCURA (ESCASSEZ DE OFERTA) 
3,00 9000 3000 EXCESSO DE PROCURA (ESCASSEZ DE OFERTA) 
6,00 6000 6000 EQUILIBRIO ENTRE OFERTA E PROCURA 
8,00 4000 8000 EXCESSO DE OFERTA (ESCASSEZ DE PROCURA) 
10,00 2000 10000 EXCESSO DE OFERTA (ESCASSEZ DE PROCURA) 
 
 
 
INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA 
 
Estuda, visa, mede e observa uma economia nacional ou regional como um todo. Preocupa-se 
mais com aspectos de curto prazo, como desemprego e inflação, que são questões 
conjunturais. 
 
A estrutura macroeconômica é composta por cinco mercados: 
 
- Mercado de bens e serviços; 
OFERTA AGREGADA DE BENS E SERVIÇOS = DEMANDA AGREGADA DE BENS E SERVIÇOS 
- Mercado de trabalho; 
OFERTA DE MÃO-DE-OBRA = DEMANDA DE MÃO-DE-OBRA 
 
- Mercado monetário; 
OFERTA DE MOEDA = DEMANDA DE MOEDA 
 
- Mercado de títulos; 
OFERTA DE TÍTULOS = DEMANDA DE TÍTULOS 
 
- Mercado de divisas (entrada e saída de capital, devido às importações e às exportações). 
OFERTA DE DIVISAS = DEMANDA DE DIVISAS 
 
Exemplos: 
- Fixando o câmbio (regime de taxas de câmbio fixas); 
- Deixando flutuar (regime de taxas de câmbio flutuantes), mas praticando taxa de equilíbrio 
(“flutuação suja”), pois ele atua na compra e venda de divisas, comprando ou vendendo títulos 
indexados ao dólar. 
 
 
 
 
São objetivos da política macroeconômica: 
- Alto nível de emprego; 
- Estabilidade de preços; 
- Distribuição de renda socialmente justa; 
- Crescimento econômico. 
 
As questões relativas a crescimento econômico e a distribuição de renda, envolvem aspectos 
também estruturais que são predominantemente de longo prazo. 
 
 
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Vamos dissertar sobre eles: 
• Alto nível de emprego – pode haver a necessidade da intervenção do estado na 
economia com foco na obtenção de vagas, reduzindo o desemprego, com foco no pleno 
emprego. 
• Estabilidade de preços – a inflação acarreta distorções na renda, na expectativa dos 
agentes econômicos e sobre o balanço de pagamentos. Mesmo em países mais desenvolvidos, 
o controle da inflação é sempre uma preocupação. 
• Distribuição equitativa de renda – a baixa qualificação da mão-de-obra gera má 
distribuição de renda. Nos últimos anos o padrão de vida da população melhorou, mas a renda 
das classes mais ricas aumentou proporcionalmente mais. 
• Crescimento econômico – Se existe desemprego e capacidade ociosa, pode –se 
aumentar o produto nacional por meio de políticas econômicas que estimulem a atividade 
produtiva. Há, porém, um limite de crescimento econômico em detrimento da tecnologia e 
recursos disponíveis. O foco é melhorar o padrão de vida da população. 
 
 
Instrumentos de política monetária: 
 
Política fiscal: São todos os instrumentos de que o governo possui para arrecadar tributos 
(política tributária) e controlar suas despesas (política de gastos). 
Exemplos: 
1) Redução da inflação com a redução dos gastos públicos e aumento da carga tributária; 
2) Crescimento do emprego, reduz-se a carga tributária, elevando a demanda por 
trabalhadores. 
 
Política monetária: Refere-se ‘a atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos 
públicos existentes na economia. 
Exemplos: 
1) Emissões – para atender à necessidade da população com relação ao papel moeda; 
2) Depósitos compulsórios – Percentual aplicado sobre o depósito bancário junto às instituições 
financeiras. Este volume de recurso é recolhido, todos os dias, pelo Bacen. Quando o governo 
necessita reduzir o capital em circulação, ele aumenta o (%) a ser recolhido e quando ele deseja 
aumentar o capital em circulação, ele reduz o (%) que incide sobre o depósito bancário; 
3) Open Market (compra e venda de títulos públicos); 
4) Redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais); 
5) Regulamentação sobre crédito e taxa de juros – alterações na legislação de crédito e alterações 
na taxa de juros. 
 
Política cambial e comercial: São políticas que atuam sobre o setor externo da economia, com a 
atuação do governo sobre a taxa de câmbio e nos incentivos à exportação e estímulos e 
desestímulos às importações. 
 
Política de rendas: Intervenção direta do governo na formação de renda (salários e aluguéis), 
com o controle e congelamento de preços. Estes controles são utilizados como política de 
combate à inflação. No Brasil, a fixação da política salarial, o salário mínimo, a atuação do 
Conselho Interministerial de Preços (CIP), depoisda Secretaria Especial de Abastecimento e 
Preços (SEAP), e os congelamentos de preços e salários nos planos econômicos (Cruzado, 
Bresser, Verão e Collor) situaram-se no contexto de políticas anti-inflacionárias. 
 
 
 
 
 
 28 
 
INFLAÇÃO 
 
 A inflação é definida como um aumento contínuo e generalizado no índice de preços, ou seja, 
os movimentos inflacionários são aumentos contínuos de preços, e não podem ser confundidos 
com altas esporádicas de preços. 
Temos alguns tipos de inflação: 
- Inflação de demanda, devido ao excesso de demanda agregada em relação à produção 
disponível de bens e serviços. 
- Inflação de custos, onde o nível de demanda permanece praticamente o mesmo, mas os 
custos de certos fatores de produção aumentam. 
- Inflação inercial, devido ao processo automático de realimentação de preços, ou seja, a 
inflação corrente decorre da inflação passada. Indexação forma (correção de contratos 
financeiros, contratos de aluguéis, aumento salarial) e indexação informal (preços em geral e 
impostos, preços e tarifas públicas). 
 
 
Estruturas de Mercado 
 
Analisa como um determinado mercado (de um determinado bem) está estruturado. Existem 
quatro diferentes estruturas básicas observadas do ponto de vista do número de participantes e 
das suas capacidades de determinação de preços e quantidades (poder de mercado). São elas: 
a) Mercado de Concorrência Perfeita: muitos ofertantes e muitos demandantes. 
b) Mercado de Oligopólios: poucos ofertantes e muitos demandantes, produtos homogêneos 
ou com pouca diferenciação, sendo diferenciado por qualidade, garantia, fidelização ou 
imagem. Este é um mercado de concorrência imperfeita, pois há a possibilidade de haver 
influência no preço. 
c) Mercado de Monopólio: um único ofertante e muitos demandantes. 
d) Mercado de Concorrência Monopolística: muitos ofertantes e muitos demandantes. * se 
entrar nova empresa, vira oligopólio 
** pouco capital e tecnologia fácil 
Exemplos: 
· Mercado de Concorrência Perfeita: O produto é homogêneo, o produtor de feijão não 
consegue diferenciar o seu produto. Geralmente o consumidor desconhece a origem do 
produto: laranja da feira. 
· Mercado de Oligopólios: posto de gasolina, telefonia móvel, automóvel, hipermercados. 
· Mercado de Concorrência Monopolística: há relacionamento com o cliente, o tipo do produto 
pode se diferenciar e em função disso, pode ter mais lucro em um determinado momento. 
Pode trabalhar com produtos diferenciados, ou seja, age hora como monopólio, os outros 
copiam e voltam para a concorrência perfeita. 
 
Concorrência Perfeita: 
 
 
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É aquela em que nenhum participante tem tamanho suficiente para ter o poder de mercado 
para definir o preço de um produto homogêneo (difícil de distinguir do outro). Existem poucos 
mercados assim. 
 
Monopólio (sempre gera lucro extraordinário – a empresa decide o ponto de produção) 
• Mercado com oferta concentrada em único produtor (a oferta do mercado é a oferta 
da firma) 
• Não há produtos substitutos próximos ou perfeitos (a demanda pelo bem é inelástica, 
ou seja, aumentos de preços, não geram diminuição significativa da demanda) 
• Informações são sigilosas (mercado não transparente) 
• Barreiras à entrada para novos produtores muito fortes. 
 
 
O monopólio pode ser: 
a) Natural: fruto de economia de escala onde quanto maior for a planta industrial menor é o custo 
unitário do produto – portanto, dependendo do tamanho do mercado consumidor, este não 
comporta dois ou mais ofertantes economicamente viáveis. 
b) Legal: monopólio por patente ou por direitos concedidos pelo poder público. 
c) Por Controle da Matéria-prima: um único produtor determina o insumo (ex: minérios) 
 
 
Oligopólio 
 
• Mercado concentrado (poucos produtores) à cada produtor é importante, e a ação de 
um corresponde a reações dos concorrentes 
• Produto diferenciável (gastos em pesquisa e desenvolvimento altíssimos) 
• Se o produto for homogêneo o tamanho da planta é fundamental 
• Informação é estratégica (mercado pouco transparente) 
• Barreira à entrada altas devido a marca consolidada, escala de produção e 
investimentos em pesquisa e desenvolvimento 
• Permanente tensão entre os produtores 
• Disputa aliviada quando há acordos (cartéis ou alianças estratégicas) 
• 
 
O oligopólio pode ser: 
– concentrado onde uma empresa líder domina mais de 50% do mercado e há várias empresas 
seguidoras 
– desconcentrado: várias empresas dividindo o mercado sem liderança visível 
– intensivos em Pesquisa e Desenvolvimento (Ex.: eletrônicos) 
– intensivos em marketing (ex.: bebidas) 
– intensivos em capital (escala de produção/tamanho da planta) 
 
 
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