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História da Cruz Vermelha Brasileira

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Profª. Enfª. MSc. Fabiane Coelho Farias
 A Cruz Vermelha Brasileira foi organizada e 
instalada no Brasil em fins de 1908, tendo como 
primeiro presidente o médico Oswaldo Cruz. 
 Destacou-se a Cruz Vermelha Brasileira por sua 
atuação durante a I Guerra Mundial (1914-1918).
Durante a epidemia de gripe espanhola (1918), 
colaborou na organização de postos de socorro, 
hospitalizando doentes e enviando socorristas a 
diversas instituições hospitalares e a domicílio. 
Atuou também socorrendo vítimas das 
inundações, nos estados de Sergipe e Bahia, e 
as secas do Nordeste.
Muitas das socorristas dedicaram-se ativamente 
à formação de voluntárias, continuando suas 
atividades após o término do conflito.
As “Damas da Cruz Vermelha Brasileira", comitê criado 
por um grupo de senhoras da sociedade carioca, deu 
origem à Seção Feminina, que teria como primeira tarefa, a 
formação do corpo de Enfermeiras voluntárias. A semente 
assim plantada frutificaria e, para permitir o funcionamento 
de outros cursos sugeridos pela Seção Feminina, foi criada 
e inaugurada, em março de 1916, a Escola Prática de 
Enfermagem, sob a eficiente direção do Dr. Getúlio dos 
Santos, na época Capitão Médico do Exército. 
Com a declaração de guerra do Brasil aos Impérios 
Centrais (Alemanha e seus aliados), a Sociedade 
expandir-se-ia com intensificação dos Cursos de 
Enfermagem e com a criação de filiais estaduais e 
municipais, cabendo a São Paulo a primazia. 
Em 1919, as filiais já eram em número de 16.
A Cruz Vermelha Brasileira participou da 
constituição da Federação de Sociedade de Cruz 
Vermelha e do Crescente Vermelho em 1919, 
filiando-se a ela. Em nosso país, tornou-se 
instituição modelar, da forma prevista nas 
Convenções de Genebra -, como em tempos de 
paz, levando ajuda a vítimas de catástrofes e 
desastres naturais (secas, enchentes, terremotos 
etc.).
Atua com base nos princípios fundamentais da Cruz 
Vermelha, que são:
- Humanidade
- Imparcialidade
- Neutralidade
- Independência
- Voluntariado
- Unidade
- Universalidade
É reconhecida pelo governo brasileiro como sociedade 
de socorro voluntário, autônoma, auxiliar dos poderes 
públicos e, em particular, dos serviços militares de 
saúde, bem como única sociedade nacional da Cruz 
Vermelha autorizada a exercer suas atividades em todo 
o território brasileiro.
Missão
• Agir, em caso de guerra, e preparar-se, na paz, 
para atuar em todos os setores abrangidos pelas 
Convenções de Genebra e em favor de todas as 
vítimas de guerra, tanto civis como militares;
• Contribuir, para a melhoria de saúde, 
prevenção de doenças e o alívio do sofrimento 
através de programas de treinamento e de 
serviços que beneficiem a comunidade;adaptados 
às necessidades de peculiaridades nacionais e 
regionais, podendo também, para isso, criar e 
manter cursos regulares, profissionalizantes e de 
nível superior;
• Organizar, dentro do plano nacional, serviços 
de socorros em emergências às vítimas de 
calamidades, seja qual for a causa;
• Recrutar, treinar e aplicar o pessoal 
necessário às finalidades da instituição;
• Incentivar a participação de jovens voluntários 
nos trabalhos da Cruz Vermelha, qualificando-o 
às finalidades da instituição;
• Divulgar os princípios humanitários da Cruz 
Vermelha, a fim de desenvolver na população os 
ideais de paz, respeito mútuo e compreensão 
entre todos os homens e todos os povos.
Principais Atuações
Grandes e inestimáveis serviços prestou a Cruz 
Vermelha no final da Guerra, nos seus inúmeros 
contatos com a Agência Internacional de 
Prisioneiros de Guerra, no sentido de propiciar 
informações aos europeus residentes no Brasil, em 
relação a seus familiares cujos paradeiros haviam 
se tornado desconhecidos em virtude das 
contingências de guerra. 
Durante o ano de 1918 e, imediatamente após, a 
Cruz Vermelha Brasileira demonstrou, de maneira 
cabal, o alcance de sua atuação durante a 
calamitosa epidemia de gripe que assolou o mundo 
no após-guerra. 
A Escola de Enfermagem no Rio foi 
transformada em isolamento e as enfermeiras 
da Entidade se desdobraram nos diversos 
hospitais no Rio, nas residências e nos Postos 
de Socorro então estabelecidos e em algumas 
das filiais.
Nesta batalha tombaria a primeira vitima, a 
aluna-enfermeira Cherubina Angélica 
Guimarães que, após participar dos trabalhos 
iniciais, contraiu a doença, vindo a falecer em 
conseqüência.
Além da construção da sede, o período entre as 
guerras caracterizou-se por um sem número de 
atividades, não apenas no Brasil, mas também no 
exterior. 
O esclarecimento de toda a população visando 
à prevenção de uma série de pertinazes doenças 
que minavam o povo brasileiro e o atendimento 
aos já atingidos por essas doenças, foi uma 
atividade permanente.
A tuberculose e as doenças venéreas foram as 
primeiras de extensa relação que constitui 
preocupação constante não só do Órgão Central, 
como também das filiais, sempre procurando ir de 
encontro aos problemas e às necessidades 
regionais.
Para a execução dos seus objetivos a Cruz Vermelha 
Brasileira promove e encoraja o oferecimento de pessoas de 
boa vontade e de reconhecida idoneidade moral que 
desejem voluntariamente colaborar nos serviços da 
Instituição, quer em tempo de paz, quer em tempo de guerra.
A Sede Nacional da Cruz Vermelha Brasileira é no Rio de 
Janeiro, Praça Cruz Vermelha, 10-12, Centro.
Anna Nery
Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana 
Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na 
Província da Bahia. Casou-se com Isidoro 
Antonio Nery, enviuvando aos 30 anos.
Seus dois filhos, um médico militar e um oficial 
do exército, são convocados a servir a Pátria 
durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob 
a presidência de Solano Lopes. O mais jovem, 
aluno do 6º ano de Medicina, oferece seus 
serviços médicos em prol dos brasileiros.
Anna Nery não resiste à separação da família e 
escreve ao Presidente da Província, colocando-
se à disposição de sua Pátria.
Em 15 de agosto parte para os campos de 
batalha, onde dois de seus irmãos também 
lutavam. Improvisa hospitais e não mede 
esforços no atendimento aos feridos.
Após cinco anos, retorna ao Brasil, é acolhida 
com carinho e louvor, recebe uma coroa de 
louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que 
é colocada no edifício do Paço Municipal.
O governo imperial lhe concede uma pensão, 
além de medalhas humanitárias e de campanha.
Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 
1880.
A primeira Escola de Enfermagem fundada no 
Brasil recebeu o seu nome. Anna Nery que, 
como Florence Nightingale, rompeu com os 
preconceitos da época que faziam da mulher 
prisioneira do lar.
PRIMEIRAS ESCOLAS DE 
ENFERMAGEM NO BRASIL
1. Escola de Enfermagem "Alfredo 
Pinto"
 Esta escola é a mais antiga do Brasil, data de 1890, 
foi reformada por Decreto de 23 de maio de 1939.
 O curso passou a três anos de duração e era 
dirigida por enfermeiras diplomadas. 
 Foi reorganizada por Maria Pamphiro, uma das 
pioneiras da Escola Anna Nery.
Com o objetivo de formar profissionais para 
atuarem no Hospício Nacional dos Alienados 
— cujo local atualmente funciona 
o campus Praia Vermelha (Rio de 
Janeiro) da UFRJ.
Depois da criação dessa Escola foi 
implementada outras iniciativas de formação 
de enfermeiros e enfermeiras durante a 
primeira República, em 1894, o Curso de 
Enfermeiras do Hospital Samaritano, em São 
Paulo, com o auxílio de Enfermeiras Inglesas, 
com acesso apenas para o sexo feminino.2. Escola da Cruz Vermelha do Rio 
de Janeiro
 Começou em 1916 com um curso de socorrista, para 
atender às necessidades prementes da 1ª Guerra 
Mundial. Logo foi evidenciada a necessidade de 
formar profissionais (que desenvolveu-se somente 
após a fundação da Escola Anna Nery) e o outro 
para voluntários. 
 Os diplomas expedidos pela escola eram registrados 
inicialmente no Ministério da Guerra e considerados 
oficiais. Esta encerrou suas atividades.
3. Escola Anna Nery
 A primeira diretoria foi Miss Clara Louise 
Kienninger, senhora de grande capacidade e 
virtude, que soube ganhar o coração das 
primeiras alunas. Com habilidade fora do 
comum, adaptou-se aos costumes brasileiros. 
 Os cursos tiveram início em 19 de fevereiro de 
1923, com 14 alunas. Instalou-se pequeno 
internato próximo ao Hospital São Francisco de 
Assis, onde seriam feitos os primeiros estágios. 
 Em 1923, durante um surto de varíola, 
enfermeiras e alunas dedicaram-se ao 
combate à doença. Enquanto nas epidemias 
anteriores o índice de mortalidade atingia 50%, 
desta vez baixou para 15%.
 A primeira turma de Enfermeiras diplomou-se 
em 19 de julho de 1925.
 Destacam-se desta turma as Enfermeiras Lais
Netto dos Reys, Olga Salinas Lacôrte, Maria de 
Castro Pamphiro e Zulema Castro, que obtiveram 
bolsa de estudos nos Estados Unidos
 . A primeira diretora brasileira da Escola Anna 
Nery foi Raquel Haddock Lobo, nascida a 18 de 
junho de 1891. 
 Foi a pioneira da Enfermagem moderna no 
Brasil. Esteve na Europa durante a Primeira 
Grande Guerra, incorporou-se à Cruz Vermelha 
Francesa, onde se preparou para os primeiros 
trabalhos. De volta ao Brasil, continuou a 
trabalhar como Enfermeira. 
 Faleceu em 25 de setembro de 1933.
4. Escola de Enfermagem Carlos 
Chagas
 Por Decreto nº 10.925, de 7 de junho de 1933 e 
iniciativa de Dr. Ernani Agrícola, diretor da Saúde 
Pública de Minas Gerais, foi criado pelo Estado a 
Escola de Enfermagem "Carlos Chagas", a 
primeira a funcionar fora da Capital da República. 
 A organização e direção dessa Escola coube a 
Laís Netto dos Reys, sendo inaugurada em 19 de 
julho do mesmo ano. 
 A Escola "Carlos Chagas", além de pioneira entre 
as escolas estaduais, foi a primeira a diplomar 
religiosas no Brasil.
5. Escola de Enfermagem "Luisa 
de Marillac"
 Fundada e dirigida por Irmã Matilde Nina, Filha de 
caridade, a Escola de Enfermagem Luisa de Marillac
representou um avanço na Enfermagem Nacional, 
pois abria largamente suas portas, não só às jovens 
estudantes seculares, como também às religiosas 
de todas as Congregações. 
 É a mais antiga escola de religiosas no Brasil e faz 
parte da União Social Camiliana, instituição de 
caráter confessional da Província Camiliana 
Brasileira. 
6. Escola Paulista de Enfermagem
 Fundada em 1939 pelas Franciscanas Missionárias 
de Maria, foi a pioneira da renovação da 
enfermagem na Capital paulista, acolhendo também 
religiosas de outras Congregações. 
 Uma das importantes contribuições dessa escola foi 
início dos Cursos de Pós-Graduação em 
Enfermagem Obstétrica. Esse curso que deu origem 
a tantos outros, é atualmente ministrado em várias 
escolas do país.
7. Escola de Enfermagem da USP
 Fundada com a colaboração da Fundação de 
Serviços de Saúde Pública (FSESP) em 1944, faz 
parte da Universidade de São Paulo.
 Sua primeira diretora foi Edith Franckel, que 
também prestara serviços como Superintendente do 
Serviço de Enfermeiras do Departamento de Saúde. 
 A primeira turma diplomou-se em 1946.
Bibliografia
 TURKIEWICZ, Maria. História da Enfermagem. Paraná, 
ETECLA, 1995.
 GEOVANINI, Telma; ...(et.ali.) História da Enfermagem : 
versões e Interpretações. Rio de janeiro, Revinter, 1995.
 - Ref. Conselho Regional de Enfermagem do RJ.
Sites acessados:
 www.cruzvermelha.org.br
 www.wikipedia.org.br