Prévia do material em texto
Profª: Cristina Márcia B. de Castro ANÁLISE DE MERCADOS Aula 25/03/2013 crismbc@gmail.com.br MICROECONOMIA (ANE 040) Microeconomia 2 MODELO DE COURNOT • EXEMPLO: CURVA DE DEMANDA DE MERCADO: 𝑷 = 𝟑𝟎 − 𝑸 PRODUÇÃO TOTAL: 𝑸 = 𝑸𝟏 + 𝑸𝟐 Suponha que ambas as empresas tenham CMg igual a zero: 𝑪𝑴𝒈𝟏 = 𝑪𝑴𝒈𝟐 = 𝟎 EMPRESA 1: • Receita total: 𝑹𝑻𝟏 = 𝑷𝑸𝟏 = 𝟑𝟎 − 𝑸 𝑸𝟏 = 𝟑𝟎𝑸𝟏 − 𝑸𝟏 𝟐 − 𝑸𝟐 𝑸𝟏 • Receita Marginal: 𝑹𝑴𝒈𝟏 = 𝟑𝟎 − 𝟐𝑸𝟏 − 𝑸𝟐 • Maximizando lucros: 𝑹𝑴𝒈𝟏 = 𝑪𝑴𝒈𝟏 𝟑𝟎 − 𝟐𝑸𝟏 − 𝑸𝟐 = 𝟎 𝑸𝟏 = 𝟏𝟓 − 𝟏 𝟐 𝑸𝟐 CURVA DE REAÇÃO DA EMPRESA 1 Microeconomia 3 MODELO DE COURNOT • EXEMPLO: EMPRESA 2: • Da mesma forma: 𝑸𝟐 = 𝟏𝟓 − 𝟏 𝟐 𝑸𝟏 CURVA DE REAÇÃO DA EMPRESA 2 - SUBSTITUINDO 𝑸𝟐 EM 𝑸𝟏: 𝑸𝟏 = 𝑸𝟐 = 𝟏𝟎 EQUILÍBRIO DE COURNOT Então: 𝑸 = 𝑸𝟏 + 𝑸𝟐 = 𝟐𝟎 • Qde total produzida: 𝑷 = 𝟑𝟎 − 𝑸 = 𝟏𝟎 • Preço de equilíbrio no mercado: • Lucro de cada empresa: 𝑳 = 𝟏𝟎𝟎 (𝑸𝟏= 𝑸𝟐 = 𝟏𝟎) Microeconomia 4 MODELO DE COURNOT • EXEMPLO: Suponha que as empresas possam agir em coalizão. 𝑹𝑻 = 𝟑𝟎𝑸 − 𝑸𝟐 Receita marginal: 𝑹𝑴𝒈 = 𝟑𝟎 − 𝟐𝑸 Qde produzida que maximiza o lucro total: 𝑸𝟏 + 𝑸𝟐 = 𝟏𝟓 (qualquer combinação) = CURVA DE COALIZÃO As empresas passam a buscar o nível de produção que maximiza o lucro total e em seguida repartiriam o lucro igualmente. Calcula-se a RMg para a qde total (Q) e iguala a RMg com o CMg que neste exemplo é zero. Receita total: 𝑹𝑻 = 𝑷𝑸 = 𝟑𝟎 − 𝑸 𝑸 (𝑸𝟏= 𝑸𝟐 = 𝟏𝟎) (𝑸𝟏+𝑸𝟐 = 𝟏𝟓) Microeconomia 5 MODELO DE COURNOT (𝑸𝟏= 𝑸𝟐 = 𝟏𝟎) (𝑸𝟏+𝑸𝟐 = 𝟏𝟓) NA COALIZÃO: Como as empresas agem em acordo, ambas produzem menos, mas recebem lucros mais altos, pois podem cobrar preços mais altos. As duas empresas dividem os lucros em partes iguais e cada uma produz metade da qde total produzida. 𝑸𝟏 = 𝑸𝟐 = 𝟕, 𝟓 NÍVEL DE PRODUÇÃO COMPETITIVO: • P=CMg; • Lucro zero; • 𝑸𝟏 = 𝑸𝟐 = 𝟏𝟓 O equilíbrio de Cournot é bem melhor do que a competição perfeita, mas não é tão bom quanto o resultado da coalizão. Microeconomia 6 MODELO DE STACKELBERG VANTAGEM EM SER O PRIMEIRO Modelo de oligopólio no qual uma empresa determina o nível de produção antes que outras empresas o façam. Considere que: • 𝑪𝑴𝒈𝟏 = 𝑪𝑴𝒈𝟐 = 𝟎 𝑷 = 𝟑𝟎 − 𝑸 𝑸 = 𝑸𝟏 + 𝑸𝟐 • Curva de demanda: Suponha que a Empresa 1 seja a primeira em determinar o volume de produção e somente depois a Empresa 2 decide o quanto irá produzir. A Empresa 2 considera como determinada a produção da Empresa 1. A quantidade produzida que maximiza os lucros da Empresa 2 é dada pela curva de reação de Cournot: 𝑸𝟐 = 𝟏𝟓 − 𝟏 𝟐 𝑸𝟏 Sendo: Microeconomia 7 MODELO DE STACKELBERG VANTAGEM EM SER O PRIMEIRO A Empresa 1, a primeira a escolher, escolhe sua quantidade (𝑸𝟏) visando maximizar seus lucros dado que: 𝑹𝑴𝒈𝟏 = 𝑪𝑴𝒈𝟏 = 𝟎 Sabe-se que: 𝑹𝑻𝟏 = 𝑷𝟏𝑸𝟏 = 𝟑𝟎𝑸𝟏 − 𝑸𝟏 𝟐 − 𝑸𝟐𝑸𝟏 • Como a Empresa 1 sabe que a Empresa 2 escolherá a qde (𝑸𝟐): • Receita total Empresa 1: 𝑹𝑻𝟏 = 𝑷𝟏𝑸𝟏 = 𝟑𝟎𝑸𝟏 − 𝑸𝟏 𝟐 − 𝟏𝟓 − 𝟏 𝟐 𝑸𝟏 𝑸𝟏 𝑹𝑻𝟏 = 𝟏𝟓𝑸𝟏 − 𝟏 𝟐 𝑸𝟏 𝟐 • Receita marginal Empresa 1: 𝑹𝑴𝒈𝟏 = 𝟏𝟓−𝑸𝟏= 𝟎 𝑹𝑴𝒈𝟏 = 𝑪𝑴𝒈𝟏 = 𝟎 𝑸𝟏 =15 Microeconomia 8 MODELO DE STACKELBERG Determinando (𝑸𝟐): • Quantidade total (𝑸): • A Empresa 1 produz o dobro da Empresa 2, como o preço é o mesmo para ambas as empresas, o lucro da Empresa 1 será o dobro do lucro da Empresa 2. 𝑸𝟐 = 𝟏𝟓 − 𝟏 𝟐 𝑸𝟏 = 𝟏𝟓 − 𝟏 𝟐 (𝟏𝟓) 𝑸𝟐 = 𝟕, 𝟓 𝑷 = 𝟑𝟎 − 𝑸 = 𝟑𝟎 − 𝟐𝟐, 𝟓 = 𝟕, 𝟓 𝑸 = 𝑸𝟏 + 𝑸𝟐 = 𝟏𝟓 + 𝟕, 𝟓 = 𝟐𝟐, 𝟓 • Preço: Empresa 1 foi beneficiada em ser a primeira a escolher a produção. VANTAGEM EM SER O PRIMEIRO Microeconomia 9 MODELO DE BERTRAND CONCORRÊNCIA DE PREÇOS COM PRODUTOS HOMOGÊNEOS Modelo de oligopólio no qual as empresas produzem uma mercadoria homogênea. Cada empresa considera como fixo o preço de suas concorrentes e todas decidem simultaneamente qual o preço será cobrado. Desenvolvido por Joseph Bertrand, 1883. Curva de demanda do mercado: 𝑷 = 𝟑𝟎 − 𝑸 𝑸 = 𝒒𝒅𝒆 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝑸 = 𝑸𝟏 + 𝑸𝟐 Suponha um custo marginal e igual para ambas as empresas: 𝑪𝑴𝒈𝟏 = 𝑪𝑴𝒈𝟐 = 𝟑 Os duopolistas escolhem simultaneamente os preços. Como as mercadorias são homogêneas, os consumidores compram de quem oferecer pelo menor preço. Microeconomia 10 MODELO DE BERTRAND Para oferecer o menor preço: EQUILÍBRIO DE NASH SERÁ QUE ESSE PONTO É UM EQUILÍBRIO DE NASH? 𝟑 = 𝟑𝟎 − 𝑸 • Se a Empresa 1 aumentar o preço perde suas vendas para a Empresa 2. 𝑷 = 𝑪𝑴𝒈 Então: 𝑷𝟏 = 𝑷𝟐 = 𝟑 𝑸 = 𝟐𝟕 (cada empresa produz 13,5 unidades) Empresas obtém lucro zero • Se a Empresa 1 diminuir o preço teria prejuízos, pois seu preço já é igual ao seu custo marginal. Então, a Empresa 1 não tem estímulos para mudar sua ação. Assim como a Empresa 2. Pois, ambas já estão fazendo o melhor que podem para maximizar o lucro em função daquilo que sua concorrente está fazendo. CONCORRÊNCIA DE PREÇOS COM PRODUTOS HOMOGÊNEOS Microeconomia 11 EXEMPLO: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS COM PRODUTOS DIFERENCIADOS • Custos Fixos: Suponha 2 duopolistas com: Diferenças no design, desempenho e durabilidade do produto de cada empresa. 𝑪𝑭 = $𝟐𝟎 As empresas fixam os preços simultaneamente e cada uma delas considera o preço de sua concorrente como fixo. • Custos Variáveis: 𝑪𝑽 = 𝟎 • Curvas de Demanda: Empresa 1 => 𝑸𝟏 = 𝟏𝟐 − 𝟐𝑷𝟏 + 𝑷𝟐 Empresa 2 => 𝑸𝟐 = 𝟏𝟐 − 𝟐𝑷𝟐 + 𝑷𝟏 ESCOLHA DE PREÇOS: Microeconomia 12 • EMPRESA 1: CONCORRÊNCIA DE PREÇOS COM PRODUTOS DIFERENCIADOS LUCRO (𝝅𝟏): PELO EQUILÍBRIO DE NASH, O PREÇO É DETERMINADO: Da mesma forma é obtida para a EMPRESA 2: Para maximizar o lucro: 𝝏𝝅 𝝏𝑷𝟏 = 𝟎 CURVA DE REAÇÃO DA EMPRESA 1: 𝝅𝟏 = 𝑹𝑻𝟏 − 𝑪𝑻𝟏 = 𝑷𝟏𝑸𝟏 − 𝟐𝟎 𝝅𝟏 = 𝑷𝟏 𝟏𝟐 − 𝟐𝑷𝟏 + 𝑷𝟐 − 𝟐𝟎 = 𝟏𝟐𝑷𝟏 − 𝟐𝑷𝟏 𝟐 + 𝑷𝟏𝑷𝟐 − 20 𝝏𝝅 𝝏𝑷𝟏 = 𝟏𝟐 − 𝟒𝑷𝟏 + 𝑷𝟐 = 𝟎 𝑷𝟏 = 𝟑 + 𝟏 𝟒 𝑷𝟐 CURVA DE REAÇÃO DA EMPRESA 2: 𝑷𝟐 = 𝟑 + 𝟏 𝟒 𝑷𝟏 Microeconomia 13 CONCORRÊNCIA DE PREÇOS COM PRODUTOS DIFERENCIADOS EQUILÍBRIO DE NASH: 𝑷𝟏 = 𝑷𝟐 = 𝟒 LUCRO: 𝝅𝟏 = 𝑷𝟏 𝟏𝟐 − 𝟐𝑷𝟏 + 𝑷𝟐 − 𝟐𝟎 = 𝟏𝟐 SE AS EMPRESAS FIZEREM COALIZÕES: 𝝅𝑻 = 𝝅𝟏 + 𝝅𝟐 𝝅𝑻 = 𝟐𝟒𝑷 − 𝟒𝑷 𝟐 + 𝟐𝑷𝟐 − 𝟒𝟎 𝝅𝑻 = 𝟐𝟒𝑷 − 𝟐𝑷 𝟐 − 𝟒𝟎 Maximizando lucros: 𝝏𝝅 𝝏𝑷 = 𝟐𝟒 − 𝟒𝑷 = 𝟎 𝑷 = 𝟔 Lucro de cada empresa: 𝝅𝟏 = 𝝅𝟐 = 𝑷 𝟏𝟐 − 𝑷 − 𝟐𝟎 = 𝟏𝟔 Microeconomia 14 CONCORRÊNCIA X COALIZÃO: DILEMA DOS PRISIONEIROS O Equilíbrio de Nash é um equilíbrio não cooperativo, ou seja, cada empresas toma as decisões objetivando o maior lucro possível, e considerando as ações de seus concorrentes. Lucro de cada empresa no Equilíbrio de Nash Lucro na competição perfeita Empresas agindo em coalizão < < EXEMPLO: usando os dados do exemplo anterior CUSTO FIXO: $20 DEMANDA EMPRESA 1: 𝑸𝟏 = 𝟏𝟐 − 𝟐𝑷𝟏 + 𝑷𝟐 DEMANDA EMPRESA 2: 𝑸𝟐 = 𝟏𝟐 − 𝟐𝑷𝟐 + 𝑷𝟏 EQUILÍBRIO NASH: LUCRO: 𝝅𝟏 = 𝝅𝟐 = 𝟏𝟐 PREÇO: 𝑷𝟏 = 𝑷𝟐 = 𝟒 Microeconomia 15 CONCORRÊNCIA X COALIZÃO: DILEMA DOS PRISIONEIROS EMPRESAS AGINDO EM COALIZÃO: SE AS EMPRESAS NÃO FIZEREM ACORDO: 𝝅𝟐 = 𝑷𝟐𝑸𝟐 − 𝟐𝟎 𝝅𝟐= 𝟒(𝟏𝟐 − 𝟐 ∗ 𝟒 +6) − 𝟐𝟎 = $𝟐𝟎 LUCRO: 𝝅𝟏 = 𝝅𝟐 = 𝟏𝟔 PREÇO: 𝑷 = 𝟔 Empresa 1 cobrasse 𝑷𝟏=$6 Empresa 2 cobrasse 𝑷𝟐=$6 Lucro empresa 2: $16. Empresa 1 cobrasse 𝑷𝟏=$6 Empresa 2 cobrasse 𝑷𝟐=$4 Lucro empresa 2: 𝝅𝟏 = 𝑷𝟏𝑸𝟏 − 𝟐𝟎 𝝅𝟏 = 𝟔(𝟏𝟐 − 𝟐 ∗ 𝟔 + 𝟒) − 𝟐𝟎 = $𝟒 Lucro empresa 1: Microeconomia 16 MATRIZ DE PAYOFF: Tabela que mostra o lucro (payoff) que cada empresa obterá devido sua decisão e a decisão de sua concorrente. Empresa 2 Cobra $4 Cobra $6 Empresa 1 Cobra $4 $12, $12 $20, $4 Cobra $6 $4, $20 $16, $16 MATRIZ DE PAYOFF PARA DETERMINAÇÃO DE PREÇO As empresas estão praticando um jogo não cooperativo, isto é, cada empresa, independentemente, estará fazendo o melhor que pode para si, levando em consideração as estratégias do concorrente. As empresas não agiram em cooperação. Ambas as empresas cobrarão $4. Microeconomia 17 DILEMA DO PRISIONEIRO: Dois prisioneiros acusados de praticar um crime foram colocados em celas separadas e não podem se comunicar um com o outro. Prisioneiro B Confessa Não Confessa Prisioneiro A Confessa -5, -5 -1, -10 Não Confessa -10, -1 -2, -2 Foi solicitado a cada um que confessasse. As penas seriam as seguintes: Se ambos confessassem, cada um é condenado a 5 anos; Se nenhum dos dois confessar, o julgamento é dificultado e cada um é condenado a 2 anos; Se um confessar, mas o outro não, quem confessou é condenado a apenas 1 ano e quem não confessou é condenado a 10 anos de prisão. MATRIZ PAYOFF DO DILEMA DO PRISIONEIRO Provavelmente ambos os prisioneiros confessariam. Microeconomia 18 DILEMA DO PRISIONEIRO E EMPRESAS OLIGOPOLISTAS: Assim como no dilema do prisioneiro, as empresas oligopolistas frequentemente encontram-se diante da tomada de decisões, sendo que a ações de suas concorrentes impactam suas próprias ações. As empresas precisam decidir se agem agressivamente, e assim obtém uma maior fatia de mercado. Ou se cooperam e, consequentemente, competem passivamente (aceitando sua fatia de mercado e até mesmo participando implicitamente de uma coalizão). Como os prisioneiros, as empresas tem estímulos para desfazer o acordo tácito e vender os produtos por menos do que a concorrência. Só que as concorrentes também tem este estímulo. Microeconomia 19 IMPLICAÇÕES DO DILEMA DOS PRISIONEIROS PARA A DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS OLIGOPOLISTAS • Em alguns setores, algumas empresas se cansam da queda de preço que ocorre na guerra de preço e pode surgir um entendimento implícito, de forma que todas as empresas passam a manter os preços elevados e nenhuma delas tenta subtrair fatia de mercado de outra empresa. Mas, algumas vezes os administradores decidem competir agressivamente para tentar obter uma maior parcela de mercado. • Os acordos implícitos podem ser difícil de ser alcançados. Pois, as empresas tem custos diferentes e estimativas diferentes de demanda de mercado, e assim podem discordar quanto ao preço certo do produto. Microeconomia 20 IMPLICAÇÕES DO DILEMA DOS PRISIONEIROS PARA A DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS OLIGOPOLISTAS 1) RIGIDEZ DE PREÇOS As empresas tendem a manter os preços estabilizados, sendo essa uma característica do mercado oligopolista. Mesmo que os custos ou a demanda sofram modificações, as empresas relutam em não modificar os preços: • Diante de redução dos custos ou declínio da demanda, as empresas oligopolistas temem reduzir os preços e com isso enviarem uma mensagem errada aos concorrentes e dar início a uma guerra de preços. • Se os custos ou a demanda elevarem-se as empresas também temem aumentar os preços e com isso, provavelmente, seus concorrentes não farão o mesmo. Microeconomia 21 IMPLICAÇÕES DO DILEMA DOS PRISIONEIROS PARA A DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS OLIGOPOLISTAS 1) RIGIDEZ DE PREÇOS MODELO DA CURVA DE DEMANDA QUEBRADA: • Cada empresa está diante de uma curva de demanda quebrada no preço P* • Para preços acima de P*: Curva de demanda mais elástica (a empresa acredita se ela aumenta o preço acima de P*, as demais não a acompanharão e ela perderá fatia de mercado). Microeconomia 22 IMPLICAÇÕES DO DILEMA DOS PRISIONEIROS PARA A DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS OLIGOPOLISTAS 1) RIGIDEZ DE PREÇOS MODELO DA CURVA DE DEMANDA QUEBRADA: A curva de RMg não será contínua, devido a curva de demanda quebrada. CMg pode variar sem impactar os preços, para um determinado nível de produção, ele continuará sendo igual à RMg. • Para preços abaixo de P*: As outras empresas a acompanham, pois não querem reduzir suas fatias de mercado. Microeconomia 23 IMPLICAÇÕES DO DILEMA DOS PRISIONEIROS PARA A DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS OLIGOPOLISTAS 1) RIGIDEZ DE PREÇOS MODELO DA CURVA DE DEMANDA QUEBRADA: Esse modelo não explica a rigidez de preços, apenas a descreve. A rigidez de preços é explicada pelos dilema dos prisioneiros e pelo desejo das empresas em evitar concorrências de preços mutuamente destrutivas. Mas, o modelo da curva de demanda quebrada não indica como as empresas chegam aos preços P*. Microeconomia 24 IMPLICAÇÕES DO DILEMA DOS PRISIONEIROS PARA A DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS OLIGOPOLISTAS 2) SINALIZAÇÃO DE PREÇOS E LIDERANÇA DE PREÇOS A coalizão implícita para preços é difícil de ser mantida, caso as empresas não conversem a respeito de qual preço será praticado. A coordenação fica difícil quando os custos e a demanda (assim como o preço correto) apresentam mudanças. A SINALIZAÇÃO DE PREÇOS é uma forma de acordo implícito que pode auxiliar nesse problema. Por exemplo, uma empresa pode anunciar um aumento de preços, esperando que seus concorrentes façam o mesmo, e consequentemente, todas as empresas teriam lucros maiores. Microeconomia 25 IMPLICAÇÕES DO DILEMA DOS PRISIONEIROS PARA A DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS OLIGOPOLISTAS 2) SINALIZAÇÃO DE PREÇOS E LIDERANÇA DE PREÇOS Muitas vezes, uma empresa anuncia regularmente mudanças de preços e as outras empresas do setor fazem o mesmo. Esse comportamento é conhecido como LIDERANÇA DE PREÇO. Uma empresa será reconhecida implicitamente como LÍDER. As demais empresas serão as SEGUIDORAS DE PREÇO, que acompanham os preços. Microeconomia 26 IMPLICAÇÕES DO DILEMA DOS PRISIONEIROS PARA A DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS OLIGOPOLISTAS 2) SINALIZAÇÃO DE PREÇOS E LIDERANÇA DE PREÇOS EXEMPLO: 3 EMPRESAS OLIGOPOLISTAS COBRANDO $10 PELO PRODUTO. Se agissem em coalizão poderiam cobrar $20 e obter lucros maiores, mas reuniões formais são ilegais. Suponha a empresa A como líder, que anuncia à imprensa uma elevação no preço do seu produto para $15, a fim de restaurar a vitalidade econômica do setor. As empresas B e C também elevam seus preços para $15. A empresa A aumenta um pouco mais o preço, para $18. As empresas B e C fazem o mesmo. As empresas podem atingir o valor $20 através de um padrão de coordenação e sem ter que realizar uma reunião formal entre as empresas. Microeconomia 27 IMPLICAÇÕES DO DILEMA DOS PRISIONEIROS PARA A DETERMINAÇÃO DOS PREÇOS OLIGOPOLISTAS 3) MODELO DA EMPRESA DOMINANTE Em alguns mercados, uma empresa de grande porte possui uma substancial fatia de mercado e as demais empresas menores abastecem o restante do mercado. Essa empresa maior atuaria como EMPRESA DOMINANTE. Ela escolhe o preço que maximiza seus próprios lucros. As demais empresas adotam o preço determinado pela empresa dominante. Qual o preço a empresa dominante adota? Microeconomia 28 3) MODELO DAEMPRESA DOMINANTE • Curva de Demanda do Mercado: D • Curva de Oferta da empresas de pequeno porte: SG • Curva de Demanda da empresa dominante: DD Preços: P1 Oferta das empresas de pequeno porte = demanda de mercado Empresa dominante não vende nada Preços: P2 (ou abaixo dele) Empresas pequeno porte não ofertam Empresa dominante se defronta com a curva de demanda do mercado DD Preços: entre P1 e P2 Empresa dominante está diante da curva de demanda do mercado DD Microeconomia 29 3) MODELO DA EMPRESA DOMINANTE • Para a empresa dominante maximizar os lucros: RMgD=CMgD • A empresa dominante produzirá QD, ao preço P*. • As empresas de pequeno porte produzirão QG, ao preço P*. • A quantidade total a ser vendida no mercado será: QT= QD+ QG