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Entre as principais ameaças relacionadas com os problemas ambientais no Brasil estão a poluição da água, do ar e do solo, o desmatamento, o depósito e disposição de lixo em locais inadequados, a caça e a pesca predatórias, o desperdício de alimentos e de recursos naturais, e o aquecimento global. No Brasil, as primeiras iniciativas do governo para a preservação do meio ambiente surgiram somente na década de 1930, no período da industrialização brasileira. Nos dias atuais, a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), estabelecida pela Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e regulamentada pelo Decreto Federal nº 99.274, de 6 de junho de 1990, é a referência mais importante na proteção ambiental. Ela dá efetividade ao artigo Constitucional 225. O Direito que está ordenado neste artigo é referente ao meio ambiente equilibrado simultaneamente ao dever de responsabilidade, quando uma atividade gerar dano ambiental. Portanto, esse dispositivo Constitucional, regulador do meio ambiente determina o não uso indiscriminado de determinado bem, quando sua utilização colocar em risco o equilíbrio ambiental. Esta ação governamental objetiva a manutenção do equilíbrio ecológico, sendo certo que o meio ambiente é um patrimônio público de uso coletivo e deve ser necessariamente protegido. Por isso é que a preservação, a recuperação e a revitalização do meio ambiente hão de constituir uma preocupação do Poder Público e, consequentemente, do Direito, porque ele forma a ambiência na qual se move, desenvolve, atua e expande a vida humana. O objetivo da Política Nacional do Meio Ambiente é de regulamentar as várias atividades que envolvam o meio ambiente, para que haja preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, tornando favorável a vida, assegurando à população condições propícias para seu desenvolvimento social e econômico. Esses objetivos para serem atingidos, devem ser orientados por princípios fundamentais na busca da proteção ambiental. Com a aprovação da Lei de Crimes Ambientais, ou Lei da Natureza (Lei Nº 9.605 de 13 de fevereiro de 1998), a sociedade brasileira, os órgãos ambientais e o Ministério Público passaram a contar com um mecanismo para punição aos infratores do meio ambiente. A Lei de Crimes Ambientais reordenou a legislação ambiental brasileira no que se refere às infrações e punições. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras da infração. A especialista em Direito Processual Civil e pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), Luciana Stocco Betiol, explica que o Brasil carece de mecanismos de fiscalização e apuração dos crimes. “O País possui um conjunto de leis ambientais consideradas excelentes, mas que nem sempre são adequadamente aplicadas, por inexistirem recursos e capacidades técnicas para executar a lei plenamente em todas as unidades federativas”, finaliza a pesquisadora. REFERÊNCIAS GOVERNO DO BRASIL. Legislação ambiental no Brasil é uma das mais completas do mundo. Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/noticias/meio- ambiente/2010/10/legislacao> Acesso em: 25 de abril de 2019 JUS BRASIL. Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) - Lei nº 6938/81. Disponível em: < https://nathymendes.jusbrasil.com.br/noticias/321528492/politica- nacional-do-meio-ambiente-pnma-lei-n-6938-81> Acesso em: 25 de abril de 2019
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