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Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 1 PRINCÍPIOS DE DIREITO CONSTITUCIONAL – Art. 1º a 4º, CF. Soberania: formada pela união da independência, no plano internacional e da supremacia, no plano nacional. Assim, internacionalmente, o país não está subordinado a nenhum outro país. Internamente, não haverá outra força que suplante o poder do Estado, do qual é emanado pelo próprio povo. Cidadania: possibilidade de interferir nas decisões políticas do Estado. Assim, cidadãos seriam os titulares dos direitos políticos. Não obstante, há também uma visão ampla de cidadania, segundo a qual ela corresponde à titularidade dos direitos fundamentais, como também de deveres perante os semelhantes. Dignidade da pessoa humana: fonte de todos os direitos e garantias fundamentais da pessoa humana. Se o ser humano é titular de direitos e garantias, é porque deve ser tratado dignamente. Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: ponderação entre os valores sociais do trabalho (e a necessidade da tutela constitucional dos direitos do empregado), bem como mostrou a importância da livre iniciativa, da iniciativa privada, do capitalismo. Pluralismo político: fomenta o pluralismo de ideias, de cultura de costumes. Separação dos Poderes: diretrizes centrais da separação dos Poderes no Brasil: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Expressamente, a Constituição de 1988 prevê dois princípios que regem expressamente a Separação dos Poderes: independência e harmonia. Os três poderes, embora exerçam controles recíprocos, como adiante se verá, são independentes. Assim, um poder não pode se subordinar ao outro. Uma Emenda Constitucional não poderá diminuir a liberdade de um poder, subordinando-o ao outro. Sistema de freios e contrapesos: controles recíprocos entre os três Poderes, denominado sistema de freios e contrapesos (checks and balances). A origem de tal sistema é inglesa, por conta do relacionamento entre a Câmara dos Lordes, balanceando os projetos de lei da Câmara dos Comuns. Assim, o Poder Judiciário interferirá, dentro de certos limites, no Poder Legislativo, que, por sua vez, interferirá no Poder Executivo etc. Memorizar è SOCIDIVAPLU Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 2 OBJETIVOS DA REPÚBLICA: Art. 3º, CF. a- Construir uma sociedade livre, justa e solidária: aquela que possui e fomenta todas as formas de liberdade (liberdade de locomoção, de pensamento, de religião, de preferência sexual etc.). Sociedade justa é aquela em que cada um tem aquilo que lhe é de direito, aquilo que é fruto de seu esforço de seu trabalho. Uma sociedade justa não tolera a concentração de riquezas e a impunidade, o que mostra o quanto estamos distantes de alcançarmos nosso objetivo constitucional. Por fim, sociedade solidária é aquela em que todos se auxiliam reciprocamente. b- Garantir o desenvolvimento nacional: poder público agir de forma a equilibrar os desenvolvimentos diversos, não prestigiando apenas o desenvolvimento econômico, em detrimento dos demais. c- Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais. A desigualdade social é marcada pela distância entre os mais ricos e os mais pobres. A Constituição Federal não exige que todos tenham o mesmo grau de riqueza, já que fomenta a livre iniciativa e os valores capitalistas. Todavia, tem como objetivo diminuir a diferença entre os diversos graus de riqueza d- Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Um dos objetivos da República é pôr fim a todas as formas de preconceito e discriminação. Expressamente, a Constituição Federal prevê o preconceito de “origem, raça, sexo, cor e idade”. Embora não preveja expressamente o preconceito em razão da “preferência sexual”, ela está inserida implicitamente na cláusula genérica “quaisquer outras formas de discriminação”. Memorizar è CONGAEREPRO NOTA! Na prova o examinador troca palavras dos objetivos da república. Portanto, decorrer e aprender no detalhe. PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Art. 4º, CF. • Independência nacional: Brasil é independente, não se subordinando às vontades de outros países. O Supremo Tribunal Federal já utilizou o presente princípio para justificar a decisão do Presidente da República de não extraditar estrangeiro a outro país, ainda que presentes os requisitos legais para tal. • Prevalência dos direitos humanos: Estado brasileiro deve obediência irrestrita à própria Constituição que lhe rege a vida institucional. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 3 • Igualdade entre os Estados: Brasil se mostra contrário à distinção entre os países, não importando sua ideologia política, seu modelo econômico etc. Todos os países devem receber o mesmo tratamento dos organismos internacionais, não podendo ser alijados por quaisquer motivos que se mostrem discriminatórios ou irrazoáveis. • Defesa da paz: guerra é declarada pelo Presidente da República, no caso de agressão estrangeira, com prévia anuência do Congresso Nacional (art. 49, II, CF), ou “referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas” (art. 84, XIX, CF). • Concessão de asilo político: No Brasil, o Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815/80) não regula a concessão do asilo, mas apenas regulamenta a condição do asilado, especialmente nos artigos 28 e 29. Há duas modalidades de asilo político: a- Asilo territorial: espécie principal de asilo político, consiste na aceitação de um estrangeiro em nosso território, com o intuito de proteger sua incolumidade ou sua vida, em razão do grave risco apresentado em seu país, por razões sociais ou políticas. b- Asilo diplomático (ou extraterritorial): modalidade provisória e precária de asilo político, diferente do asilo territorial, é concedido pelo país fora de seu território (em embaixadas ou navios ou aeronaves, que são consideradas parte do território por extensão). Forma de Governo: Brasil è Presidencialismo. Chefe de Estado e Chefe de Governo é exercido pela mesma pessoa. Forma de Estado: Brasil è Federação. Regime de Governo: Brasil è Democracia. CONSTITUCIONALISMO E GERAÇÕES DE DIREITOS: I- Constitucionalismo: Trata-se do movimento político, jurídico e social, a partir do qual desencadeou-se a evolução do conceito do termo “Constituição”. É o movimento social, jurídico e político que busca limitar a atuação do Estado através de uma constituição. Neoconstitucionalismo ou Ativismo Judicial: Nasceu após a 2ª guerra mundial. Neoconstitucionalismo ou Ativisto Judicial é um movimento do Direito que garante, preserva e promove os direitos fundamentais, ou seja, num sentido amplo, visa a superação do positivismo jurídico, pois promoveu a reestruturação do ordenamento jurídico, que deixou de ser calcado do estrito respeito à lei para ser, totalmente, influenciado pela Constituição, natural repositório dos direitos fundamentais. • Se opõe ao positivismo jurídico; • Os princípios de Direito ganham relevância. • Judiciário protagonista. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 4 Positivismo-normativista: o positivismo trata-se de uma corrente filosófica do direito que procura reduzir o Direito apenas àquilo que está positivado, ou seja, o positivismo identifica o conceito de direito com o direito efetivamente posto pelas autoridades que possuem o poder político de impor as normas jurídicas. Neopositivismo: Neopositivisto ou positivismológico e empirismo lógico, trata-se de uma correte filosófica que valoriza a ciência e o método científico, caracteriza o ponto de vista de um grupo de filósofos que constituíram o “Círculo de Viena”. Jusnaturalismo: o jusnaturalismo ou direito natural é uma teoria que procura fundamentar o direito no bom senso, na racionalidade, na equidade e no pragmatismo. II- Garantias Fundamentais Por Geração ou Dimensões dos Direitos Fundamentais: a- Direitos de primeira geração ou dimensão: são os direitos individuais ou liberdades públicas, como vida, liberdade, propriedade. Estado tem o dever principal de não fazer, de não agir, de não interferir na liberdade pública do indivíduo. • Liberdade; • Estados Negativos ou Liberais: tem a menor atuação do Estado na nossa vida. • Direitos Civis + Políticos (liberdades clássicas): Ex.: Direito a vida, a intimidade, a manifestação de pensamento. b- Direitos de segunda geração: Direitos sociais, como a saúde, a educação, o trabalho, a assistência aos desamparados. Aqui, diferentemente da primeira geração, o Estado deve concretizar um ideal. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 5 • Igualdade • Estados Positivos (sociais); • Direitos sociais + econômico + culturais: pressupõe uma maior atuação do Estado na vida de outras pessoas. c- Direitos de terceira geração: Os direitos de terceira geração surgiram depois da Segunda Guerra Mundial. Trata-se de direitos metaindividuais, que pertencem a uma coletividade determinável ou indeterminável de pessoas, isto é, dizem respeito ao progresso, ao meio ambiente, à autodeterminação dos povos. Esses direitos têm como escopo a qualidade de vida do ser humano. Surge o direito de Fraternidade, também conhecido como solidariedade. Surge ainda os direitos difusos + coletivos + transindividuais. Ex.: Paz social, paz mundial, meio ambiente equilibrado. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 6 d- Direitos de quarta geração: Não é pacífico na doutrina, mas dizem respeito aos direitos à democracia, ao pluralismo. Versam, ainda, sobre a proteção à vida através de abordagem genética. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES: I - Quanto ao conteúdo: a) Formal: não trata apenas de matéria constitucional, podendo tratar também de outros assuntos, pois o que importa é o seu processo solene de aprovação, na comparação com outras normas. BRASIL. b) Material: somente possui matéria, conteúdo constitucional, independentemente de estar em um documento ou em mais. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 7 II - Quanto à forma: a) Escrita (ou instrumental): documento solene (ou mais de um), formalmente aprovado pelo Poder Constituinte originário. Pode ser: codificada: reunida no mesmo código ou documento. não codificada: é aquela que é esparsa. b) Constituição não escrita (costumeira ou consuetudinária): formada por costumes e tradições seculares, muitos deles não escritos. Ex.: constituição inglesa. III - Quanto ao modo de elaboração: a) Constituição dogmática: trabalho legislativo específico. O legislador discute, debate, elabora um texto e aprova a nova Constituição. Ou seja, é aquela cuja escolha de valores é feita de uma vez. Toda constituição escrita é dogmática. BRASIL. b) Constituição histórica: decorre de uma lenta evolução histórica. Ou seja, é aquela que a escolha de valores é feita no transcorrer da história. Toda constituição não escrita vem da evolução histórica. IV - Quanto à origem: a) Promulgada: é a resultante da vontade popular, feita pelos representantes do povo, legitimamente por ele escolhidos. Processo democrático. É a nossa constituição, fruto da assembleia nacional constituinte - DEMOCRACIA. b) Outorgada: imposta ao povo pelo governante. É a constituição ditatorial. No Brasil, as constituições outorgadas foram: CF/1824, CF/1937 e CF/1967. c) Cesarista: também chamada Bonapartista, é aquela imposta por agente ditatorial, mas posteriormente submetida a referendo popular. V - Quanto à extensão: a) Sintética: Constituição resumida, concisa, que trata apenas dos temas principais. Só trata de temas materialmente constitucionais. Ex. a constituição americana. b) Analítica: extensa, prolixa, repetitiva, longa. Trata não somente dos temas essenciais, mas de outros temas que poderiam ficar apenas na legislação infraconstitucional. É aquela que se preocupa com temas que não são necessariamente de direito constitucional, é extensa. Ex. a nossa brasileira, se preocupa com direito tributário, direito social, previdenciário, direito trabalhista. Logo, trata de temas materialmente + formalmente constitucional. BRASIL. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 8 VI - Quanto à função: a) Garantia: limita-se a fixar os direitos e garantias fundamentais do cidadão, sem se preocupar em fixar metas, objetivos, direções estatais. É uma espécie de carta declaratória de direitos. b) Dirigente: além de prever uma série de direitos e garantias fundamentais, fixa e regulamenta o plano diretor, as metas que os estados e seus governantes devem atingir. VII - Quanto à essência: a) Semântica: esconde a dura realidade de um país. É comum em regimes ditatoriais, que tentam esconder (sob o ponto de vista normativo) seus desmandos no mundo real. b) Nominal: Constituição que não reflete a realidade atual do país, pois se preocupa com o futuro. É a Constituição que só trata dos objetivos a serem cumpridos no futuro, deixando de lado a realidade presente. c) Normativa: Constituição que reflete a realidade atual do país. VIII - Quanto à sistematização: Classificação exclusiva das Constituições escritas: a) Unitária: único documento, um único texto legislativo, uma única lei. b) Variada: formada por mais de um documento, formada por um conjunto de textos feitos simultaneamente ou em momentos históricos diversos. IX - Quanto ao sistema: a) Principiológica: possui mais princípios que regras, ou seja, predominam os princípios. b) Preceitual: possui mais regras que princípios, ou seja, predominam as regras. X - Quanto à origem de sua decretação: a) Autoconstituição: feita em um país, para nele vigorar. É o caso de todas as Constituições brasileiras, que foram aqui editadas. b) Heteroconstituição: feita por um país ou organismo internacional, para vigorar em outro país. XI - Quanto à ideologia: a) Ortodoxa: adota uma única ideologia estatal, não admitindo ideologias diversas. b) Eclética: permite e estimula a existência de ideologias diversas. XII - Quanto à atividade legislativa: Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 9 a) Constituição-lei: Constituição cujo tratamento é o mesmo destinado às demais leis. É apenas mais uma lei dentro do ordenamento jurídico. b) Constituição-fundamento: por tentar disciplinar muitos detalhes da vida social, reduz a liberdade ao legislador ordinário. c) Constituição-moldura: meio-termo entre a constituição-lei e a constituição-total. É a constituição que, qual a moldura de um quadro, estabelece quais os limites de atuação do legislador ordinário. Prevalece na doutrina brasileira tratar-se do caso da Constituição de 1988. XIII - Quanto ao período de duração: a) Constituição provisória (pré-constituição): elaborada para vigorar provisoriamente, até a edição da Constituição definitiva. b) Constituição definitiva: não possui prazo determinado de duração, vigorando até que outra a revogue.XIV - Quanto ao conteúdo ideológico: a) Constituição liberal: prevê apenas direitos de primeira dimensão, direitos individuais ou liberdades públicas. b) Constituição social: além de prever direitos individuais, prevê um rol de direitos sociais. XV - Quanto à rigidez ou estabilidade: a) Imutável: não pode ser alterada, modificada. Não se adapta a realidade, foi a CF/1824. b) Rígida: possui um procedimento mais rigoroso, dificultoso de alteração, se comparada às demais leis. Quórum de aprovação de Emenda Constitucional: 3522 è 3/5, em 2 turnos, nas 2 casas do congresso nacional. CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. c) Flexível: possui o mesmo procedimento de alteração que o destinado às outras leis. Admite ser alterada da mesma forma que se altera uma lei, com o mesmo quórum – maioria absoluta ou maioria relativa. d) Semirrígida ou semiflexível: parte dela é rígida (difícil de ser alterada) e parte dela é flexível (fácil de ser alterada). MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES CONSIDERA NOSSA CONSTITUIÇÃO COMO SEMIRRÍGIDA. Se na prova mencionar o nome do ministro, considera semirrígida. Se nada disser, considera rígida. Cláusulas pétreas são as matérias que não podem ser suprimidas da Constituição, embora possam ser alteradas. São as matérias do art. 60, § 4ª, CF. Sugestão de leitura: Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 10 Capítulo 3 da obra Reta Final OAB – Revisão Unificada. 7. ed. Coordenação: Marco Antonio Araujo Jr. e Darlan Barroso. Ed. RT. Questão 171 da obra Questões Comentadas dos Exames da OAB – 1ª Fase. 5. ed. Coordenação: Marco Antonio Araujo Jr. e Darlan Barroso. Ed. RT. PODER CONSTITUINTE: I – Conceito: poder que estabelece a Constituição, ou seja, que estabelece a organização fundamental do Estado, distinto dos estabelecidos pela Constituição. É o poder de poder criar um Estado. É o poder de elaborar ou atualizar uma Constituição. Teoria do Poder Constituinte: • Titularidade: o POVO, é considerado o 3ª ESTADO. Cabe ao povo e não está estabelecido na Lei. Art. 1ª, § único, CF → Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. ATENÇÃO: Povo é diferente de nação. • Fato: É o poder de fato, não decorre de texto legal. É um ato pré-constituição. • Função: Poderá tanto criar o texto constitucional, quanto atualizá-lo. Importante: poder de criar uma Constituição, bem como a competência para reformá-la. É a mais alta expressão do poder político. II - Classificação: a) Poder constituinte originário: Traz origem a um texto constitucional, é a gênese. b) Poder constituinte derivado. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 11 III - Poder Constituinte Originário: poder de criar uma Constituição. • Histórico: poder de criar a primeira Constituição de um país; • Revolucionário: poder de criar uma Constituição de um país. Características do Poder Constituinte Originário: a. Inicial: antecede o ordenamento jurídico, existe antes do surgimento das leis. Poder originário: trata-se de um poder de fato, não de direito. b. Incondicionado: pode ser exercido de qualquer maneira, não possuindo formas preestabelecidas de manifestação. c. Permanente: não se esgota com o uso. d. Ilimitado: não possui limites em nenhuma outra lei. É um poder juridicamente ilimitado, ou seja, pode tratar do que quiser, da forma que quiser. Referencial teórico: Efeito Clicquet = Ele veda que haja uma evolução reacionária de modo a desproteger direitos inerentes ao gênero humano. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 12 IV - Poder Constituinte Derivado: é um poder de 2ª grau. Se divide em dois: a. Poder constituinte derivado DECORRENTE: poder que cada Estado-membro tem de elaborar sua própria Constituição. Derivado decorrente: visa à complementariedade da Constituição. É o poder dos estados em criar suas próprias constituições. As CE´s (Constituições dos Estados) deverão ser criadas em 1 ano após a promulgação da CF/88, art. 11, ADCT. Características do poder constituinte derivado decorrente: 1. Condicionado: não possui formas preestabelecidas de manifestação. 2. limitado: Tem uma limitação jurídica. limites na própria Constituição Federal. Ou seja, a constituição derivada deve obediência à constituição originária. Ex.: a constituição estadual. Normas de Reprodução Obrigatória ou Princípio da Simetria: são aquelas que se inserem compulsoriamente no texto constitucional estadual, como consequência da subordinação à Constituição da República, que é a matriz do ordenamento jurídico parcial dos Estados-membros. É o princípio da Simetria, tem que manter algo igual. Art. 25, CF. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 13 Princípios sensíveis: no art. 34, VII, da CF (forma republicana, sistema representativo, regime democrático. Princípios estabelecidos: referem-se expressamente aos Estados. Princípios extensíveis: referem-se à União, mas que são aplicados aos Estados e ao DF, em razão do princípio da simetria. b. Poder constituinte derivado REFORMADOR: tem o poder de reformar, de alterar a Constituição já existente. Art. 60, CF. Poder de reforma, não tem limitação temporal, pode Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 14 acontecer a qualquer tempo, desde que seja proposto por aqueles legitimados no art. 60, CF. Se dá pelas emendas constitucionais (PEC – proposta de emenda constitucional). Emenda constitucional: pode ser proposta por 1/3 dos deputados federais ou dos senadores; pelo Presidente da República; por mais da metade das Assembleias Legislativas, pela maioria simples de seus membros. Importante: 513 deputados federais no total, são necessários 171 deputados para subscrição de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC – proposta de emenda constitucional). Sendo, ao todo, 81 senadores, são necessários 27 senadores para subscrição de uma PEC no Senado. Características do Poder Constituinte Derivado Reformador: 1. secundário, tendo origem na própria Constituição. É um poder de direito, regulamentado pelo direito. 2. condicionado: possui formas preestabelecidas de manifestação. 3. Limitado: possui seus limites na própria Constituição Federal. c. Poder constituinte derivado REVISOR: art. 3º do ADCT. A revisão poderia ser feita somente após 5 anos da promulgação da Constituição Federal, sendo aprovada em sessão unicameral, pela maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional. Aconteceu em 1993. É o poder de alterar a Constituição. Poder Exaurido, ou seja, não acontece mais, ACONTECE SOMENTE UMA VEZ. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 15 d. Poder Constituinte Derivado DIFUSO: É a alteração da constituição no sentido interpretativo da Constituição. O STF pode exercer essa função. As mutações constitucionais, são feitas apenas pelo STF e significam mudanças interpretativa do texto já existente, sem a necessidade de emenda. V - Limitações do Poder Constituinte Reformador: 1. Limitações materiais: matérias que não podem ser suprimidas da Constituição (as chamadas cláusulas pétreas). Art. 60, §4ª, CF – Cláusulas pétreas. Estes temas não podem ser desprotegidos. Se a alteração for para AUMENTAR a proteção destas cláusulas, aí sim podem ser feitas. 2. Limitações formais: É uma limitação de procedimento mais rigoroso de aprovação. Para se alterar a constituição via PEC, são necessários 2 turnos de votaçãoem cada casa, e em cada turno precisa de 3/5 dos membros. 3. Limitação circunstancial: circunstâncias nas quais não se pode alterar a Constituição. São situações onde as forças armadas estão nas ruas, ou seja, são momentos em que não se mexe na estrutura de um país. São estes: Art. 60, §1ª, CF. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 16 - Estado de Defesa; - Estado de Sítio; - Intervenção Federal. 4. Limites temporais: período de tempo no qual não se pode alterar a Constituição. 5. Limites implícitos: não podem ser alteradas as regras de modificação da Constituição, embora não haja previsão constitucional expressa. FENÔMENOS CONSTITUINTES: Este fenômeno ocorre quando há o surgimento de uma nova constituição. I – Recepção: Ato através do qual uma nova Constituição recebe, aceita, mantém a validade das leis infraconstitucionais anteriores com ela compatíveis. Quando uma Constituição é substituída por outra, não se faz necessário reescrever toda a legislação infraconstitucional (até porque tal tarefa seria impossível). Por essa razão, as leis anteriores à Constituição permanecerão válidas e vigentes, por força do fenômeno ora em estudo. É a análise da validade da norma pré-constitucional com a norma constitucional. Nesse fenômeno avalia-se o que da constituição anterior pode-se aproveitar na nova constituição. Logo, nada mais é do que a verificação de compatibilidade da norma pré-constitucional com a nova constituição. Se a norma é válida, diz-se que a norma foi RECEPCIONADA. Já, se a norma perde a compatibilidade e é considerada inválida, esta, é considerada NÃO RECEPCIONADA. Importante¹: a norma não recepcionada NÃO passa a ser inconstitucional. Ex.: Lei de imprensa não foi recepcionada pela CF/88. Importante²: Análise de recepção, CONSIDERA-SE MERAMENTE O ASPECTO MATERIAL da norma, ou seja, não importa o aspecto formal. Ex.: o código penal que foi criado como decreto-lei e recepcionado como lei ordinária. Importante³: Existe constitucionalidade superveniente (que vem depois)? NÃO. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 17 II – Repristinação: O regresso, o retorno de uma lei revogada, quando sua lei revogadora deixa de existir. É uma espécie de “ressurreição” da norma revogada, quando sua lei revogadora igualmente perde a vigência. No ordenamento jurídico brasileiro, não é possível a aplicação desse instituto, nos termos do art. 2º da LINDB: Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. § 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. § 3º Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Repristinação é o retorno de uma lei revogada quando a norma revogadora deixa de existir. Só existe se houver previsão expressa na lei. Se a lei nada disser, este fenômeno não ocorre. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 18 III – Desconstitucionalização: Ocorre quando a nova Constituição, ao revogar a Constituição anterior, transforma parte desta em lei infraconstitucional. Poderia recair sobre dispositivos que não são materialmente constitucionais que, a critério da nova Constituição, não seriam mantidos no texto constitucional, mas teriam força de lei complementar ou ordinária. É o Aproveita de parte da constituição anterior e vai torná-la com status de norma infraconstitucional. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 19 IV - Recepção Material de Norma Constitucional: Nova Constituição pode manter em vigor, ainda que por pouco tempo, parte da Constituição anterior, com status constitucional. A norma constitucional anterior permanece vigendo como norma constitucional. V – Revogação: Supressão da vigência de uma lei operada por outra lei da mesma hierarquia, fonte e natureza. Revogação expressa: declara expressamente quais os dispositivos constitucionais que estão sendo alterados. Revogação tácita: não há uma forma clara e notória da revogação e sim, implícita na nova norma. Derrotatiblidade: é o ato pelo qual uma norma constitucional deixa de ser aplicada, mesmo presentes todas as condições de sua aplicabilidade, de modo a prevalecer a justiça material no caso concreto. Sugestão de leitura Capítulo 3 da obra Reta Final OAB – Revisão Unificada. 7. ed. Coordenação: Marco Antonio Araujo Jr. e Darlan Barroso. Ed. RT. Questões 61, 86 e 134, da obra Questões Comentadas dos Exames da OAB – 1ª Fase. 5. ed. Coordenação: Marco Antonio Araujo Jr. e Darlan Barroso. Ed. RT. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 20 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: Art. 5ª, LXVIII a LXXIII, CF: Habeas Corpus; - Habeas Data; - Mandado de Segurança; - Mandado de Segurança Coletivo; - Mandado de Injunção; - Ação Popular. I – Conceito: os remédios constitucionais instrumento que todos os cidadãos deveriam conhecer muito bem. Quando o Estado não cumpre com seu dever, por não estar preparado, não cumpre com sua obrigação de garantir os direitos fundamentais, os direitos dos cidadãos, ou seja, o mínimo irredutível, temos esses instrumentos para impetrar contra o Estado. Separação de Poderes para evitar um poder tirano. Estado: uma tripartição de poderes. • Poder Executivo: governar e administrar; • Poder Legislativo: legislar; • Poder Judiciário: função jurisdicional. Função importante do Poder Executivo: garantir os direitos fundamentais, através das leis criadas pelo Legislativo e o Judiciário, garantir o cumprimento dessas leis. II – Habeas corpus: originário da Inglaterra. Pode ser utilizado em favor de qualquer um, sendo ele nacional ou estrangeiro. Instrumento para garantir o direito de locomoção, ou seja, seu direito de ir e vir, evitando-se, assim, a prisão abusiva ou arbitrária, o abuso do poder. É importante destacar que este direito fundamental, que é a liberdade de locomoção, em casos de flagrante delito ou por ordem judicial, não cabe o habeas corpus. a. Habeas corpus preventivo: acontece quando o agente está sofrendo a coação ou está ameaçado de sofrer a coação em sua liberdade de locomoção. É a coação ou ameaça iminente. Pede-se ao juiz um salvo conduto. b. Habeas corpus repressivo: o paciente está sofrendo os efeitos de coação ilegal, já existe um inquérito policial ou uma ordem de prisão decretada. Quando a coação já ocorreu. Pede-se um alvará de soltura. É sempre gratuito; não precisa de advogado; não tem formalidade; é democrático. Só tem dois requisitos: 1. Ser escrito em língua portuguesa 2. Não pode ser apócrifo, ou seja, o HC anônimo, sem assinatura. Tem-se três personagem: 1. O paciente: a pessoa que está atacada ou prestes a ser atacada. Pessoa jurídica NÃO pode ser paciente em HC, pois não tem liberdade de locomoção. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 21 2. O impetrante: é quem está pedindo a liberdade. PJ, menor de idade, estrangeiro (desde que escreve em língua portuguesa), detento pode ser impetrante. Logo, a LEGITIMIDADE É UNIVERSAL. Está dentro do universo? Está em língua portuguesa? Então pode. 3. O coator: geralmente é uma autoridade pública. Um particular também pode ser coator. DICA: Não cabe HC: a. PrisãoCivil (pensão alimentícia); b. Prisão Militar. III - Mandado de segurança: criação brasileira, determinado pela Constituição de 1934. O impetrante pode ser pessoa física ou jurídica que sofrer violação ou receio de sofrê-la. Art. 5.º, LXIX: " conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público". É instrumento contra a violação pelo poder público de direito, líquido e certo. Direito líquido e certo: é um direito onde não há dúvidas, por estar expresso em lei, e, por isso, não precisa ser discutido. Não depende de dilação probatória, ou seja, não precisa de prova. O Mandado de Segurança não protege todos os direitos líquido e certo. Ele tem natureza residual, ou seja, só protege direito não protegido por HC – habeas corpus ou HD – habeas data. • Precisa de Advogado; • Não é gratuito; • Contra quem pode impetrar: Coator: -> autoridade pública; -> agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público. Ex.: Mandado de segurança para retirar diploma de faculdade. DICA: 1. Contra negativa de entrega de certidão cabe Mandado de Segurança; 2. Contra ato do governo que impede o exercício do direito de reunião, cabe Mandado de Segurança. Mandado de segurança preventivo: como o nome já diz, visa a prevenir o abuso de poder. Utilizado em matéria tributária, por exemplo. Mandado de segurança coletivo: é um remédio constitucional criado pela Constituição de 1988, destinado a tutelar os direitos transindividuais (ou metaindividuais ou coletivos, em sentido amplo). A tutela dos direitos metaindividuais é uma das denominadas ondas renovatórias de acesso à Justiça: a) a possibilidade de tutelar direitos de hipossuficientes que, sem a tutela coletiva, estariam incapacitados de pleitear seus direitos; b) reduzir a multiplicidade de processos sobre questões idênticas. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 22 Quem é legitimado a impetrar mandado de segurança coletivo? SÃO QUATRO: 1. Partido político com representação no congresso nacional. Ou seja, quando o partido tem pelo menos 1 deputado federal ou 1 senador. 2. Entidades de Classe, ex.: OAB, CRM, CREA, CRECI. Porém o requisito é ter que comprovar pertinência temática, ou seja, tem que ter a ver com a categoria. 3. Organizações Sindicais. Qualquer sindicato, o menor que existir pode impetrar. Art. 8ª, CF. Com requisito de pertinência temática. 4. Associações: comprovando 2 requisitos – pertinência temática + terem sido criadas e estarem em funcionamento a pelo menos 1 ano. IV - Habeas data: garante ao cidadão o direito ao acesso às suas informações pessoais e à retificação de dados que está no banco de dados do governo ou de entidade privada com informação de natureza pública, ex.: SPC. É NECESSÁRIO DE ADVOGADO e É GRATUITO. Art. 5.º, XII: prevê a inviolabilidade do sigilo de dados, bem como de comunicações telefônicas. A inviolabilidade de comunicação telefônica será permitida apenas por ordem judicial, nas hipóteses que a lei estabelecer: a) direito de acesso, conhecer, aos registros existentes; b) direito de retificação dos registros errôneos; e c) direito de complementação e justificação dos registros insuficientes ou incompletos (lei do habeas data). Requisitos: ð Tem natureza personalíssima, só acessa informação da própria pessoa; EXCEÇÃO: Herdeiros com relação às informações do “de cujus”. ð Comprovar a negativa administrativa. Ou seja, demonstrar que tentou acessar as informações no órgão competente. V - Ação popular: essa garantia constitucional faz do cidadão um fiscal do bem comum. Ação popular é diferente de ação civil pública. Ação popular serve para ANULAR ATO LESIVO, são quatro: 1. Ato lesivo ao patrimônio público; 2. Ato lesivo ao meio ambiente; 3. Ato lesivo à moralidade pública / administrativa. Ex. o caso do Lula que foi indicado para ministro somente para lhe conceder o foro privilegiado. A ação popular derrubou a nomeação; 4. Ato lesivo ao patrimônio histórico e cultural. Quem pode propor a Ação Popular: somente pelo CIDADÃO, ou seja, quem tem exercício político, no caso, quem tem título de eleitor. É NECESSÁRIO ADVOGADO. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 23 DICA: A ação popular a princípio é gratuita, SALVO em caso de COMPROVADA MÁ-FÉ. Ex.: Atos lesivos ao patrimônio público, ou seja, parques públicos, lugares artísticos, lugares históricos, quando percebermos que algo está lesando o patrimônio público, devemos impetrar a ação popular para resolvermos este problema o mais rápido possível e preservar o patrimônio público que pertence a todos nós. VI - Mandado de injunção: através desse instrumento, nós temos como recorrer, caso não tivermos como gozar de um direito fundamental, por falta de uma norma regulamentadora, ou seja, quando a lei for omissa. Sugestão de leitura Capítulo 3 da obra Reta Final OAB – Revisão Unificada. 7. ed. Coordenação: Marco Antonio Araujo Jr. e Darlan Barroso. Ed. RT. Questões 8, 9, 43, 60, 72, 82, 83, 88, 98, 113, 118, 130, 166 e 182, da obra Questões Comentadas dos Exames da OAB – 1ª Fase. 5. ed. Coordenação: Marco Antonio Araujo Jr. e Darlan Barroso. Ed. RT. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS: Teoria Geral dos direitos fundamentais: Direitos Humanos x Direitos Fundamentais • Direitos Humanos: refere-se aos direitos universais, que não se limita à soberania local. É relacionada a uma declaração de ordem universal. • Direitos Fundamentais: é a formalização dos direitos humanos no sistema jurídico brasileiro, no nosso direito interno. A formalização da declaração universal. LER: Art. 5ª, CF – Direitos e deveres individuais e coletivos; Art. 6 ao 11, CF – Direitos sociais; Art. 12 ao 13, CF – Nacionalidade; Art. 14 ao 16 – Direitos políticos; Art. 17, CF – Partidos políticos. - Todos esses artigos são considerados direitos fundamentais. Porém não são os únicos que existem, são exemplificativos e não taxativos. - Os direitos fundamentais têm aplicação imediata. **Mandado de Injunção. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 24 I – Conceito: direcionados à pessoa humana, são positivados na Constituição Federal. Trata-se de limitações impostas pela soberania popular ao Estado, no sentido de proteger os direitos das pessoas, bem como impor ao Poder Público que tomem medidas visando à melhoria das condições sociais do cidadão. a) Princípios para identificação dos direitos fundamentais: direito de não ser obrigado a produzir prova contra si mesmo, dentre outros direitos implícitos, decorrentes dos princípios (sobretudo, da dignidade da pessoa humana). b) Princípio da eficiência ou máxima efetividade: maior eficácia possível, máxime quando se tratar de normas definidoras de direitos fundamentais. Transconstitucionalismo: intercâmbio entre o direito constitucional interno e o direito internacional. c) Tratados internacionais sobre direitos humanos: utilização maior e mais frequente dos tratados internacionais sobre direitos humanos, dando-lhes uma hierarquia normativa destacada, dentro do ordenamento jurídico de cada país. II -Garantias fundamentais por geração: são três gerações de direitos fundamentais: a) Direitos de primeira geração: são os direitos individuais ou liberdades públicas, como vida, liberdade, propriedade. Estado tem o dever principal de não fazer, de não agir, de não interferir na liberdade pública do indivíduo. b) Direitosde segunda geração: direitos sociais, como a saúde, a educação, o trabalho, a assistência aos desamparados. c) Direitos de terceira geração: direitos metaindividuais, que pertencem a uma coletividade determinável ou indeterminável de pessoas III – Garantias dos direitos: Direitos de prestações: exigem uma ação do Estado, em vez de uma inação. a) direitos a prestações materiais: erradicar a pobreza, marginalização, construir uma sociedade justa. b) direitos a prestação jurídica: exigência do Estado de emitir normas jurídicas determinadas pelo texto constitucional. Direitos de participação: a participação dos cidadãos na vontade do País, por meio dos direitos políticos. Deveres fundamentais: dever imposto pelo Estado às pessoas, ou seja, em vez de um direito fundamental, um dever fundamental. IV - Características dos Direitos Fundamentais: • Universalidade: todas as pessoas, pelo fato de serem pessoas, são titulares de direitos e deveres fundamentais, o que, por sua vez, não significa que não possa haver diferenças a serem consideradas, inclusive, em alguns casos, por força do próprio princípio da igualdade, além de exceções expressamente estabelecidas pela Constituição. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 25 • Limitabilidade: conflito de direitos fundamentais, na análise de um caso concreto. Ninguém está sujeito às limitações estabelecidas pela lei, visando a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros. • Concorrência: coloca em prática o direito de informação. • Inalienabilidade: são inegociáveis, intransferíveis, já que seu titular não pode se despojar deles, haja vista que são, normalmente, desprovidos de conteúdo econômico patrimonial. • Imprescritibilidade: prescrição é um instituto jurídico que somente atinge a exigibilidade dos direitos de caráter patrimonial, não a exigibilidade de direitos personalíssimos, ainda que não individualistas, como é o caso. • Vinculação aos Três Poderes: vinculam não somente o Estado, como também os particulares (em maior ou menor grau, de acordo com a teoria adotada). V - Limitações aos direitos fundamentais: a) Limitações internas: ligadas ao próprio direito. b) Limitações externas: restrições impostas aos direitos fundamentais, seja por outros direitos constitucionais, seja por meio de leis infraconstitucionais. VI – Direitos políticos: exercido pelo sufrágio universal, pelo voto direto, secreto e com valor igual para todos. • plebiscito • referendo • iniciativa popular Perda dos direitos políticos: através do cancelamento ou recusa no cumprimento da prestação. Suspensão dos direitos políticos: incapacidade civil, criminal ou improbidade administrativa. VII – Direitos individuais e coletivos: Individuais: são prerrogativas usadas pelo indivíduo, para limitar o poder do Estado. Coletivos: pertencem a uma coletividade, unida por vínculo comum. _____ Direitos Fundamentais em Espécie: A quem se destina os direitos fundamentais no Brasil? Aos brasileiros, estrangeiros residentes no Brasil, estrangeiros de passagem. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 26 Direitos individuais e coletivos (art. 5º da CF/88): Não existe hierarquia entre os direitos individuais coletivos. Em caso de conflito a solução e harmonização. Direito à vida e à integridade (art. 5º “caput”, da CF/88): Estabelece que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, á liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” Excepcionalmente a Constituição Federal admite pena de morte em caso de guerra externa declarada, nos termos do art. 84, XIX (art. 5º, XLVII, a da CF/88). A vida não é um direito absoluto, assim como qualquer outro direito fundamental não é absoluto. pois há no Brasil a possibilidade da interrupção da gravidez em caso de estupro, risco a vida da mãe e feto anencefálico. Direito de resposta (art. 5º, V, da CF/88): É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. Esse direito está totalmente relacionado com o que dispõe o art. 220 da CF, que trata da manifestação de pensamento, de informação e da vedação à censura política, ideológica ou artística. Princípio da liberdade religiosa (art. 5º, VI, da CF/88): O nosso país e considerado laico ou leigo (sem religião oficial), a Constituição Federal garante o respeito à liberdade religiosa, que abrange a liberdade de crença e a liberdade de culto. Liberdade de expressão (art. 5º, IX da CF/88): É livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientifica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. Essa garantia abrange também o direito de opinião, de informação e de escusa de consciência. Direito a privacidade e a preservação da imagem (art. 5º, X da CF/88): São invioláveis a intimidade, a vida pública, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Inviolabilidade domiciliar (art. 5º, XI, da CF/88): A casa é asilo inviolável, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, Salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. Segundo a doutrina que adota a predeterminação do horário, entende-se como noite das 18 até as 6 horas; durante este horário somente é permitido ingressar em casa alheia em situações emergenciais e de urgência (desastre, flagrante delito, prestação de socorro). Garantia do sigilo da correspondência (art. 5º, XII): É inviolável o sigilo de correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas. A lei 9.296/1996 permite, de Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 27 forma excecional a interceptação telefônica para fins de investigação criminal ou instrução processual penal e desde que por ordem judicial (cláusula de reserva jurisdicional). Acesso informação (art. 5º, XIV da CF/88): É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional. Liberdade de locomoção (art. 5º, XV, da CF/88): É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz; podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. EXCEÇÕES! a) flagrante delito; b) ordem judicial (mandado de prisão); c) crime militar; d) transgressão militar. Direito de reunião (art. 5º, XVI da CF/88): Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. Atenção: o direito à reunião está sujeito a prévia COMUNICAÇÃO e não existe necessidade de prévia autorização. A comunicação se dá para priorizar quem comunicou primeiro e segundo motivo é para não afetar serviços essenciais. Direito de propriedade (art. 5º, XXII a XXV da CF/88): É garantido o direito de propriedade, desde que ela atenda à sua função social (art. 5º, XXIII). Ressalta-se que há limites a esse direito, pois a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e previa indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos na própria CF. Direito de igualdade formal: tratar os desiguais com igualdade. Direito de igualdade material: tratar os desiguaiscom desigualdade, é o que a CF brasileira busca. Ex.¹: sistema de cotas – ações afirmativas para se alcançar igualdade material. Ex.²: lei Maria da Penha. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 28 NACIONALIDADE: I – Conceito: vínculo jurídico e político de uma pessoa com um Estado. II - Nacionalidade originária: aquela adquirida pelo nascimento. a) Critério territorial (jus solis): não importa a nacionalidade dos pais, mas o local onde a pessoa nasceu; b) Critério sanguíneo (jus sanguinis): não importa onde a pessoa nasceu, mas quem são seus ascendentes. A nacionalidade é transmitida pelo sangue dos seus ascendentes. III - Brasileiro nato: 1. Nascido em território brasileiro, salvo se de pais estrangeiros a serviço do seu país. 2. Nacionalidade em casos de adoção internacional: o Brasil é signatário da Convenção Relativa à Proteção das Crianças e a Cooperação em Matéria de Adoção Internacional das Nações Unidas, aprovada em Haia, em 29 de maio de 1993, entrando em vigor no Brasil por força do Decreto 3.087/1996. 3. Nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, a serviço do Brasil. 4. Nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que seja registrado em repartição brasileira competente. 5. Nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venha a residir no Brasil e opte pela nacionalidade brasileira. IV - Nacionalidade secundária: adquirida por um ato posterior de vontade, a naturalização. V – Naturalização: ato pelo qual uma pessoa, voluntariamente, adquire uma nacionalidade que não é a sua própria pelo simples fato do nascimento. A naturalização é quase sempre associada com pessoas que imigraram, estabelecendo-se em países diferentes do que nasceram, optando por adquirir a nacionalidade do país que as acolheu, cumprindo uma série de requisitos, que variam de acordo com as legislações nacionais. VI – Quase nacionalidade: não há a naturalização no papel, mas o indivíduo possui os mesmos direitos dos brasileiros natos. a) Restrita: aos portugueses no Brasil, e aos brasileiros em Portugal, serão dados os direitos semelhantes correspondentes ao naturalizado, exceto o direito de participação política ativa e passiva, mediante requerimento do interessado; b) Ampla: aos portugueses no Brasil, e aos brasileiros em Portugal, poderão ainda ser atribuídos, cumulativamente aos direitos civis, direitos políticos nos termos da lei do país de residência, desde que residente legal há pelo menos três anos. A concessão de tais direitos políticos implica na suspensão dos referidos direitos no país da sua nacionalidade VII – Perda da nacionalidade: o art. 12, § 4º, da CF estabelece que a perda da nacionalidade do brasileiro acontece nos seguintes casos: I. cancelamento de sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II. aquisição de outra nacionalidade, salvo nos casos: a. de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 29 b. de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis. VIII – Dupla nacionalidade: o indivíduo é titular da nacionalidade de dois Estados Nacionais, concomitantemente. Status derivado simplesmente da acumulação de duas nacionalidades, autônomas entre elas. O Brasil autoriza a dupla nacionalidade, porém, há vários países que não permitem que seus nacionais sejam titulares de outra nacionalidade além da sua própria. Outros permitem o acúmulo de outra nacionalidade, desde que esta seja derivada do jus sanguinis, e não por efeito de naturalização. IX – Apátridas: aqueles que nasceram sem nacionalidade ou que perderam a nacionalidade posteriormente ao nascimento. Hipóteses: a) um Estado deixa de existir, não sendo substituído por nenhum outro; b) um Estado não reconhece um determinado grupo de pessoas – uma minoria étnica – como nacionais; c) uma pessoa tem decretada a perda da sua nacionalidade, pelas regras existentes em seu país; d) uma pessoa nasceu em um Estado que adota o jus sanguinis, mas filho de pais estrangeiros. Reconhecimento do apátrida: poderá a pessoa já antecipar seu pedido de naturalização brasileira. Caso não faça esse pedido, reconhecida a apatridia pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, será o apátrida consultado sobre essa possibilidade. X – Formas de exclusão: a) Deportação: consiste na retirada de estrangeiro que tenha ingressado no país clandestinamente ou que se encontre em situação irregular no país. No Brasil, só ocorrerá se o estrangeiro não se retirar voluntariamente após notificação. b) Expulsão: é a retirada de indivíduo estrangeiro em razão de questão criminal ou em nome da ordem nacional. Em regra, uma vez expulso, o estrangeiro, não mais poderá ingressar no país. c) Extradição: trata-se da entrega de estrangeiro a outro Estado Nacional, para cumprimento de condenação criminal ou resposta a processo de mesma natureza. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 30 ATENÇÃO: ð Quem julga as ações de solicitação de nacionalidade é o JUIZ FEDERAL. Competência federal. ð A nacionalidade é requerida por uma portaria e endereçada ao ministro da justiça. O ministro concedendo a naturalização, esta, retroagem à data que se entrou com a ação de naturalização. DIREITOS SOCIAIS: Arts. 7º a 11º da CF. Segunda dimensão dos direitos fundamentais (igualdade); Catálogo dos Direitos Sociais (art. 6º, CF); - Assistência aos Desamparados ; - Proteção à infância ; - Direitos social ao lazer ; - Proteção à maternidade ; - Alimentação; - Saúde ; - Educação ; - Moradia ; - Previdência Social ; - Transporte ; - Trabalho ; - Segurança. Princípio da Reserva do Possível: O Estado deve garantir direitos sociais na medida de sua capacidade orçamentaria. Princípio do mínimo existencial: Apesar das dificuldades orçamentarias o Estado deve garantir o mínimo de Direitos Sociais para uma vida digna. Apesar de não serem cláusulas pétreas, aos direitos sociais se aplica o princípio da vedação ao retrocesso, o qual impede corte arbitrário de direitos sociais. Os direitos sociais são normas constitucionais de eficácia limitada do tipo programática (revela os fins sociais do Estado). Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 31 Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 32 Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 33 Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 34 DA ASSISTENCIA SOCIAL: Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 35 Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 36 Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 37 Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 38 DIREITOS POLÍTICOS E PARTIDOS POLÍTICOS: - Art. 1º, § único, da CF – Soberania Popular Representativa ou Direta – Democracia Semidireta. - A soberania popular estabelecida no § único do art. 1º da CF indica que no Brasil a democracia é semidireta ousem representativa (mecanismos de atuação direta e de atuação através de representantes eleitos). Mecanismos de Atuação Direta: - Art. 14 da CF. a) Voto – direto, secreto, universal, periódico (art. 60, §4º, II, da CF – cláusulas pétreas) e obrigatório. OBS: Voto obrigatório não é cláusula pétrea. Lei não pode torná-lo facultativo. PEC pode tornar facultativo o voto. b) Plebiscito e Referendo: - Plebiscito – consulta popular prévia à lei ou ao ato normativo; obrigatório nos casos do art. 18 da CF; facultativo quando envolver relevante interesse nacional; resultado vincula e convocação por 1/3 de qualquer das casas do Congresso Nacional. - Referendo – consulta popular posterior à lei ou ao ato normativo; facultativo; resultado vincula e convocação por 1/3 de qualquer das casas do Congresso Nacional. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 39 Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 40 Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 41 Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 42 Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 43 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO I: Forma de Estado: estrutura da organização política. É a FEDERAÇÃO. Federação é uma forma de Estado. A nossa CF adotou uma federação, que é Cláusula Pétrea, art. 60, §4º, CF, ou seja, não se altera por emenda constitucional. A principal característica é descentralização do poder, que nos dá autonomia. Os entes federados tem três autonomias: 1. Autonomia POLÍTICA; 2. Autonomia ADMINISTRATIVA: gera seus próprios recursos; 3. Autonomia LEGISLATICA: Faz suas próprias leis. Entes federados são: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Na teoria, não existe hierarquias entre os entes federados. A União não tem soberania, quem tem é a República Federativa do Brasil. ==> UNIÃO: A União é um ente federado, no mesmo patamar de todos os outros, e tem duas funções: Representar a República do Brasil e ser um Ente Federado. Art. 1º, CF - Ninguém consegue sair da Federação. Inexiste Direito de Recessão, ou seja, nenhum estado pode sair da Federação. Porém, o DESMEMBRAMENTO, a ANEXAÇÃO e a CRIAÇÃO DE ESTADOS podem ser feitos. É necessário para tal, um plebiscito da população diretamente interessada, via LEI COMPLEMENTAR DO CONGRESSO NACIONAL. Ou seja, para criar um estado, é necessário de lei complementar do congresso nacional. Para Desmembramento e criação de um município, é necessário: • um estudo de viabilidade municipal; • Plebiscito da população diretamente interessada; • Lei ESTADUAL de criação; Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 44 • Tem que ser feito no prazo estabelecido em Lei complementar do congresso nacional. MAS, essa lei não existe, logo, HOJE NÃO PODE SE FAZER MUNICÍPIO NO BRASIL PORQUE NÃO TEM A LEI COMPLEMENTAR PARA TAL. Forma de Governo: órgãos de governo, através de sua estrutura fundamental. I. Territórios federais: integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem, serão reguladas em lei complementar. Com a Constituição Federal de 1988, os territórios então existentes (Roraima, Amapá e Fernando de Noronha) foram extintos. Segundo o artigo 14 do ADCT, “os Territórios Federais de Roraima e do Amapá são transformados em Estados Federados, mantidos seus atuais limites geográficos”. TERRITÓRIO FEDERAL: NÃO É ENTE FEDERATIVO, apenas integram a União. Hoje não existe mais no Brasil, mas pode ser criado via LEI COMPLEMENTAR DO CONGRESSO NACIONAL. II – Bens da União: art. 20 da CF. Art. 20, CF – BENS DA UNIÃO, os incisos IV e XI são os que mais caem nas provas. a. Os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos (art. 20, I, CF); b. As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; Terras devolutas: são terras públicas sem destinação pelo Poder Público e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular, ainda que estejam irregularmente sob sua posse. c. Lagos, rios e quaisquer correntes de água d. As ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas, as ilhas oceânicas e as costeiras e. Direito do mar f. Terrenos de marinha e seus acrescidos g. Potenciais de energia hidráulica h. Recursos minerais, inclusive os do subsolo i. Cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos j. Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios k. Faixa de fronteira l. Participação dos entes federativos na exploração III - Sistema de Governo: técnicas que regem as relações entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo no exercício das funções governamentais. a. Parlamentarismo: distinção entre Chefe de Estado e Chefe de Governo, possibilidade de dissolução do parlamento, a responsabilidade política da chefia do governo, não tem um mandato determinado, permanecendo no cargo enquanto tiver a maioria parlamentar. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 45 b. Presidencialismo: chefe do Poder Executivo subordinado à lei. Presidente da República é o Chefe de Estado e Chefe de Governo; chefia do Executivo é unipessoal; Presidente da República é escolhido pelo povo, com mandato determinado e tem poder de veto. c. Semipresidencialismo ou sistema misto: há dois órgãos eleitos pelo sufrágio direto: o Presidente e o Parlamento. Da mesma forma, há dupla responsabilidade do governo (do gabinete) perante o Presidente da República e perante o Parlamento. d) Sistema diretorial: caracteriza-se pelo exercício através de um diretório integrados de indivíduos que assumem as funções de Chefe de Estado. Nesse sistema, ocorre a supremacia da Assembleia (Parlamento). IV - Formas de Governo: 1 - Monarquia: governo de um só. Características fundamentais da monarquia são: 1) vitaliciedade; 2) hereditariedade; 3) irresponsabilidade. 2 – Aristocracia: governo de mais de um; 3 – República: governo em que o povo governa no interesse do povo. Governante é um representante do povo, por ele escolhido, para um mandato determinado, podendo ser responsabilizado por seus atos, já que é um gestor da coisa pública. V – Regimes de governo: Democracia: aquele em que o poder é emanado do povo, um regime que proporciona voz e ação à população através da criação de leis, fiscalização (remédios constitucionais), escolha dos representantes, direta ou indiretamente. Autocrático: governo autoritário, de poder absoluto, que governa conforme sua arbitrariedade todos os níveis governamentais. A gestão é exercida através do soberano ou de delegações arbitrárias feitas pelo mesmo. Totalitário: o poder político é concentrado nas mãos de um pequeno grupo, que não pode ser afastado Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 46 por meios convencionais e não combativos. VI – Formas de Estado: na presença de um poder central, que é a cúpula e o centro do poder político. Possui quatro modalidades: 1) Estado Unitário Puro: descentralização; 2) Estado Unitário Desconcentrado: criados como territórios e não têm personalidade jurídica própria; 3) Estado Unitário descentralizado administrativamente; 4) Estado Unitário descentralizado administrativa e politicamente.VII - Intervenção Federal: a intervenção federal é a retirada temporária da autonomia de um ente federado. A União podem intervir nos estados, DF e municípios localizados nos territórios federais. Os estados podem intervir nos seus próprios municípios. O DF e os municípios não podem decretar intervenção, eles só sofrem a intervenção. A União não sofre intervenção, apenas intervém nos outros. Art. 34 a 36, CF. Se for decretada a intervenção federal, não se pode: • Ter emenda constitucional, mesmo que a intervenção esteja decretada em um único estado. • A competência é do presidente da República (art. 84, X, CF). Se for intervenção estadual, quem decreta é o governador. Espécies de Intervenção Federal: a. Espontânea (de ofício): Art. 34, I, II, III, V, CF - é decretada pelo Presidente da República. Obs.: nestes casos o presidente decreta após a oitiva do conselho da república ou do conselho de defesa nacional e encaminha o decreto de intervenção para que o congresso nacional o aprove. Conselho é meramente opinativo. Decretou a intervenção federal, ela deve ser enviada para o congresso nacional em 24 horas para uma análise política, se o congresso não aprovar, a intervenção cai. A análise do congresso é POSTERIOR a decretação da intervenção federal, EXCETO, no Estado de sítio, que a análise é ANTERIOR. b. Provocada: Art. 34, IV, VI, VII, CF – também é decretada pelo presidente da República. INCISO VII VAI CAIR NA PROVA (colocar no código, nesse inciso: ADI interventiva proposta pelo PGR no STF. Obs.: no caso de intervenção federal decretada pelo Presidente da República, através de ADI interventiva do STF, NÃO HAVERÁ CONTROLE POLÍTICO, ou seja, nesse caso, não precisa passar pelo congresso nacional. PODER EXECUTIVO: Art. 76 a 91 CF. Função típica do poder executivo: Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 47 • Chefia de Estado (representação do Brasil no exterior) e Chefia de Governo (gestão administrativa dentro do território do Brasil). Função atípica do poder executivo: • Função ativa legislativa: ex.: o presidente da república pode emitir medida provisória, um decreto autônimo. • Função atípica jurisdicional: PAD – processo administrativo disciplinar que julga o servidor público. Eleição do Chefe do Executivo: art. 77, CF. I. Momento para Eleição: se dá em 2 turnos. O 1º turno ocorre no primeiro domingo de outubro, e o 2º turno ocorre no último domingo de outubro. O 2º turno não ocorre quando mais de 50% dos votos vão para um candidato na votação de 1º turno. Vale para presidente, governador e parcialmente em alguns municípios. II. Critério para Eleição: critério majoritário, ou seja, ganha quem tiver mais de 50% dos votos válidos. III. Município: no município só tem 2º turno em municípios que tem mais de 200 mil eleitores. IV. Mandato: período de 4 anos podendo + uma reeleição, art. 14, CF. V. Substituição Presidencial: art. 80, CF, impedimento momentâneo. Se o presidente não pode assumir, segue a sucessão: • Presidente; • Vice-Presidente; • Presidente da Câmara dos Deputados; • Presidente do Senado Federal; • Presidente do STF. Prazo do Afastamento x Autorização do Congresso Nacional: se o presidente da república se ausentar por até 15 dias, não precisa de autorização prévia do congresso. Mas se o presidente for ficar mais de 15 dias fora, precisa de autorização do congresso. Requisitos para substituição: mantém o mesmo requisito para eleição para presidente da república, no caso: => Idade mínima de 35 anos; => Brasileiro nato; => Não pode ser réu em ação penal VI. Vacância do cargo de presidente da república: art. 81, CF. Diferença entre Vacância e Substituição: • Vacância: ninguém é vinculado ao cargo, o presidente perde o vínculo. Não há substituto. • Substituição: o presidente continua vinculado ao cargo. Ou seja, pode ter um substituto. Em caso de vacância de presidente e vice-presidente, deve considerar que: ® Se ocorrer nos 2 primeiros anos do mandato e não tendo vice, será convocada uma eleição geral em 90 dias. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 48 ® Se ocorrer nos últimos 2 anos, será convocada uma eleição indireta no congresso nacional em 30 dias, ou seja, quem escolhe é o congresso. Atribuições do Presidente da República (art. 84, CF): As principais são: • nomear e exonerar ministros; • Vetar projeto de lei; • Sancionar / promulgar projeto de lei. • Extinguir cargos ou funções públicas quando estiverem vagos. • Decretar estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal. Obs.: 1. É um rol exemplificativo (XXVII); 2. Em regra, não podem ser delegadas; Exceção: Art. 84, § único da CF podem ser delegadas para: - Ministros de Estados; - Procurador Geral da República; - Advogado Geral da União. 3. Decreto autônomo e Decreto regulamentar: Ministros: art. 87, CF Requisitos parar ser ministro: • Mais de 21 anos; • Brasileiro nato ou naturalizado, EXCETO o ministro da defesa, que deve ser brasileiro nato; • Estar em pleno exercício dos direitos políticos. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 49 Responsabilidade do Presidente da República a) Crime de responsabilidade (art. 85, 86, CF, súmula vinculante n. 56 e Lei Complementar 1.079/50): Procedimento para apurar o crime de responsabilidade: • 1º) Qualquer cidadão pode denunciar; • 2º) Denúncia feita para a Câmara dos Deputados; • 3º) Aprovação da câmara. Compete a Câmara autorizar ou não abertura do processo e precisa de 2/3 dos votos, caso a Câmara não autorize o processo será arquivado, se for autorizado irá para a Câmara do Senado Federal. • 4º) Julgamento e feito pelo Senado Federal; • 5º) Julgamento e presidido pelo Presidente do STF, que não tem direito de voto; • 6º) Precisam de 2/3 para condenação; • 7º) Essa decisão não precisa ser motivada; Observação! Uma vez iniciado o processo no STF o Presidente da República é afastado por até 180 dias. Se não houver julgamento nos 180 dias o presidente retoma as funções sem prejuízo do processo, ou seja, o processo continua. Em caso de condenação ocorre a perda do cargo e inabilitação por 8 anos. Efeitos: - Perda do cargo / mandato - Inabilitação Eleitoral por 8 anos. b) Crime comum: Se o presidente da república que comete crime comum, há a seguinte consequência: • Precisa da aprovação da câmara dos deputados por 2/3 para que o presidente da república seja processado pelo crime comum. • Aprovado, o julgamento é feito no STF; • STF recebe a denúncia e o presidente da república é afastado por até 180 dias. Obs.: Os crimes devem ser vinculados à atividade de presidente. Se o presidente atropela alguem, o presidente só será processado após o término do mandato. PODER LEGISLATIVO: Previsão constitucional: Art. 44 a 69, CF. Atos normativos primários – Art. 59, CF. Funções do Poder Legislativo, temos funções tópicas e atípicas: • Funções típicas: - Elaboração de leis; - Exercer o controle da administração pública; Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 50 - Fiscalização orçamentária. • Funções atípicas: - Função administrativa (quando abrem concursos, por exemplos); - Função jurisdicional (quando tem que demitir um servidor, fazer CPI, por exemplo). Composição do Poder legislativo: • Na União: Bicameral => Câmera dos deputados e o Senado federal; • No Estado: Assembleia Legislativa; • No Município: Câmara de vereadores; • No Distrito Federal: Câmera legislativa. Câmara dos DeputadosSenado Federal Composição 513 deputados 81 senadores Representação Representa a população Representa os Estados e DF Mandato 4 anos 8 anos (2 legislaturas) Renovação Renovação integral a cada 4 anos. Renovação alternada, a cada 4 anos renova uma parte dos senadores. Uma vez 1/3 e outra 2/3. Idade Mínima 21 anos 35 anos Critério Proporcional. Majoritário - quem tem mais votos, ganha. Nº de Parlamentares por estado Mínimo de: 8 Máximo de: 70 3 senadores por estado. Territórios 4 deputados 0 - NÃO TEM SENADOR Principais atribuições do Congresso Nacional: art. 48/49, CF. • Resolver definitivamente sobre tratados internacionais; • Autorizar o presidente da república a declarar guerra; • Aprovar o Estado de Defesa e a Intervenção Federal (aprovação posterior à decretação) • Autorizar o Estado de Sítio (autorização prévia à decretação do estado de sítio). • Autorizar o referendo e convocar plebiscito. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 51 Imunidades Parlamentares: São proteções que os parlamentares possuem para desenvolver suas atividades. • Imunidade Material: art. 53, CF. Objeto: Palavras, votos, opiniões. Ou seja, aquilo que é dito, que é votado ele tem proteção. Início da Imunidade: A partir da posse; Ambiente/local: Dentro do congresso nacional e fora do congresso, apenas se essas atividades tiverem vinculadas com a atividade parlamentar. Outros parlamentares: Os deputados estaduais e distritais, tem a imunidade parlamentar. Já o vereador, a imunidade é restrita, só alcança a área de seu município. • Imunidade Processual: art 53, §2º, CF – relativa a prisão Objeto da imunidade: a prisão processual - Prisão temporária: não há - Prisão Preventiva: não há - Prisão em Flagrante: Possui Início: a partir da diplomação; Obs.: não se aplica para vereadores. Procedimento quando ocorre prisão em flagrante de deputados: • Em 24 horas os autos devem ser enviados para a casa legislativa. Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 52 • Haverá uma deliberação para saber se a casa legislativa irá relaxar prisão. A prisão só ocorre se a prisão for por crime inafiançável. Imunidade Processual – quanto ao trâmite do processo, art. 53, §3º, CF. Objeto: processo criminal; Início: a partir da diplomação; Procedimento: • O STF pode receber a denúncia, instaurar o inquérito. • Dar ciência à casa legislativa: a casa pode pedir a suspensão do processo pela maioria absoluta; • A prescrição não corre, começa a contar após o fim do mandato, fica suspensa. Foro por prerrogativa de função: • Feito através do STF; • A partir da diplomação; um crime anterior a diplomação, o processo continua onde está, ou seja, não sobe para o STF; • Se o parlamentar renunciar para tirar o julgamento do STF e voltar para 2º instância, de nada adianta sua renúncia. O processo uma vez aberto na suprema corte, ali ficará, lembrando, em caso de RENÚNCIA. Atribuições da Câmara dos Deputados: art. 51, CF. • Autorizar a instauração de processo para apurar crime de responsabilidade do Presidente da República, Vice-presidente da República, ministro de Estado. Quórum para aprovação: 2/3; • Proceder a tomada de contas do presidente da República se não apresentadas no prazo legal, de até 60 dias para apresentar contas, ocorre anualmente a prestação de contas. Atribuições do Senado Federal: art. 52, CF. • Processar e julgar nos crimes de responsabilidade presidente da República, vice-presidente da República, Ministros em atividade correlata, ministro do STF, procurador geral da União e advogado da União. • Cabe ao senado aprovar a indicação do presidente da República de: - Diretor do Banco Central; - Indicar Magistrados; - Embaixador (consultor nacional) Atribuições do Tribunal de Contas da União - TCU: art. 71, CF. • Apreciar as contas do presidente da República; • Aplicar sansões àqueles que gerarem danos ao erário; Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 53 • Sustar atos administrativos. Ex.: em um edital de licitação que apresente irregularidade, o TCU suspende a licitação de modo imediato. • Recomendar para o poder executivo a suspensão do contrato, em caso de contrato administrativo. Princípio da Simetria: Constituições Estaduais e Leis Orgânicas devem adotar as mesmas regras básicas do Processo Legislativo Constitucional Regras do Processo Legislativo são cláusulas pétreas? Consequências da desobediência ao Processo Legislativo – inconstitucionalidade formal. Controle Judicial do processo legislativo – Mandado de Segurança impetrado por parlamentar em razão de descumprimento de regra do processo legislativo. Emendas Constitucionais Prazo para análise das Emendas Constitucionais Violação de regimento interno – impossibilidade de apreciação pelo Regimento Interno. Processo Legislativo Ordinário x Sumário Processo Legislativo Sumário – Art. 64, §§1º a 4º, CF Iniciativa dos Projetos de Lei – Art. 61, CF Iniciativa Popular Estadual + Distrital + Municipal Leis de Iniciativa Privativa do Presidente da República – Art. 61, §1º, CF Emenda Parlamentar ao PL do Presidente da República Vício de Iniciativa – Súmula 05, STF Leis Ordinárias X Leis Complementares Veto Jurídico X Veto Político Derrubada do Veto Promulgação do Projeto de Lei Medida Provisória Lei Delegada Helenilda Rufino – Extensivo OAB – Exame XXX - 2019 – CADERNO CONSTITUCIONAL 54
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