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ESTADO LAICO volume 1
UNICESUMAR
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libertad ideológica, religiosa y de culto de los individuos y las comunidades sin más limitación, en sus manifestaciones, que la necesaria para el mantenimiento del orden público protegido por la ley. 2. Nadie podrá ser obligado a declarar sobre su ideología, religión o creencias. 3. Ninguna confesión tendrá carácter estatal. Los poderes públicos tendrán en cuenta las cre- encias religiosas de la sociedad española y mantendrán las consiguientes relaciones de coope- ración con la Iglesia Católica y las demás confesiones. (...) Art. 20.1 Se reconocen y protegen los derechos: a) A expresar y difundir libremente los pensamientos, ideas y opiniones mediante la palabra, el escrito o cualquier otro medio de reproducción. b) A la producción y creación literaria, artística, científica y técnica. c) A la libertad de cátedra. d) A comunicar o recibir libremente información veraz por cualquier medio de difusión. La ley regulará el derecho a la cláusula de conciencia y al secreto profesional en el ejercicio de estas liberdades. 2. El ejercicio de estos derechos no puede restringirse mediante ningún tipo de censura previa. (…) 4. Estas libertades tienen su límite en el respeto a los derechos reconocidos en este Título, en los preceptos de las leyes que lo desarrollen y, especialmente, en el derecho al honor, a la inti- midad, a la propia imagen y a la protección de la juventud y de la infancia.” 14 Ministério Público - Em Defesa do Estado Laico jurídica da liberdade de pensamento, no contrato de trabalho, apresenta, em consequência, dois níveis de proteção: um nível interno e outro externo, ou seja, a liberdade de ter o pensamento e de manifestá-lo. O primeiro nível protege o foro interno da pessoa, isto é, a liberdade de formação de um juízo intelectual e das concepções sobre os mais variados aspectos da vida. O segundo tutela a liberdade de expressão e comunicação a outros das crenças e convicções que se professam e a acomodação das condutas pessoais às crenças e convicções. O pleno exercício da liberdade de pensamento do empregado requer o combate a práticas discriminatórias na empresa, baseadas em opiniões, convicções ou crenças do trabalhador em todos os momentos contratuais. Tal proteção se dirige contra atos ou omissões do empregador ou de seus representantes sempre que adotem um trato desfavorável ao trabalhador, fundamentado em sua ideologia. Pela sua importância, a não discriminação por razões ideológicas encontra regulamentação internacional (C. 111 OIT e Directiva 2000/78/CE) e no ordenamento jurídico espanhol (art. 4.2 “c” e 17 ET). Serão considerados ofensivos ao ordenamento jurídico, tanto os atos de discriminação direta, como de discriminação indireta. Há discriminação direta quando uma pessoa seja, haja sido ou possa ser tratada de maneira menos favorável que outra em situação análoga; e existirá discriminação indireta quando uma disposição, critério ou prática aparentemente neutra possa ocasionar uma desvantagem particular a pessoas com uma religião ou convicção (entre várias causas) em relação a outras pessoas (Directiva 2000/78/CE, art. 2.2 “a” e “b” – União Europeia). As legislações internacional e espanhola estabelecem, dessa forma, o principio de neutralidade do empresário ante as convicções (sindicais, políticas, religiosas ou de qualquer outra espécie) do trabalhador, não apenas durante o tempo de execução do contrato de trabalho ou no momento de seu término, como no momento da admissão. Pelo art. 3.1 da Diretiva 2000/78/CE, o âmbito de aplicação do princípio da neutralidade e de sua sanção jurídica compreende as condições de acesso ao emprego, incluídos critérios de seleção e as condições de contratação e promoção, a formação profissional, bem como as condições de emprego e trabalho, incluídas as de dispensa, remuneração e filiação sindical. As informações requeridas ao candidato ao emprego objetivam exclusivamente apreciar sua capacidade ou aptidão profissionais, devendo ter um nexo direto e necessário com o emprego oferecido ou com a avaliação da aptidão profissional. Pelo princípio da neutralidade, o conhecimento da ideologia do trabalhador não pode ser objeto de especulação pelo empresário. 15Ministério Público - Em Defesa do Estado Laico O trabalhador, caso seja confrontado, pode omitir suas opiniões ou inclusive mentir (the right to lie) a respeito de todas aquelas informações irrelevantes para o cumprimento da prestação de trabalho. A proibição se dirige tanto às perguntas diretas como indiretas que possibilitem verificar as convicções do trabalhador: “Deve-se chamar atenção sobre o tipo de perguntas que inte- gram esta proibição. Não apenas as que de maneira direta se propõe conhecer a opinião sindical, política ou, em geral, ide- ológica do trabalhador violam os limites postos pelo ordena- mento à liberdade empresarial de obter informação sobre os candidatos a um emprego, mas todas as que em sua aparente irrelevância servem de indícios mais ou menos claros para inferir uma concreta forma de pensar ou uma determinada personalidade.” 8 O trabalhador, não obstante, poderá revelar de forma espontânea as suas convicções, “sobretudo, a fim de exigir sua exata observância por parte do empresário.”9 As manifestações das convicções do empregado no curso do contrato de trabalho, mesmo que incômodas, desde que não sejam dolosamente danosas para a empresa, devem sempre ser aceitas pelo empregador, sem que ele esteja obrigado a acomodar a prestação de trabalho à ideologia manifestada (STC 19/1985, de 13 de fevereiro - Tribunal Constitucional Espanhol). O principio da neutralidade se aplica inclusive ao Estado, como faz referência o Tribunal Constitucional na STC 38/2007: “… principio de neutralidade do art. 16.3 CE, como se declarou nas STC 24/1982, de 13 de maio, e 340/1993, de 16 de novem- bro, ‘veda qualquer tipo de confusão entre funções religiosas e estatais’ no desenvolvimento das relações de cooperação do Estado com a Igreja Católica e as demais confissões. Este prin- cípio serve precisamente como garantia de sua separação, “in- troduzindo deste modo uma idéia de ‘laicidade positiva’ (STC 46/2001, de 15 de febrero, FJ 4)”. Ao Estado espanhol, portanto, é vedado optar por uma linha ideológica específica no exercício dos seus deveres constitucionais. Ao contrário, ele deve adotar a defesa intransigente de todas aquelas organizações que 8 GOÑI SENI, José Luis. El respeto a La vida privada: a propósito del formulario MS1-02 del INI, op. cit., p. 117. 9 Esta é a hipótese da objeção de consciência. (VALDÉS DAL-RÉ, Fernando. Libertad ideológica y contrato de trabajo: una aproximación de derecho comparado, op. cit., p. 5.) 16 Ministério Público - Em Defesa do Estado Laico retratem a ideologia de determinado grupo social, mesmo os minoritários, os quais têm sua liberdade ideológica limitada pelo respeito ao direito à honra, à intimidade, à própria imagem e à proteção da juventude e da infância (art. 20.4 CE). Esse é o panorama dos limites dos poderes do empregador diante do exercício da liberdade de pensamento dos trabalhadores nas empresas em geral (neutras). 3. Empresas de tendência A Constituição espanhola, como dito acima, determina aos poderes públicos a promoção das condições para que a liberdade e a igualdade do indivíduo e dos grupos sejam reais e efetivas (art. 9.2 CE). Um dos instrumentos indispensáveis à promoção da liberdade e igualdade dos indivíduos são justamente as empresas de tendência, ou seja, empresas de fomento às diversas linhas ideológicas presentes na sociedade, que trabalham na formação e promoção dessas mesmas convicções e garantem o pluralismo ideológico e a democracia (art. 20.1 a), b) e d) CE). As empresas de tendência carecem de previsão legal no ordenamento espanhol, situação