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1 Ana Barasuol / T3 MED UFFS 
Sistema Respiratório 
Composição: pulmões + sequência de vias aéreas com 
comunicação ao ambiente externo. 
Função: fornecimento de oxigênio ao corpo e 
eliminação de dióxido de carbono das células. 
Dividido em porção condutora (responsável pela 
condução de ar) e porção respiratória (troca de gases). 
 Extrapulmonar Intrapulmonar 
Condutora 
 
Cavidade nasal 
Nasofaringe 
Laringe 
Traqueia 
Brônquios 
primários 
Brônquios 
Secundários 
Bronquíolos 
Bronquíolos 
terminais 
Respiratória 
Bronquíolos 
respiratórios 
Ductos 
alveolares 
Alvéolos 
 
PORÇÃO CONDUTORA 
Responsável pelo transporte, filtração, umidificação e 
aquecimento do ar antes de alcançar a porção 
respiratória. 
Cavidade nasal 
Dividida em metades direita e esquerda pelo septo 
nasal. 
Limites: parede óssea e asa cartilaginosa do nariz 
(laterais), narina (anterior) e coana (posterior). 
 Porção anterior da cavidade nasal 
Conhecida como vestíbulo. 
Composição tecidual: pele delgada com vibrissas 
(pelos curtos e rígidos), derme com muitas glândulas 
sebáceas e sudoríparas e aderida ao pericôndrio por 
fibras colágenas. O pericôndrio pertence à cartilagem 
hialina que compõe a asa do nariz. 
 Região olfatória da cavidade nasal 
Teto da cavidade nasal, porção superior do septo nasal 
e concha nasal superior. 
EPITÉLIO OLFATÓRIO: composto por células 
olfatórias, de sustentação e basais. 
Células olfatórias Neurônios bipolares com núcleo 
esférico próximo à lâmina basal. Os DENDRITOS 
(porção apical da célula) são modificados para formar o 
BOTÃO OLFATÓRIO, do qual partem cílios 
olfatórios imóveis voltados para a superfície livre do 
epitélio. O AXÔNIO (porção basal da célula) penetra 
na lâmina própria e se une a outros axônios para formar 
feixes de fibras nervosas que passam através da placa 
cribriforme do etmoide e seguem para o bulbo olfatório. 
Células de sustentação COLUNARES com 
microvilos. O citoplasma apical possui grânulos com 
pigmento amarelado que é responsável pela cor da 
mucosa olfatória. Atuam no suporte físico, nutrição e 
isolamento elétrico para as células olfatórias. 
Células basais PAVIMENTOSA E CUBOIDE. 
Situam-se próximas à membrana basal e podem 
substituir tanto as células olfatórias, como as de 
sustentação → possuem capacidade proliferativa. 
LÂMINA PRÓPRIA: tecido conjuntivo frouxo ou 
denso não modelado, ricamente vascularizado e 
aderido ao periósteo subjacente. Possui elementos 
linfoides, feixes de fibras nervosas (provenientes dos 
axônios das céls. olfatórias) e glândulas de Bowman 
(produção de IgA, lactoferrina, lisozima e proteína de 
ligação a odorantes). 
 
2 Ana Barasuol / T3 MED UFFS 
Ci: cílios. 
Oc: Olfatórias 
Bc: Basais 
Lp: Lâmina própria 
Observar as gl. De 
Bowman. 
 
 
 
 
 
 Porção posterior da cavidade nasal 
Composição tecidual: epitélio respiratório (tecido 
epitelial pseudoestratificado cilíndrico ciliado – 
PCC) com células caliciformes, lâmina própria (tecido 
conjuntivo subepitelial) com abundância de glândulas 
seromucosas e componentes linfoides. 
Os componentes linfoides são compostos por células 
como mastócitos e plasmócitos, responsáveis pela 
defesa e proteção do organismo. Os plasmócitos 
produzem anticorpos (imunoglobulinas IgA, IgE, IgG) 
que protegem a mucosa nasal contra microrganismos, 
por exemplo. 
Nasofaringe 
- Das coanas até a abertura da Laringe. 
É a porção superior da faringe, constituída por epitélio 
respiratório (PCC) + lâmina própria de tec. conjuntivo 
com glândulas seromucosas e elementos linfoides. 
Na parte posterior da lâmina própria está a tonsila 
faríngea, uma coleção de tecido linfoide não-
encapsulado. 
Laringe 
Tubo curto (+-4cm) entre a faringe e a traqueia. 
Função: fonação e impedimento da entrada de 
sólidos/líquidos no sistema respiratório durante a 
deglutição. 
Mucosa revestida por epitélio respiratório (PCC) com 
exceção da superfície superior da epiglote e das pregas 
vocais (estratificado pavimentoso não-queratinizado). 
Parede reforçada com peças de cartilagem hialina 
(cartilagens cricoide e tireoide, por ex) e elástica 
(epiglote, por ex). 
O lúmen apresenta pregas da mucosa. Superiores → 
pregas vestibulares ou falsas cordas vocais. Inferiores 
→ pregas vocais verdadeiras. 
Traqueia 
Tubo (12cm) que se estende da cartilagem cricoide até 
a bifurcação em dois brônquios primários. 
- A parede é reforçada com 10 a 12 aneis de cartilagem 
HIALINA em forma de C, nos quais a extremidade 
aberta é unida por músculo liso (músculo traqueal). Os 
pericôndrios dos anéis são unidos por tecido conjuntivo 
fibroelástico, o que permite flexibilidade (alongamento) 
à traqueia. 
 
 MUCOSA 
EPITÉLIO RESPIRATÓRIO: PCC / epitélio 
pseudoestratificado cilíndrico ciliado com diferentes 
tipos de células. É separado da lâmina própria pela 
membrana basal. 
- As células colunares ciliadas são as mais abundantes 
do epitélio e possuem, cada uma, cerca de 300 cílios na 
superfície apical e numerosas mitocôndrias para o 
batimento desses. A segunda maior população é de 
células caliciformes secretoras de muco. As demais 
células colunares são as células em escova (receptores 
sensoriais). As células basais são pequenas, 
arredondadas e se multiplicam continuamente por 
mitose (são as células-tronco do epitélio). As células 
granulares são semelhantes às basais, mas com 
grânulos. Essas células pertencem ao sistema 
neuroendócrino difuso. 
 
LÂMINA PRÓPRIA: tecido conjuntivo fibroelástico 
frouxo com elementos linfoides, glândulas mucosas e 
seromucosas. 
 
3 Ana Barasuol / T3 MED UFFS 
 SUBMUCOSA 
Tecido conjuntivo denso fibroelástico com glândulas 
mucosas e seromucosas, elementos linfoides, rico 
suprimento sanguíneo e linfático. 
 ADVENTÍCIA 
A maior característica são os anéis cartilaginosos. 
Árvore bronquial 
Inicia na bifurcação da traqueia em brônquios primários 
direito e esquerdo (extrapulmonares). Ramificam-se e 
penetram no pulmão, onde formam os brônquios 
secundários e terciários, bronquíolos propriamente 
ditos, bronquíolos terminais e bronquíolos respiratórios. 
À medida que a árvore progride, os diâmetros luminais 
diminuem, bem como a quantidade de cartilagem, de 
glândulas, de células caliciformes e a altura das células 
epiteliais. Além disso, há um aumento de músculo liso 
e de componentes do sistema elástico. 
✓ Brônquios primários (extrapulmonares) 
Mesma composição tecidual da traqueia, mas com 
paredes mais finas e diâmetro menor. 
Penetram no pulmão acompanhados pelas artérias 
pulmonares, veias e vasos linfáticos. 
O direito ramifica-se em 3 (acompanha os lobos) e o 
esquerdo em 2. 
✓ Brônquios secundários e terciários 
(intrapulmonares) 
Brônquios secundários → Lobares (5). 
Brônquios terciários → Segmentares (20) 
 
Modificações quanto ao tecido: os anéis de hialina em 
forma de C mudam para placas irregulares de 
cartilagem, o músculo liso passa a ser localizado entre a 
mucosa e a submucosa, o epitélio de revestimento fica 
mais baixo. 
✓ Bronquíolos primários 
Um bronquíolo propriamente dito ou primário supre de 
ar um lóbulo pulmonar. 
O revestimento VARIA! Pode ser PCC com células 
caliciformes (bronquíolos maiores) ou epitéio simples 
cúbicos com muitas células ciliadas e ocasionais 
células de Clara (nos menores). 
*Células de Clara: cilíndricas, ápice em forma de 
cúpula, numerosos grânulos de secreção com 
glicoproteínas (proteção do epitélio bronquiolar),degradação de toxinas através das enzimas do 
citocromo P450, produção de um material semelhante 
ao surfactante e regeneração do epitélio. 
Lâmina própria: não possui glândulas nem cartilagem, 
é circundada por músculo liso e tecido conjuntivo 
fiboelástico. 
 
✓ Bronquíolos terminais 
Epitélio composto por células de Clara e células 
cuboides com poucos cílios. A lâmina própria é uma 
delgada camada de tecido conjuntivo fibroelástico 
circundada por músculo liso. 
PORÇÃO RESPIRATÓRIA 
✓ Bronquíolos respiratórios 
Estrutura histológica (ep. Simples cuboide) semelhante 
ao bronquíolo terminal, mas com alvéolos associados. 
 
 
✓ Ductos alveolares 
Não possuem parede própria, são simplesmente arranjos 
lineares de alvéolos. 
 
4 Ana Barasuol / T3 MED UFFS 
Uma única célula muscular lisa controla a abertura do 
alvéolo para o ducto alveolar, e ela é envolta de 
colágeno III, formando um “esfíncter”. 
Já quando formos tratar da abertura do alvéolo 
associado ao saco alveolar, não teremos células 
musculares lisas, somente fibras elásticas e reticulares. 
✓ Alvéolos 
Pequena evaginação em forma de saco, localizada nos 
bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e sacos 
alveolares. 
- Unidade funcional e estrutural primária do sistema 
respiratório → parênquima pulmonar. 
Poro de Kohn = poro alveolar: comunicação entre 2 
alvéolos. 
Septo interalveolar: região entre dois alvéolos 
adjacentes. Composta por tecido conjuntivo rico em 
fibras elásticas e colágeno III (fibras reticulares). 
A parede alveolar é composta de pneumatócitos tipo I e 
II. 
• Pneumatócitos tipo I 
Epitélio simples pavimentoso. 
Possuem junções oclusivas entre si que impedem o 
escape de fluido extracelular para o alvéolo. São 
responsáveis pela formação do poro de Kohn. 
Superfície coberta por surfactante. 
• Pneumatócitos tipo II 
Células cuboides com superfície apical em forma de 
cúpula que se projeta para o lúmen alveolar. 
Possuem núcleo centralizado, abundante REG, aparelho 
de Golgi bem desenvolvido e mitocôndrias (pensar na 
composição de uma célula secretora). 
Produzem o SURFACTANTE PULMONAR que fica 
alojado nos CORPOS LAMELARES, estruturas 
revestidas por membrana. 
Surfactante 
Composto de 
fosfolipídeos, lipídeos 
neutros e proteínas 
exclusivas 
(apoproteínas). 
Diminui a tensão 
superficial e previne a 
atelectasia. 
 
 
 
Ponta de seta: 
tipo I 
Seta inteira: 
tipo II 
 
 
 
 
 
Macrófagos alveolares ou células de poeira 
São células provenientes dos mastócitos que alcançam o 
lúmen alveolar. Fazem a fagocitose de material particulado, 
como poeira ou bactérias, mantendo estéril o interior dos 
pulmões. Auxiliam os pneumatócitos tipo II na fagocitose do 
surfactante.