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Apostila Cultura Surda

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*O QUE É SURDES?
É a diminuição da capacidade de percepção normal dos sons, ou seja quando a capacidade auditiva não é funcional na vida comum
A Pessoa que possui deficiência auditiva, dentro desse conceito temos pessoas parcialmente surdas, aquele cujas audição, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva.
A surdes pode se dar Bilateralmente ou unilateralmente, porem só é considerado Surdo o que possui o bilateral.
Portadores de perda auditiva em apenas um dos ouvidos poderão ser considerados legalmente pessoas com deficiência. O projeto que assegura o mesmo acesso a direitos já assegurados às pessoas com deficiência foi aprovado nesta quarta-feira (25) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Com a aprovação do PLC 23/2016, o portador de deficiência auditiva unilateral também poderá ter direito à reserva de vagas em concursos públicos e à Lei de Cotas (8.213/1991), que determina a contratação de percentuais variados de pessoas com deficiência por empresas, proporcionalmente ao número de empregados.
Atualmente, o Decreto 5.296/2004 restringe a deficiência auditiva à perda bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500 Hz, 1.000 Hz, 2.000 Hz e 3.000 Hz.
*CAUSAS DA SURDES
Hereditárias: Causadas por influências genéticas, por exemplo as síndromes geneticamente determinadas.
Pré-natais: Causadas por influência nocivas sobre o embrião durante o desenvolvimento, por exemplo: a mãe adquirir rubéola; citomegavírus; toxoplasmose; síflis; sofrer radiação; apresentar anemia severa; distúrbios metabólicos durante a gestação.
Peri-natais: Causadas por influências que podem ocorrer no momento do nascimento, algumas horas, ou até nos primeiro dias de vida, por exemplo: falta de oxigenação no cérebro (anóxia), hipóxia, prematuridade, baixo peso, traumas de parto, Kerniktures (depósito de bilirubina no sistema nervoso central e eristroblastose fetal (incompatibilidade do fator RH).
Na Surdez Adquirida encontram-se aqueles que nascem com a audição normal, mas por algum fator patológico ou acidental perdem a audição. Encontramos diversos fatores como: infecção viral, lesões e toxicidade farmacológica.
Podemos citar alguns exemplos:
Otites: Infecções na orelha média ou externa;
Ototoxidade: Uso prolongado de antibióticos: neomicina gentamicina, estreoptomicina, e também uso prolongado de diurético analgésicos e antipirético.
Pair ou Pairo: Perda auditiva induzida pelo ruído (ocupacional), como nos casos de indivíduos que trabalham como motoristas e que trabalham em indústrias.
Trauma Acústico: Pancada na região da orelha, estouro de uma bomba ou tiro próximo ao ouvido.
*GRAUS DE PERDA AUDITIVA
Entre ‘ouvir bem’ e ‘não ouvir nada’ há uma ampla variedade de diferentes graus de perda auditiva. Especialistas distinguem entre perda auditiva leve, moderada, severa e profunda. A maioria dos casos de perda auditiva é classificada como leve ou moderada. A Phonak oferece soluções para todos os tipos de perda auditiva.
*CULTURA
Um complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade como membro dela que é. Cultura é transmitida pela família sociedade etc...
Os surdos, por norma são utilizadores de uma comunicação espaço-visual, como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala, e podem ter ainda uma cultura característica. Cultura surda é baseada ,além de tudo, na na experiência Visual
*CULTURA SURDA
Em termos culturais, surdez é descrita como diferença linguística e identidade cultural, a qual é partilhada entre indivíduos surdos. A surdez é o paradigma da cultura surda, a base sobre a qual se constrói a estrutura e forma da cultura surda, cujo principal elemento espelhado é a Língua de Sinais, o idioma natural dos surdos. Portanto, sem surdez não há cultura surda.
*O QUE É IDENTIDADE?
No básico Identidade remete a autenticidade. É o conjunto de elementos que determinam que tal indivíduo é único e irreplicável. Tais elementos (nome, sobrenome, impressão digital, filiação, data de nascimento, impressão digital, características físicas, entre outros) identificam o indivíduo no universo, rotulando-o como um ser excepcional.
*IDENTIDADE SURDA
Segundo A Autora Gladis Perlin: “As diferentes identidades Surdas são bastante complexas, diversificadas. Isto pode ser constatado nesta divisão por identidades onde se tem ocasião para identificar outras muitas identidades Surdas, ex: Surdos filhos de pais Surdos; Surdos que não tem nenhum contato com Surdo, Surdos que nasceram na cidade, ou que tiveram contato com Língua de Sinais desde a infância etc... Como dissemos a identidade Surda não é estável, esta em continua mudança. Os Surdos não podem ser um grupo de identidade homogênea. Há que se respeitarem as diferentes identidades.
Em todo caso, para a construção destas identidades impera sempre a identidade cultural, ou seja, a identidade Surda como ponto de partida para identificar as outras identidades Surdas. Esta identidade se caracteriza também como identidade política, pois esta no centro das produções culturais.
Outro ponto de partida que não pode ser esquecido é que a identidade Surda é possível pela experiência visual. Isto é, se a pessoa tem audição já não pode ser Surda como no caso da identidade intermediaria. Isto tudo é importante à produção cultural como seja: necessidade de intérpretes, de Língua de Sinais, de convívio com pessoas de identidades iguais”.
As Principais Diferentes Identidades Surdas:
IDENTIDADE FLUTUANTE: se manifestando de acordo com o mundo ouvinte e tenta se adaptar passa a oralisar;
IDENTIDADE INCONFORMADA: O surdo não consegue captar a representação da identidade ouvinte, se sente subalterna;
IDENTIDADE DE TRANSIÇÃO: Contato com a comunidade surda é tardio, o que faz passar da comunicação visual-oral para a comunicação visual sinalizada; pode ter Conflitos;
IDENTIDADE HÍBRIDA: reconhecida nos surdos que nasceram ouvintes e se ensurdeceram e terão presentes as duas línguas numa dependência dos sinais e do pensamento na língua oral;
IDENTIDADE SURDA: Os surdos que assumem a identidade surda são representados por discursos que os veem capazes como sujeitos culturais, uma formação de identidade que só ocorre entre espaços culturais surdos;
*SINAIS PRÓPRIOS
É como o Nome da pessoa, será com esse sinal que a pessoa será representada pelos surdos. Normalmente é desenvolvido pelos surdos se referindo a alguma característica da pessoa, podendo ser física, familiar, uma mania, profissão etc..
*LÍNGUA 1 Língua 2
L2 significa Segunda Língua, este se aplica a uma condição do individuo, onde a Primeira Língua- L1 é a primeira que aprende naturalmente em seu meio social. No caso dos ouvintes, a L1 é a Língua Portuguesa (Lp), para o surdo a língua portuguesa(modalidade escrita) será a L2, pois sua língua natural é a Língua Brasileira de Sinais- Libras.
Em caso de surdos com famílias ouvintes normalmente o L1 é ensinado no Português da forma oral, já com surdos em famílias surdas a L2 se torna a Libras e também tem uma tendência grande os ouvintes em família surda a terem as duas línguas como predominantes.. 
O aprendizado da língua portuguesa por surdos é um processo difícil primeiro por não terem acesso à linguagem oral, geralmente estas crianças são privadas das atividades que envolvem o uso de uma língua, segundo por na maioria das vezes não terem o aprendizado e aquisição de sua língua natural a Libras. 
Assim, ao entrar na escola, quase a totalidade das crianças surdas não dispõe de uma língua com base na qual possam iniciar o processo de leitura e de escrita, uma vez que os alunos surdos vão, na maioria das vezes, ter acesso à língua majoritária(Lp) na escola.
O reconhecimento de que a língua de sinais possibilita o desenvolvimento do surdo em todos os seus aspectos – cognitivo, socioafetivo- emocional e linguístico – soma do à reivindicação de comunidades de surdos quanto ao direito de usar a língua de sinais, tem leva do, nos últimos anos, muitas instituições a adotarem um modelo bilíngue na educação de surdos, segundo o qual a primeira língua é a de sinais, que dará o arcabouço para a aprendizagem da segunda língua, o português, no caso dos surdos brasileiros.
*BILINGUISMO
Baseia-se no reconhecimento do fato de que as crianças surdas são interlocutoras naturais de uma língua adaptada à sua capacidade de expressão. Assim sendo, a comunidade surda propõe que a língua gestual oficial do seu país de origem lhes seja ensinada, desde a infância, como primeira língua.
A língua oral oficial do seu país deve ser , obrigatoriamente, ensinada, como segunda língua.
Os Bilinguistas são os que defendem que a língua gestual deve ser adquirida, preferencialmente, pelo convívio com outros Surdos mais velhos, que dominem a língua gestual.
*ORALISMO
Segundo Goldfeld (1997), foi há muito tempo que o método oral começou a ganhar força, diversos profissionais começarem a investir no aprendizado da língua oral para os surdos. 
Os Oralistas: São defensores da utilização apenas da linguagem falada e não aceitam qualquer tipo de Linguagem em sinais, pouquíssimos casos a aceita como L2.
O Inventor e fundador da companhia telefónica Bell Alexander Granham Bell, contribui no resultado da votação para oficializar a proibição do uso de língua de sinais, no Congresso Internacional de Educadores de Surdos, realizado em Milão, no ano de 1880. Motivo o qual a oralização passou a ser objetivo principal na educação das crianças surdas. 
O Oralismo dominou o mundo até a década de 60. O que temos que ter em mente é que não podemos ser radicais ao ponto de perdermos o discernimento entre o que é bom e o que é ruim para os pacientes deficientes auditivos em terapia fonoaudiológica. 
*O QUE É IDENTIDADE?
No básico Identidade remete a autenticidade. É o conjunto de elementos que determinam que tal indivíduo é único e irreplicável. Tais elementos (nome, sobrenome, impressão digital, filiação, data de nascimento, impressão digital, características físicas, entre outros) identificam o indivíduo no universo, rotulando-o como um ser excepcional.
*IDENTIDADE SURDA
Segundo A Autora Gladis Perlin: “As diferentes identidades Surdas são bastante complexas, diversificadas. Isto pode ser constatado nesta divisão por identidades onde se tem ocasião para identificar outras muitas identidades Surdas, ex: Surdos filhos de pais Surdos; Surdos que não tem nenhum contato com Surdo, Surdos que nasceram na cidade, ou que tiveram contato com Língua de Sinais desde a infância etc... Como dissemos a identidade Surda não é estável, esta em continua mudança. Os Surdos não podem ser um grupo de identidade homogênea. Há que se respeitarem as diferentes identidades.
Em todo caso, para a construção destas identidades impera sempre a identidade cultural, ou seja, a identidade Surda como ponto de partida para identificar as outras identidades Surdas. Esta identidade se caracteriza também como identidade política, pois esta no centro das produções culturais.
Outro ponto de partida que não pode ser esquecido é que a identidade Surda é possível pela experiência visual. Isto é, se a pessoa tem audição já não pode ser Surda como no caso da identidade intermediaria. Isto tudo é importante à produção cultural como seja: necessidade de intérpretes, de Língua de Sinais, de convívio com pessoas de identidades iguais”.
Principais Identidades Surdas:
IDENTIDADE FLUTUANTE: Se manifestando de acordo com o mundo ouvinte e tenta se adaptar passa a oralisar;
IDENTIDADE INCONFORMADA: O surdo não consegue captar a representação da identidade ouvinte, se sente subalterna;
IDENTIDADE DE TRANSIÇÃO: Contato com a comunidade surda é tardio, o que faz passar da comunicação visual-oral para a comunicação visual sinalizada; pode ter Conflitos.
IDENTIDADE HÍBRIDA: reconhecida nos surdos que nasceram ouvintes e se ensurdeceram e terão presentes as duas línguas numa dependência dos sinais e do pensamento na língua oral;
IDENTIDADE SURDA: Os surdos que assumem a identidade surda são representados por discursos que os veem capazes como sujeitos culturais, uma formação de identidade que só ocorre entre espaços culturais surdos; 
*NOMENCLATURA
Nunca use o termo SURDO-MUDO! Além de ter conotação pejorativa, não traduz a realidade de fato. Surdez e mudez são coisas distintas e raramente encontra-se a ocorrência de ambas em um único indivíduo. A forma mais bem aceita para designar um surdo é "SURDO". Se estiver fazendo mensão a outras áreas, pode-se utilizar a expressão "PESSOA(S) COM NECESSIDADES ESPECIAIS".
E não se esqueça de evitar rótulos como DA (deficiente auditivo), PPD (pessoa portadora de deficiência), PNE (portador de necessidades especiais), PCD (pessoa com deficiência), etc. Fazendo assim você estará contribuindo para que a cultura surda seja respeitada.
*APLICATIVOS
Hoje temos vários softwares de tradução de texto e voz na língua portuguesa para Libras - a língua brasileira de sinais, com o objetivo de realizar a comunicação entre surdos e ouvintes. 
*APARELHO AUDITIVO
O aparelho auditivo tem como finalidade ajudar as pessoas com uma perda auditiva a perceber os sons. Os aparelhos auditivos melhoram a compreensão da fala em várias situações e dão suporte às muitas funções do sistema auditivo humano como localização sonora, compreensão, etc.
*IMPLANTE COCLEAR
Um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, também conhecido como ouvido biônico, que estimula eletricamente as fibras nervosas remanescentes, permitindo a transmissão do sinal elétrico para o nervo auditivo, afim de ser decodificado pelo córtex cerebral.
*SÍMBOLO FITA AZUL
Introduzida em Brisbane, na Austrália, em julho de 1999, no Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos. Durante o evento foi feita a sensibilização da luta dos Surdos e suas famílias ouvintes, através dos tempos.
A cor azul foi escolhida para representar "O Orgulho Surdo", e homenagear todos os que morreram depois de serem classificados como "surdo" durante o reinado da Alemanha nazista. Uma recordação da opressão dos Surdos no passado e hoje, está se tornando claro que os Surdos podem fazer qualquer coisa, exceto ouvir.
Usada com orgulho para mostrar um pouco de sua própria cultura: A Cultura surda.
*NOMENCLATURA
O termo Surdo tem sido utilizado quando a pessoa com surdez é caracterizada como surdez profunda no âmbito da medicina, quando é leve ou moderada ainda persiste o termo Deficiente Auditivo, já na Comunidade Surda, o Surdo é aquele que é usuário de Libras e é pertencente a tal. 
No âmbito da medicina, o termo surdo é utilizado para caracterizar uma pessoa que possui surdez profunda. Já quando essa surdez é leve ou moderada, o termo utilizado passa a ser deficiente auditivo.
Porém, no contexto social e cultural, o termo Surdo é utilizado para definir a pessoa pertencente à Comunidade Surda, e que usa a língua de LIBRAS para se comunicar
Se ao termo Deficiente Auditivo não estiver impregnada de preconceito por parte de quem o utiliza não deve ser errôneo, do ponto de vista que devamos tratar o termo DEFICIENTE não como incapaz, mas como Déficit, ou seja, algo que não está em sua totalidade, mas que não impede da pessoa viver em sua plenitude, caracterizando também aos que não são usuários da LIBRAS e fazem a leitura labial. 
Entretanto o termo surdo-mudo de fato deve ser banido da sociedade, visto que a surdez não acarreta nenhuma perca no aparelho fonador do indivíduo, o surdo não fala porque não ouve, e não porque suas cordas vocais foram comprometidas devido à surdez.
A Forma de se referir a pessoa que possui uma perda auditiva deve se referida a sua cultura e identidade, muitos preferem ser denominados surdos – normalmente os que não apresentam surdes profunda ou admitiram integralmente a Identidade Surda, outros de ouvintes com auxilio de aparelhos. Já com relação a documentos devese atentar ao tipo de formalidade e a quem se refere. 
*DATAS COMEMORATIVAS DOS SURDOS
Foi instituída o Dia Nacional do Surdo com objetivo de relembrar as lutas da comunidade ao longo das eras, como por exemplo, a luta em prol do reconhecimento da língua gestual nos diversos países do globo.
O Dia Nacional dos Surdos, data reconhecida pela Lei 976/98, é celebrado em 26/09 data da criação da primeira escola de surdos do Brasil, em 1857, no Rio de Janeiro, pelo professor francês surdo Hernest Huet, com o nome de Instituto Nacional de Surdos-Mudos (atual Instituto Nacional de Estudos de Surdos – Ines).
*COMO ESTABELECER UMA BOA COMUNICAÇÃO COM O SURDO?
Contato visual entre as pessoas;
Chamar sua atenção através de um leve toque no ombro ou no braço dela;
Acenar caso esteja longe ou piscar as luzes;
Pode-se dar umas batidinhas no chão
Não tampar a boca;
Não se envergonhe de apontar, desenhar, escrever ou dramatizar;
Não falar de cabeça baixa ou lateralizado;
*FENEIS
FENEIS é filiada à Federação Mundial de Surdos (FMS/WFD), que tem sede e administração na Finlândia. Esta última tem como meta básica a defesa dos direitos dos surdos, possuindo relações intrínsecas com a ONU, UNESCO, OEA e OIT, no sentido de juntas garantirem os direitos culturais, sociais e lingüísticos dessa população em todos os continentes e com a qual a FENEIS mantém intercâmbio constante, recebendo informações científicas de todas as áreas envolvidas.
A criação das associações foi, sem dúvida, um passo decisivo para a autonomia dos surdos. Com o passar do tempo, sentiu-se a necessidade de fundar uma organização nacional que atendesse a todas as pessoas surdas do país. Como resultado da reunião de várias entidades que já trabalhavam com essa temática, em 1977 fundou-se a Federação Nacional de Educação e Integração dos Deficientes Auditivos . (Feneida) Entretanto a representatividade dos surdos estava comprometida pois a nova entidade era composta apenas por ouvintes.
Como resposta a essa exclusão, em 1983 a comunidade surda criou uma Comissão de Luta pelos Direitos dos Surdos, um grupo não oficializado, mas com um trabalho significativo na busca de participação nas decisões da diretoria. Até então esse direito lhes era negado por não se acreditar na capacidade de coordenação de uma entidade. Devido à grande credibilidade adquirida, a Comissão conquistou a presidência da Feneida.
Em 16 de maio de 1987, em Assembléia Geral, a nova diretoria reestruturou o estatuto da instituição, que passou a se chamar Federação Nacional de..Educação e Integração dos Surdos (Feneis).
Incentivada pela Coordenadoria Nacional para a Integração de Pessoas Portadoras de Deficiência (CORDE), do Ministério da Justiça, a Feneis iniciou a realização de convênios para a inserção de surdos no mercado de trabalho. O primeiro deles foi assinado com a DATAPREV/SA, e é dessas parcerias que a Feneis, em sua grande parte, se mantém financeiramente.
*INES
O Instituto Nacional de Educação de Surdos (Inês) é um órgão do Ministério da Educação. Sua missão institucional é a produção, o desenvolvimento, divulgação de conhecimentos científicos/tecnológicos na área da surdez em todo o território nacional, bem como subsidiar a Política Nacional de Educação, na perspectiva de promover e assegurar o desenvolvimento global da pessoa surda, sua plena socialização e o respeito às suas diferenças.
O atual Instituto Nacional de Educação de Surdos foi criado em meados do século XIX por iniciativa do surdo francês E. Huet, tendo como primeira denominação Collégio Nacional para Surdos-Mudos, de ambos os sexos.
Em junho de 1855, E. Huet apresentou ao Imperador D. Pedro II um relatório cujo conteúdo revelava a intenção de fundar uma escola para surdos no Brasil. Neste documento, também informou sobre a sua experiência anterior como diretor de uma instituição para surdos na França: o Instituto dos Surdos-Mudos de Bourges.
*SURDOS PODEM TER CNH
Deficientes auditivos podem dirigir normalmente, desde que atendam a normas específicas para sua segurança.
A utilização do símbolo de surdez, prevista pela Lei 8.160, de 8 de janeiro de 1991, determina sua colocação nos locais de circulação e utilização por pessoas portadoras de deficiência auditiva, assim como em todos os serviços.
O símbolo deve ser fixado no vidro traseiro do veículo, na intenção de informar que alguma solicitação ao condutor deve ser feita através de faróis altos, mas pode ser colocado no vidro dianteiro também, a fim de facilitar a identificação dos agentes e autoridades de trânsito no momento de uma possível a abordagem.
*CURIOSIDADES DE LIBRAS E SURDOS
LIBRAS quer dizer Língua Brasileira de Sinais.
A legislação brasileira reconhece a LIBRAS como língua oficial do país (Lei 10.436/2002), juntamente com o PORTUGUÊS.
LIBRAS é uma língua diferente do português, como o inglês, o francês e o japonês.
LIBRAS possui as suas características próprias de sintaxe, morfologia, semântica e contexto, como qualquer outra língua.
Cada país possui a sua língua de sinais, por exemplo:
EUA = ASL = American Sign Language
França = LFS = Language Française de Signes
Itália = LSI = Lingua di Segnale Italiana
As línguas de sinais de cada país são totalmente diferentes umas das outras. Existem países que possuem dialetos da sua língua de sinais, inclusive o Brasil.
Quem sabe PORTUGUÊS e LIBRAS é considerado bilíngue.
A língua de sinais portuguesa, de Portugal, é diferente da LIBRAS. Um português surdo não consegue se comunicar com um brasileiro surdo, na língua de sinais.
A maioria dos surdos não possui um entendimento claro do português escrito, pois sua língua materna é LIBRAS. É como alguém que aprende outra língua, mas não tem a oportunidade de praticá-la falando e ouvindo.
Existe LIBRAS escrita. É uma escrita parecida com o português escrito, porém sem significado para quem não domina LIBRAS.
É incorreto dizer que o surdo é analfabeto, pois ele é alfabetizado em LIBRAS.
É incorreto dizer que o surdo é mudo. Ele não é mudo, apenas não aprendeu a falar o português.
Existem aproximadamente 5.800.000 surdos no Brasil segundo o Censo IBGE 2000.
Aproximadamente 30% dos surdos brasileiros não sabe ler português. Os restantes 70% sabem ler português, mas não têm entendimento claro desta língua.
Existem alguns surdos que aprenderam a falar através das vibrações vocais e a entender o que falamos através da leitura labial. São chamados de oralizados.
Quem não é surdo é chamado de ouvinte.
A legislação brasileira para acessibilidade de deficientes é uma das mais avançadas do mundo.
A legislação brasileira determina que os órgãos da administração pública, as empresas prestadoras de serviços públicos e as instituições financeiras deverão dispensar atendimento prioritário em LIBRAS para o deficiente auditivo (Decreto 5.296/2004).

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