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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA – MÁQUINAS ELÉTRICAS ATIVIDADE PRÁTICA ALUNO: ROGÉRIO CAMINHA ALVES RU: 1196682 PROFESSORA: PRISCILA BOLZAN FORTALEZA - CE 2019 1 1 INTRODUÇÃO Um transformador é uma máquina elétrica estática, cuja principal função é transmitir ener- gia elétrica de um circuito para outro. Os transformadores podem ser elevadores, abaixadores ou simplesmente isoladores. 2 OBJETIVOS Projetar um transformador isolador com potência nominal de 2kVA, com enrolamento primário de 220V, e enrolamento secundário de 380V. 3 MATERIAL UTILIZADO A realização da atividade prática de Máquinas Elétricas não exige a construção do trans- formador projetado. Devem ser apresentados somente os cálculos de projeto. 4 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Realizar o projeto de um transformador monofásico com as seguintes especificações: - Potência nominal: 2 kVA - Tensão do Enrolamento Primário: 220 V - Tensão do Enrolamento Secundário: 380 V - Frequência: 60 Hz - Seção Magnética do Núcleo: de acordo com o carretel escolhido - Indução Magnética: 12000 G - Densidade de Corrente: 300 A/cm² 5 PARÂMETROS DE PROJETO Os parâmetros de projeto básicos para a o projeto de um transformador, ou autotrans- formador, são: a) Seção magnética do núcleo Considere a Figura 1 (a) e (b) referente a uma lâmina padrão do tipo EI e um carretel plástico. Figura 1 – Lâmina padrão EI (a) e carretel (b). Com base nas dimensões da Figura 1 (a) e (b) são calculados a área da seção magnética do núcleo e a área da janela. A seção magnética do núcleo, chamada de Sm é calculada pelo produto das dimensões A e B da Figura 1 (b). Carretel utilizado EI380 – DR87. Sm = A × B Sm = 3,8 x 9,4 Sm = 35,72 mm² onde, - A corresponde a largura da perna central da lâmina, em cm; - B é o comprimento do núcleo, chamado de empilhamento, dado em cm; - Sm é a área da seção magnética em mm² As lâminas EI, são padronizadas e especificadas em função da largura da perna central. Por exemplo, a lâmina EI 320, possui uma largura de perna central de 320mm, portanto, 3,2cm. É este valor que deverá ser utilizado no cálculo da seção magnética. Alguns valores padroniza- dos de lâminas são: EI220, EI254, EI320, EI380, EI440, EI500, EI600. O empilhamento é dado também possui valores padronizados, como por exemplo, 22, 26, 32, 40, 45, 50, 55, 60, 66, 73, 80, 90. Para empilhamentos acima de 90, o carretel deve ser confeccionado sob medida, e deve ser feito de um material mais resistente, como fenolite, por exemplo, que possui alta resistência mecânica e elevada rigidez dielétrica. A dimensões de 4 empilhamento são dadas em mm, portanto um carretel com empilhamento de 80, por exemplo, possui 8 cm. b) Número e tensão dos enrolamentos, deve ser definido quantos enrolamentos o transformador terá e qual a tensão de cada um. Com base neste dado será definido o número de espiras de cada um dos enrolamentos. c) Potência Com base no valor da potência, em VA, e da tensão estabelecida será calculada a corrente de cada enrolamento, e consequentemente, será determinado o condutor que deverá ser utilizado para cada enrolamento. d) Frequência É a frequência da tensão de ali- mentação do transformador. No caso de transformadores utilizados no Brasil, todos são para 60Hz. e) Indução magnética. É um valor que define qual será o fluxo magnético resultante em função da tensão aplicada. Para transformadores que operam com tensão senoidal, o valor normalmente escolhido é entre 1,0T e 1,4T. Para níveis de cálculo de projeto, adota-se o valor da indução magnética em Gauss (G). A equivalência é a seguinte: 1T equivale a 10000G. Assim, deve-se adotar um valor entre 10000G e 14000G. A indução magnética é diretamente proporcional ao aquecimento do núcleo do transformador, portanto, diretamente proporcional as perdas no ferro. 5.1 CÁLCULO DO NÚMERO DE ESPIRAS N1 = (V1 x 10^8) / (4,44 x Sm x f x B) N1 = (220 x 10^8) / (4,44 x 35,72 x 60 x 12000) = N1 = 190 espiras N1/N2 = V1/V2 = 190 / N2 = 220 / 380 N2 = 72200 / 220 N2 = 329 espiras 5.2 DETERMINAÇÃO DA SEÇÃO TRANSVERSAL DOS CONDUTORES I1 = Corrente Primário Snom = Potência Nominal V1 = Tensão I2 = Corrente Secundário I1 = Snom / V1 = 2000VA / 220V = 9,09 A I2 = Snom / V2 = 2000VA / 380V = 5,26 A D1 = I1 / S1 = 300 = 9,09 / S1 S1 = 9,09 / 300 = 0,0303 cm² ( Fio AWG 12 ) D2 = I2 / S2 = 300 = 5,26 / S2 S2 = 5,26 / 300 = 0,0175 cm² ( Fio AWG 14 ) 5.3 CÁLCULO DA OCUPAÇÃO DA JANELA Figura 2 – Alocação dos enrolamentos na janela do carretel Fio AGW 12 = 0,205 cm Fio AGW 14 = 0,163 cm espira/camada = h/d Primário = 5,7 / 0,205 = 27,80 (Adotado para 28 espiras/camada) Secundário = 5,7 / 0,163 = 34,97 (Adotado para 35 espiras/camada) Camadas = N / (espiras/camadas) C1 = 190 / 28 = 6,78 (Adotado 7) C2 = 328 / 35 = 9,4 (Adotado 10) - Altura (h) = 5,7 cm - Diâmetro Condutor (cm) = 0,205 + 0,163 = 0,368 cm - Total de Camadas (C) = 7 + 10 = 17 - Largura de Janela (l) = 9,4 cm Ocupação (%) = ((H x D x Camadas) / (h x l)) x 100 Ocupação (%) = ((5,7 x 0,368 x 17) / (5,7 x 9,4)) x 100 = 66,55% Apresentar o cálculo dos seguintes parâmetros: a) Número de espiras do enrolamento primário. R: 190 b) Número de espiras do enrolamento secundário. R: 329 c) Corrente do enrolamento primário. R: 9,09A d) Corrente no enrolamento secundário. R: 5,26A e) Seção transversal do enrolamento primário, em AWG. R: FIO 12 (0.205cm) f) Seção transversal do enrolamento secundário, em AWG. R: FIO 14 (0.163cm) g) Número de espiras por camada para o enrolamento primário. R: 28 h) Número de espiras por camada para o enrolamento secundário. R: 35 i) Ocupação percentual total da janela. R: 66,55% 6 CONCLUSÃO Na construção do transformador, foi possível comprovar que através dos cálculos efetuados a importância de se dimensionar dentro dos padrões técnicos, visando um melhor aproveitamento do transformador, evitando assim uma maior probabilidade de queima do mesmo.
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