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Apostila de Anatomia humana Profa. Me Eva Pollyanna Peixe Laranjeira “O rio atinge seus objetivos, porque aprendeu a contornar seus obstáculos.” Fortaleza, 2015 P á g i n a | 2 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA Anatomia: é a ciência que estuda macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. A palavra Anatomia é derivada do grego Anna Temnein ou Ana Tome (ana = através de; tome = corte). que na verdade é uma terminologia restrita que significa apenas dissecar. Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência. Divisões da Anatomia - Anatomia macroscópica: é o estudo das estruturas observáveis a olho nu. - Anatomia microscópica: é aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de instrumental para ampliação. - Anatomia do desenvolvimento: estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta. Divisão do Corpo Humano Classicamente o corpo humano é dividido em cabeça, tronco e membros. A cabeça se divide em face e crânio. O tronco em pescoço, tórax e abdome. Os membros em superiores e inferiores. Os membros superiores são divididos em ombro, braço, antebraço e mão. Os membros inferiores são divididos em quadril, coxa, perna e pé. Nomenclatura Anatômica É o conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo como um todo ou as estruturas que formam suas partes. Como toda ciência, a Anatomia tem sua linguagem própria. Portanto, ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que não sejam apenas sinais para a memória, mas tragam também alguma informação ou descrição sobre a referida estrutura. Os termos indicam forma, trajeto, posição, relação com o esqueleto, função etc.. Exemplos: Músculo peitoral maior; Artéria radial; Nervo mediano; Ligamento intertransversário, Flexores do punho, etc... Abreviaturas Abreviaturas a.- artéria aa.- artérias fasc.- fascículo gl.- glândula lig.- ligamento ligg. - ligamentos m.- músculo mm.-músculos n.- nervo nn.- nervos r.- ramo rr.- ramos v.- veia vv.- veias NORMAL E VARIAÇÃO ANATÔMICA É preciso entender que há variações anatômicas entre os indivíduos, sendo consideradas normais, se não acarretarem problemas na fisiologia do individuo. E a estrutura observada na peça de cadáver não necessita ser igual ao que foi observado em P á g i n a | 3 Atlas para ser considerado normal. Quando o desvio do padrão anatômico perturba a função, diz-se que é uma anomalia e não de uma variação. Se a anomalia for tão acentuada de modo a alterar profundamente a construção do corpo do individuo, sendo, em geral, incompatível com a vida, chamamos monstruosidade. Normal é o estatisticamente mais comum, ou seja, o que é encontrado na maioria dos casos. Variação anatômica é qualquer fuga do padrão sem prejuízo da função. Assim, a artéria braquial mais comumente divide-se na fossa cubital (anterior ao cotovelo). Este é o padrão. Entretanto, em alguns indivíduos esta divisão ocorre ao nível da axila. Como não existe perda funcional esta é uma variação. Anomalia é qualquer fuga do padrão, porém, quando ocorre prejuízo funcional. Se a anomalia for tão acentuada que deforme profundamente a construção do corpo, sendo, em geral, incompatível com a vida, é uma monstruosidade. Fatores gerais de variação: Às variações anatômicas ditas individuais, devem-se acrescentar aquelas decorrentes da idade, do sexo, da raça, do tipo constitucional e da evolução. - Idade: é o tempo decorrido ou a duração da vida. Notáveis modificações anatômicas ocorrem as fases da vida intra e extra-uterina do mamífero. Em cada período o indivíduo recebe nome especial: Fase intra-uterina ovo – quinze primeiros dias. embrião – até o fim do 2º mês. feto – até o 9º mês. Fase extra-uterina recém-nascido – até 1 mês após o nascimento. infante – até o fim 2º ano. menino – até o fim do 10º ano. pré-púbere – até a puberdade. púbere – dos 12 anos aos 14 anos, correspondendo à maturidade sexual que é variável nos limites da fase e nos sexos. jovem – até os 21 anos no sexo feminino e 25 anos no sexo masculino. adulto – até a menopausa (castração fisiológica natural) feminina (cerca de 50 anos) e ao correspondente processo no homem (cerca de 60 anos). vellho – além dos 60 anos. - Sexo: é o caráter de masculinidade ou feminilidade. É possível reconhecer órgãos de um e de outro sexo, graças a características especiais, mesmo fora da esfera genital - Raça: é a denominação conferida a cada grupamento humano que possui caracteres físicos comuns, externa e internamente, pelos quais se distinguem dos demais. Raças Branca, Negra e Amarela e seus mestíços, ou seja, “o produto do seu entrecruzamento”. - Biótipo: é a soma dos caracteres herdados e dos caracteres adquiridos por influência do meio e da sua inter-relação. Os biótipos constitucionais existem em cada grupo racial. Nana grande variabilidade morfológica humana há possibilidade de reconhecer o tipo médio e os tipos extremos. Os dois tipos extremos são chamados longilíneo e brevilíneo. • Longilíneos: são indivíduos magros, em geral altos, com pescoço longo, tórax muito achatado ântero-posteriormente, com membros longos em relação à altura do tronco. P á g i n a | 4 • Brevilíneos: são indivíduos atarracados, em geral baixos, com pescoço curto, tórax de grande diâmetro ântero-posterior, membros curtos em relação à altura do tronco. • Mediolíneos: apresentam caracteres intermediários aos dos tipos precedentes. - Evolução: Influencia o aparecimento de diferenças morfológicas, no decorrer dos tempos, como foi demonstrado pelo estudos dos fósseis. Ex: Dente siso Posição Anatômica Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, considerando-se que a posição pode ser variável, optou-se por uma posição padrão, denominada posição de descrição anatômica (posição anatômica). Toda descrição anatômica é feita considerando o indivíduo em posição anatômica. Deve-se considerar a posição anatômica como a de um indivíduo em posição ereta, em pé, com o olhar para o horizonte e a linha do queixo em paralelo à linha do solo. Os braços pendentes, mãos espalmadas, dedos unidos e palmas voltadas para frente. Os pés também unidos e pendentes. Planos Anatômicos Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes à sua superfície, os quais, com suas intersecções, determinam a formação de um sólido geométrico. Têm-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos correspondentes: ventral ou anterior => plano vertical tangente ao ventre dorsal ou posterior => plano vertical tangente ao dorso lateral direito => plano vertical tangente ao lado do corpo lateral esquerdo => plano vertical tangente ao lado do corpo cranial ou superior => plano horizontal tangente à cabeça podal ou inferior => plano horizontal tangente à planta dos pés P á g i n a | 5 Eixos ortogonais A partir destes planos de inscrição são determinados eixos e planos que são utilizados como pontos de referência para descrever a situação, posição e direção de órgãos ou segmentos do corpo. Unindo o centro de dois planos de inscrição opostos obtém-se três eixos: eixo longitudinal ou craniocaudal; eixo anteroposterior, dorsoventral ou sagitale eixo latero-lateral. O deslocamento de um eixo sobre o outro define um plano que secciona o corpoem 2 partes. Estes planos, perpendiculares entre si são chamados Planos de Secção: mediano ou sagital, frontal ou coronal e transversal ou horizontal. Planos de Secção do Corpo Os planos de secção são “cortes” feitos no corpo em posição anatômica: - Mediano ou Sagital: é qualquer secção feita paralelamente ao plano mediano do corpo; divide o corpo em metades direita e esquerda. - Frontal ou Coronal: é qualquer secção feita paralelamente aos planos ventral e dorsal; dividindo-o em partes anterior (frente) e posterior (de trás). - Transversal: é qualquer secção feita paralelamente aos planos cranial e caudal; que divide o corpo horizontalmente (partes superior e inferior). Plano Mediano Plano Frontal Plano Transversal Termos de Relação Anatômica Inferior ou caudal: mais próximo dos pés; Superior ou cranial: mais próximo da cabeça; Anterior ou ventral: mais próximo do ventre; Posterior ou dorsal: mais próximo do dorso; Proximal: mais próximo do ponto de origem; Distal: mais afastado do ponto de origem; P á g i n a | 6 Medial: mais próximo do plano sagital mediano; Lateral: mais afastado do plano sagital mediano; Superficial: mais próximo da pele; Profundo: mais afastado da pele; Homolateral ou ipsilateral: do mesmo lado do corpo; Contra-lateral: do lado oposto do corpo; Holotopia: localização geral de um órgão no organismo. Ex.: o fígado está localizado no abdômen; Sintopia: relação de vizinhança. Ex.: o estômago está abaixo do diafragma, a direita do baço e a esquerda do fígado; Esqueletopia: relação com esqueleto. Ex.: coração atrás do esterno e da terceira, quarta e quinta costelas; Idiotopia: relação entre as partes de um mesmo órgão. Ex.: ventrículo esquerdo adiante e abaixo do átrio esquerdo. Termos de Movimentos Adução: movimento na direção do plano mediano em um plano coronal. Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal. Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano. Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano. Retroversão: posição posteriorização da pelve. Anteroversão: posição anteriorização da pelve Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente. Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente. Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. Dorsi-flexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo (CALCÂNEO NO CHÃO). Planti-flexão (flexão plantar): quando se fica em pé na ponta dos dedos (CALCÂNEO NO AR). P á g i n a | 7 Retrusão: movimento de retração (para trás) ocorre da mandíbula e no ombro. Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na mandíbula e no ombro. Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, elevar os ombros. Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, baixar os ombros. P á g i n a | 8 Divisão do Estudo da anatomia Osteologia: parte da anatomia que estuda os ossos. Miologia: parte da anatomia que estuda os músculos. Sindesmologia ou Artrologia: parte da anatomia que estuda as articulações. Angiologia: parte da anatomia que estuda o coração e os grande vasos. Neuroanatomia: parte da anatomia que estuda o sistema nervoso central e o periférico. Estesiologia: parte da anatomia que estuda os órgãos que se destinam à captação das sensações. Esplancnologia: parte da anatomia que estuda as vísceras que se agrupam para o desempenho de uma determinada função como: fonação, digestão, respiração, reprodução e urinária. Endocrinologia: parte da anatomia que estuda as glândulas sem ducto, que segregam hormônios, os quais são drenados diretamente na corrente sanguínea. Tegumento comum: parte da anatomia que estuda a pele e os seus anexos. P á g i n a | 9 ANATOMIA DO SISTEMA ESQUELÉTICO O sistema esquelético é um conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que se interligam para formar o arcabouço do corpo. Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que por intermédio das articulações constituem o esqueleto. Tem como função principal sustentar e dar forma ao corpo, proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro), base mecânica para o movimento, armazenamento de sais (cálcio e fosfato), hematopoiética (suprimento contínuo de células sangüíneas novas). Quantidade É clássico admitir que o corpo humano possui 206 ossos. Mas esse número varia de indivíduo para individuo, e na mesma pessoa varia conforme a idade. Quando você era criança possuía mais ossos que agora. Isso ocorre porque nas crianças alguns ossos ainda não se uniram e no adulto alguns ossos "acessórios" podem aparecer (ossos sesamóides). Divisão do Esqueleto Esqueleto Axial - Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco. Esqueleto Apendicular - Composta pelos membros superiores e inferiores. A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e pélvica. Classificação dos ossos Os ossos do corpo humano variam de formato e tamanho, sendo o maior deles o fêmur, que fica na coxa, e o menor o estribo que fica dentro do ouvido médio. Os ossos são classificados de acordo com a sua forma e composição: Ossos Longos: São aqueles em que o comprimento predomina sobre a largura e espessura. Os ossos longos apresentam uma escavação central que é o canal medular, onde se encontra a medula óssea. Os ossos longos são constituídos por um corpo (diáfise) e 2 extremidades (epífises). Exemplos: fêmur, úmero, rádio, ulna e outros. Ossos Curtos: São aqueles em que as 3 dimensões se equivalem. São ossos mais ou menos cúbicos. Exemplo: Ossos do Carpo e Tarso. Ossos Laminares ou Planos: São osso finos, em que o comprimento e a largura predominam sobre a espessura. Exemplo: ossos do crânio, como o parietal, occipital, frontal e outros. Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central. Exemplo: Costelas. Ossos Pneumáticos: São ossos ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa, apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Estas cavidades recebem o nome de seio. Os ossos pneumáticos estão situados no crânio: frontal, maxilar, temporal, etmóide e esfenóide. Sesamoídes: Desenvolvem na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa de certas articulações. São chamados intratendíneos e periarticulares. Exemplo: Patela. Ossos Irregulares: São ossos com características específicas, apresentam forma irregular, sem padrões. Exemplo: Vértebras e osso temporal são exemplos. P á g i n a | 10 Acidentes Ósseos São marcas que os ossos possuem. Damos nome à qualquer impressão que o osso possa ter, pode ser uma depressão, um "furo ou buraco", uma elevação. Vamos estudar esse nomes agora. Eminências: São elevações que o osso pode apresentar. Podem fazer parte de uma articulação como também podem servir para inserções musculares ou ligamentares ou para os mais diversos fins. Como exemplo de eminência articulares temos: cabeças, trócleas, côndilos e etc. Não articulares: Processos, tubérculos, tuberosidades, trôcanteres, espinha, eminência, lâminas e cristas. Depressões: Como o nome já diz, são escavações que o osso pode apresentar. Podem fazer parte de uma articulação como também podem servir para inserções musculares ou ligamentares, para permitir a passagem de nervos ou vasos e também para outrosfins. Depressões articulares: cavidades glenóides e acetábulo. Depressões não Articulares: fossas, sulcos e canais. Foramens: São "furos ou buracos" nos ossos por onde passam estruturas anatômicas. Podem ser chamados de forâmen ou apenas forame. Exemplo: forame magno no occipital por onde a medula espinha se comunica com o tronco encefálico. Foramen transversário nas vértebras cervicais por onde passam as artérias cervicais. Impressões: São as linhas ou margens que os ossos possuem. Geralmente relacionada à um ligamento ou inserções musculares. Tecido Ósseo O tecido ósseo é um tecido conjuntivo bem rígido, encontrado nos ossos do esqueleto dos vertebrados. Pode-se dividir o tecido ósseo em dois tipos: esponjoso e compacto. Tecido ósseo esponjoso é o de menor peso, tem forma de grade, com espaços ósseos nos que se encontra a medula óssea. Geralmente, localiza-se na parte interna da diáfise ou corpo dos ossos e nas extremidades ou epífise. Já o tecido ósseo compacto, tem maior peso, localiza - se na parte externa, de grande dureza e densidade, cuja grossura depende da exigência mecânica. Diáfise : Corpo do osso. Epífise : extremidade do osso. Metáfise : área de tecido esponjoso ao lado da linha epifisária. região entre a epífise e a diáfise (pouco calcificada). Placa de crescimento (placa epifisária): área na qual termina o osso esponjoso e na qual a epífise é remodelada a medida que se processa o crescimento ósseo, Desaparecendo no adulto, quando a epífise se funde com a metáfise. P á g i n a | 11 Camadas ósseas - Periósteo: uma membrana dura e resistente que envolve completamente o osso. - Tecido Ósseo Compacto: forma uma espécie de capa rígida. - Tecido Ósseo Esponjoso: tem numerosas cavidades. Nos ossos curtos e chatos, este tecido está na zona central. Nos ossos longos esta na epífise. - Medula Óssea Vermelha: com células que fabricam glóbulos vermelhos e brancos. Localiza-se na ponta dos ossos longos. - Medula Óssea Amarela: também chamado de “tutano”, com células gordurosas, encontra- se dentro da diáfise. Curiosidade: A medula óssea vermelha é a responsável pela produção de células sanguíneas, e a medula óssea amarela é responsável pelo armazenamento de triglicerídeos (gorduras). Tipos celulares As células ósseas são na maioria estreladas. Podem ser de três tipos: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Não há grandes diferenças entre esses tipos, que são, na realidade, mudanças da forma de uma mesma célula, em diferentes estágios. Osteoblastos: Células jovens com intensa atividade metabólica e responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz. São cúbicas ou cilíndricas e são encontradas na superfície do osso periósteo (membrana fina que reveste o osso). Fazem a regeneração óssea após fraturas. Os osteoblastos existem também no Endosteo (membrana de tecido conjuntivo que reveste o canal medular da Diáfise e as cavidades menores do osso esponjoso e compacto). Os osteoclastos e células progenitoras osteocondrais podem também ser encontradas no Endósteo. Osteócitos: Durante a formação óssea, à medida que se dá a calcificação da matriz óssea, os osteoblastos acabam ficando em lacunas chamadas osteplastos, ou simplesmente Lacunas, diminuem sua atividade metabólica e passam a ser osteócitos, células adultas que atuam na manutenção dos componentes (nem todos) químicos da matriz. Nas regiões ocupadas pelas ramificações dos osteoblastos formam-se os canais e canalículos (canais de Volkmann e canais de Havers), que permitem uma comunicação entre os osteócitos e os vasos sanguíneos que os alimentam. Os osteócitos são protegidos pela osteona que os reveste. Osteoclastos: Células grandes com diversos núcleos (multinucleadas ou polinucleadas), originadas da fusão de células ósseas(sincício). Fazem a reabsorção da matriz. Os osteoclastos são células gigantes, multinucleadas responsáveis pela degradação do tecido ósseo em condições fisiológicas e patológicas. Originam-se pela fusão de células mononucleares da medula óssea, sendo, porém, observadas somente nas superfícies ósseas. Os osteoclastos secretam ácidos, colagenase e outras enzimas que atacam e liberam Ca2+. Originam-se dos monócitos. P á g i n a | 12 Canais de Volkmann: começam na superfície externa ou interna do osso, possuindo uma trajetória perpendicular (horizontal) em relação ao eixo maior do osso. Esses canais se comunicam com os canais de Havers e levam os vasos sanguíneos. Os canais de Volkmann não apresentam lamelas concêntricas. Canais de Havers: percorrem o osso longitudinalmente (vertical) e podem intercomunicar-se por projeções laterais. Ao redor de cada canal de Havers existem, em cortes transversais, várias lamelas concêntricas de substância intercelular e de células ósseas. Cada conjunto deste, formado pelo canal central de Havers e por lamelas concêntricas, é chamado de Sistema de Havers ou Sistema haversiano. Curiosidade: O hormônio de crescimento (GH) age no osso aumentando a atividade e o número de unidades de remodelação óssea, aumentando a formação óssea via osteoblastos, aumentando a espessura de ossos por toda a vida e aumentando a espessura de ossos das mãos e dos pés, e ossos membranosos (mandíbula, ossos do crânio, arcos supra-orbitários, nariz,...). Divisão do esqueleto Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral e caixa torácica. A cabeça ou caixa craniana é a estrutura óssea que forma o esqueleto da cabeça. Situado na parte mais alta do corpo humano ele é sustentado pela coluna cervical. Possui um formato oval e é levemente maior em sua parte posterior do que na parte frontal. É composto por uma serie de ossos planos e irregulares, que são imóveis (exceção da mandíbula), totalizando 22 ossos. Pode ser dividido em face e o crânio propriamente dito, é constituída por 8 ossos do crânio (1 occiptal, 1 frontal, 2 temporais, 2 parietais, 1 esfenóide e 1 etmóide) e 14 ossos da face (2 nasais, 2 maxilas, 2 lacrimais, 2 zigomáticos, 2 palatinos, 2 conchas nasais inferiores, 1 vômer e 1 madíbula). P á g i n a | 13 A coluna vertebral é constituída pela superposição de uma série de ossos isolados denominados vértebras. Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o osso do quadril (Ilíaco). A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea. Com um total de cerca de 33 vértebras, a coluna vertebral possui 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas. P á g i n a | 14 Na coluna vertebral possuímos 4 curvaturas fisiológicas. São elas: - 2 Cifoses (torácica e sacral); - 2 Lordoses (cervical e lombar). As formas das curvaturas são, na verdade, adaptações do nosso corpo as posturas adotadas pelo corpo humano durante a vida. Estas adaptações alem de ajudarem no equilíbrio do corpo, auxiliam a diminuir as cargas sobre a coluna vertebral. A caixa torácica é constituída por 12 vértebras torácicas, 12 pares de costelas e 1 osso esterno. No seu interior encontram-se os pulmões e o coração. Classificação: - Verdadeiras ou esternais: são os sete primeiros pares. Ligam-se diretamente ao esterno através de suas cartilagens costais. - Falsas ou asternais: são os três pares seguintes. Suas cartilagens fundem-se na cartilagem costal da última costela verdadeira. - Flutuantes: são os dois últimos pares. Não possuem cartilagens. P á g i n a | 15 Esqueleto apendicular: compreende ao esqueleto dos membros superiores e inferiores. Cada membro superior é composto de braço, antebraço e mão. O ossodo braço recebe o nome de úmero e articula-se no cotovelo com os ossos do antebraço: ulna e rádio. A mão constitui-se de ossos pequenos e maciços, os ossos do punho, pelos metacarpos e pelas falanges. Cada membro inferior compõe-se de coxa, perna e pé. O osso da coxa é o fêmur, o mais longo do corpo. No joelho, ele se articula com os dois ossos da perna: a tíbia e a fíbula. A região frontal do joelho está protegida por um pequeno osso circular: a patela. O pé é formado por ossos pequenos e maciços, chamados de ossos do tarso, pelos metatarsos e pelas falanges. P á g i n a | 16 PATOLOGIAS RELACIONADAS COM O TECIDO ÓSSEO Osteomielite:é o resultado de infecções bacterianas, embora fungos, parasitas e vírus possam infetar o periósteo, a cortical e a cavidade medular. Trata-se de uma infecção óssea caracterizada pela destruição progressiva do osso cortical e cavidade medular. Osteocondrose: formam um grupo de alterações nas epífises ósseas, de característica autoimune, nos quais os centros primários ou secundários de ossificação sofrem necrose asséptica por privação da circulação sangüínea, com reabsorção gradual do osso morto, e restituição por tecido ósseo reparador. Osteoporose: é uma doença que atinge os ossos. Caracteriza-se quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente (osteoclastos > osteoblastos) e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. Faz parte do processo normal de envelhecimento, e é mais comum em mulheres do que em homens. Fraturas: podemos definir uma fratura como sendo a perda, total ou parcial, da continuidade de um osso. A fratura pode ser simples (fechada) ou exposta (aberta). Na fratura simples não há o rompimento da pele sobre a lesão e nas expostas sim, isto é, o osso fraturado fica exposto ao meio ambiente, possibilitando sangramentos e um aumento do risco de infecção. Entorses: entorse pode ser definida como uma separação momentânea das superfícies ósseas, ao nível da articulação. A lesão provocada pela deformação brusca, geralmente produz o estiramento dos ligamentos na articulação ou perto dela. Os músculos e os tendões podem ser estirados em excesso e rompidos por movimentos repentinos e violentos. Uma lesão muscular poderá ocorrer por três motivos distintos: distensão, ruptura ou contusão profunda. A entorse manifesta-se por um dor de grande intensidade, acompanhada de inchaço e equimose no local da articulação. P á g i n a | 17 SISTEMA ARTICULAR Artrologia é a parte da Anatomia que estuda as articulações ou junturas. Em todo nosso corpo temos diferentes tipos de articulações: algumas bastante fortes e imóveis (conhecidas como sinartrose) e outras que permitem movimentos por serem flexíveis (anfiartrose e diartrose). Nosso corpo é capaz de realizar muitos movimentos, contudo, estes movimentos ocasionam atrito. Para amenizar este atrito, nosso sistema articular conta com as bolsas sinoviais. Estas bolsas agem como amortecedores do impacto entre as articulações. Elas estão localizadas entre a pele e o osso (nas regiões onde ocorre atrito entre estas partes), entre os tendões e os ossos, entre os músculos e os ossos e também entre os ligamentos e os ossos. Curiosidade: Com o avanço da idade, a produção de sinóvia nas articulações é diminuída, a partir daí, começam a surgir os efeitos do envelhecimento nas articulações, que podem ser aumentados tanto por fatores genéticos quanto pelo seu desgaste. Articulação é a junção de dois ossos. Podem ser classificadas em: - Junturas fibrosas: As articulações fibrosas incluem todas as articulações nas quais os ossos são mantidos por tecido conjuntivo fibroso, também conhecido como ligamento sutural. - Junturas Cartilaginosas: São as junturas por continuidade onde os ossos se unem por um tecido cartilaginoso. - Junturas Sinoviais: São as junturas por contigüidade onde os ossos estão justapostos separados por uma fenda articular (espaço entre os ossos) e envolvidos por uma cápsula fibrosa. 1. As articulações fibrosas (sinartrose) são: Suturas Nas suturas as extremidades dos ossos têm interdigitações ou sulcos, que os mantêm íntima e firmemente unidos. Este tipo de articulação é encontrado somente entre os ossos planos do crânio. Na maturidade, as fibras da sutura começam a ser substituídas completamente, os de ambos os lados da sutura tornam-se firmemente unidos, fundidos. Esta condição é chamada de sinostose). As suturas são classificadas segundo termos morfológicos determinados pelo tipo de juntura: Serrátil; - Denticulada; - Escamosa; - Limbosa; - Plana; - Esquindilese. o Plana: as margens dos ossos são planas (ossos frontais). o Denteada ou Serrátil: as margens dos ossos são em forma de dente de serra (a maioria das junturas dos ossos da cabeça). o Escamosa: as margens dos ossos são em forma de escama (osso parietal e osso temporal). P á g i n a | 18 Sindesmoses é nome que se dá ao tipo de articulação fibrosa permeada por tecido fibroso, como membrana ou ligamento interósseo. São junturas fibrosas que unem ossos à distância Os exemplos são: sindesmose tíbio-fibular e sindesmose radio-ulnar. Entre os arcos e entre os processos das vértebras. Gonfoses também chamada de articulação em cavilha, é uma articulação fibrosa especializada à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e maxilas. 2. Nas articulações cartilaginosas, os ossos são unidos por cartilagem pelo fato de pequenos movimentos serem possíveis nestas articulações, elas também são chamadas de anfiartroses. Existem dois tipos de articulações cartilagíneas: Sincondrose: Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por uma cartilagem hialina. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do crânio). As articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais são sincondroses permanentes. Intra-ósseas: ocorre dentro de um mesmo osso (metáfise dos ossos longos) . Interósseas: ocorre entre ossos diferentes (osso occipital e osso esfenóide). P á g i n a | 19 Sínfise: Os ossos unidos por sínfises estão cobertas por uma camada de cartilagem hialina. Entre os ossos da articulação, há um disco fibrocartilaginoso, sendo essa a característica distintiva da sínfise. Esses discos por serem compressíveis permitem que a sínfise absorva impactos. A articulação entre os ossos púbicos e a articulação entre os corpos vertebrais são exemplos de sínfises. 3. As articulações sinoviais incluem a maioria das articulações do corpo. As superfícies ósseas são recobertas por cartilagem articular e unidas por ligamentos revestidos por membrana sinovial. Gínglimo ou Dobradiça: as superfícies articulares permitem movimento em um só plano. Exemplos: Articulações interfalangeanas e articulação úmero-ulnar. P á g i n a | 20 Trocóide ou Pivô: Quando o movimento é exclusivamente de rotação. A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando dentro de um anel ou um anel sobre um pivô. Exemplos: Articulação rádio-ulnar proximal e atlanto-axial. Articulação Condilar: Nesse tipo de articulação, uma superfície articular ovóide ou condilar é recebida em uma cavidade elíptica de modo a permitir os movimentos de flexão e extensão, adução e abdução e circundução, ou seja, todos os movimentos articulares, menos rotação axial. Exemplo: Articulação do punho. Articulação Selar: Nestas articulações as faces ósseas são reciprocamentecôncavo- convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações condilares. Exemplo: Carpometacárpicas do polegar Articulação Esferóide ou Enartrose: É uma forma de articulação na qual o osso distal é capaz de movimentar-se em torno de vários eixos, que tem um centro comum. Exemplos: Articulações do quadril e ombro. Articulação Plana, que permite apenas movimentos deslizantes. Exemplos: Articulações dos corpos vertebrais e em algumas articulações do carpo e do tarso. Classificação Funcional das Articulações O movimento das articulações depende, essencialmente da forma das superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limita-lo. Na dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos de um, dois ou três eixos. Articulação Monoaxial - Quando uma articulação realiza movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade). As articulações que só permitem a flexão e extensão, como a do cotovelo, são monoaxiais. Há duas variedades nas quais o movimento é uniaxial: gínglimo e trocóide. Articulação Biaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de dois eixos (2 graus de liberdade). As articulações que realizam extensão, flexão, adução e abdução, como a rádio-cárpica (articulação do punho) são biaxiais. Há duas variedades de articulaçõees biaxiais: articulações condilar e selar. Articulação Triaxial - Quando uma articulação realiza movimentos em torno de três eixos (3 graus de liberdade). As articulações que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são ditas triaxiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do quadril. Há uma variedade onde o movimento é poliaxial, chamada articulação esferóide ou enartrose. Estruturas das Articulações Móveis Ligamentos: São maleáveis e flexíveis para permitir perfeita liberdade de movimento, porém são muito fortes, resistentes e inelásticos. P á g i n a | 21 Cápsula articular: É uma membrana conjuntiva que envolve as articulações sinoviais. Discos e Meniscos: Melhor adaptação das superfícies que se articulam e recepções de pressões, agindo como amortecedores. Discos: estruturas fibrocartilaginosas em forma de disco que permitem que duas superfícies ósseas discordantes possam articular entre si (articulação temporal-mandibular). Meniscos: estruturas fibrocartilaginosas em forma de meia-lua (disco incompleto). Agem como amortecedores de peso e permitem a estabilização da articulação do joelho. Bainha Sinovial dos Tendões: Facilitam o deslizamento de tendões que passam através de túneis fibrosos e ósseos (retináculo dos flexores de punho). Bolsas Sinoviais (Bursas) São fendas no tecido conjuntivo entre os músculos, tendões, ligamentos e ossos. São constituídas por sacos fechados de revestimento sinovial. Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões sobre proeminências ósseas ou ligamentosas. P á g i n a | 22 ANATOMIA DO SISTEMA MUSCULAR A miologia é a parte da anatomia que estuda os músculos. O tecido muscular é caracterizado pela propriedade de contração e distensão de suas células, o que determina a movimentação dos membros e das vísceras. Há basicamente três tipos de tecido muscular: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco. Músculo liso: o músculo involuntário localiza-se na pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes vasos sangüíneos e aparelho excretor. O estímulo para a contração dos músculos lisos é mediado pelo sistema nervoso vegetativo. Músculo estriado esquelético: é inervado pelo sistema nervoso central e, como este se encontra em parte sob controle consciente, chama-se músculo voluntário. As contrações do músculo esquelético permitem os movimentos dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto. Músculo cardíaco: este tipo de tecido muscular forma a maior parte do coração dos vertebrados. O músculo cardíaco carece de controle voluntário. É inervado pelo sistema nervoso vegetativo. O sistema muscular esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo, formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, sendo responsável pela movimentação corporal. O corpo humano contém mais de quatrocentos músculos esqueléticos, os quais apresentam 40 – 50% da massa corporal. P á g i n a | 23 Funções dos Músculos Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr, pular, entre outros. Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sangüíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração. Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal. O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso corpo. Existem cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos eles representam de 40 a 50% do peso total de uma pessoa. Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos que nos permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo digestório, promover a circulação do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar os olhos, rir, respirar... A nossa capacidade de locomoção depende da ação conjunta de ossos, articulações e músculo, sob a regulação do sistema nervoso. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO Elementos constitutivos: 1) Ventre: porção central, avermelhada e contrátil do músculo. 2) Tendão: partes ou extremidades dos músculos por onde os músculos se fixam. – Tendão propriamente dito: em forma de fita, cilíndrico. – Aponeurose: tendão em forma de fita. 3) Fáscias: lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, separando os grupos musculares em lojas ou compartimentos conforme as suas funções. Para que os músculos possam exercer eficientemente um trabalho de tração ao se contrair e para que estes deslizem entre si, é necessário que eles estejam dentro de uma bainha elástica de contenção. – Retináculos: são espessamentos da fáscia, localizados nos membros, que servem para a contenção dos tendões. P á g i n a | 24 Anexos Musculares: São estruturas que contém líquido sinovial e permitem aos tendões o deslizamento sem atrito durante o movimento das articulações. – Bainhas sinoviais: abraçam os tendões, deixando um mesotendão. – Bolsas sinoviais: interpõem-se entre o tendão e o osso Origem e inserção de um músculo: Origem: é a extremidade do músculo que está preso no segmento que permanecerá fixo durante o movimento. Inserção: é a extremidade do músculo que está preso no segmento que se deslocará durante o movimento. Nos membros, geralmente a origem de um músculo é proximal e a inserção é distal. Porém um músculo pode alterar seus pontos de origem e inserção em determinados movimentos. P á g i n a | 25 CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS ESTRIADOS ESQUELÉTICOS Quanto à forma e arranjo das fibras: – Fibras paralelas: 1. Longos: o comprimento predomina sobre as outras dimensões. - Fusiformes:as fibras convergem em direção aos tendões de origem e inserção, sendo a parte média mais larga do que as extremidades. Ex: bíceps braquial. 2. Largos: são os músculos que apresentam a largura e o comprimento equivalentes. Ex: Glúteo máximo. - Leque: as fibras convergem para um tendão em uma das extremidades. Ex: Peitoral maior. – Fibras oblíquas: 1. Unipenados: fibras paralelas inserem-se obliquamente em um dos lados dos tendões. Ex: extensor longo dos dedos do pé. 2. Bipenados: o tendão está no centro, e de cada lado se insere um feixe de fibras paralelas entre si. Ex: reto femoral. 3. Multipenados: apresentam várias disposições penadas. Ex: Del tóide. – Fibras circulares: as fibras estão dispostas em círculos paralelos, formando verdadeiros anéis. Ex: orbicular do olho. P á g i n a | 26 Quanto à origem ou ao número de cabeças: – Bíceps: têm duas cabeças. – Tríceps: têm três cabeças. – Quadríceps: tem quatro cabeças. Quanto à inserção ou ao número de caudas: – Monocaudados: contêm uma cauda. – Bicaudados: contêm duas caudas. – Policaudados: contêm mais de duas caudas. Quanto ao número de ventres: – Digástrico: possui dois ventres. – Poligástrico: possui mais de dois ventres. P á g i n a | 27 Quanto à função em determinado movimento: – Agonistas: realizam o movimento principal. – Antagonistas: trabalham em sentido contrário. – Fixadores ou posturais: mantém a postura. – Sinergistas: estabilizam as articulações para o agonista agir. Principais músculos esqueléticos: Músculos da face: Levantador do Lábio Superior, Levantador do Lábio Superior e da Asa do Nariz, Levantador do Ângulo da Boca, Zigomático Menor, Zigomático Maior, Risório, Depressor do Lábio Inferior, Depressor do Ângulo da Boca, Mentoniano, Orbicular da Boca, Bucinador, Prócero, Orbicular do Olho, Corrugador do Supercílio, auriculares, temporal, masseter, pterigóideo interno e externo. Músculos do pescoço: Esternocleidomastóideo, Escaleno Anterior, Médio e Posterior. Músculos do tronco: Dorso - Esplênios da cabeça e pescoço, Eretores da coluna (iliocostal, longuíssimo do dorso e espinhal), Grande dorsal, trapézio rombóides maior e menor. Tórax: Intercostais externos, internos e íntimos, serrátil anterior ,peitoral maior e menor, diafragma. Abdômen: Oblíquo externo, oblíquo interno, reto e transverso do abdomem, psoas maior e menor e ilíaco. Músculos do membro superior: Músculos da escápula: Supra espinhoso, Infra espinhoso, Redondo menor, Subescapular, Deltóide, redondo maior. Músculos do braço: Bíceps braquial, braquial, coracobraquial, tríceps braquial. Músculos do antebraço: Braquiorradial, supinador, pronadores, flexores do punho e dedos e extensores do punho e dedos. Músculos da mão: Eminência tênar - Curto abdutor do polegar, Curto flexor do polegar, Oponente do polegar e Adutor do polegar. Eminência hipotênar - Abdutor do dedo mínimo, Oponente do dedo mínimo, Curto flexor do dedo mínimo. Músculos do membro inferior: P á g i n a | 28 Músculos do quadril: Glúteo Máximo, médio e mínimo, Piriforme, Gémeo superior, Obturador externo, Gémeo inferior, Quadrado femoral. Músculos da coxa: Íliopsoas, Sartório, Quadríceps Femoral (vasto medial, lateral, intermédio e reto da coxa), Isquiostibiais (bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso), Pectínio, Adutores longo curto e magno, Grácil. Músculos da perna: Tibial anterior e extensores do tornozelo e dedos, Fibulares longo, curto e terceiro, Tríceps sural (gastrocnêmio medial e lateral e solear), plantar, Flexores do tornozelo e dedos. CONTRAÇÃO MUSCULAR Os músculos esqueléticos são compostos de fibras musculares que são organizadas em feixes, chamados de fascículos. Os miofilamentos compreendem as miofibrilas, que por sua vez são agrupadas juntas para formar as fibras musculares. Cada fibra possui uma cobertura ou membrana, o sarcolema, e é composta de uma substância semelhante a gelatina, sarcoplasma. Centenas de miofibrilas contráteis e outras estruturas importantes, tais como as mitocôndrias e o retículo sarcoplasmático, estão inclusas no sarcoplasma. A miofibrila contrátil é composta de unidades, e cada unidade é denominada um sarcômero. Cada miofibrila, contém muitos miofilamentos. Os miofilamentos são fios finos de duas moléculas de proteínas, actina (filamentos finos) e miosina (filamentos grossos). O estímulo para a contração é geralmente um impulso nervoso que se propaga pela membrana das fibras musculares, atingindo o retículo sarcoplasmático (um conjunto de bolsas membranosas citoplasmáticas onde há cálcio armazenado), que libera íons de cálcio no citoplasma. Ao entrar em contato com as miofibrilas, o cálcio desbloqueia os sítios de ligação de actina, permitindo que se ligue a miosina, iniciando a contração muscular. Assim que cessa o estímulo, o cálcio é rebombeado para o interior do retículo sarcoplasmático e cessa a contração muscular. P á g i n a | 29 Os sarcômeros são unidades de actina e miosina que se repetem ao longo da miofibrila. São portanto unidade básica para a contração muscular que se dá pelo deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina. Essa idéia é conhecida como teoria do deslizamento dos filamentos. P á g i n a | 30 Fases da Contração Muscular P á g i n a | 31 APLICAÇÕES PRÁTICAS - TECIDO MUSCULAR TÔNUS MUSCULAR Tônus é o estado de relativa tensão em que se encontra permanentemente um músculo normal em repouso. As alterações do tônus podem ser de aumento (hipertonia), diminuição (hipotonia) ou ausência completa (atonia). Tônus muscular clinicamente é a resistência encontrada quando uma articulação em um paciente em estado de relaxamento é movida passivamente. Tônus é a resistência de um músculo ao alongamento passivo ou estiramento. A resistência se deve a fatores como a inércia física, rigidez mecânico-elástica intrínseca do músculo e dos tecidos conjuntivos e a contração muscular reflexa (reflexo tônico de estiramento). FADIGA MUSCULAR A contração forte e prolongada de um músculo leva-o ao estado de fadiga muscular. Isso decorre da incapacidade dos processos metabólicos e contráteis das fibras musculares em continuarem proporcionando o mesmo trabalho. O nervo continua a funcionar adequadamente, os impulsos nervosos passam normalmente através da junção neuro- muscular, mas a contração vai se tornando cada vez mais débil por causa do decaimento do fornecimento de energia pelas mitocôndrias das fibras musculares. A interrupção do fluxo sangüíneo para um músculo leva-o rapidamente à fadiga em aproximadamente um minuto, devido à evidente perda de suprimento nutritivo. HIPERTROFIA E ATROFIA MUSCULARES Hipertrofia: Ocorre quando há atividade muscular excessiva ou forçada, culminando, a médio ou a longo prazo, num aumento do tamanho do músculo. Atrofia: Ocorre sempre que um músculo não é usado, ou quando o é apenas para contrações muito fracas. Assim, quando um membro é imobilizado por muito tempo, como acontece em fraturas e paralisias, o músculo em questão se atrofia. Uma maneira de realizar hipertrofia ou evitar a atrofia de músculos é a utilização da ginástica passiva. Ela é realizada através de aparelhos que geram pulsos elétricos sincronizados e com a intensidade certa – sinais devem chegar com amplitudes maiores que 80mV na membrana da fibra muscular, para causar despolarização da membrana e conseqüente disparodo processo de contração muscular. Esses pulsos são aplicados diretamente sobre o músculo, através de eletrodos ligados à superfície da pele. Porém, o efeito não é o mesmo. Além da atenuação do sinal devido à passagem pela pele – o que pode ser corrigido através de um aumento da amplitude do sinal aplicado, o sinal não atinge de modo satisfatório o interior das fibras. Como resultado, o músculo não é exercitado por igual. BURSITE A bursite é a inflamação de uma bolsa sinovial, um saco membranoso revestido por células endoteliais. Ela pode ou não se comunicar com as membranas sinoviais das articulações. A função desta bolsa é evitar o atrito entre duas estruturas (por exemplo, tendão e osso ou tendão e músculo) ou proteger as proeminências ósseas. As bursas estão localizados próximas a articulações. Qualquer processo inflamatório nestes tecidos moles será percebido freqüentemente por pacientes como dor na articulação e, equivocadamente como artrite. P á g i n a | 32 TENDINITE Tendões são tecidos fibrosos, densos e resistentes, através dos quais os músculos se prendem aos ossos, e permitem a realização do movimento articular. Tendinite é a inflamação de um tendão que surge usualmente através do excesso de repetições de um mesmo movimento (LER - Lesão por Esforço Repetitivo). Não é adquirida necessariamente no trabalho, mas com a difusão da informática, tornou-se uma importante doença ocupacional. As causas das Tendinites propriamente ditas são variadas, e podem estar associadas à presença de muitas condições ou doenças, incluindo: Esforço físico intenso ou repetido; Traumas mecânicos; Infecções; Doenças Reumatológicas; Doenças do Sistema Imunológico; Distúrbios metabólicos; Iatrogenia; Processos degenerativos das articulações; Neuropatias que induzam alterações musculares CÂIMBRA A câimbra ou cãibra é um espasmo ou contração involuntária dos músculos, normalmente muito dolorosa, que pode durar de alguns segundos até vários minutos. A câimbra pode atingir um ou mais músculos de uma vez. Qualquer músculo de controle voluntário pode apresentar essas contrações. Os mais comuns são: Panturrilhas ou gemelares (batata da perna), Músculos anteriores e posteriores da coxa, Pés, Mãos, Pescoço, Abdômen. Acredita-se que a causa básica da câimbra seja uma hiperexcitação dos nervos que estimulam os músculos. Esta normalmente é causada por: - Atividade física vigorosa (câimbra pode ocorrer durante ou após o esforço) - Desidratação (atenção para quem usa diuréticos) - Alterações hidreletrolíticas, principalmente depleção de cálcio e magnésio. - Gravidez (normalmente secundário a magnésio baixo) - Como autoproteção após uma fratura óssea, por exemplo. - Alterações metabólicas como diabetes, hipotireoidismo, alcoolismo e hipoglicemia - Doenças neurológicas com Parkinson, doenças do neurônio motor e doenças primárias dos músculos (miopatias) - Insuficiência venosa e varizes nas pernas - Longos períodos de inatividade, sentado em posição inadequada. - Alterações estruturais como pé chato e o genu recurvatum (hiperextensão do joelho) - Insuficiência renal em hemodiálise e cirrose hepática. - Deficiência de vitamina B1, B5 e B6 - Anemia Muito se comenta sobre depleção de potássio como causa de câimbras. Na verdade, a hipocalemia (baixos níveis sanguíneos de potássio) pode até causar contrações involuntárias, mas seu principal sintoma é fraqueza ou paralisia muscular. O cálcio e o magnésio são causas mais importantes e comuns de câimbras. P á g i n a | 33 SISTEMA CARDIOVASCULAR O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do coração. Funções do sistema cardiovascular O sistema circulatório permite que algumas atividades sejam executadas com grande eficiência: Transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e pela eliminação de dióxido de carbono. Transporte de nutrientes: os nutrientes resultantes da digestão passam através de um fino epitélio e alcançam o sangue. Transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das células do corpo origina resíduos, mas apenas alguns órgãos podem eliminá-los para o meio externo. O transporte dessas substâncias, de onde são formadas até os órgãos de excreção, é feito pelo sangue. Transporte de hormônios: hormônios são substâncias secretadas por certos órgãos, distribuídas pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos do corpo. A colecistocinina, por exemplo, é produzida pelo duodeno, durante a passagem do alimento, e lançada no sangue. Um de seus efeitos é estimular a contração da vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno. Intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas ou armazenadas em uma parte do corpo e utilizadas em outra parte. Células do fígado, por exemplo, P á g i n a | 34 armazenam moléculas de glicogênio, que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para outras células do corpo. Transporte de calor: o sangue também é utilizado na distribuição homogênea de calor pelas diversas partes do organismo, colaborando na manutenção de uma temperatura adequada em todas as regiões; permite ainda levar calor até a superfície corporal, onde pode ser dissipado. Distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e células fagocitárias, componentes da defesa contra agentes infecciosos. Coagulação sangüínea: pelo sangue circulam as plaquetas, com função na coagulação sangüínea. O sangue contém ainda fatores de coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso de rompimento de um vaso sangüíneo. Os principais componentes do sistema circulatório são: coração, vasos sangüíneos, sangue, vasos linfáticos e linfa. O Coração é um órgão muscular oco que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda. Em uma pessoa adulta, apesar de toda a sua potência, o coração, em forma de cone, é relativamente pequeno, aproximadamente do tamanho do punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla e 6 cm de espessura. Sua massa é, em média, de 250g, nas mulheres adultas, e 300g, nos homens adultos. O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda da linha média do corpo. A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades, superfícies e limites. A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás, para cima e para a direita. Limites do Coração: A superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma, correspondendo a região entre o ápice e aborda direita. A borda direita está voltada para o pulmão direito e se estende da superfície inferior à base; a borda esquerda, também chamada borda pulmonar, fica voltada para o pulmão esquerdo, estendendo-se da base ao ápice. Como limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a traquéia, o esôfago e a artéria aorta descendente. P á g i n a | 35 Camadas da Parede Cardíaca: Pericárdio:a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas. O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. O pericárdio fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico. Assemelha-se a um saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele. O pericárdio seroso, mais profundo, é uma membrana mais fina e mais delicada que forma uma dupla camada, circundando o coração. A camada parietal, mais externa, do pericárdio seroso está fundida ao pericárdio fibroso. A camada visceral, mais interna, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente à superfície do coração. Epicárdio: a camada externa do coração é uma delgada lâmina de tecido seroso. O epicárdio é contínuo, a partir da base do coração, com o revestimento interno do pericárdio, denominado camada visceral do pericárdio seroso. Miocárdio: é a camada média e a mais espessa do coração. É composto de músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite que o coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o interior dos vasos sangüíneos. Endocárdio: é a camada mais interna do coração. É uma fina camada de tecido composto por epitélio pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sangüíneos que entram e saem do coração P á g i n a | 36 Configuração Externa: o coração apresenta três faces e quatro margens: FACES Face Anterior (Esternocostal) - Formada principalmente pelo ventrículo direito. Face Diafragmática (Inferior) - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito; ela está relacionada principalmente com o tendão central do diafragma. Face Pulmonar (Esquerda) - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo. MARGENS Margem Direita - Formada pelo átrio direito e estendendo-se entre as veias cavas superior e inferior. Margem Inferior - Formada principalmente pelo ventrículo direito e, ligeiramente, pelo ventrículo esquerdo. Margem Esquerda - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e, ligeiramente, pela aurícula esquerda. Margem Superior - Formada pelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda em uma vista anterior; a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem da margem superior, e a veia cava superior entra no seu lado direito. Posterior à aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior, a margem superior forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio. Configuração Interna: O coração humano, como o dos demais mamíferos, apresenta quatro cavidades: duas superiores, denominadas átrios e duas inferiores, denominadas ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito através da válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral. A função das válvulas cardíacas é garantir que o sangue siga uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos. As válvulas semilunares impedem o refluxo do sangue para o coração durante a sístole ventricular. São duas: a valva tronco pulmonar fica no óstio em que o tronco pulmonar deixa o ventrículo direito e a valva da aorta está situada no óstio entre o ventrículo esquerdo e a aorta. P á g i n a | 37 Sístole é a contração do músculo cardíaco, temos a sístole atrial que impulsiona sangue para os ventrículos. Assim as valvas atrioventriculares estão abertas à passagem de sangue e a pulmonar e a aórtica estão fechadas. Na sístole ventricular as valvas atrioventriculares estão fechadas e as semilunares abertas a passagem de sangue. Diástole é o relaxamento do músculo cardíaco, é quando os ventrículos se enchem de sangue, neste momento as valvas atrioventriculares estão abertas e as semilunares estão fechadas. Associado ao coração, também integrando este sistema, existe uma difusa rede de vasos sangüíneos que transportam o sangue (sistema vascular sangüíneo) e a linfa (sistema vascular linfático), sendo formadas pelas artérias, as veias, as arteríolas e os capilares. Portanto, um sistema fechado no qual o fluido circula dentro de vasos. As artérias, conduz o sangue do coração aos demais órgãos e tecidos do corpo; As veias, efetuando o transporte inverso, reconduz o sangue dos tecidos e órgãos até o coração; As arteríolas, pequenos vasos que se ramificam das artérias, irradiando-se pelo organismo; E os capilares são ramificações das arteríolas e das veias com diâmetro delgado. P á g i n a | 38 Circulação Coronária É o conjunto das artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias próprios do coração. São considerados separadamente por sua importância médica e porque sua fisiologia (modo de funcionamento) apresenta aspectos particulares. Circulação Pulmonar e Sistêmica Circulação Pulmonar - leva sangue do ventrículo direito do coração para os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica. Circulação Sistêmica - é a maior circulação. Ela fornece o suprimento sangüíneo para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células. P á g i n a | 39 Inervação: A inervação do músculo cardíaco é de duas formas: extrínseca que provém de nervos situados fora do coração e outra intrínseca que constitui um sistema só encontrado no coração e que se localiza no seu interior. A inervação extrínseca deriva do sistema nervoso autônomo, isto é, simpático e parassimpático. Do simpático, o coração recebe os nervos cardíacos simpáticos, sendo três cervicais e quatro ou cinco torácicos. As fibras parassimpáticas que vão ter ao coração seguem pelo nervo vago (X par craniano), do qual derivam nervos cardíacos parassimpáticos, sendo dois cervicais e um torácico. Fisiologicamente o simpático acelera e o parassimpático retarda os batimentos cardíacos. A inervação intrínseca ou sistema de condução do coração é a razão dos batimentos contínuos do coração. É uma atividade elétrica, intrínseca e rítmica, que se origina em uma rede de fibras musculares cardíacas especializadas, chamadas células auto-rítmicas (marca passo cardíaco), por serem auto-excitáveis. A excitação cardíaca começa no nodo sino-atrial (SA), situado na parede atrial direita, inferior a abertura da veia cava superior. Propagando-se ao longo das fibras musculares atriais, o potencial de ação atinge o nodo atrioventricular (AV), situado no septo interatrial, anterior a abertura do seio coronário. Do nodo AV, o potencial de ação chega ao feixe atrioventricular (feixe de His), que é a única conexão elétrica entre os átrios e os ventrículos. Após ser conduzido ao longo do feixe AV, o potencial de ação entra nos ramos direito e esquerdo, que cruzam o septo interventricular, em direção ao ápice cardíaco. Finalmente, as miofibras condutoras (fibras de Purkinge), conduzem rapidamente o potencial de ação, primeiro para o ápice do ventrículo e após para o restante do miocárdioventricular. Estrutura e funções A atividade do coração consiste na alternância da contração (sístole) e do relaxamento (diástole) das paredes musculares dos átrios e ventrículos. Durante o período de relaxamento, o sangue flui das veias para os dois átrios, dilatando-os de forma gradual. Ao final deste período, suas paredes se contraem e impulsionam todo o seu conteúdo para os ventrículos. A sístole ventricular segue-se imediatamente a sístole atrial. A contração ventricular é mais lenta e mais energética. As cavidades ventriculares se esvaziam quase que por completo com cada sístole, depois, o coração fica em um completo repouso durante um breve espaço de tempo. A freqüência cardíaca normal é entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm), em situação de repouso. Quando a freqüência cardíaca está abaixo de 60 bpm, temos a bradicardia, e quando a freqüência está acima de 100 (bpm), temos uma P á g i n a | 40 taquicardia. A freqüência das batidas do coração é controlada pelo sistema nervoso vegetativo, de modo que o simpático a acelera e o sistema parassimpático a retarda. Para evitar que o sangue, impulsionado dos ventrículos durante a sístole, reflua durante a diástole, há válvulas localizadas junto aos orifícios de abertura da artéria aorta e da artéria pulmonar, chamadas válvulas semilunares. Outras válvulas que impedem o refluxo do sangue são a válvula tricúspide, situada entre o átrio e o ventrículo direito, e a válvula bicúspide ou mitral, entre a átrio e o ventrículo esquerdo. Pressão Arterial A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue contra a superfície interna das artérias. A força original vem do batimento cardíaco. No momento em que o coração ejeta o sangue, a energia é máxima, gerando força máxima e consequentemente pressão máxima. Esta fase no ciclo cardíaco chama-se sístole, sendo que a pressão neste instante é chamada de pressão arterial sistólica. Imediatamente antes do próximo batimento cardíaco, a energia é mínima, com a menor força exercida sobre as artérias em todo o ciclo, gerando portanto a menor pressão arterial do ciclo cardíaco. Esta fase é chamada de diástole, sendo que a pressão neste instante é chamada de pressão arterial diastólica. Nível Pressão arterial sistólica Pressão arterial diastólica Ação a tomar Hipotensão inferior a 100 inferior a 60 check-up médico Valores normais entre 100 e 140 entre 60 e 90 auto-medição Hipertensão limite entre 140 e 160 entre 90 e 100 check-up médico Hipertensão moderada entre 160 e 180 entre 100 e 110 consultar o médico Hipertensão grave superior a 180 superior a 110 consultar o médico com urgência Hipertensão sistólica específica superior a 140 inferior a 90 consultar o médico Doenças do coração As doenças cardíacas são as principais causas de mortalidade nos países desenvolvidos. Podem ocorrer em conseqüência de defeitos congênitos, infecções, estreitamento das artérias coronárias, hipertensão ou alterações no ritmo cardíaco. A principal forma de doença cardíaca nos países ocidentais é a arteriosclerose. O acúmulo de depósito de material lipídico (colesterol) pode causar uma obstrução que tampa as artérias (trombose). Esta é a causa mais importante de um ataque cardíaco, ou infarto do miocárdio, que tem conseqüências mortais com freqüência . A alteração do ritmo cardíaco normal (arritmia) é a causa imediata de morte em muitos infartos do miocárdio. O problema mais grave é o bloqueio cardíaco completo. Este pode ser corrigido pela implantação de um marcapasso artificial (um dispositivo que emite descargas elétricas rítmicas), para provocar a contração regular do músculo cardíaco. P á g i n a | 41 SISTEMA RESPIRATÓRIO É o conjunto de órgãos responsáveis pela entrada, filtração, aquecimento, umidificação e saída de ar do nosso organismo. Faz as trocas gasosas do organismo com o meio ambiente, oxigenando o sangue e possibilitando que ele possa suprir a demanda de oxigênio do indivíduo para que seja realizada a respiração celular. e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico. Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior. O processo de troca gasosa (conhecido como hematose pulmonar) faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas. As vias aeríferas podem ser divididas em: Nariz Faringe Laringe Traquéia Brônquios Pulmões NARIZ O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal. O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja face posterior se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face. As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do nariz. O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa essas duas cavidades. Os pêlos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células receptoras para o olfato. A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior que é a narina e um posterior denominado coana. As coanas fazem a comunicação da cavidade nasal com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna- se condicionado, ou seja, é filtrado, umedecido e aquecido. P á g i n a | 42 Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as conchas nasais (cornetos) que são divididas em superior, média e inferior. São recobertas de um rico plexo venoso (vasos sanguíneos) e mucosa, e formará um turbilhonamento desse ar que está sendo inspirado, aquecendo e umidificando. Essa umidade serve de cola para pequenas partículas, bactérias, vírus que cheguem a ser inalados. Esse turbilhonamento força com que todo o ar entre em atrito com essas lâminas, assim, a adequação do ar estará completa. O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares. A cavidade nasal contêm várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios paranasais é drenado. Os seios paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal. P á g i n a | 43 Seios Paranasais ou Seios da Face - Vistas Lateral e Anterior FARINGE A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento. Faringe - Vista Lateral P á g i n a | 44 A faringe é dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. A porção superior da faringe,denominada parte nasal ou nasofaringe, tem as seguintes comunicações: duas com as coanas, dois óstios faringeos das tubas auditivas e com a orofaringe. A tuba auditiva se comunica com a faringe através do ósteo faríngeo da tuba auditiva, que por sua vez conecta a parte nasal da farínge com a cavidade média timpânica do ouvido. A parte intermediária da faringe, a orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral e estende-se do palato mole até o nível do hióide. A parte da orofaringe tem comunicação com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o alimento. A laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hióide, e conecta-se com o esôfago (canal do alimento) e posteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a parte oral da faringe, a laringofaringe é uma via respiratória e também uma via digestória. Faringe - Vista Posterior No momento da respiração, encontramos todos os componentes faríngeos em estado de relaxamento, ou seja, não há gasto de energia. Já na deglutição, há a contração de certa musculatura, envolvendo o aparelho hióide (componente ósseo) exercendo ação de alavanca, a fim de levantar a língua, aproximar o esôfago da língua e fechar o ádito da laringe. A deglutição consiste na contração de alguns músculos, que elevam o músculo palatino fechando a nasofaringe, ampliando a cavidade da laringofaringe e inclinando o aparelho hióide. Em seguida, a língua se contrai, provocando uma onda, que carrega o bolo alimentar em direção ao esôfago. Neste momento, a raiz da língua empurra a cartilagem epiglote sobre o adito da laringe, e demais músculos aproximam o esôfago, já aberto, do bolo alimentar. Quando se procede o relaxamento muscular, esse bolo alimentar se encontra todo envolto do esôfago, assim procedendo a continuidade do movimento ali iniciado: o movimento peristáltico. P á g i n a | 45 LARINGE A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. Ela se situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais. A laringe tem três funções: - Atua como passagem para o ar durante a respiração; - Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz); - Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traquéia). A laringe desempenha função na produção de som, que resulta na fonação. Na sua superfície interna, encontramos uma fenda ântero-posterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras). Imagens laringoscópicas da laringe. A)-Glote na posição de repouso; B) Glote durante a atividade. 1)-Glote; 2)-Cordas vocais; 3)-Epiglote; 4)-Comissura anterior; 5)-Cartilagens aritenóides; 6)-Comissura posterior. A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de cartilagens, músculos e ligamentos. A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens. Três são ímpares (cartilagem tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três são pares (cartilagem aritenóidea, cuneiforme e corniculada). A epiglote é a cartilagem mais flexível, e que servirá de tampão para o adito da laringe (adito = abertura). A cartilagem tireóidea consiste de cartilagem hialina e forma a parede anterior e lateral da laringe, é maior nos homens devido à influência dos hormônios durante a fase da puberdade. As margens posteriores das lâminas apresentam prolongamentos em formas de estiletes grossos e curtos, denominados cornos superiores e inferiores. As tireóides formarão a cavidade de desaceleração do ar, a fim de que possa haver a turbulência necessária para a produção do som. A cartilagem aritenóide articula-se com a cartilagem cricóide, estabelecendo uma articulação do tipo diartrose. As cartilagens aritenóides são as mais importantes, porque influenciam as posições e tensões das pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) para produzir os sons. A cartilagem corniculada situa-se acima da cartilagem aritenóide. A cartilagem cuneiforme é muito pequena e localiza-se anteriormente à cartilagem corniculada correspondente, ligando cada aritenóide à epiglote. .A cartilagem cricóide localiza-se logo abaixo da cartilagem tireóide e antecede a traquéia. É responsável pela coaptação da laringe à traquéia A epiglote se fixa no osso hióide e na cartilagem tireóide. A epiglote é uma espécie de "porta" para o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas entram e saem dele. Já substâncias líquidas e sólidas não entram no pulmão, pois a epiglote fecha-se e este se dirige ao esôfago. P á g i n a | 46 Laringe – Vista Anterior das Cartilagens e Vista Posterior das Cartilagens TRAQUÉIA É um tubo que conduz o ar para dentro e para fora dos pulmões, de 10 a 12,5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita. P á g i n a | 47 As paredes (arcabouço) da traquéia são constituídas aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás, que são denominados cartilagens traqueais. Internamente a traquéia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos. O revestimento muco- ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. Inferiormente a traquéia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais: direito e esquerdo. A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência ântero-posterior que recebe o nome de carina da traquéia, e serve para acentuar a separação dos 2 brônquios. BRÔNQUIOS Os brônquios principais fazem a ligação da traquéia com os pulmões, são considerados um direito e outro esquerdo. A traquéia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas. O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como a traquéia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos. Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos brônquios lobares. Os brônquios lobares subdividem-se em brônquios segmentares, cada um destes distribuindo-se a um segmento pulmonar. Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e não possuem cartilagem. Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados ductos alveolares. Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva chamados alvéolos. P á g i n a | 48 Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar. Hematose - Trocas Gasosas PULMÕES Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas. O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo.
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