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Portfolio em Grupo 2018 1 claudenice

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 SUMÁRIO
 
31 INTRODUÇÃO	�
42 DESENVOLVIMENTO 	�
42.1Contexto Histórico do Trabalho Escravo...................................................................�
2.2 A Escravidão Contemporânea no Brasil..................................................................7 
2.3 A Precarização do Trabalho no Brasil.....................................................................9 
2.4 As Marcas Deixadas pelas Senzalas...................................................................11
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................................................12
 
4.REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................13 
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por escopo apresentar o trabalho escravo no Brasil do século XXI, percorrendo desde os diferentes conceitos de trabalho, o contexto histórico pelo qual o trabalho esteve inserido, em especial o trabalho escravo, a escravidão contemporânea no Brasil, a precarização do trabalho no Brasil e as marcas deixadas pelas senzalas.
Ainda nesse enfoque voltado ao universo do “trabalho escravo”, também será abordada algumas questões sociais relacionadas ao trabalho como o desemprego, a influência do capitalismo na sociedade, como também as consequências das transformações sociais, decorrentes das Revoluções Francesa e Industrial no Brasil. Assim como, analisar as variadas modalidades em que se apresenta o trabalho escravo o nosso país, desde a chegada dos portugueses em terras tupiniquins, perpassando pelas conquistas dos trabalhadores ao longo dos anos, as mudanças atuais na legislação trabalhistas e seus reflexos na vida do trabalhador brasileiro e por fim, trazer a reflexão sobre às marcas que a escravatura tem deixado no nosso povo até os dias atuais.
 
2. desenvolvimento
2.1 Contexto Histórico do Trabalho Escravo
Sabemos que o homem é um ser social e o trabalho é um dos fatores de grande valorização na sociedade e exerce influência na formação da identidade do indivíduo. Mas nem sempre foi assim. O trabalho nem sempre teve a conotação de valorização atual. Na Grécia Antiga, por exemplo, trabalhar não era nenhuma honra, bem pelo contrário, "... para os gregos, como observou Nietzsche (...) tanto o trabalho quanto a escravidão eram uma desgraça necessária, um motivo de vergonha, como se fossem a um só tempo uma desgraça e uma necessidade" (Finley apud Carmo, 1992, p.18), por este motivo era designado aos escravos e aos sujeitos livres, não-cidadãos. Talvez esta razão histórica explique a origem da palavra trabalho, que nos remete ao latim tripalium, instrumento formado por três estacas utilizadas para manter presos bois e animais difíceis de ferrar, ou ainda, em latim  vulgar "pena ou servidão do homem à natureza" (Carmo, 1992, p.16). Nada muito digno, diríamos. 
O trabalho sempre esteve presente nos mais diversos períodos da história da humanidade, e desde a antiguidade, o ser humano com ele se relacionou sob as mais diferentes condições: ora foi escravo, ora servo, ora artesão. Mas sempre na condição de submissão.
Mas foi com Revolução Francesa que aos poucos foi surgindo o reconhecimento de um dos primeiros direitos econômicos e sociais, o direito ao trabalho, sendo imposta a sociedade o dever de dar meios de subsidiar aqueles que estivessem desempregados. Os pensamentos trazidos pela Revolução Francesa e a elaboração dos direitos do homem e cidadão, fez com que fosse revisto em todo o mundo a ideia de trabalho. Com a Revolução Industrial a situação do trabalhador ainda era extremamente dura, uma vez que as condições de trabalho eram desumanas, a falta de higiene era tamanha e a jornada de trabalho excessiva. A tão sonhada “liberdade” de contratação ainda não propiciava ao trabalhador uma condição digna de vida e trabalho. A jornada exaustiva, chegando muitas vezes até mesmo a 18 horas de trabalho, era incompatível com os ideais de liberdade do homem pregado pela Revolução Francesa, configurando ainda trabalho análogo ao de escravo. 
A evolução histórica do trabalho no Brasil se deu desde a chegada dos portugueses no solo brasileiro. O processo de colonização das terras brasileiras “descobertas de forma errônea” inicia-se com a necessidade de mão de obra barata, que num primeiro momento se deu por troca de mercadorias com os povos indígenas que aqui se encontravam, permitindo desse modo, a ocupação dos portugueses em terras brasileiras, em seguida se favorecendo da mão de obra dos indígenas por serem em grande número. Mas os mesmos por conhecerem as terras mais que os portugueses, fugiam para as matas para não serem forçados a trabalhar para os portugueses.
Devido à dificuldade de escravizar os índios, os portugueses passaram a trazer escravos africanos forçados para o Brasil para trabalharem nas plantações, na extração de minérios e do pau-brasil. 
Ainda de acordo com o posto anteriormente sobre os escravos, em seu artigo acrescenta Lopes que:
Escravos não tinham direitos nem proteções trabalhistas, eram considerados objetos avaliados pela força, dentes, canelas ou no caso das mulheres beleza ou lactação, trabalhavam do nascer do sol ao poente do mesmo, muitas vezes tendo apenas água para se alimentar ou resto das comidas da casa grande
 (LOPES, 2015).
Com a Independência do Brasil, foram sendo implementadas algumas leis em proteção aos escravos. A Lei Eusébio de Queiroz (1850) proibiu o tráfico de escravos. Em 1855 foi promulgada a Lei do Sexagenário, onde garantia a liberdade aos escravos com mais de 60 anos, não tendo êxito, pois muitos não conseguiam chegar a essa idade. Por fim, em 1871 foi aprovada a Lei do Ventre Livre, que dava a liberdade aos filhos dos escravos nascidos a partir do dia da promulgação da lei, o que não modificou muito, pois as demais crianças ficavam com suas mães sendo escravizadas também. Foi em 1888 com a Princesa Isabel, através da Lei Áurea, que a escravidão passou a ser abolida em todo território brasileiro.
No ano de 1943 foi criada por Getúlio Vargas a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), muito considerada até hoje como um manual para todos os assuntos trabalhistas. Finalmente, em 1988, foi promulgada a Constituição Federativa do Brasil trazendo em seus artigos 7º, 8º, 9º 10º e 11º os direitos fundamentais dos trabalhadores.
 Em 1999, a Proposta da Emenda Constitucional (PEC 57-1999) pretendia endurecer as leis sobre o tema, a chamada PEC do Trabalho Escravo. Na realidade, a PEC encontrou grande entrave devido às questões contidas em seu texto, que desagradavam os proprietários de terras, como o confisco de propriedades onde fosse encontrado trabalho escravo, destinadas assim, a reforma agrária, sem indenização aos proprietários. Desse modo, a PEC (1999) encontrou dificuldades em sua aprovação, sendo enfim, aprovada em 27/05/2014 pelo Senado Federal a Proposta de Emenda Constitucional 57ª/1999 (PEC do Trabalho escravo).
 A PEC atualmente destina as terras que forem encontradas com trabalho escravo à reforma agrária e também aos programas de habitação popular, além de dar as devidas sanções penais aos proprietários dessas terras.
 Segundo Galo, Prata e Ruiz:
 A PEC atualmente tem sido um importante instrumento no combate à escravidão contemporânea e visa a proteção à liberdade e a dignidade dos trabalhadores, bem como é fundamental no combate ao chamado “dumping social”, tema cada vez mais presente nos Tribunais do Trabalho, especialmente quando se trata do assunto da responsabilidade socioambiental (GALO, PRATA E RUIZ, 2014). 
 Muitasforam às modificações drásticas ao longo dos anos, e isso vem atingindo as relações do trabalho, e acredita-se que a política neoliberal também é responsável pelo alargamento do desemprego, do contrato temporário e do setor informal. Destacando-se mais uma vez, o processo de vulnerabilização do trabalho no capitalismo contemporâneo e de violação de direitos historicamente já conquistados. Como também o aumento do desemprego é um fator responsável por precarizar às relações de trabalho e restringir direitos, uma vez que o indivíduo que se encontra em uma situação vulnerável como a do desemprego, fica sujeito a aceitar as condições oferecidas por quem está contratando mesmo com perdas.
Falar de trabalho escravo é compreender toda a conjuntura que o envolve, e os aspectos que influenciam a continuidade dessa prática ilegal em pleno século XXI. 
 2.2 A Escravidão Contemporânea no Brasil
 O trabalho escravo pode estar em qualquer lugar e mais perto do que se pode imaginar. Atualmente e um tema muito instigante na área trabalhista, pois se concretiza como crime, mas além da percepção da parte penal, exige também da percepção laboral no que se refere ao combate ao trabalho análogo ao de escravo.
O Brasil é reconhecido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como o melhor aluno do mundo em matéria de combate ao trabalho escravo. É certo que o trabalho escravo é um fenômeno mundial, mas o Brasil o reconhece e tem tentado combater com muito afinco essa mazela social que ainda insiste em se apresentar.
Não se pode falar de trabalho escravo sem nos remetermos a 1888 quando a escravidão era legal, uma vez que mesmo sendo injusta em qualquer período histórico, era legalizada. Até 1888 no Brasil, a escravidão era possível e era muito comum alguém ter a propriedade de outrem. Somente a partir da abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, a escravidão no Brasil passou a ser ilegal.
A abolição da escravatura no Brasil não foi fruto de uma movimentação social, tampouco fruto de indignação da classe trabalhista, embora a situação fosse passiva de gerar essa indignação. No Brasil a abolição foi gerada por questões econômicas,uma vez que Inglaterra e Portugal tinha uma briga econômica com relação a produção do açúcar. Na Inglaterra a produção do açúcar com o trabalho assalariado estava ficando muito caro em relação ao Brasil que produzia o açúcar com o trabalho escravo, barateando os custos dessa produção. Foi esse o principal motivo que gerou a abolição da escravatura no Brasil. 
 Considera-se trabalho escravo, reduzir alguém a condição análoga à de escravo, trabalho forçado ou obrigatório, quer mediante ameaça, coação ou violência, quer restringindo a sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador (Código Penal 2.848/40, artigo 149). Na Declaração Universal dos Direitos Humanos no art. IV deixa claro que: Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas (Só História, 2009-2018).
 A escravidão percorreu 400 anos de longevidade no Brasil. O país passou por profundas mudanças econômicas, sociais e políticas na segunda metade do século XIX, as quais contribuíram para o fim do escravismo em diversas regiões. Mesmo assim, regiões como Norte, Nordeste e Centro-Oeste ainda apresentam o maior número de trabalhadores escravizados em comparação as demais, isso devido ao processo de desmatamento ainda presente, sem técnicas agrícolas mais avançadas, além das condições geográficas que não favorecem a fiscalização, por causa das florestas densas. 
Percebe-se que ao longo dos tempos, não houve uma mudança na mentalidade escravocrata, houve sim, uma lei que a aboliu. A legislação vigente não permite nenhuma forma de escravidão no Brasil, mas isso não tem sido suficiente para inibir as ações de pessoas desonestas que continuam a explorar a mão de obra de seus trabalhadores, dificultando dessa forma, a exterminação desse flagelo. Pois os interesses econômicos de quem escraviza é fator principal da existência e permanência ainda hoje do trabalho escravo.
Atualmente as relações de trabalho também tem sido grande fator para a permanência do trabalho análogo ao de escravo. Devido à precarização dessas relações, o mundo do trabalho tem sofrido alguns retrocessos com relação a conquistas de direitos e garantias legais, uma vez que o trabalhador fica sujeito as condições impostas pelos seus empregadores na perspectiva de se manter no mercado de trabalho, tendo assim, por muitas vezes seus direitos suprimidos.
Nova forma de trabalho análogo ao de escravo tem surgido na contemporaneidade. A terceirização dos serviços e das empresas tem permitido novas formas de contratação dos trabalhadores, facilitando desse modo, acordos coletivos mais flexíveis e perda de algumas garantias trabalhistas.
 
2.3 A Precarização do Trabalho no Brasil
A trajetória histórica do trabalho percorreu vários contextos no Brasil e aos poucos foi ganhando garantias legais, de certas formas frágeis, mas com o objetivo de modificar e melhorar a vida do trabalhador brasileiro. Com o passar dos anos a legislação foi modificando seus dispositivos, fortalecendo as garantias legais ao trabalhador, em função de dar cada vez mais, dignidade a atividade laboral e aos que a desenvolvia. Porém, mesmo com a legislação de proteção ao trabalhador em vigência, alguns casos de trabalho análogo ao de escravo no país, ainda encontra-se presente nos dias atuais. Segundo o IBGE: 
Trabalho significa a ocupação econômica remunerada em dinheiro, produtos ou outras formas não monetárias, ou a ocupação econômica sem remuneração, exercida pelo menos durante 15 horas na semana, em ajuda a membro da unidade domiciliar em sua atividade econômica, ou a instituições religiosas beneficentes ou em cooperativismo ou, ainda, como aprendiz ou estagiário (IBGE).
A consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) estabelece que nenhuma pessoa pode trabalhar mais do que oito horas normais e mais duas horas extras. Excedido esse horário estabelecido por lei, é jornada exaustiva.
Durante muitos anos, por meio de tantas lutas e conflitos, a sociedade consegue garantias legais no âmbito trabalhista. No entanto, nos deparamos atualmente no Brasil, com uma regressão de direitos trabalhistas, outrora conquistados num contexto de escravidão, assinalando assim o “fim da mesma”. As mudanças na legislação trabalhista (ao entrar em vigor) traz aos trabalhadores, uma precarização nas relações de trabalho, além de inúmeras perdas no que se refere à saúde, lazer, estabilidade e formalização do trabalho.
Com a flexibilização de alguns pontos na reforma trabalhista de 2017, como a diminuição do tempo de descanso (alimentação), férias muito fracionadas e os acordos coletivos mais comuns na contratação do empregado, trouxe mais fragilidade ao trabalhador, além de retrocesso nos direitos trabalhistas já conquistados. Uma vez que reflete negativamente na qualidade de vida desse trabalhador.
Atualmente ainda nos deparamos com situações de trabalho degradantes do tipo carga horária exaustiva, mais condições de trabalho, baixos salários, alta rotatividade e acidentes no cotidiano dos trabalhadores, isso devido a precarização cada vez maior das relações trabalhistas no mundo globalizado. O endurecimento e a insegurança das condições de trabalho são regras muito comuns no capitalismo e tem atingido diretamente a vida do trabalhador em vários aspectos, inclusive na saúde desse trabalhador.
A precarização do trabalho é mundial, mas no Brasil nos últimos dez anos vêm crescendo o numero de empregos em grandes empresas, que contratam em massa trabalhadores sem oferecer uma condição digna de trabalho aos mesmo, obtendo ganhos de produtividade as custas da saúde do trabalhador, fazendo com que essa exploração econômica da força de trabalho, traga cada vez mais a precarização do trabalho.
No Brasil, há uma grandeforça que contraria os direitos trabalhistas que são os projetos de lei que circulam pelo Congresso Nacional, cuja essência é precarizar o trabalho retirando direitos trabalhistas. Quando se tem um aumento do desemprego e diminuição dos direitos trabalhistas, a força de trabalho fica mais barata, abrindo um leque de acumulação do capital. Essa precarização do trabalho vem atingindo todas as conquistas e esperanças do trabalhador, de entrar no mercado de trabalho de forma digna e com seus direitos resguardados.
Desde 1943 com a criação da CLT até passando pela Constituição de 1988 com os direitos sociais no capítulo 3º e do conjunto de benefícios que o trabalhador adquiriu com a formalização do mercado de trabalho nos últimos anos, tudo isso encontra - se em risco com a precarização do trabalho no Brasil. As incertezas e a precarização que envolvem o mundo do trabalho tem fragilizado não só as relações de trabalho como também tem atingido a saúde física e psicológica desses trabalhadores.
Tem crescido nos últimos anos o número de casos de pessoas com depressão, o que tem levado o afastamento desses trabalhadores do mercado de trabalho. A intensidade da atividade laboral e a condições degradantes que o trabalhador tem enfrentado cotidianamente pode está desencadeando a depressão e como conseqüência da doença, os casos de suicídio tem aumentado. 
O trabalho escravo e a precarização do trabalho estão de certa forma ligados um ao outro, uma vez que a precarização do trabalho condiciona o trabalhador a submeter-se á condições análogas a de escravo, para garantir a subsistência da sua família e garantir sua permanência no mercado de trabalho, mesmo que de forma degradante e com poucas garantias.
2.4 As Marcas Deixadas pelas Senzalas
A definição de escravatura sempre levantou dificuldades. Ao percorrer o contexto histórico da escravidão, fica claro observar que durante todo esse período, mulheres, crianças e trabalhadores sempre foram vítimas da exploração, sob seus vários aspectos. Na escravatura, os homens eram submetidos aos mais duros tipos de trabalho, sem a possibilidade de cometer erros (sendo penalizados). As mulheres eram exploradas sexualmente pelos patrões, tendo ainda que servir como mãe de leite dos filhos dos senhores e ser explorada nos trabalhos domésticos da casa dos mesmos. As crianças (filhos de escravos) assim como os pais, não possuam nenhum tipo de direito, tampouco privilegio pela condição de criança, aprendendo a desempenhar logo cedo o trabalho forçado.
 A exploração escravagista apresenta-se sob as mais variadas formas em todos os tempos. Ainda hoje, muitas mulheres são violentadas, mantidas em cárcere sob os mais variados tipos de situações degradantes; crianças são vendidas como objetos (tráfico de pessoas), agredidas e violentadas; muitos trabalhadores são forçados a trabalhar exaustivamente sob as mais diversas formas de humilhação. Desse modo, não evoluímos muito no que se refere à escravidão do passado. Segundo Camargo:
A escravidão no Brasil foi extinta oficialmente em 13 de maio de 1888. Todavia, em 1995 o governo brasileiro admitiu a existência de condições de trabalho análogas à escravidão. A erradicação do trabalho escravo passa pelo cumprimento das leis existentes, porém isso não tem sido suficiente para acabar com esse flagelo social. Mesmo com aplicações de multas, corte de crédito rural ao agropecuarista infrator ou de apreensões das mercadorias nas oficinas de costura. Utilizar o trabalho escravo é um bom negócio para muitos fazendeiros e empresários porque barateia os custos da mão de obra (CAMARGO, 2018).
 Isso mostra que os interesses econômicos de quem escraviza estão acima de qualquer outro. Somos conhecidos em todo o mundo pelas riquezas naturais (aspecto geográfico), pelas boas relações comerciais (economia), pela crescente evolução na medicina (ciência), pela diversidade cultural (cultura), dentre tantos outros aspectos positivos. Mas ainda não conseguimos exterminar as variadas formas de escravidão que insiste em se apresentar, mesmo que de forma camuflada e em diferentes roupagens. “Ainda não nos livramos das amarras das correntes”
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muitos são os aspectos relacionados ao trabalho de um modo geral, em especial ao trabalho escravo no Brasil, e ao analisarmos esses aspectos, percebemos que as relações de trabalho na atualidade, precisam levar em conta a multiplicidade dos fatores que envolvem o mundo laboral, desde a sua gênese, assim como os que desencadeiam ainda hoje a problemática do trabalho análogo ao de escravo no nosso país, como a exemplo da precarização das relações de trabalho.
Não é possível pensar sobre trabalho apenas sob uma ótica, visto que há uma diversidade de segmentos envolvidos de forma direta ou indireta nas relações de trabalho, uma vez que a economia sempre exerceu grande influência na atividade laboral. E mesmo com as modificações societárias, e com isso o surgimento de novas formas de organização do trabalho e garantia de direitos trabalhistas, atualmente, ainda nos deparamos com situações de trabalho análogo ao de escravo em algumas regiões do país.
Vimos que desde a antiguidade, o trabalho exerce influência sobre a vida do indivíduo em sociedade (mesmo sendo visto de forma negativa nesse período), tinha seu grau de importância e se fazia necessário. É certo que o fim da escravidão ao longo dos séculos, após guerras e conflitos, trouxe ao mundo do trabalho força, significado e garantias legais, porém não foi possível exterminar de vez, o trabalho escravo do Brasil, uma vez que os interesses econômicos ligados à escravidão permitiram sua continuidade por longos anos, e ainda hoje, é motivo de sua permanência sob novas modalidades.
 REFERÊNCIAS 
A escravidão no mundo contemporâneo em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2018. Consultado em 04/05/2018 às 15:34. Disponível na Internet em 
http://www.sohistoria.com.br/ef2/culturaafro/p4.php
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, artigos 7º, 8º, 9º 10º e 11º- Direitos Fundamentais dos Trabalhadores. 
CAMARGO, Orson. "Trabalho escravo na atualidade"; Brasil Escola
Disponível em < https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/escravidao-nos-dias-de-hoje.htm. Acesso em 04 de Abril de 2018.
Projeto Define o Conceito de Trabalho análogo ao de escravo.
Disponível em < https://cd.jusbrasil.com.br/noticias/3123832/projeto-define-o-conceito-de-trabalho-analogo-ao-de-escravo. Acesso em 04 de Abril de 2018
A Evolução Histórica do Processo do Trabalho.
Disponível em: < http://www.tex.pro.br/index.php/artigos/320-artigos-dez-2015/7448-a-evolucao-historica-do-processo-do-trabalho. Acesso em 09 de Abril de 2018
Reflexos do desemprego.
 Disponível em: <http://www.progresso.com.br/editorial/reflexos-do-desemprego
Acesso em 11 de Abril de 2018.
MALHEIROS, Dr. Agostinho Marques Perdigão. A Escravidão no Brasil, Ensaio Histórico-Jurídico- Social. Vol. I, 2008, e Books Brasil. 
 Claudenice fernandes batista
graciana da silva santos farias
 genice silva barbosa de matos
Portfólio: trabalho escravo
 TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL DO SÉCULO XXI
 
 Campina Grande
 2018
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 Claudenice fernandes batista
 graciana da silva santos farias
 genice silva barbosa de matos
trabalho escravo
TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL DO SÉCULO XXI
Trabalho apresentado às disciplinas de Formação Social,Histórica e Política do Brasil, Acumulação Capitalista e Desigualdade Social, Fundamentos Histórico, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I, Estatística e Indicadores Sociais, Seminário Temático, do curso de Serviço Social da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito para a obtenção do conceito semestral final, com a avaliação do portfólio em grupo, dos alunos do 2º semestre do curso.
 Professores: Juliana Lima Arruda, José Adir Lins Machado, Rosane Ap. Belieiro Malvezzi, Hallynnee Rosseto e Paulo Sergio Aragão.
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 Campina Grande 
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