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Contribuição da Nutrição no tratamento da fibromialgia numa abordagem com usuários de uma Unidade Básica de Saúde no centro de São Paulo Contribution of Nutrition in the treatment of fibromyalgia in an approach with users of a Basic Health Unit in downtown São Paulo Juliana Santos Domiciano1 Ana Alice Fontes Monteiro2 Luara Bellinghausen Almeida3 1 Graduanda em Nutrição pela Universidade Paulista- UNIP 2 Nutricionista, Supervisora de Estágios da Universidade Paulista - UNIP 3 Nutricionista, Professora e Coordenadora de Estágios da Universidade Paulista – UNIP RESUMO Introdução A fibromialgia é uma das doenças reumatológicas de maior ocorrência. No Brasil acomete cerca de 2% a 3% da população, costuma surgir entre 30 e 65 anos e é mais frequente entre as mulheres. O tratamento apenas medicamentoso é insuficiente para a maioria dos pacientes. Sendo assim, recomenda-se abordagem multifatorial, pois oferece melhores resultados do que a aplicação isolada de qualquer tratamento. A preocupação crescente com o papel que a dieta desempenha na saúde do paciente é muito importante para o tratamento da fibromialgia. Os hábitos alimentares desses pacientes são importantes, razão pela qual estudos mostram melhoria na sintomatologia da doença com uma dieta equilibrada e saudável. Objetivo: O presente trabalho busca enfatizar o consumo alimentar que auxilia no tratamento da síndrome de fibromialgia, bem como avaliar o consumo de alimentos auxiliares no tratamento, a prática de atividade física e o conhecimento da população estudada. Metodologia: Estudo transversal quantitativo, com aplicação de questionário contendo 6 questões com base em pesquisas realizadas sobre a patologia e a relação da alimentação em seu tratamento. A coleta de dados se deu através de entrevistas em 30 usuários do gênero feminino, na faixa etária entre 30 e 65 anos, frequentadores da UBS Dr. Humberto Pascalli, no bairro Santa Cecilia, localizada no centro da cidade de São Paulo. Os dados obtidos foram tabulados e apresentados em forma de gráficos, para o melhor entendimento, pelo programa excel. Resultados: Foi identificado que 57% dos indivíduos alegam dores crônicas não diagnosticadas por médico especialista em reumatologia e 69% se encontram - se na faixa etária de pré-disposição a síndrome (faixa etária entre 25 e 75 anos). Levando em consideração os resultados obtidos no estudo, foi observado que 50% da população não sabe do que se trata a síndrome de fibromialgia; 67% não tem o conhecimento de que a alimentação adequada auxilia no tratamento das dores crônicas; e 40% da população realiza caminhadas 2 vezes por semana ao menos. Conclusão: Com o presente trabalho conclui-se que a alimentação é um elemento crucial no tratamento e profilaxia da síndrome de fibromialgia. Sendo evidenciado que a maioria da população entrevistada não possui uma alimentação balanceada e nem realiza a pratica de atividade física regular. Portanto, faz-se necessário intervenções de educação alimentar e nutricional continuas que são realizadas através do programa Guia Alimentar para a população brasileira e em consultas com o profissional de nutrição e orientações especificas ao tratamento da síndrome de fibromialgia. Palavras-chave: fibromialgia, alimentação, nutrição, inflamação muscular. ABSTRACT: Introduction Fibromyalgia is one of the most common rheumatologic diseases. In Brazil, it affects about 2% to 3% of the population, usually occurs between 30 and 65 years and is more frequent among women. Drug-only treatment is insufficient for most patients. Therefore, a multifactorial approach is recommended, as it offers better results than the isolated application of any treatment. The growing concern about the role that diet plays in the patient's health is very important for the treatment of fibromyalgia. The eating habits of these patients are important, which is why studies show improvement in the symptoms of the disease with a balanced and healthy diet. Objective: The present study aims to emphasize the food consumption that helps in the treatment of fibromyalgia syndrome, as well as to evaluate the consumption of auxiliary foods in the treatment, the practice of physical activity and the knowledge of the studied population. Methodology: Quantitative cross-sectional study, with a questionnaire containing 6 questions based on research conducted on the pathology and the relationship of diet in its treatment. Data were collected through interviews with 30 female users, aged between 30 and 65 years old, who attended the UBS Dr. Humberto Pascalli, in Santa Cecilia neighborhood, located in downtown São Paulo. The data obtained were tabulated and presented in graphs, for better understanding, by the excel program. Results: It was identified that 57% of the individuals claim chronic pain not diagnosed by a rheumatology specialist and 69% are in the pre-disposition age group (25 to 75 years old). Taking into account the results obtained in the study, it was observed that 50% of the population does not know what fibromyalgia syndrome is about; 67% are unaware that proper nutrition assists in the treatment of chronic pain; and 40% of the population walks at least twice a week. Conclusion: This study concludes that food is a crucial element in the treatment and prophylaxis of fibromyalgia syndrome. It is evident that the majority of the interviewed population does not have a balanced diet and does not practice regular physical activity. Therefore, continuous food and nutrition education interventions are needed through the Food Guide program for the Brazilian population and in consultation with the nutrition professional and specific guidelines for the treatment of fibromyalgia syndrome. KEY WORDS: fibromyalgia, food, nutrition, muscle inflammation. INTRODUÇÃO A fibromialgia é uma das doenças reumatológicas de maior ocorrência. No Brasil acomete cerca de 2% a 3% da população, costuma surgir entre 30 e 65 anos e é mais frequente entre as mulheres. Segundo os critérios de classificação do American College of Rheumatology, a definição da síndrome usa duas variáveis: dor bilateral, acima e abaixo da cintura, axial, dor generalizada crônica com mais de três meses de duração e dor à palpação de pelo menos 11 de 18 locais específicos do corpo conhecidos como tender points. Porém podem apresentar também fadiga, rigidez matinal generalizada, sono não reparador, cefaleia crônica, cólon irritável, dismenorreia, sensação de edema, intolerância a exercícios, depressão e ansiedade, sintomas depressivos, irritabilidade na bexiga e mudanças na temperatura que causam modificações temporárias na coloração da pele (SIENA et al., 2010). Em muitos indivíduos pode causar dificuldades com atividades diárias. Quase 85% dos pacientes têm problemas para fazer as tarefas domésticas, e muitas vezes as mulheres precisam de mais assistência do que os homens. Perda de atividades de lazer tem sido associado com mais fadiga e dor, bem como menos auto eficácia em lidar com a fibromialgia. Os pacientes relatam que sua doença os torna menos independente e interfere em suas atividades como trabalho, participação em passatempos, e a necessidade de ter apoio nas atividades, reduzindo assim sua qualidade de vida (CHACAY et al., 2019). O tratamento da fibromialgia tem como objetivo o alívio da dor, a melhora da qualidade do sono, a manutenção ou restabelecimento do equilíbrio emocional, melhora do condicionamento físico e da fadiga (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2011).Contudo, o tratamento apenas medicamentoso é insuficiente para a maioria dos pacientes. Sendo assim, recomenda-se abordagem multifatorial, pois oferece melhores resultados do que a aplicação isolada de qualquer tratamento. A preocupação crescente com o papel que a dieta desempenha na saúde do paciente é muito importante para o tratamento da fibromialgia (NESELLO et al., 2018). Os hábitos alimentares desses pacientes são importantes, razão pela qual estudos mostram melhoria na sintomatologia da doença com uma dieta equilibrada e saudável. Dietas vegetarianas parecem melhorar alguns sintomas da doença e esse fato pode ser devido ao seu baixo teor de gorduras saturadas e proteínas de origem animal, altos níveis de fibras, vitaminas C, betacaroteno, minerais (magnésio, potássio, zinco, selênio) e antioxidantes. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, alguns cuidados devem ser tomados com a alimentação na fibromialgia, como redução do consumo de açúcar, sal, gorduras e álcool e aumentar a ingestão de fibras, frutas, vegetais e líquidos, a fim de evitar o aparecimento de outras doenças crônicas e o excesso de peso (BATISTA et al.,2016). A diminuição de consumo de sal, açúcares, álcool e gorduras estão intimamente relacionadas a doenças metabólicas e produção hormonal. Sugere-se a necessidade de aumentar a ingestão de alimentos fontes de vitaminas B6, B12, ácido fólico e triptofano, uma vez que em pacientes com fibromialgia a deficiência dessas vitaminas. Os íons potássio, cálcio e magnésio têm implicações diretas no sistema nervoso por participarem da transmissão de impulsos nervosos relacionados a espasmos e contrações musculares e, portanto, devem ser geradores periféricos da dor (MARTINEZ, 2015). O protocolo terapêutico é uma dieta rigorosa ele foi concebido para facilitar a absorção de triptofano e, assim, garantir a sua biodisponibilidade como um substrato para a síntese de 5-HT (serotonina). Resultados interessantes confirmam o papel crucial da ingestão de alimentos na disponibilidade de 5-HT e os mecanismos bioquímicos e fisiológicos que determinam direta ou indiretamente na sintomatologia da fibromialgia. A fim de sustentar a síntese de 5-HT que é uma indolamina resultante da hidroxilação e carboxilação do aminoácido L-triptofano. O primeiro passo para a síntese da serotonina no sistema nervoso central (SNC) e em outras áreas do corpo, como, por exemplo, nas células enterocromafins encontradas na mucosa intestinal, plaquetas e mastócitos, é a captação do triptofano, isto é, obrigatória para remover moléculas que podem afetar negativamente o destino de triptofano no trato gastrointestinal. O núcleo desta abordagem é a exclusão de alguns carboidratos da dieta e da ingestão adequada de triptofano com alimentos. Devido ao fato de a frutose ser um açúcar relativamente alto, limitar o consumo de frutose, tanto quanto possível é o ponto essencial, incluindo cadeias de frutose, tal como frutanos e inulinas, e algumas outras moléculas que não têm sistemas de transporte específicos (por exemplo, sorbitol). Glutamato e aspartame também devem ser excluídos (LATTANZIO et al., 2018). Teoricamente, a ingestão mais eficaz seria uma frutose livre, lactose, sorbitol livre, o aspartame livre, dieta com baixo teor de sacarose, junto com a ingestão adequada triptofano. O tratamento é esperado causar uma melhora significativa dos sintomas. Exames periódicos de sangue deve ser considerado na avaliação dos níveis de vitaminas e de sais minerais, antes de, durante, e após a aplicação clínica farmacologia e nutricional. Suplementos vitamínicos adequados e suplementos de sal mineral deve ser tomado em consideração se as deficiências forem reveladas (LATTANZIO et al., 2017). O presente trabalho busca enfatizar sobre o consumo alimentar que auxilia no tratamento da síndrome de fibromialgia, bem como avaliar o consumo de alimentos auxiliares no tratamento, a prática de atividade física e o conhecimento da população estudada. METODOLOGIA Trata-se de um estudo transversal quantitativo, com base nas pesquisas bibliográficas nas plataformas SCIELO, PUBMED e Google Acadêmico e usando como critério de avaliação dos artigos científicos dos últimos dez anos. Foi elaborado um questionário com 6 questões com base em pesquisas realizadas sobre a patologia e a relação da alimentação em seu tratamento. A coleta de dados se deu com 30 usuários do gênero feminino, na faixa etária entre 30 e 65 anos, frequentadores da UBS Dr. Humberto Pascalli, no bairro Santa Cecilia, localizada no centro da cidade de São Paulo. O questionário contempla questões de fácil entendimento, e foi aplicado formalmente nos usuários com abordagem simples sobre a pesquisa que está sendo realizada. Foi utilizado como critério de exclusão adolescentes de ambos os gêneros, gestantes e adultos do sexo masculino. Após a coleta dos dados foram tabulados e transcritos em gráficos no excel para chegar á conclusão dos resultados. RESULTADOS O resultado obtido através das entrevistas com os usuários da UBS acima descrita foi, onde 57% dos indivíduos alegam dores crônicas não diagnosticadas por médico especialista em reumatologia e 69% se encontram na faixa etária de pré- disposição a síndrome, na faixa etária entre 25 e 75 anos. Levando em consideração os resultados obtidos no estudo, foi observado que 50% da população não sabe do que se trata a síndrome de fibromialgia; 67% não tem o conhecimento de que a alimentação adequada auxilia no tratamento das dores crônicas; e 40% da população realiza caminhadas 2 vezes por semana ao menos. Abaixo resultados apresentados em gráficos. Gráfico 1. Divisão por idade dos usuários entrevistados da UBS Dr. Humberto Pascalli em São Paulo, 2019. Divisão por idade dos usuários Gráfico 2. Prática de atividade física semanal dos usuários entrevistados da UBS Dr. Humberto Pascalli em São Paulo, 2019. Gráfico 3. Imagem com os principais pontos de dor da síndrome, sente dor frequente em alguns dos pontos dos usuários entrevistados da UBS Dr. Humberto Pascalli em São Paulo, 2019. Prática de atividade física semanal dos usuários Imagem com os principais pontos de dor da síndrome, sente dor frequente em alguns dos pontos dos usuários Gráfico 4. Nível do conhecimento do que se trata a fibromialgia, dos usuários entrevistados da UBS Dr. Humberto Pascalli em São Paulo, 2019. Gráfico 5. Nível de conhecimento que a alimentação auxilia no tratamento das dores crônicas dos usuários entrevistados da UBS Dr. Humberto Pascalli em São Paulo, 2019.: Nível do conhecimento do que se trata a fibromialgia dos usuários Nível de conhecimento que a alimentação auxilia no tratamento das dores crônicas dos usuários Gráfico 6. Questionário de Frequência Alimentar (QFA) dos usuários entrevistados da UBS Dr. Humberto Pascalli em São Paulo, 2019. DISCUSSÃO Com a aplicação do questionário nos dias 28/08/19 e 04/09/2019 em 30 usuários do sexo feminino da UBS foi identificado que 57% dos indivíduos alegam sentir dores crônicas não diagnosticadas por um médico especialista em reumatologia e 69% se encontram na faixa etária de pré-disposição a síndrome, de 25 a 75 anos. Levando em consideração os resultados obtidos no estudo foi observado que 50%da população não sabe do que se trata a síndrome de fibromialgia; 67% não tem o conhecimento de que a alimentação adequada auxilia no tratamento das dores crônicas; e 40% da população realiza caminhadas 2 vezes por semana ao menos. Foi realizado um breve questionário de frequência alimentar com os entrevistados e pode-se evidenciar que há um elevado consumo de feijão, tomate, banana, água e bebidas alcoólicas, ressaltando que 20% não consome água diariamente por esquecimento ou por não sentir sede. Em relação ao consumo dos alimentos que favorecem a analgesia, ou seja, auxiliam no tratamento, como espinafre, abacaxi, abacate e sementes integrais (aveia, linhaça e chia) quase não há consumo ou é raramente consumido. Com base em uma das revisões sistemáticas, foi mostrado que exercícios de estabilidade podem ser eficazes para populações específicas com dor lombar, particularmente aqueles com doença crônica, tal como no caso de doentes com fibromialgia, e que reduzem significativamente, com uma redução de mais de 3 pontos na escala de dor. A importância da implementação conjunta entre combinação de dieta e exercício modificações está relacionada a melhora dos sintomas da fibromialgia (RODRIGUEZ et al., 2007) A respeito de um estudo feito com “uma intervenção nutricional com restrição de fodmaps integrada no tratamento da fibromialgia” uma das preocupações do autor com dieta, intolerâncias e alergias e descrevem que 30% relatam modificação da sua dieta após diagnóstico de fibromialgia e 61% utiliza suplementação. Encontram-se estudos feitos com 37 indivíduos na universidade de Lisboa, que descrevem dietas específicas aplicadas à síndrome não muito conclusivos. Dietas veganas ricas em antioxidantes parecem ter benefícios e dieta para melhoria de sintomas da fibromialgia. Foi feito um levantamento das intolerâncias e alergias alimentares previamente conhecidas e relatadas. Cerca de 60% dos indivíduos com fibromialgia relatou sentir algum tipo de intolerância. O tipo de intolerância mais frequentemente relatada (50% das participantes) foi ao leite. Seguiram-se as intolerâncias a legumes e frutas (24% e 18% respetivamente) e Intolerância a cereais e leguminosas foram relatadas por 13 e 11% das participantes. A alergia alimentar foi relatada em cerca de 10% dos participantes da pesquisa (MARUN, 2016). Vários autores reportaram os efeitos benéficos da alimentação sobre os sintomas de doenças reumatológicas, em especial da dieta vegetariana estudaram a participação da dieta na melhora de pacientes com fibromialgia, uma dieta estritamente vegetariana, concluindo que tal dieta foi benéfica, embora por curto período. Observaram melhora em vários parâmetros de acompanhamento na fibromialgia (dor, sono, fadiga e qualidade de vida) em pacientes que receberam uma dieta vegetariana exclusiva por 7 meses (BRAZ et al., 2011). Diversos estudos relacionam deficiências nutricionais e stress oxidativo com os sintomas da fibromialgia, não se sabendo se são causa ou consequência, seja por deficiência de antioxidantes ou por excesso de produção de radicais livres (ROS) e citosinas inflamatórias. Põe-se a hipótese de envolvimento deste mecanismo na dor muscular e sensibilização central. Assim um alvo será aumentar os antioxidantes e a biogénese mitocondrial. Descrevem deficiências no Zinco, magnésio e selénio, microelementos essenciais para o equilíbrio redox e produção de ATP. Estudos mostram concentração significativamente mais baixa dos aminoácidos de cadeia ramificada BCAA e da fenilalanina. Sendo os BCAA fonte de energia para o músculo coloca-se a hipótese de defeito na absorção intestinal ou uma baixa ingestão deste importante grupo de aminoácidos ergogénicos e sulfurados. A depleção ou deficiência do triptofano com alteração no metabolismo da 5-HT (MARUN, 2016). Além disso, destaca-se que o intestino é um dos locais de produção de serotonina. Existem sete tipos de receptores da mesma, que justificam a sua variedade de efeitos. Os receptores 5-HT1, 5-HT2, 5-HT3, 5-HT4 e 5-HT7 são os que atuam na função motora do intestino. Em relação a estes receptores, estudos têm demonstrado suas funções de relaxamento do cólon e contrações leves do músculo gástrico. A alimentação pode estar relacionada com a evolução dos sintomas da fibromialgia, visto que a dieta pode abranger elementos que atuem nas variadas vias metabólicas e neurais implicadas. Deve-se utilizar conhecimentos nutricionais direcionados ao controle das instabilidades neuroendócrinas através da redução da exposição a xenobióticos, melhora da colonização de micro-organismos do trato intestinal e da qualidade de nutrientes e micronutrientes ofertados. Sabe-se que vários nutrientes têm propriedades funcionais tais como os prebióticos (fibras solúveis), que atuam como resíduos energéticos para o aumento e atividade de bactérias intestinais benéficas, melhorando deste modo a microbiota intestinal, o que é uma condição fundamental para a manutenção e equilíbrio da saúde (VIANA, 2016). Atividades aeróbicas longo prazo aumentar as concentrações de plasma de triptofano (TRP-F), ao passo que as concentrações de aminoácido neutro grande (LNAA) são reduzidos como resultado da sua maior absorção e à oxidação pôr os músculos exercitados. Assim, a relação de / LNAA TRP-F diminuiu o que aumenta a locomoção do TRP-F para o cérebro, aumentando assim as concentrações de serotonina cerebral. Uma vez que a serotonina é responsável pela estimulação do eixo HPA em resposta ao stress. Em relação aos resultados da suplementação de TRP sozinho, foi mostrado para melhorar a função da serotonina cerebral, o que ajuda a reduzir a libertação de cortisol em situações de stress (REZENDE et al., 2019). Além disso, tem o agravamento fadiga, ansiedade e depressão, que também têm sido associadas com piora, não ideal sono. Dada a relação estreita entre a dor, o sono e o humor, é importante para assegurar que estas causas não-inflamatórios de dor são adequadamente tratadas, a fim de ajudar a controlar as doenças e melhorar a qualidade de vida (CHACAY et al., 2019). O tratamento consiste em orientação para o consumo de dieta balanceada e incentivo a pratica regular de exercícios físicos. A perdas de peso está relacionada com a redução da dor e aumento da qualidade de vida, diante disso estudos falam que a perda de peso gradual deve estar associada ao tratamento da síndrome de fibromialgia (ARAUJO, 2014). A síndrome de fibromialgia é uma doença crônica não transmissível que precisa da mesma atenção dos profissionais da saúde que as demais DCNT, e o acompanhamento nutricional é de suma importância para a melhora do quadro de inflamação crônica muscular. CONCLUSÃO Com o presente trabalho concluiu que a alimentação é um elemento crucial no tratamento e profilaxia da síndrome de fibromialgia. Sendo evidenciado que a maioria da população entrevistada não possui uma alimentação balanceada e nem praticam exercícios físico de forma regular. Portanto conclui-se que, a alimentação é um elemento crucial no tratamento e profilaxia da síndrome de fibromialgia. Sendo evidenciado que a maioria da população entrevistada não possui uma alimentação balanceada e nem praticam exercícios físico de forma regular. Vale ressaltar a importância de intervenções em educação alimentar e nutricional continuas que são realizadas através do programa Guia Alimentar para a população brasileira e em consultas com o profissional de nutrição e orientações especificas ao tratamento da síndrome de fibromialgia.REFERÊNCIAS ARAUJO T.A. Relação entre padrão de sono e obesidade em mulheres com fibromialgia. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Nutrição, da Universidade federal de Uberlândia. Uberlândia – MG, 2014. BATISTA, E. D. et al. Avaliação da ingestão alimentar e qualidade de vida de mulheres com fibromialgia. Revista Brasileira De Reumatologia. p 105–110. 2016. BRAZ A.S. et al. Uso da terapia não farmacológica, medicina alternativa e complementar na fibromialgia. Revista Bras Reumatol;51(3):269-82] Elsevier Editora Ltda. Brasilia , 2011. 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