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TEXTO-DAVI

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Esperança: por medo de perdê-la, às vezes, a engolimos.
Eis um corredor que não apresenta portas ou ligações a outros cômodos. A angústia de andar sozinho em situações como essa, leva-se a outras realidades, outras ficções. Olhar-se, desestimular-se por ver ao seu redor que não há saída alguma no corredor que nunca acaba, é angustiante. Temer o desespero não adiantaria, quando até mesmo a esperança é descartada no momento. Assim, basicamente, poderia ser o objetivo da autora Marina Colasanti em seu livro: “a morada do ser”, nos apartamentos quatrocentos e um e duzentos e três. Mas a o que recorrer? Como reagir nessa situação? 
O conto: "apartamento duzentos e três" apresenta uma pessoa que, em frente ao espelho, come seus cabelos, por perceber que seu maior medo a enfrentava, sendo este, a calvície. Sabe-se que a melhor maneira de amenizar a dor de uma ferida é confortando-a com curativos e cuidando-a com remédios. Comer seus fios capilares poderia ter sido a melhor forma pela qual o morador desse apartamento encontrou para lhe dar com seus temores, amenizando as dores que o prendia ao ver seu reflexo no espelho.
 Já no conto: "apartamento quatrocentos e um" apresenta-se uma pessoa que se encontra em um corredor sem escapatórias, não ligando a cômodo algum. Ao comparar o corredor com os medos da humanidade, a pessoa que se encontra presa, no conto, poderia acreditar que fugir da realidade que a cercava talvez fosse a melhor opção para vencer seu desespero. E temer aquela situação poderia se tornar sua maior angústia.
Ao se imaginar em um corredor sem evasão, vem-se a sensação de apreensão, preocupação. Prevalecem os questionamentos: “- Onde estaria a saída? Adiantaria desesperar-se?". A angústia sufoca, proporciona o medo. De vez em quando este toma conta do ser humano. O torna pessoas inquietas, ansiosas, aflitas, pois o medo é uma ficção sombria e desperta a pessoa insegura que existe no interior da espécie humana.
Portanto, aquele que se prende aos seus medos, vive na angústia, na aflição. Desespera-se por acreditar tanto na esperança de que as coisas podem melhorar, e a prende por insegurança. Segundo o escritor Stephen King: “- A ficção é a verdade dentro da mentira!”. Mas será que a verdade ou mentira existem? Nancy Houston, em seu livro: “a espécie fabuladora”, afirma: “- O universo como tal não tem Sentido.”, o sentido, somos nós que atribuímos às coisas em geral. E as emoções criadas pelo ser humano são meras ficções, pois até mesmo a vida é uma grande ficção.
Aluno: Iadson Bruno dos Santos Ferreira
Turma: 1.2101.1V
Professor: Davi Tintino

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