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Direito das Sucessões

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Direito das Sucessões 
Direito das Sucessões - SLIDE 01 
Introdução 
● Estrutura 
● Objeto 
● Definições 
● Histórico 
● Espécies de Sucessão Causa Mortis 
1. Estrutura do Direito das Sucessões 
● Introdução ao Direito das Sucessões 
● Sucessão em Geral 
○ Abertura da sucessão 
○ Transmissão da herança 
○ Aceitação da herança 
○ Renúncia à herança 
○ Cessão dos direitos hereditários 
○ Petição de herança 
○ Vocação hereditária 
● Sucessão legítima 
○ Ordem de vocação hereditária 
○ Direito de representação 
● Sucessão testamentária 
○ Testamento 
○ Codicilo 
○ Legado 
○ Substituições 
● Liquidação da herança 
○ Inventário 
○ Partilha 
○ Sobrepartilha 
 
2. Objeto do Direito das Sucessões 
● Regulamentar a transmissão do patrimônio de uma pessoa que morre a seus herdeiros e legatários 
○ Arts. 1784 a 2027 do Código Civil 
○ Arts. 610 a 673 do Código de Processo Civil 
3. Definições 
● Sucessão: 
○ Continuação de uma pessoa em relação jurídica que cessou para o sujeito anterior e continua 
em outro 
○ Transferência de direito de uma pessoa a outra 
■ Venda de carro 
■ Transmissão de cheque 
● Sucessão inter vivos 
○ Direito das coisas e/ou Direito das obrigações 
● Sucessão causa mortis 
○ Transmissão da herança de um morte a seus herdeiro e legatários 
4. Objeto da Sucessão 
● Patrimônio do finado 
○ Ativo (bens e créditos) 
○ Passivo (dívidas) 
● Patrimônio do solteiro 
● Patrimônio do casado (distinção entre patrimônio do de cujus e o do seu cônjuge) 
○ Análise do regime de bens do casamento 
● Patrimônio de quem vivem em união estável 
○ Análise do regime de bens da união estável 
5. Histórico 
● Ausência de propriedade individual 
○ Não se falava em sucessão causa mortis 
● Advento da propriedade individual 
○ Origem da sucessão 
○ Cunho religioso 
■ Continuação do culto aos defuntos 
■ Banquetes fúnebres, sacrifícios propiciatórios 
■ Regra para o culto: transmissão de varão para varão 
■ Filha: ao casar, renúncia ao culto paterno e passa ao culto da família do marido 
● Dote 
○ Ligação com Direito de Família 
○ Ligação com Direito de Propriedade 
○ Roma, Grécia e Índia 
● Fundamento da continuidade patrimonial (art. 5º, XXII e XXX, CF) 
 
6. Espécies de Sucessão Causa Mortis 
● 1. Quanto à fonte de que deriva (art. 1786, CC) 
○ Sucessão testamentária 
● Decorre de testamento válido ou de disposição de última vontade 
○ Sucessão legítima ou ab intestato 
● Art. 1788, CC 
● Resulta de lei nos casos de ausência, nulidade, anulabilidade ou caducidade do testamento 
● Passa o patrimônio do falecido às pessoas indicadas pela lei 
● (ordem de vocação hereditária – art. 1829, CC) 
○ Sucessão mista 
● Art. 1966, CC 
 
● 2. Quanto a seus efeitos 
○ Sucessão a título universal 
● Transmissão da totalidade de certo patrimônio ao sucessor 
● Herdeiros sucedem o defunto universalmente, na totalidade de seu patrimônio 
● Até a partilha dos bens, tudo pertence a todos (regime de co-propriedade) 
● Sucessão a título singular 
○ Transmissão de uma coisa ou direito determinado 
○ Legado 
 Abertura da Sucessão - SLIDE 02 
● Morte 
● Abertura da Sucessão 
● Características 
● Tempo da abertura 
● Lugar da abertura 
1. Morte 
● Morte como causa da sucessão 
Morte é a causa do fenômeno sucessório 
 Ilicitude do pacto sucessório ou pacta corvina (art. 426, CC) 
Antes da morte não há direito adquirido à sucessão, mas expectativa de direito 
 
● Morte 
Real 
Presumida 
2. Morte real 
Verificada perante o cadáver 
Cessação das funções orgânicas responsáveis pela vida 
● Falência das funções cardíacas e respiratórias (tradicional) 
● Morte cerebral 
 É determinada pela “cessação irreversível de todas as funções do encéfalo, incluindo o tronco encefálico, onde 
se situam as estruturas responsáveis pela manutenção dos processos vitais autônomos, como a pressão arterial e a 
função respiratória” (Maria de Fátima Freire de Sá, in Direito de morrer, Ed. Del Rey). 
 
Art. 3º da Lei 9434/97 
 Resolução 1480/97, Conselho Federal de Medicina 
 Caracterização da morte encefálica 
Será atestada por médico, que declarará: 
● A causa da morte 
● O momento da morte 
 3. Morte presumida 
 Morte real é provável, mas não há o cadáver 
 Resultará, ​sempre​, de provimento judicial 
Hipóteses: 
○ Declaração de ausência (art. 6º, 2ª parte, CC) 
○ Arrecadação do patrimônio (art. 22, CC) 
○ Abertura da sucessão provisória (art. 26, CC) - um ano após arrecadação 
○ Declaração do óbito (180 dias após publicação na imprensa - art. 28, CC) 
○ Prestação de garantias (art. 30, CC) 
○ Aparecimento do ausente (art. 36, CC) 
○ Sucessão definitiva (art. 37, CC) - 10 anos após sucessão provisória - levantamento de cauções 
○ Regresso do ausente em até 10 anos da sucessão definitiva (art. 39, CC) 
Art. 7º, I, CC (extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida – ex. 
naufrágio, catástrofes naturais, acidente aéreo) 
Art. 7º, II, CC (desaparecimento em campanha ou feito prisioneiro) 
 
4. Abertura da sucessão 
● Conceito 
É o desligamento do autor da herança da titularidade daqueles direitos e obrigações suscetíveis de transmissão 
que compõem o seu patrimônio 
Dá-se lugar ao nascimento do direito de herdar 
● Le droit de saisine (o direito de posse de uma herança) 
Art. 1784, CC 
Morto o autor da herança, ela é transferida de pleno direito e imediatamente aos seus sucessores 
Ex. Pais e filhos (acidente de carro) 
 
● Ocorrência de três institutos simultaneamente: 
Abertura da sucessão 
 Delação sucessória (colocação da herança à disposição de quem possa adquiri-la) 
Aquisição da herança 
○ Questão do Fideicomisso (arts. 1951 a 1960, CC) 
● Histórico 
Direito Romano – transmissão direta aos herdeiros 
Direito Medieval – devolução dos bens do servo ao suserano e pagamento do imposto 
 
5. Caraterísticas 
● Herdeiros tornam-se titulares dos direitos e obrigações que pertenciam ao falecido 
● Limite da responsabilidade das dívidas ao ativo hereditário (art. 1792, CC) 
● Deferida como bem imóvel (art. 80, II, CC), indivisível (art. 1791, CC) 
● Possibilidade de cessão do direito a outrem (art. 1793, CC) 
 
6. Tempo da abertura da sucessão 
● Coincide cronologicamente com o evento morte 
● Momento do óbito marca a legislação aplicável ao fenômeno sucessório (art. 1787, CC) 
● Comoriência (art. 8º, CC) 
 
7. Lugar da abertura da sucessão 
● Último domicílio do falecido (art. 1785, CC) 
○ Mesmo que o óbito tenha ocorrido em outro local 
○ Mesmo que seus bens se encontrem em localidade diversa 
● Domicílio (art. 70, CC) 
○ Pluralidade de domicílios (art. 71, CC) 
● 
● Importância 
● Fixação do juízo competente para abertura do inventário (art. 1796, CC; art. 48, NCPC) 
○ Situação de vários domicílios: abertura por prevenção 
○ Domicílio incerto: foro de situação dos bens imóveis (art. 48, parágrafo único, I, NCPC) 
○ Domicílio incerto e bens em vários locais: qualquer dos foros dos imóveis (art. 48, parágrafo 
único, II, ) 
○ Domicílio incerto e não havendo bens imóveis, mas apenas móveis: foro de local de qualquer 
dos bens do espólio (art. 48, parágrafo único, III, NCPC) 
● Art. 23, II, NCPC 
● Art. 10 da LINDB 
● Art. 5º, XXXI, CF 
Transmissão da herança - SLIDE 03 
 
● Conceito 
● Aceitação 
● Renúncia 
● Cessão de Direitos Hereditários 
 
1. Conceito 
Transferência do acervo aos herdeiros e legatários 
○ Questões que dela nascem: 
■ Quando se transmite a herança? 
■ Onde se transmite a herança? 
■ A quem se transmite a herança? 
● Quando? 
○ Questões relativas à abertura da sucessão 
○ Princípio de saisine (art. 1784, CC) 
● Onde? 
○ No último domicílio do inventariado (art. 1785,CC) 
●A quem? 
○ Art. 1786, CC 
○ Herdeiros e legatários instituídos no testamento 
○ Se não houver testamento, aos herdeiros instituídos pela Lei – herdeiros legítimos 
2. Aceitação e renúncia 
● A transferência independe da vontade dos herdeiros e dos legatários 
● Sucessores não estão obrigados a se submeter ao seu recebimento 
○ Aceitação – consolidam a transmissão 
○ Renúncia – repudiam a transmissão 
● Aceitação e renúncia compõem duas faces de uma mesma moeda (excluem-se) 
2.1. Aceitação da herança 
● Art. 1804, CC 
○ Manifestação de aquiescência com a transferência da herança – torna-a definitiva 
● Declaração não receptícia de vontade 
● Ato puro e simples - não pode ser parcial, suportar condição ou termo (art. 1808, CC) 
● Ato irrevogável 
○ Art. 1812, CC 
○ Exceção – se resultante de dolo, coação ou vício do negócio jurídico 
2.1.1. Requisitos para validade 
● Capacidade de fato do herdeiro (art. 5º, CC) 
○ Intervenção de representante legal – se incapaz absoluto (art. 3º, CC) 
○ Intervenção de assistente – se incapaz relativo (art. 4º, CC) 
○ Prévia autorização judicial 
■ Se submetido a tutela (art. 1748, II, CC) 
■ Se submetido a curatela (art. 1781, CC) 
 2.1.2. Espécies 
● Expressa 
● Tácita 
● Presumida 
 
● Aceitação expressa 
 Art. 1805, CC, parte inicial. 
Decorre de documento escrito, público ou privado, bem como de termo judicial 
É a modalidade menos frequente 
● Aceitação tácita 
Art. 1805, CC, in fine 
Herdeiro pratica atos compatíveis com sua condição hereditária 
○ Administração, alienação ou oneração de bens do espólio 
○ Locação, reconstrução ou demolição de prédios 
○ Propositura de ações 
○ Cobrança de dívidas 
○ Cessão onerosa de direitos hereditários 
 Não induzem aceitação tácita (art. 1805, §§ 1º e 2º, CC) 
○ Atos meramente conservatórios: benfeitorias necessárias 
○ Atos de administração e guarda provisória: colheita de frutos maduros, pagamento de dívidas 
vencidas 
 
Aceitação presumida 
○ Art. 1807, CC; incidência do art. 111, CC 
○ Interessado pode ser um credor 
○ Chamada Ação Interrogatória 
 
2.2. Renúncia à herança 
● Art. 1804, parágrafo único, CC 
○ Negócio jurídico unilateral 
○ Herdeiro declara expressamente que não aceita herança 
● Somente ocorre antes da aceitação 
● Renúncia translativa 
○ Aceitação e depois transmissão 
○ Bitributação 
2.2.1. Requisitos para validade 
● Capacidade de fato do herdeiro (art. 5º, CC) 
○ Pais só poderão fazê-la em nome dos filhos com autorização judicial (art. 1691, CC) 
○ Prévia autorização judicial 
■ Se submetido a tutela (art. 1748, II, CC) 
■ Se submetido a curatela (art. 1781, CC) 
● Herdeiro casado – vênia conjugal (art. 1647, I, CC) 
○ Exceção – regime de separação de bens 
○ Falta de autorização 
■ Torna ato anulável 
■ Necessária ação própria (art. 1649, CC) 
2.2.2. Ato solene (art. 1806, CC) 
● Não admite forma tácita 
● Forma: 
○ Instrumento público 
○ Termo nos autos 
 2.2.3. Características 
 Efeito ex tunc 
Retroage como se o renunciante jamais tivesse sido chamado à sucessão dode cujus 
Inexiste direito de representação para descendentes do renunciante 
● Inadmissibilidade de renúncia parcial, a termo ou sob condição (art. 1808, CC) 
Situação dos parágrafos (renúncia de parte dos direitos) 
2.2.4. Efeitos na sucessão legítima 
● Acresce à dos outros herdeiros da mesma classe (art. 1810,CC) 
● Se renunciante for o único da classe, bens serão transmitidos aos herdeiros da classe subsequente (art. 
1810,CC) 
● Filhos do herdeiro renunciante não podem herdar por representação (art. 1811, CC) 
● Se herdeiro for o único da classe, ou se todos da mesma classe renunciarem, filhos do renunciante 
poderão suceder por direito próprio e por cabeça (art. 1811, CC) 
 
2.2.5. Efeitos na sucessão testamentária 
Herdeiro que renuncia herança pode aceitar legado e viceversa (art. 1808, § 1º, CC) 
Herdeiro que sucede sob títulos diversos (sucessão legítima e testamentária) poderá (art. 1808, § 2º, CC): 
● Aceitar legítima e testamentária 
● Aceitar uma e rejeitar outra 
● Rejeitar ambas 
Renúncia gera caducidade da disposição, exceto caso haja indicação de substituto (art. 1947) ou direito de 
acrescer (art. 1941, CC) 
3. Cessão de direitos hereditários 
Conceito 
Art. 1793, CC 
Alienação, gratuita ou onerosa, da herança a terceiro 
Pode ser total ou parcial, do quinhão 
3.2. Capacidade 
Especial para alienar bens 
3.3. Princípios 
● Só pode ser feita após abertura da sucessão (art. 426, CC) 
● Feita por meio de escritura pública (art. 1793, CC) 
● Direito a sucessão aberta é considerado bem imóvel (art. 80, II, CC) 
● Só pode ser efetivada antes da partilha 
● Se depois, será doação ou compra e venda de bem herdado 
● Contrato aleatório 
Cedente não responde, em regra, pela evicção 
Perda da coisa em virtude de sentença judicial a favor de quem possuía direito anterior sobre 
ela 
● Cessão onerosa a estranhos – direito de preferência (arts. 1794 e 1795, CC) 
● Substituição processual do cedente pelo cessionário no inventário 
● Pagamento será feito em nome do cessionário 
Herança Jacente e Herança Vacante - SLIDE 04 
 
● Conceito 
● Hipóteses de Jacência 
● Processo de Jacência 
● Vacância 
● Efeitos da Vacância 
1. Conceitos 
1.1. Conceito de Herança Jacente: 
É a herança que não tem herdeiros conhecidos, ou cujos herdeiros não podem assumir a titularidade da herança 
Pode ser que não haja herdeiros 
1.2. Conceito de Herança Vacante: 
É a herança de que se sabe não haver herdeiros 
Há certeza de que não há herdeiros 
1.3. Natureza Jurídica de ambas: 
Ente despersonalizado (art. 75, VI, CPC) 
2. Hipóteses de jacência 
2.1. Falecimento sem testamento ou herdeiros legítimos 
Arts. 1829 c/c 1844, CC 
Art. 1819, CC 
2.2. Falecimento com testamento (situações relacionadas ao testamento, sem que a herança deixe de ser jacente) 
Ausência de nomeação de herdeiros 
Testamento para nomear tutor para o filho 
Testamento para dispor sobre o funeral 
Herdeiros nomeados pelo testador não queiram ou não possam aceitar a herança 
Situações em que herdeiro morre antes do de cujus, ou ser declarado indigno, ou nem existir 
3. Processo de jacência 
3.1. Arrecadação dos bens 
Art. 738, CPC 
3.2. Curador 
Art. 739, § 1º, CPC 
Atuação do MP 
3.3. Expedição de editais 
Arts. 1820, CC; 741, CPC 
CPC - no site do TJ e do CNJ (por 3 meses) 
Publicação por 3 vezes (intervalos de 1 mês) 
Convocação dos sucessores para que se habilitem no prazo de 6 meses da 1ª publicação 
3.4. Término da fase de jacência 
 Pelo aparecimento de algum herdeiro 
CPC - simples petição de habilitação no processo de jacência 
Poderá ser intentada até antes da declaração da vacância 
Julgada procedente, converte-se em inventário (art. 741,§ 3º, CPC) 
Sentença de declaração de vacância 
Ocorrerá após um ano da publicação do primeiro edital (art. 743, CPC) desde que não haja habilitação 
pendente 
3.5. Declaração imediata da Vacância 
Art. 1823, CC 
Se houver dúvida tanto à existência de outros herdeiros, não poderá ser declarada a vacância imediata 
3.6. Situação dos credores (art. 1821, CC) 
Art. 741, § 4º, CPC 
4. Efeitos da vacância 
 4.1. Cessam os deveres do curador 
 Art. 739, CPC 
4.2. Os bens passam às mãos da Fazenda Pública municipal, Distrito Federal ou União (art. 1822, CC) 
Propriedade resolúvel 
4.3. Herdeiros (fora os colaterais) poderão entrar com Ação de Petição de Herança (arts. 1824 a 1828, CC), até 5 
anos da abertura da sucessão (art. 1822, CC; c/c art. 743, § 2º, CPC) 
4.4. Exclusão dos colaterais se não se habilitarem até a declaração de vacância (art. 1822, parágrafo único, CC) 
 4.5. Poder Público deverá aplicar os bens recebidos em fundações destinada ao ensino universitário (art. 3º do 
Decreto-lei 8207/1945)4.6. Projeto de Lei 259/2011 - aprovado na Câmara 
Herança vacante irá para Santas Casas de Misericórdia no domicílio do de cujus, entidades filantrópicas ou sem 
fins lucrativos que prestam serviços na área da saúde 
 
Petição de Herança - SLIDE 05 
 
● Conceito 
● Legitimidade 
● Características 
 
1. Conceito 
Art. 1824, CC 
É a solicitação levada a efeito pelo herdeiro perante o juízo do inventário,visando o reconhecimento de seus 
direitos sucessórios. 
Destina-se ao reconhecimento da qualidade sucessória de quem a intentar 
Visa a positivação de um status do qual deriva a aquisição da herança 
Herança recolhida por parentes mais afastados e surge parente mais próximo 
Filho natural judicialmente reconhecido 
Situação de testamento descoberto depois de inventariados e partilhados os bens 
Geralmente é proposta juntamente com Ação Investigatória de Paternidade 
Mas é ação independente, pode ser proposta de forma autônoma 
 Necessidade do reconhecimento do estado de herdeiro 
 
2. Legitimidade 
● Legitimidade ativa: 
Cabe a quem se afirma herdeiro e busca esse título,pretendendo lhe pertença exclusivamente, ou tão-só, a 
participação na herança 
● Legitimidade passiva: 
Herdeiro, que, indevidamente, esteja a deter a posse sobre bens que não lhe pertençam; 
Terceiro estranho, que tenha a posse ilegal sobre bens hereditários; 
Herdeiro putativo ou aparente, que, por não ser sucessor do de cujus não possua direito ao acervo da herança. 
 
3. Características 
 Restituição dos bens do acervo hereditário e a boa-fé ou a má-fé do possuidor (art. 1826, CC) 
Possuidor indevido deve restituir os bens aos herdeiros 
● Responsabilidade do possuidor (arts. 1214 a 1222, CC) 
De boa-fé (arts. 1214, 1217 e 1219, CC) 
De má-fé (arts. 1216, 1218 e 1220, CC) 
● Presunção de má-fé para qualquer possuidor a partir da citação (art. 1826, parágrafo único, CC) 
Direito do herdeiro à petição de herança em face de terceiro (art. 1827, CC) 
● Se terceiro adquirente é de boa-fé 
Alienações onerosas são preservadas 
Se alienações são gratuitas, é ineficaz 
● Se terceiro adquirente é de má-fé 
Alienações gratuitas ou onerosas são ineficazes 
● Se alienação ficou preservada, possuidor responderá pelo valor dos bens 
● Prazo para propositura: 
10 anos, a partir do término do inventário (art. 205, CC) 
Alguns doutrinadores fundamentam que não há prazo 
● Pode ser proposta antes ou depois de homologada a partilha 
Não faz coisa julgada contra o herdeiro real 
 Não há necessidade de rescindir a partilha 
○ Exclusão do herdeiro real determina sua nulidade absoluta 
● Reserva de quinhão (art. 628, CPC) 
 
Vocação Hereditária - SLIDE 06 
 
● Conceito 
● Dos que herdam por sucessão legítima e por testamentária 
● Dos não legitimados a suceder 
● Da ilegitimidade relativa 
 
1. Conceitos 
 Capacidade sucessória 
● Herdeiro legítimo 
● Herdeiro testamentário 
Incapacidade Sucessória 
 
Ilegitimidade sucessória 
● Absoluta: incapacidade sucessória 
● Relativa: art. 1801, CC 
 
2.Dos que herdam por sucessão legítima 
Art. 1798, CC 
Pessoas já nascidas 
● Quem não tem personalidade jurídica no momento da abertura da sucessão, não pode ser 
herdeiro 
Nascituro 
● Curador ao ventre (art. 878, parágrafo único, CPC; não consta no NCPC) 
Nascituro x embrião 
● Discussão da personalidade jurídica do embrião 
● Soluções apresentadas pela doutrina 
Exclusão da pessoa jurídica na sucessão legítima 
 
3. Dos que herdam por sucessão testamentária 
Art. 1799, CC 
Aqueles ainda não concebidos 
Concepturo (prole eventual) 
● Não poderá ser da própria prole do testador (confrontação com o art. 1798, CC) 
● Não é substituição fideicomissária 
● Insegurança do instituto 
● Prazo: 2 anos (art. 1800, §4º, CC); se superado o prazo, caducidade do testamento 
● Conservação dos bens: curador (art. 1800, caput, CC) 
 Situação da adoção 
● Ressalva em testamento para filhos biológicos 
Pessoas jurídicas 
● Necessidade de personalidade jurídica (art. 45, CC) 
● Exceção: fundações (art. 1799, III, CC) 
Questão controversa quanto aos bens não serem suficientes para a criação da fundação 
● Devolução para os herdeiros legítimos 
● Destinação dos bens para outra fundação (art. 69, CC) 
4. Dos não legitimados a suceder 
 Ilegitimidade sucessória 
● Absoluta: situação de incapacidade sucessória 
○ Não é nem herdeiro legítimo, nemtestamentário 
● Relativa:Ocorrem apenas na sucessão testamentária 
○ Possui capacidade sucessória 
○ Lei estabelece a ilegitimidade (art. 1801, CC) 
4.1.Ilegitimidade relativa 
 Pessoa que a rogo escreveu o testamento (art. 1801, I, CC) 
● Situação do descendente – art. 1802, parágrafo único) 
● Aplicável ao testamento cerrado 
● Não aplicável ao testamento particular (art. 1876, caput,CC) 
Testemunhas (art. 1801, II, CC) 
● Nulidade atinge apenas a deixa respectiva 
● Interpretação do art. 1802, CC confrontada com o princípio da conservação dos negócios 
jurídicos (arts. 184 e 1910, CC) 
 
Concubino (art. 1801, III, CC) 
● Crítica ao texto 
● Concubino x companheiro 
● Prazo diferente (art. 1830, CC) 
○ Ausência de prazo (art. 1723, §1º, CC) 
● Discussão da culpa 
 
Tabelião (art. 1801, IV, CC) 
 
Indignidade e Deserdação - SLIDE 07 
 
● Conceito 
● Causas legais 
● Procedimento 
● Perdão 
● Efeitos 
1. Indignidade - Conceito 
É ato ilícito cometido pelo sucessor, a que se comina sanção de exclusão da sucessão em face de determinada 
herança 
Ingratidão para com o de cujus ou familiares próximos dele 
Se aplica a todos os tipos de sucessão 
○ Herdeiros legítimos 
○ Herdeiros testamentários 
○ Legatários 
Diferença da deserdação 
● Esta, embora seja hipótese de exclusão (art. 1961, CC), se aplica apenas a herdeiros necessários 
● Não decorre diretamente da lei, mas da vontade do testador 
2. Indignidade - Causas legais 
 Atentado contra a vida (Art. 1814, I, CC) 
○ Não importa se matou visando a herança 
○ Exclusão do crime culposo 
○ Dispensa-se condenação criminal (art. 935, CC) 
○ Processo criminal não suspende processo civil 
○ Influência da sentença criminal na civil 
○ Legítima defesa e estado de necessidade – excluem o crime, e a indignidade (art. 188, CC) 
○ Quanto aos penalmente inimputáveis – dissenso 
■ Não estão sujeitos à pena por indignidade 
■ Relativamente incapazes (no cível) – seriam excluídos 
■ Absolutamente incapazes (no cível) – seriam isentados da pena 
Atentado contra a honra (Art. 1814, II, CC) 
○ Denunciação caluniosa em juízo (art. 339, CP) 
○ Somente contra o de cujus 
○ Desnecessária condenação no âmbito criminal 
Crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria –arts. 138 a 140, CP) 
○ Necessária sentença condenatória 
○ Crime que se procede mediante representação 
○ Crime praticado contra o de cujus, ou seu cônjuge ou companheiro 
Atentado contra a liberdade (Art. 1814, III, CC) 
● Coação para impedir que o testamento seja feito 
● Situações de destruição de testamento particular ou cerrado 
 
3. Indignidade - Procedimento 
 Sentença declaratória de indignidade 
● Art. 1815, CC 
● Necessária ação própria para o reconhecimento da indignidade 
Legitimidade ativa 
● Dissenso: 
■ Somente os beneficiados com a exclusão 
■ Quaisquer dos herdeiros, mesmo que não beneficiados, e até mesmo o credor 
■ Art. 12, parágrafo único, CC 
■ Ministério Público, desde que presente o interesse público, ou situação do art. 1814, 
I, CC (art. 1815, § 2º, CC) 
● Prazo para pleitear a exclusão 
○ Art. 1815, § 1º, CC 
○ Decadencial de 4 anos, contados da abertura da sucessão 
 
3. Indignidade - Perdão 
Reabilitação expressa do indigno 
○ Art. 1818, CC 
○ Por testamento ou ato autêntico(escrito particular) 
Reabilitação tácita do indigno 
○ Art. 1818, parágrafo único, CC 
○ Terá direito somente à deixa testamentária e não à parte da herança legítima 
3. Indignidade - Efeitos 
 A) Efeitos pessoais da indignidade 
● Art. 1816, CC 
● Pena de natureza civil. Não passam da pessoa do indigno 
● Indigno é considerado pré-morto 
● Herdeiros do indigno herdam por representação, mas não por direito próprio (arts. 1851 a 1853, CC) 
B) Perda do Direito de Usufruto ou à administração dos bens destinados aos seus sucessores 
● Art. 1816, parágrafo único, CC 
● Art. 1689, CC 
● Impedimento de benefício ao indigno por via transversal 
C) Perda do direito à sucessão eventual desses bens 
● Art. 1816, parágrafo único, CC 
 D) Validade das alienações onerosas 
● Art. 1817, CC 
 E) Direito dos herdeiros a perdas e danos 
● Art. 1817, CC 
F) Obrigação de restituir os frutos e rendimentos 
● Art. 1817, parágrafo único, CC 
G) Direito a reembolso e à cobrança de créditos 
● Art. 1817, parágrafo único, CC 
 
4. Deserdação - Conceito 
É o ato pelo qual o testador retira, por declaração expressa inserta em testamento, a legítima de seus herdeiros 
necessários, configurando a única hipótese de privação da metade indisponível de tais herdeiros 
 Herdeiros necessários (art. 1845, CC) 
● Legítima 
● Parte disponível 
5. Deserdação - Causas legais 
Art. 1814, CC 
 Arts. 1962 e 1963, CC 
● Ofensa física 
● Injúria grave 
● Relações ilícitas com quem ascendente e descendente mantenha vínculo conjugal ou de união 
estável 
● Desamparo de ascendente ou descendente portador de deficiência mental ou grave 
enfermidade 
Situação do Cônjuge – não mencionada no CC 
6. Deserdação - Requisitos 
 Testamento 
● Art. 1964, CC 
Ação Declaratória de Deserdação 
● Comprovação dos atos de deserdação 
■ Preparação das provas em vida e indicação no testamento 
● Sentença transitada em julgado 
● Art. 1965, CC 
7. Deserdação - Efeitos 
Da posse e propriedade dos bens da herança 
Herdeiro que tenha a seu desfavor cláusula de deserdação terá a posse e propriedade dos bens da 
herança até que por sentença judicial seja excluído da sucessão 
Efeitos da deserdação 
● Privação do direito à legítima 
● Privação da metade disponível 
● Recebimento por parte do herdeiro do excluído da quota que teria direito seu ascendente 
● Perda do direito ao usufruto, administração ou sucessão dos bens dos filhos menores que 
herdarem 
8. Deserdação - Perdão 
 Do perdão concedido ao deserdado 
● Aplicação analógica do art. 1818, CC 
● Perdão expresso 
○ Disposto em testamento posterior ou outro documento autêntico 
● Perdão tácito 
○ Existência de testamento posterior que não inseriu cláusula de deserdação 
 
Sucessão Legítima - Regras gerais - SLIDE 08 
 
● Conceitos gerais 
● Hipóteses de sucessão legítima 
● Regras fundamentais da sucessão legítima 
 
Conceitos gerais 
Sucessão legítima 
 Decorrente das disposições legais (art. 1829,CC) 
Sucessão testamentária 
 Decorrente de um ato de última vontade do falecido (testamento) – arts. 1857 a 1990, CC 
 Sucessão mista 
 Englobará a testamentária e a legítima 
 
 Hipóteses de Sucessão Legítima: 
Falecimento sem testamento (ab intestato) 
Testador não dispôs da totalidade da herança 
 Presença de herdeiros necessários (arts. 1845 e 1846, CC) 
Pré-morte do herdeiro testamentário (sem previsão do direito de substituição no testamento) 
Renúncia do herdeiro testamentário (sem previsão do direito de substituição no testamento) 
Herdeiro testamentário for excluído da sucessão por indignidade 
Reconhecimento de invalidade do testamento (ser nulo ou anulável) 
 Testamento nulo 
● Feito por pessoa absolutamente incapaz (art. 1860, parágrafo único,CC) 
● For ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto 
● O motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito 
● Não revestir a forma prescrita em lei 
● For preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para sua validade 
● Tiver por objetivo fraudar lei imperativa 
● A lei taxativamente o declara nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção (ex. art. 1900, CC) 
 Testamento anulável (art. 1909, CC) 
 
Outros Conceitos Gerais? 
 Linha de parentesco 
 Consanguíneo (vínculo biológico) ou Civil 
 Linha reta (é infinito) 
● Descendente 
● Ascendente 
● Linha colateral, transversal ou oblíqua (limita-se ao 4º grau) 
Afinidade (vínculo conjugal) 
● Não tem direito sucessório na sucessão legítima 
● Lei contempla apenas os consanguíneos e/ou civis 
 
Classe de Herdeiros 
 Art. 1829, CC 
● 1ª classe – descendentes 
● 2ª classe – ascendentes 
● 3ª classe – cônjuge 
● 4ª classe – colaterais 
 Graus de parentesco 
Art. 1594, CC 
● Contagem na linha reta 
● Contagem na linha transversal 
 
Regras Fundamentais da Sucessão Legítima 
Existência de herdeiros de uma classe exclui o chamamento da classe seguinte 
● Presunção legal de afetividade 
● Situação da concorrência do cônjuge supérstite 
 
 Ex.1 - Falecido deixou pai vivo e filho vivo. 
 Ex.2 – Falecido deixou pai vivo e irmãos. 
 Ex. 3 – Falecido casado não deixou filhos e pais, mas tinha irmãos. 
 
Dentro de uma mesma classe de herdeiros,os de grau mais próximo excluem os de mais remoto 
Arts. 1833, 1835 e 1840, CC 
 Ex. 1 – Falecido deixa filhos e neto. 
 Ex. 2 – Falecido deixa dois irmãos e um tio. 
 
Direito de representação 
● Arts. 1851 a 1856, CC 
 Herdeiro falecido (pré-morto) antes da abertura da sucessão de quem se trata 
● Seus herdeiros assumem o seu lugar 
 Hipóteses de direito de representação (estirpe) 
● Art. 1852, 1853, CC 
● Art. 1816, CC (indignidade) 
● Art. 1856, CC (ex. renuncia à herança do pai, pré-morto, mas não à herança do avô) 
Hipóteses em que há direito próprio (cabeça) 
● Herdeiros no mesmo grau 
 
Sucessão Legítima - Regras específicas - SLIDE 09 
 
● Sucessão dos descendentes 
● Sucessão dos ascendentes 
● Sucessão do cônjuge 
● Concorrência sucessória do cônjuge 
● Sucessão dos Colaterais 
 
Sucessão legítima - Descendentes 
 1ª classe 
● Art. 1829, I, CC 
 Regras 
 1ª - Entre os descendentes, os de grau mais próximo excluem os de mais remoto, salvo direito de representação 
(art. 1833, CC) 
 Ex. 1 – falecido deixa filhos e netos 
 Ex. 2 – falecido deixa filho vivo, e filho pré-morto (que tem dois filhos) 
Ex. 3 – falecido deixa filho vivo e filho pré-morto (deste há um neto vivo e outro pré-morto que deixou dois 
bisnetos) 
2ª - Se todos os descendentes forem do mesmo grau, recebem por direito próprio e por cabeça (art. 1835, CC) 
 Ex. 1 – falecido deixa 3 filhos vivos 
 Ex. 2 – falecido tinha 2 filhos pré-mortos, um neto de um e dois netos de outro 
Ex. 3 – falecido tinha 2 filhos pré-mortos (B e C); B teve o filho D; C teve o filho E (pré-morto) e F; E teve os 
filhos G e H 
 
Sucessão legítima - Ascendentes 
2ª classe 
● Art. 1829, II, CC 
 Regras 
1ª - Entre os ascendentes, os de grau mais próximo excluem os de mais remoto, sem distinção de linhas (art. 
1836, §1º, CC) 
2ª - Não existe direito de representação (art. 1852, CC) 
 Ex. 1 – falecido deixa pais e avós 
Ex. 2 – falecido deixa apenas pai (mãe é pré-morta); todavia os avós maternos são vivos 
3ª - Havendo igualdade em graus e diversidade em linhas, os 
ascendentes da linha paterna herdam uma metade e os da 
materna a outra (art. 1836, §2º, CC) 
 Ex. 1 – falecido deixa avós paternos e maternos 
Ex. 2 – falecido deixa avó materna e dois avós paternos 
 Parentesco por afinidade (sogro e sogra) 
Não herdam – sucessão ocorre somente por consanguinidade ou parentalidade civil (adoção)Sucessão legítima - Cônjuge: requisitos iniciais 
 3ª classe 
 Art. 1829, III, CC 
 Herdeiro único (art. 1838, CC) 
Distinção entre meação e herança 
Direito de concorrência (art. 1829, I e II, CC) 
Direito real de habitação 
 Requisitos para o cônjuge ser herdeiro 
Art. 1830, CC 
Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam 
separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa 
convivência se tornara impossível sem​ culpa do sobrevivente​. 
● Não estar separado juridicamente, nem divorciado 
● Não estar separado de fato há mais de dois anos 
● Discussão da culpa 
 
Quadrante patrimonial 
Distinção entre herança e meação 
 
 
Direito real de habitação (art. 1831, CC) 
Espécie de Direito Real (art. 1225, VI, CC) 
 Titular do direito deverá morar (não pode alugar ou emprestar) 
Habitação será gratuita 
Arcará com pagamento de tributos incidentes sobre o imóvel; despesas condominiais e despesas 
ordinárias (conservação e manutenção) 
Se não cumprir com essas obrigações – proprietário poderá pedir judicialmente extinção do direito real 
Independe do regime de bens 
Extingue-se com a morte (não se extingue com novo casamento ou união estável) 
Imóvel deverá ser o único a inventariar 
Se deixou mais de um imóvel residencial – direito recairá sobre um deles 
Sucessão legítima - Cônjuge: concorrência com descendentes 
 
Distinção: meação x sucessão (herança) 
Análise dos regimes de bens (art. 1829, I, CC) 
 
 
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário nº 646.721) (Vide 
Recurso Extraordinário nº 878.694) 
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no 
regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no 
regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; 
 
 
Massa patrimonial em que incidirá a concorrência sucessória 
Corrente majoritária (incidência sobre bens particulares do de cujus) 
Enunciado 270 do CJF: “Art. 1.829: O art. 1.829, inc. I, só assegura ao cônjuge sobrevivente o direito de 
concorrência com os descendentes do autor da herança quando casados no regime da separação convencional de 
bens ou, se casados nos regimes da comunhão parcial ou participação final nos aquestos, o falecido possuísse 
bens particulares, hipóteses em que a concorrência se restringe a tais bens, devendo os bens comuns (meação) ser 
partilhados exclusivamente entre os descendentes.” 
Regra de ouro: “Na massa patrimonial em que se mea, não se herda; na massa patrimonial em que se herda, não 
se mea” 
Defensores: Flávio Tartuce, Giselda Hironaka, José Fernando Simão, Rolf Madaleno, Zeno Veloso 
Uniformização da jurisprudência do STJ: informativo 563, REsp 1.368.123-SP 
● Análise do quadrante patrimonial 
Quadrante patrimonial 
Massa patrimonial em que incide a concorrência sucessória do cônjuge supérstite 
 
 
Massa patrimonial em que incidirá a concorrência sucessória 
● Correntes minoritárias 
Corrente 1 (incidência sobre bens comuns e particulares do de cujus) 
 Fundamento: patrimônio se transforma num todo indivisível 
Defensores: Maria Helena Diniz, Guilherme Calmon Nogueira da Gama, Luiz Paulo Vieira de Carvalho 
 Corrente 2 (incidência sobre bens comuns do de cujus) 
Fundamento: a vontade do cônjuge, manifestada no casamento, deve ser tomada em consideração também no 
momento de interpretar as regras sucessórias 
Defensores: Maria Berenice Dias, Ministra Nancy Andrighi 
 Votos no STJ: REsp 992.749-MS, 1.117.563-SP, 1.377.084-MG 
 
 
Cálculo do quinhão do cônjuge 
● Art. 1832, CC 
 Cônjuge herdará quinhão igual ao do descendente que sucede por cabeça 
 Filiação comum 
● Cota do cônjuge supérstite não poderá ser inferior a ¼ (25%) 
 Filiação exclusiva 
● Cota do cônjuge supérstite será igual à dos descendentes 
 Filiação híbrida (filhos comuns e exclusivos) 
● Não há solução pacífica para filiação híbrida 
Corrente 1 (Venosa, Cahali e José Fernando Simão) 
Todos os descendentes são iguais 
 Consequência: reserva de 25% para o cônjuge 
 Corrente 2 (Flávio Tartuce, Maria Helena Diniz, Rolf Madaleno) 
Corrente majoritária 
Aplicação do enunciado 527, CJF 
“Art. 1832. Na concorrência entre o cônjuge e os herdeiros do de cujus, não será reservada a quarta parte da 
herança para o sobrevivente no caso de filiação híbrida.” 
● Consequência: não há reserva de 25% para o cônjuge 
 
Cálculo do quinhão do cônjuge 
● Filiação híbrida (filhos comuns e exclusivos) 
Corrente 3 (Gustavo André Guimarães Medeiros) 
 
Legenda 
Qc = valor do quinhão do cônjuge 
Qf = valor do quinhão do filho 
H = valor da herança objeto de concorrência sucessória 
S = número total de filhos 
Nc = número de filhos comuns 
Nx = número de filhos exclusivos 
 
Corrente 3 (Gustavo André Guimarães Medeiros) 
Aplicação prática da corrente 3, dividindo herança de $1200 entre cônjuge supérstite e descendentes híbridos, na 
situação em que há 10 filhos 
 
 
Breve análise dos regimes de bens 
 Regimes em que ​não há ​concorrência sucessória 
 Comunhão universal (arts. 1667 a 1671, CC) 
● Há meação 
● Outra metade é exclusiva dos herdeiros 
● Dúvida: situação dos bens particulares desse regime (art. 1668, CC; ex. cláusula de incomunicabilidade) 
Comunhão parcial de bens, ​se não houver bens particulares​ (arts. 1658 a 1666, CC) 
● Há apenas bens comuns 
● Há meação 
● Outra metade é exclusiva dos herdeiros 
 Separação obrigatória de bens (art. 1641, CC) 
● Erro material no texto do art. 1829, I, CC 
● Lei impede comunhão em vida, também deverá impedir comunhão post mortem 
● Situação da súmula 377, STF 
● Partilha dos aquestos (impedir enriquecimento sem causa) 
Regimes em que ​há concorrência​ sucessória 
Comunhão parcial de bens, ​se houver bens particulares​ (arts. 1658 a 1666, CC) 
● Bens comuns - meação do cônjuge e do de cujus (que vai para os herdeiros) 
● Bens particulares - nos quais incidirá a concorrência sucessória 
 Separação convencional de bens (arts. 1687 e 1688, CC) 
● Não há meação 
● Bens particulares - nos quais incidirá a concorrência sucessória 
 Críticas 
● Burla a intenção dos cônjuges de não haver qualquer comunicação de patrimônio, mesmo que a título de 
herança 
● Testador não poderá dispor de maneira diversa, pois cônjuge supérstite é herdeiro necessário (direito de 
receber a legítima) 
 Participação final nos aquestos (arts. 1672 a 1686, CC) 
Situações a serem trabalhadas 
a) todos os bens deixados são particulares não haverá participação nos aquestos, mas haverá herança de 
concorrência 
b) todos os bens deixados são aquestos haverá participação nos aquestos, mas não haverá herança de 
concorrência 
 c) há bens de aquestos e bens particulares 
 haverá participação do cônjuge nos aquestos e haverá sucessão de concorrência nos bens particulares 
 
Sucessão legítima - Cônjuge: concorrência com​ ascendentes 
 
Regimes de bem em que vigora 
 Quaisquer regimes 
 Sempre haverá concorrência 
 Art. 1829, II, CC 
Não confundir com o direito à meação 
● Cálculo do quinhão do cônjuge (art. 1837, CC) 
 Concorrência com dois ascendentes de 1º grau – cônjuge terá 1/3 da herança 
 Concorrência com um ascendente de 1º grau – cônjuge terá 1/2 da herança 
 Concorrência com ascendente de 2º grau ou mais – cônjuge terá 1/2 da herança 
 
Sucessão legítima - Colaterais 
 
4ª classe 
 Art. 1829, IV, CC 
 Art. 1839,CC – art. 1592, CC 
Não são herdeiros necessários (art. 1850, CC) 
Art. 1.850. Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador disponha de seu patrimônio sem 
os contemplar. 
Possibilidade de se fazer testamento excluindo-os 
Regra do art. 1840, CC e direito de representação (art. 1853, CC) 
 
• Irmãos (2º grau) 
 Somente bilaterais – divide-se por cabeça 
•Somente unilaterais – divide-se por cabeça (art. 1842, CC) 
Art. 1.842. Não concorrendo à herança irmão bilateral, herdarão, em partes iguais, os unilaterais. 
 Bilaterais (2x) e unilaterais (1x) – art. 1841, CC 
Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará 
metade do que cada um daqueles herdar. 
• Cálculo 
• Direito de representação (arts. 1840 e 1853, CC) 
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação 
concedido aos filhos de irmãos. 
 
Art. 1.853. Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor dos filhos de irmãos do 
falecido, quando com irmãos deste concorrerem. 
Sobrinhos (3º grau) 
 Art. 1843, CC 
Art. 1.843. Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios. 
§ 1​o​ Se concorrerem à herança somente filhos de irmãos falecidos, herdarão por cabeça. 
§ 2​o Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um destes herdará a metade 
do que herdar cada um daqueles. 
§ 3​o​ Se todos forem filhos de irmãos bilaterais, ou todos de irmãos unilaterais, herdarão por igual. 
 
 Herdarão por cabeça (§1º) 
 Sobrinhos bilaterais e unilaterais (§2º) 
Tios (3º grau) 
 Art. 1843, CC 
 Não existe representação 
 Herdarão por cabeça 
Tios-avós, sobrinhos-netos e primos (4º grau) 
 Não existe representação 
 Herdarão por cabeça

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