Aula 14 - Petição Inicial referente a ação de cobrança

Prévia do material em texto

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Comarca de [​Jundiai​], 
Estado de São Paulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Royal Manutenção e Informática Ltda​, 
sociedade empresária, com sede na Rua Boa Vista, n° 99, sala 16, 
Município de Jundiaí, Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 
32050200100, neste ato representado por seu sócio, na conformidade de 
seus atos constitutivos ​(doc. 15)​, por seus advogados ​(doc. 13)​, vem, à 
presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 319 do Código 
de Processo Civil, ajuizar a presente 
 
AÇÃO DE COBRANÇA 
 
em face de ​Medeiros e Mesquita Advogados Associados​, sociedade 
simples, devidamente inscrita no CNPJ/MF sob o n° 1502201900105 e na 
Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional São Paulo sob nº 2013051419, 
com sede na Avenida Quinze De Novembro, n° 13, bairro São Manoel 
Município de Jundiaí, Estado de São Paulo, CEP 02417-150, o que ora faz 
pelas razões de fato e de direito a seguir articuladas. 
 
I – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO 
 
1. Diante da redação do art. 334 do CPC/15, informa 
a empresa autora que NÃO SE OPÕE à designação da audiência de 
conciliação ou mediação prevista no diploma processual civil, em que pese 
as tentativas anteriores de composição amigável anteriores a propositura da 
presente ação. 
 
2. Todavia, caso o réu manifeste expressamente o 
seu desinteresse na audiência de conciliação, requer a autora desde já que a 
mesma seja cancelada tempestivamente, nos termos do art. 334, §4º, inciso 
I do CPC/15. 
 
II – DOS FATOS 
 
3. A empresa autora dedica-se à prestação de 
serviços e comercialização de produtos vinculados à área de informática, 
atendendo diversas empresas em todo o território nacional. 
 
4. Em 03 de agosto de 2016, a autora firmou 
contrato de prestação de serviços pertinente a assistência técnica na área de 
informática com o escritório réu, conforme proposta enviada através de 
e-mail, ocasião em que o escritório réu optou por um dos planos oferecidos 
pela autora e informa seus dados cadastrais 
 
5. No contrato firmado por email, o escritório réu 
aderiu ao pacote “Plano Jurídico” com mensalidade de R$ 450,00, o qual o 
compreende acesso remoto de urgências em caso de falhas operacionais , 
assistência de impressoras, scaner`s, atualização de softwares mensalmente 
, conforme relatório de visitas assinado pelo representante legal do 
escritório réu , o DR Mike Ross 
 
6. ​O pacote contratado também contempla eventualmente 
mão de obra necessária ​á substituição de peças de computadores do 
escritório réu, componetes estes que serão cobrados no valor de mercado 
após aprovação do cliente 
 
 
7. ​Ocorre que , não obstante os anos de parceria em 
virtude de dificuldades financeiras, o escritório réu deixou de efetuar o 
pagamento dos últimos 5( cinco ) meses, estando inadimplente até o 
presente momento, embora o serviço têcnico tenha sido devidamente 
prestado. 
 
8. Diversos foram os contatos empreendidos em busca de uma 
resolução amigável, os quais restaram infrutíferos para recebimento da 
quantia de ​R$ [2,272,50]​, valor esse atualizado até outubro de 2018 
(segundo a Tabela Prática do TJSP), e acrescido de juros de 1% (um por 
cento) ao mês: 
 
Valor 
Inicial Vencimento 
Valor 
Atualizado Juros 
Valor 
Final 
R$ R$ R$ R$ 
450,00 julho 454,50 1% 454,50 
450,00 agosto 454,50 1% 454,00 
Valor total atualizado acrescido de juros 2,272,50 R$ 
 
III – DO DIREITO 
 
11. No caso em tela, cumpre registrar que embora 
não haja a contratação dos serviços formalizada por instrumento particular, 
a empresa autora apresenta na ação diversos ​e-mail’s e as respectivas notas 
fiscais que demonstram a prestação dos serviços de assistência técnica ao 
escritório réu desde o dia 03 de agosto de 2016. 
 
12. Assim, imprescindível pontuar que o Código 
Civil brasileiro não exige a forma escrita/solene para os contratos de 
prestação de serviços, conforme leciona o Prof. [​Carlos Roberto 
Gonçalves​]: pelo princípio da autonomia da vontade, ninguém é obrigado a 
contratar a ordem jurídica concede a liberdade de contratar e definir os 
termos e objetivo da avença os que o fizeram, porém , sendo o contrato 
válido e eficaz, devem cumpri-lo , não ser como anuência do outro 
contrante. 
 
(GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. v. 3. 15ª ed. São 
Paulo: Saraiva, jur) 
 
13. Em matéria de serviços digitais é prática comum 
a informalidade das tratativas comerciais, até mesmo em virtude do baixo 
custo envolvendo determinadas contratações, o que não inviabiliza a 
presente cobrança diante do inadimplemento do escritório réu nos termos 
do art. 389 do Código Civil. 
 
16. Entretando de acordo com o artigo 315 cc, as devidas 
em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo 
valor nominal, como a divida não foi paga na data do vencimento , a 
sociedade ré, responde por perdas e danos , mais juros e atualização 
monetária. 
IV – DO PEDIDO 
 
19. Assim, em harmonia com o que restou exposto e 
evidenciado, requer-se: 
 
a) ​a designação de audiência de conciliação ou mediação, nos termos do 
art. 334 do CPC/15, a qual o autor não se opõe, exceto se de forma 
contrária se manifestarem as empresas rés, hipótese na qual a audiência 
designada deverá ser cancelada, nos termos do §4º, inciso I do CPC/15; 
 
b) a citação do escritório réu, via postal com aviso de recebimento, no 
endereço declinado, para, querendo, compareça na audiência de conciliação 
ou mediação designada, ou manifeste a sua discordância, ofereça defesa no 
prazo legal, sob pena de serem-lhe decretados os efeitos da confissão e 
revelia, com a PROCEDÊNCIA dos pedidos aventados na exordial; 
 
c)​ a procedência dos pedidos da ação para o fim de: 
 
c.1) condenar o escritório réu ao pagamento dos valores referentes aos 
serviços prestados, acrescido de correção monetária e juros moratórios, o 
que perfaz, nesta data, a quantia de ​R$ 2,272,50​ (número por extenso); 
 
c.2) condenar o escritório réu ao pagamento das custas, despesas 
processuais atualizadas e honorários advocatícios de sucumbência no 
importe de 10% (dez por cento), nos moldes do art. 82, §2º e art. 85, ambos 
do CPC/15. 
 
Protesta-se pela produção de todos os meios de 
prova em direito admitidos, especialmente prova documental e o 
depoimento pessoal do representante legal do réu, sob pena de confissão. 
 
 
Dá-se a presente causa o valor de ​R$ 
2,272,50​(número por extenso). 
 
Termos em que, 
 
pede deferimento. 
 
São Paulo, 14 de maio de 2018. 
 
 
RONIMAR LOPES MATIAS ADVOGADO 
OAB/SP 5159796