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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA RITOS ESPECIAIS CÍVEIS Atividade 1 TREINO DE HABILIDADE: AVALIAÇÃO PROFISSIONAL Antonio e Henrique celebraram contrato locação de imóvel em Belém, ficando ajustado o preço de R$ 2.000,00 a ser reajustado anualmente e definido o foro da comarca da capital do Pará para dirimir quaisquer conflitos. De forma abrupta após seis meses do contrato Henrique o locatário recebeu comunicação do locador que o aluguel seria majorado para R$ 2500,00 já no sétimo mês de vigência do contrato, em razão do aumento dos valores locatícios na cidade. Como estava na vigência do contrato Henrique notificou Antonio, manifestando a sua expressa discordância. Na data aprazada para pagamento do aluguel Henrique se dirigiu a residência de Antonio para o pagamento e este recusou o recebimento, argumentando que somente receberia e daria quitação se o pagamento fosse de R$ 2.500,00. Antonio procura você como advogado para buscar solução acerca da questão. (Fonte: FGV Projetos Exame XVII OAB - adaptada) Atividade 2 TREINO DE HABILIDADE PETICIONAMENTO Mario e Henrique celebraram contrato de compra e venda, tendo por objeto uma máquina de cortar grama, ficando ajustado o preço de R$ 1.000,00 e definido o foro da comarca da capital do Rio de Janeiro para dirimir quaisquer conflitos. Ficou acordado, ainda, que o cheque nº 007, da Agência nº 507, do Banco X, emitido por Mário para o pagamento da dívida, seria pós-datado para ser depositado em 30 dias. Ocorre, porém, que, nesse ínterim, Mário ficou desempregado. Decorrido o prazo convencionado, Henrique efetuou a apresentação do cheque, que foi devolvido por insuficiência de fundos. Mesmo após reapresentá-lo, o cheque não foi compensado pelo mesmo motivo, acarretando a inclusão do nome de Mário nos cadastros de inadimplentes. Passados dez meses, Mário conseguiu um novo emprego e, diante da inércia de Henrique, que permanece de posse do cheque, em cobrar a dívida, procurou-o a fim de quitar o débito. Entretanto, Henrique havia se mudado e Mário não conseguiu informações sobre seu paradeiro, o que inviabilizou o contato pela via postal. Mário, querendo saldar a dívida e restabelecer seu crédito perante as instituições financeiras procura um advogado para que sejam adotadas as providências cabíveis. Com base no caso apresentado, elabore a peça processual adequada. (FONTE FGV PROJETOS EXAME XVII DA OAB) AVALIAÇÃO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PARÁ. HENRIQUE ****** ******, estado civil, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o CPF nº ____, e-mail ____, residente e domiciliado na ____, bairro, cidade, CEP___, neste ato representada por seus sócios proprietários, vem a presença de Vossa Excelência, por meio do seu Advogado, infra- assinado, nos termos do artigo Art. 539 do código de processo Cívil, ajuizar: AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Pelo rito de procedimento especial, em face do Antônio ****** *****, estado civil, profissão, Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob o CPF nº ____, e-mail ____, residente e domiciliado na____, bairro, cidade, CEP, pelos motivos e fatos que passa a expor o que segue. DOS FATOS O consignatário firmou com o réu Antônio, um contrato locação de imóvel em Belém, com a seguinte previsão de pagamento, ficando ajustado o preço de R$ 2.000,00 a ser reajustado anualmente. Ocorre que seis meses após a firmação do contrato e locação, o locatário recebeu comunicação do locador que o aluguel seria majorado para R$ 2500,00 já no sétimo mês de vigência do contrato, com justificativa do aumento dos valores locatícios na cidade. Contudo, como estava na vigência do contrato, o locatário notificou ao locador Antônio, manifestando a sua expressa discordância. Na data aprazada para pagamento do aluguel Henrique se dirigiu a residência de Antônio para o pagamento e este recusou o recebimento, argumentando que somente receberia e daria quitação se o pagamento fosse de R$ 2.500,00. Desse modo, tendo em vista a dificuldade de proceder, de imediato, o cumprimento do contrato de locação, em face do Consignado, a Consignante propõe a presente Ação de Consignação em Pagamento para não incidir em mora, bem como, requerendo ainda, o que segue: DA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Da ação de consignação em pagamento é um procedimento especial que visa a permitir a realização daquele instituto de direito material, por meio do qual o autor da ação busca uma sentença declaratória de extinção da obrigação. No presente caso, o autor intenta extinguir sua obrigação com o consignatário pelo pagamento no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), uma vez que foi impedido de quitar sua dívida, referente a locação mensal. Ora, é contestante que ao devedor assiste o direito de solver sua dívida, sendo para tanto, amparado pelo ordenamento jurídico, justamente, pelo adimplemento das obrigações conforme se pode facilmente verificar, conforme o artigo 334 do código civil. Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. Ainda, nos termos do artigo 335. Do código civil a consignação tem lugar: Art. 335. A consignação tem lugar I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. Ademais, não se pode olvidar, que a relação ora em apreço é regulada pela Lei nº 8.245/91, denominada Lei do Inquilinato, que traz em seu art. 67 disposições acerca da possibilidade de se propor Ação de Consignação de Aluguel e Acessórios da Locação, consoante se pode verificar: “Art. 67. Na ação que objetivar o pagamento dos aluguéis e acessórios da locação mediante consignação, será observado o seguinte: ” Da Ação de Consignação Como se percebe, por se tratar de prestação periódica, deverá ser julgada totalmente procedente a presente ação, no sentido de que o negócio jurídico havido entre as partes não termine frustrado. Assim, de acordo com o teor do art. Art. 542 do CPC, o Autor requer o depósito da quantia referente à indigitada parcela, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do § 3º do Art. 539, do mesmo diploma legal. DAS PRESTAÇÕES PERIÓDICAS Há de se ponderar, que em tendo o consignatário se recusado a receber o valor referente ao último aluguel vencido, necessária é a assunção de que se esquivará ao recebimento de demais parcelas a vencerem. Destarte, é de lógica inderrogável, que se trata de prestações periódicas, abrangidas pela presente Ação de Consignação, nos termos do art. 541 do Código de Processo Civil, in verbis: Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento. Da jurisprudência conforme facilmente se lobriga, este é o entendimento proclamado pela jurisprudência, patenteado nos exemplos adiante insculpidos: APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE DO VIÚVO E LEGITIMIDADE DO ESPÓLIO. NÃO INCIDÊNCIA. ARTIGO 1.797 DO CC. DOAÇÃO VERBAL DE IMÓVEL. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE ESCRITURA PÚBLICA OU INSTRUMENTO PARTICULAR.ARTIGO 541 DO CPC. EDIFICAÇÃO DE BOA FÉ CABALMENTE DEMOSTRADA. VALORIZAÇÃO DO IMÓVEL. AUSÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR AO APELADO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Trata-se de Recurso de Apelação interposto por IGREJA MISSIONÁRIA PENTECOSTAL NOVA ALIANÇA, objetivando a reforma da sentença prolatada pelo Juízo da 1ª Vara da Comarca de Itapipoca-CE, que julgou improcedente a Ação de Usucapião ajuizada pela ora apelante, e procedente a Ação Reivindicatória ajuizada pelo apelado. 2. No tocante alegativa de erro de representação da parte apelada, pautando-se que o Espólio de Maria Irene da Mota que é parte legítima em ambos os autos, destaco que não vislumbro a plausibilidade da prejudicial de mérito. Explico. É de comum sabença, que quando um dos cônjuges falece automaticamente o outro cônjuge ou companheiro passa administrar a totalidade dos bens, até que haja a abertura do inventário. Inteligência do artigo 1.797 do Código Civil. 3. O artigo 541 do Código Civil prevê que a doação de bens imóveis deve ser realizada através de escritura pública ou documento particular. Da minuciosa análise dos presentes autos, observa-se que ambas não constam. Portanto, a suposta doação não é válida para o direito brasileiro. 4. Da análise dos presentes autos, conclui-se que, a igreja edificou o seu templo no terreno e realizava suas atividades religiosas de forma pública e notória, inclusive com plena sabença do próprio apelado, haja vista que consta a foto (fl. 31) deste com sua falecida esposa nas dependências desta. Observa- se ainda, que a igreja manteve-se no terreno do apelado por mais de dez anos, e este somente veio reivindicar a posse no ano de 2012, após ter ciência da presente ação de usucapião, através de ação de reintegração de posse, e não de cobrança cumulada com despejo. Ocorre, que nos autos restou demostrada a valorização do imóvel devido a edificação do templo da igreja, que fora edificada de boa-fé, conforme demostrada nas fotos colacionadas às fls. 27/31. Portanto, vislumbro que não é cabível a indenização por danos materiais. 5. Recurso conhecido e parcialmente provido. ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acorda a 3ª Câmara Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, em conhecer do recurso de Apelação Cível e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto do relator. MARIA VILAUBA FAUSTO LOPES Presidente do Órgão Julgador DES. JUCID PEIXOTO DO AMARAL Relator (Relator (a): JUCID PEIXOTO DO AMARAL; Comarca: Itapipoca; Órgão julgador: 1ª Vara da Comarca de Itapipoca; Data do julgamento: 20/05/2020; Data de registro: 20/05/2020) TAC-RJ - Tribunal de Alçada Cível do Rio de Janeiro - CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO - LOCAÇÃO L. C. RENOVATORIA - APELAÇÃO CÍVEL 4066/89 - Câmara: Sexta - Juiz: JOSÉ CORRÊA DA SILVA - Julgamento: 27/06/89- Ementa: A recusa do recebimento de alugueres em ação renovatória, onde se efetivou a purgação da mora, não constitui justificativa plausível para nova re cusa. Sendo a recusa injusta torna-se viável o pagamento pela via consignatória. Também não ha insuficiencia, se o aluguel real depende de ação renovatória em discussão." (Informa Jurídico - Prolink Publicações - Ed. 31 - Vol. I). Desta forma, requer-se seja considerada extinta a obrigação do Autor em relação às parcelas vencidas, cumprindo o disposto no artigo 334 do Código Civil Brasileiro. Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. Sendo devido, portanto, a imediata sustação do efeito da mora, em especial: ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. LOCAÇÃO. PROTESTO. SUSTAÇÃO. POSSIBILIDADE. 1. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Intelecto do caput do art. 300 do nCPC. 2. O depósito em consignação tem força de pagamento, e a correspondente ação tem por finalidade ver atendido o direito material do devedor de se liberar da obrigação e obter quitação. Serve ainda a consignação em pagamento para prevenir a mora, liberando o devedor do cumprimento da prestação a que se vinculou. 3. Hipótese na qual, em cognição sumária, é caso de acatar o pleito da parte agravante, pois, tendo havido depósito do valor integral dos aluguéis, incidindo o disposto no art. 540 do CPC, não há porque não possa ser sustado o protesto, fazendo cessar os malefícios da situação para a agravante. (TRF4, AG 5024226-39.2017.4.04.0000, Relator(a): LUÍS ALBERTO D'AZEVEDO AURVALLE, QUARTA TURMA, Julgado em: 11/10/2017, Publicado em: 11/10/2017). Assim, requer a determinação para que possa realizar o depósito judicial da quantia correspondente ao valor atualizado da dívida, considerando-se quitada a dívida, a qual no momento alcança R$2.000,00 (dois mil reais), pagos mensalmente. DO PEDIDO Por todo o exposto, ✓ REQUER: A concessão da gratuidade de justiça, nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil; ✓ A expedição de guia para depósito judicial da quantia correspondente ao valor atualizado da R$ 2.000,00, considerando-se quitada a dívida, a qual no momento alcança R$ (12.000,00); ✓ REQUERENTE, nos termos do art. 67, II, da Lei nº 8.245/91, uma vez que se encontra em dia com suas obrigações, sendo-lhe deferido o depósito das parcelas que se forem vencendo, conforme o disposto no art. 67, III, da referida lei e art. 541 do Código de Processo Civil, num valor de R$ (2.000,00). ✓ A citação do Réu para levantar o depósito ou oferecer resposta; ✓ A procedência do pedido, dando-se por quitados os valores consignados, e, em consequência, extinguindo-se a referida obrigação do Autor em relação ao Réu; ✓ Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas; A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC; ✓ Desde já manifesta seu interesse na audiência conciliatória para fins de auto composição do presente litígio, nos termos do Art. 319, inc. VII do CPC. DAS PROVAS Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente o de caráter documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal da Consignada. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 2.000,00 (seis mil oitenta e três reais e trinta e nove centavos). Nesses termos, pede deferimento. Cidade/UF, data do mes de ano. Advogado- OAB/UF
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