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Nutrição no tratamento da fibromialgia

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Contribuição da Nutrição no tratamento da fibromialgia numa 
abordagem com usuários de uma Unidade Básica de Saúde no 
centro de São Paulo 
 
Contribution of Nutrition in the treatment of fibromyalgia in an approach with users of a Basic Health 
Unit in downtown São Paulo 
 
Juliana Santos Domiciano1 
Ana Alice Fontes Monteiro2 
Luara Bellinghausen Almeida3 
 
1 Graduanda em Nutrição pela Universidade Paulista- UNIP 
2 Nutricionista, Supervisora de Estágios da Universidade Paulista - UNIP 
3 Nutricionista, Professora e Coordenadora de Estágios da Universidade Paulista – UNIP 
 
RESUMO 
 Introdução A fibromialgia é uma das doenças reumatológicas de maior 
ocorrência. No Brasil acomete cerca de 2% a 3% da população, costuma surgir entre 
30 e 65 anos e é mais frequente entre as mulheres. O tratamento apenas 
medicamentoso é insuficiente para a maioria dos pacientes. Sendo assim, 
recomenda-se abordagem multifatorial, pois oferece melhores resultados do que a 
aplicação isolada de qualquer tratamento. A preocupação crescente com o papel 
que a dieta desempenha na saúde do paciente é muito importante para o tratamento 
da fibromialgia. Os hábitos alimentares desses pacientes são importantes, razão 
pela qual estudos mostram melhoria na sintomatologia da doença com uma dieta 
equilibrada e saudável. Objetivo: O presente trabalho busca enfatizar o consumo 
alimentar que auxilia no tratamento da síndrome de fibromialgia, bem como avaliar o 
consumo de alimentos auxiliares no tratamento, a prática de atividade física e o 
conhecimento da população estudada. Metodologia: Estudo transversal 
quantitativo, com aplicação de questionário contendo 6 questões com base em 
pesquisas realizadas sobre a patologia e a relação da alimentação em seu 
tratamento. A coleta de dados se deu através de entrevistas em 30 usuários do 
gênero feminino, na faixa etária entre 30 e 65 anos, frequentadores da UBS Dr. 
Humberto Pascalli, no bairro Santa Cecilia, localizada no centro da cidade de São 
Paulo. Os dados obtidos foram tabulados e apresentados em forma de gráficos, para 
o melhor entendimento, pelo programa excel. Resultados: Foi identificado que 57% 
dos indivíduos alegam dores crônicas não diagnosticadas por médico especialista 
em reumatologia e 69% se encontram - se na faixa etária de pré-disposição a 
 
 
síndrome (faixa etária entre 25 e 75 anos). Levando em consideração os resultados 
obtidos no estudo, foi observado que 50% da população não sabe do que se trata a 
síndrome de fibromialgia; 67% não tem o conhecimento de que a alimentação 
adequada auxilia no tratamento das dores crônicas; e 40% da população realiza 
caminhadas 2 vezes por semana ao menos. Conclusão: Com o presente trabalho 
conclui-se que a alimentação é um elemento crucial no tratamento e profilaxia da 
síndrome de fibromialgia. Sendo evidenciado que a maioria da população 
entrevistada não possui uma alimentação balanceada e nem realiza a pratica de 
atividade física regular. Portanto, faz-se necessário intervenções de educação 
alimentar e nutricional continuas que são realizadas através do programa Guia 
Alimentar para a população brasileira e em consultas com o profissional de nutrição 
e orientações especificas ao tratamento da síndrome de fibromialgia. 
Palavras-chave: fibromialgia, alimentação, nutrição, inflamação muscular. 
 
ABSTRACT: Introduction Fibromyalgia is one of the most common rheumatologic 
diseases. In Brazil, it affects about 2% to 3% of the population, usually occurs 
between 30 and 65 years and is more frequent among women. Drug-only treatment 
is insufficient for most patients. Therefore, a multifactorial approach is recommended, 
as it offers better results than the isolated application of any treatment. The growing 
concern about the role that diet plays in the patient's health is very important for the 
treatment of fibromyalgia. The eating habits of these patients are important, which is 
why studies show improvement in the symptoms of the disease with a balanced and 
healthy diet. Objective: The present study aims to emphasize the food consumption 
that helps in the treatment of fibromyalgia syndrome, as well as to evaluate the 
consumption of auxiliary foods in the treatment, the practice of physical activity and 
the knowledge of the studied population. Methodology: Quantitative cross-sectional 
study, with a questionnaire containing 6 questions based on research conducted on 
the pathology and the relationship of diet in its treatment. Data were collected 
through interviews with 30 female users, aged between 30 and 65 years old, who 
attended the UBS Dr. Humberto Pascalli, in Santa Cecilia neighborhood, located in 
downtown São Paulo. The data obtained were tabulated and presented in graphs, for 
better understanding, by the excel program. Results: It was identified that 57% of the 
individuals claim chronic pain not diagnosed by a rheumatology specialist and 69% 
 
 
are in the pre-disposition age group (25 to 75 years old). Taking into account the 
results obtained in the study, it was observed that 50% of the population does not 
know what fibromyalgia syndrome is about; 67% are unaware that proper nutrition 
assists in the treatment of chronic pain; and 40% of the population walks at least 
twice a week. Conclusion: This study concludes that food is a crucial element in the 
treatment and prophylaxis of fibromyalgia syndrome. It is evident that the majority of 
the interviewed population does not have a balanced diet and does not practice 
regular physical activity. Therefore, continuous food and nutrition education 
interventions are needed through the Food Guide program for the Brazilian 
population and in consultation with the nutrition professional and specific guidelines 
for the treatment of fibromyalgia syndrome. 
 
KEY WORDS: fibromyalgia, food, nutrition, muscle inflammation. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 A fibromialgia é uma das doenças reumatológicas de maior ocorrência. No 
Brasil acomete cerca de 2% a 3% da população, costuma surgir entre 30 e 65 anos 
e é mais frequente entre as mulheres. Segundo os critérios de classificação do 
American College of Rheumatology, a definição da síndrome usa duas variáveis: dor 
bilateral, acima e abaixo da cintura, axial, dor generalizada crônica com mais de três 
meses de duração e dor à palpação de pelo menos 11 de 18 locais específicos do 
corpo conhecidos como tender points. Porém podem apresentar também fadiga, 
rigidez matinal generalizada, sono não reparador, cefaleia crônica, cólon irritável, 
dismenorreia, sensação de edema, intolerância a exercícios, depressão e 
ansiedade, sintomas depressivos, irritabilidade na bexiga e mudanças na 
temperatura que causam modificações temporárias na coloração da pele (SIENA et 
al., 2010). 
 Em muitos indivíduos pode causar dificuldades com atividades diárias. Quase 
85% dos pacientes têm problemas para fazer as tarefas domésticas, e muitas vezes 
as mulheres precisam de mais assistência do que os homens. Perda de atividades 
de lazer tem sido associado com mais fadiga e dor, bem como menos auto eficácia 
em lidar com a fibromialgia. Os pacientes relatam que sua doença os torna menos 
independente e interfere em suas atividades como trabalho, participação em 
passatempos, e a necessidade de ter apoio nas atividades, reduzindo assim sua 
qualidade de vida (CHACAY et al., 2019). 
 O tratamento da fibromialgia tem como objetivo o alívio da dor, a melhora da 
qualidade do sono, a manutenção ou restabelecimento do equilíbrio emocional, 
melhora do condicionamento físico e da fadiga (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
REUMATOLOGIA, 2011).Contudo, o tratamento apenas medicamentoso é 
insuficiente para a maioria dos pacientes. Sendo assim, recomenda-se abordagem 
multifatorial, pois oferece melhores resultados do que a aplicação isolada de 
qualquer tratamento. A preocupação crescente com o papel que a dieta 
desempenha na saúde do paciente é muito importante para o tratamento da 
fibromialgia (NESELLO et al., 2018). 
Os hábitos alimentares desses pacientes são importantes, razão pela qual 
estudos mostram melhoria na sintomatologia da doença com uma dieta equilibrada e 
saudável. Dietas vegetarianas parecem melhorar alguns sintomas da doença e esse 
 
 
fato pode ser devido ao seu baixo teor de gorduras saturadas e proteínas de origem 
animal, altos níveis de fibras, vitaminas C, betacaroteno, minerais (magnésio, 
potássio, zinco, selênio) e antioxidantes. Segundo a Sociedade Brasileira de 
Reumatologia, alguns cuidados devem ser tomados com a alimentação na 
fibromialgia, como redução do consumo de açúcar, sal, gorduras e álcool e 
aumentar a ingestão de fibras, frutas, vegetais e líquidos, a fim de evitar o 
aparecimento de outras doenças crônicas e o excesso de peso (BATISTA et 
al.,2016). 
A diminuição de consumo de sal, açúcares, álcool e gorduras estão 
intimamente relacionadas a doenças metabólicas e produção hormonal. Sugere-se a 
necessidade de aumentar a ingestão de alimentos fontes de vitaminas B6, B12, 
ácido fólico e triptofano, uma vez que em pacientes com fibromialgia a deficiência 
dessas vitaminas. Os íons potássio, cálcio e magnésio têm implicações diretas no 
sistema nervoso por participarem da transmissão de impulsos nervosos relacionados 
a espasmos e contrações musculares e, portanto, devem ser geradores periféricos 
da dor (MARTINEZ, 2015). 
O protocolo terapêutico é uma dieta rigorosa ele foi concebido para facilitar a 
absorção de triptofano e, assim, garantir a sua biodisponibilidade como um substrato 
para a síntese de 5-HT (serotonina). Resultados interessantes confirmam o papel 
crucial da ingestão de alimentos na disponibilidade de 5-HT e os mecanismos 
bioquímicos e fisiológicos que determinam direta ou indiretamente na sintomatologia 
da fibromialgia. A fim de sustentar a síntese de 5-HT que é uma indolamina 
resultante da hidroxilação e carboxilação do aminoácido L-triptofano. O primeiro 
passo para a síntese da serotonina no sistema nervoso central (SNC) e em outras 
áreas do corpo, como, por exemplo, nas células enterocromafins encontradas na 
mucosa intestinal, plaquetas e mastócitos, é a captação do triptofano, isto é, 
obrigatória para remover moléculas que podem afetar negativamente o destino de 
triptofano no trato gastrointestinal. O núcleo desta abordagem é a exclusão de 
alguns carboidratos da dieta e da ingestão adequada de triptofano com alimentos. 
Devido ao fato de a frutose ser um açúcar relativamente alto, limitar o consumo de 
frutose, tanto quanto possível é o ponto essencial, incluindo cadeias de frutose, tal 
como frutanos e inulinas, e algumas outras moléculas que não têm sistemas de 
 
 
transporte específicos (por exemplo, sorbitol). Glutamato e aspartame também 
devem ser excluídos (LATTANZIO et al., 2018). 
Teoricamente, a ingestão mais eficaz seria uma frutose livre, lactose, sorbitol 
livre, o aspartame livre, dieta com baixo teor de sacarose, junto com a ingestão 
adequada triptofano. O tratamento é esperado causar uma melhora significativa dos 
sintomas. Exames periódicos de sangue deve ser considerado na avaliação dos 
níveis de vitaminas e de sais minerais, antes de, durante, e após a aplicação clínica 
farmacologia e nutricional. Suplementos vitamínicos adequados e suplementos de 
sal mineral deve ser tomado em consideração se as deficiências forem reveladas 
(LATTANZIO et al., 2017). 
O presente trabalho busca enfatizar sobre o consumo alimentar que auxilia no 
tratamento da síndrome de fibromialgia, bem como avaliar o consumo de alimentos 
auxiliares no tratamento, a prática de atividade física e o conhecimento da 
população estudada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA 
 Trata-se de um estudo transversal quantitativo, com base nas pesquisas 
bibliográficas nas plataformas SCIELO, PUBMED e Google Acadêmico e usando 
como critério de avaliação dos artigos científicos dos últimos dez anos. 
 Foi elaborado um questionário com 6 questões com base em pesquisas 
realizadas sobre a patologia e a relação da alimentação em seu tratamento. A 
coleta de dados se deu com 30 usuários do gênero feminino, na faixa etária entre 30 
e 65 anos, frequentadores da UBS Dr. Humberto Pascalli, no bairro Santa Cecilia, 
localizada no centro da cidade de São Paulo. 
 O questionário contempla questões de fácil entendimento, e foi aplicado 
formalmente nos usuários com abordagem simples sobre a pesquisa que está sendo 
realizada. Foi utilizado como critério de exclusão adolescentes de ambos os 
gêneros, gestantes e adultos do sexo masculino. Após a coleta dos dados foram 
tabulados e transcritos em gráficos no excel para chegar á conclusão dos 
resultados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADOS 
O resultado obtido através das entrevistas com os usuários da UBS acima 
descrita foi, onde 57% dos indivíduos alegam dores crônicas não diagnosticadas por 
médico especialista em reumatologia e 69% se encontram na faixa etária de pré-
disposição a síndrome, na faixa etária entre 25 e 75 anos. Levando em consideração 
os resultados obtidos no estudo, foi observado que 50% da população não sabe do 
que se trata a síndrome de fibromialgia; 67% não tem o conhecimento de que a 
alimentação adequada auxilia no tratamento das dores crônicas; e 40% da 
população realiza caminhadas 2 vezes por semana ao menos. 
Abaixo resultados apresentados em gráficos. 
Gráfico 1. Divisão por idade dos usuários entrevistados da UBS Dr. Humberto 
Pascalli em São Paulo, 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Divisão por 
idade dos 
usuários 
 
 
Gráfico 2. Prática de atividade física semanal dos usuários entrevistados da 
UBS Dr. Humberto Pascalli em São Paulo, 2019. 
 
 
Gráfico 3. Imagem com os principais pontos de dor da síndrome, sente dor 
frequente em alguns dos pontos dos usuários entrevistados da UBS Dr. Humberto 
Pascalli em São Paulo, 2019. 
 
 
 
 
Prática de atividade 
física semanal dos 
usuários 
Imagem com os principais 
pontos de dor da síndrome, 
sente dor frequente em alguns 
dos pontos dos usuários 
 
 
Gráfico 4. Nível do conhecimento do que se trata a fibromialgia, dos usuários 
entrevistados da UBS Dr. Humberto Pascalli em São Paulo, 2019. 
 
 
Gráfico 5. Nível de conhecimento que a alimentação auxilia no tratamento das 
dores crônicas dos usuários entrevistados da UBS Dr. Humberto Pascalli em São 
Paulo, 2019.: 
 
 
 
 
Nível do conhecimento 
do que se trata a 
fibromialgia dos 
usuários 
Nível de conhecimento 
que a alimentação 
auxilia no tratamento 
das dores crônicas dos 
usuários 
 
 
Gráfico 6. Questionário de Frequência Alimentar (QFA) dos usuários 
entrevistados da UBS Dr. Humberto Pascalli em São Paulo, 2019. 
 
 
DISCUSSÃO 
 Com a aplicação do questionário nos dias 28/08/19 e 04/09/2019 em 30 
usuários do sexo feminino da UBS foi identificado que 57% dos indivíduos alegam 
sentir dores crônicas não diagnosticadas por um médico especialista em 
reumatologia e 69% se encontram na faixa etária de pré-disposição a síndrome, de 
25 a 75 anos. Levando em consideração os resultados obtidos no estudo foi 
observado que 50%da população não sabe do que se trata a síndrome de 
fibromialgia; 67% não tem o conhecimento de que a alimentação adequada auxilia 
no tratamento das dores crônicas; e 40% da população realiza caminhadas 2 vezes 
por semana ao menos. 
Foi realizado um breve questionário de frequência alimentar com os 
entrevistados e pode-se evidenciar que há um elevado consumo de feijão, tomate, 
banana, água e bebidas alcoólicas, ressaltando que 20% não consome água 
diariamente por esquecimento ou por não sentir sede. Em relação ao consumo dos 
alimentos que favorecem a analgesia, ou seja, auxiliam no tratamento, como 
espinafre, abacaxi, abacate e sementes integrais (aveia, linhaça e chia) quase não 
há consumo ou é raramente consumido. 
 
 
Com base em uma das revisões sistemáticas, foi mostrado que exercícios de 
estabilidade podem ser eficazes para populações específicas com dor lombar, 
particularmente aqueles com doença crônica, tal como no caso de doentes com 
fibromialgia, e que reduzem significativamente, com uma redução de mais de 3 
pontos na escala de dor. A importância da implementação conjunta entre 
combinação de dieta e exercício modificações está relacionada a melhora dos 
sintomas da fibromialgia (RODRIGUEZ et al., 2007) 
 A respeito de um estudo feito com “uma intervenção nutricional com restrição 
de fodmaps integrada no tratamento da fibromialgia” uma das preocupações do 
autor com dieta, intolerâncias e alergias e descrevem que 30% relatam modificação 
da sua dieta após diagnóstico de fibromialgia e 61% utiliza suplementação. 
Encontram-se estudos feitos com 37 indivíduos na universidade de Lisboa, que 
descrevem dietas específicas aplicadas à síndrome não muito conclusivos. Dietas 
veganas ricas em antioxidantes parecem ter benefícios e dieta para melhoria de 
sintomas da fibromialgia. Foi feito um levantamento das intolerâncias e alergias 
alimentares previamente conhecidas e relatadas. Cerca de 60% dos indivíduos com 
fibromialgia relatou sentir algum tipo de intolerância. O tipo de intolerância mais 
frequentemente relatada (50% das participantes) foi ao leite. Seguiram-se as 
intolerâncias a legumes e frutas (24% e 18% respetivamente) e Intolerância a 
cereais e leguminosas foram relatadas por 13 e 11% das participantes. A alergia 
alimentar foi relatada em cerca de 10% dos participantes da pesquisa (MARUN, 
2016). 
 Vários autores reportaram os efeitos benéficos da alimentação sobre os 
sintomas de doenças reumatológicas, em especial da dieta vegetariana estudaram a 
participação da dieta na melhora de pacientes com fibromialgia, uma dieta 
estritamente vegetariana, concluindo que tal dieta foi benéfica, embora por curto 
período. Observaram melhora em vários parâmetros de acompanhamento na 
fibromialgia (dor, sono, fadiga e qualidade de vida) em pacientes que receberam 
uma dieta vegetariana exclusiva por 7 meses (BRAZ et al., 2011). 
 Diversos estudos relacionam deficiências nutricionais e stress oxidativo com 
os sintomas da fibromialgia, não se sabendo se são causa ou consequência, seja 
por deficiência de antioxidantes ou por excesso de produção de radicais livres (ROS) 
e citosinas inflamatórias. Põe-se a hipótese de envolvimento deste mecanismo na 
 
 
dor muscular e sensibilização central. Assim um alvo será aumentar os antioxidantes 
e a biogénese mitocondrial. Descrevem deficiências no Zinco, magnésio e selénio, 
microelementos essenciais para o equilíbrio redox e produção de ATP. Estudos 
mostram concentração significativamente mais baixa dos aminoácidos de cadeia 
ramificada BCAA e da fenilalanina. Sendo os BCAA fonte de energia para o músculo 
coloca-se a hipótese de defeito na absorção intestinal ou uma baixa ingestão deste 
importante grupo de aminoácidos ergogénicos e sulfurados. A depleção ou 
deficiência do triptofano com alteração no metabolismo da 5-HT (MARUN, 2016). 
Além disso, destaca-se que o intestino é um dos locais de produção de 
serotonina. Existem sete tipos de receptores da mesma, que justificam a sua 
variedade de efeitos. Os receptores 5-HT1, 5-HT2, 5-HT3, 5-HT4 e 5-HT7 são os 
que atuam na função motora do intestino. Em relação a estes receptores, estudos 
têm demonstrado suas funções de relaxamento do cólon e contrações leves do 
músculo gástrico. A alimentação pode estar relacionada com a evolução dos 
sintomas da fibromialgia, visto que a dieta pode abranger elementos que atuem nas 
variadas vias metabólicas e neurais implicadas. Deve-se utilizar conhecimentos 
nutricionais direcionados ao controle das instabilidades neuroendócrinas através da 
redução da exposição a xenobióticos, melhora da colonização de micro-organismos 
do trato intestinal e da qualidade de nutrientes e micronutrientes ofertados. Sabe-se 
que vários nutrientes têm propriedades funcionais tais como os prebióticos (fibras 
solúveis), que atuam como resíduos energéticos para o aumento e atividade de 
bactérias intestinais benéficas, melhorando deste modo a microbiota intestinal, o que 
é uma condição fundamental para a manutenção e equilíbrio da saúde (VIANA, 
2016). 
Atividades aeróbicas longo prazo aumentar as concentrações de plasma de 
triptofano (TRP-F), ao passo que as concentrações de aminoácido neutro grande 
(LNAA) são reduzidos como resultado da sua maior absorção e à oxidação pôr os 
músculos exercitados. Assim, a relação de / LNAA TRP-F diminuiu o que aumenta a 
locomoção do TRP-F para o cérebro, aumentando assim as concentrações de 
serotonina cerebral. Uma vez que a serotonina é responsável pela estimulação do 
eixo HPA em resposta ao stress. Em relação aos resultados da suplementação de 
TRP sozinho, foi mostrado para melhorar a função da serotonina cerebral, o que 
 
 
ajuda a reduzir a libertação de cortisol em situações de stress (REZENDE et al., 
2019). 
Além disso, tem o agravamento fadiga, ansiedade e depressão, que também 
têm sido associadas com piora, não ideal sono. Dada a relação estreita entre a dor, 
o sono e o humor, é importante para assegurar que estas causas não-inflamatórios 
de dor são adequadamente tratadas, a fim de ajudar a controlar as doenças e 
melhorar a qualidade de vida (CHACAY et al., 2019). 
O tratamento consiste em orientação para o consumo de dieta balanceada e 
incentivo a pratica regular de exercícios físicos. A perdas de peso está relacionada 
com a redução da dor e aumento da qualidade de vida, diante disso estudos falam 
que a perda de peso gradual deve estar associada ao tratamento da síndrome de 
fibromialgia (ARAUJO, 2014). 
A síndrome de fibromialgia é uma doença crônica não transmissível que 
precisa da mesma atenção dos profissionais da saúde que as demais DCNT, e o 
acompanhamento nutricional é de suma importância para a melhora do quadro de 
inflamação crônica muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 Com o presente trabalho concluiu que a alimentação é um elemento crucial 
no tratamento e profilaxia da síndrome de fibromialgia. Sendo evidenciado que a 
maioria da população entrevistada não possui uma alimentação balanceada e nem 
praticam exercícios físico de forma regular. 
Portanto conclui-se que, a alimentação é um elemento crucial no tratamento e 
profilaxia da síndrome de fibromialgia. Sendo evidenciado que a maioria da 
população entrevistada não possui uma alimentação balanceada e nem praticam 
exercícios físico de forma regular. 
Vale ressaltar a importância de intervenções em educação alimentar e 
nutricional continuas que são realizadas através do programa Guia Alimentar para a 
população brasileira e em consultas com o profissional de nutrição e orientações 
especificas ao tratamento da síndrome de fibromialgia.REFERÊNCIAS 
ARAUJO T.A. Relação entre padrão de sono e obesidade em mulheres com 
fibromialgia. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Nutrição, da 
Universidade federal de Uberlândia. Uberlândia – MG, 2014. 
BATISTA, E. D. et al. Avaliação da ingestão alimentar e qualidade de vida de 
mulheres com fibromialgia. Revista Brasileira De Reumatologia. p 105–110. 2016. 
BRAZ A.S. et al. Uso da terapia não farmacológica, medicina alternativa e 
complementar na fibromialgia. Revista Bras Reumatol;51(3):269-82] Elsevier Editora 
Ltda. Brasilia , 2011. 
CHACAY M.G. et al. Tipos de dor e seu impacto psicossocial em mulheres com 
artrite reumatóide. Chancay et al. Midlife Saúde da Mulher. Nova York, 2019. 
LATTANZIO S.M. et al. Síndrome de Fibromialgia: Relato de Caso em remissão 
controlada de sintomas por uma estratégia dietética. Frente. Med. 5:94. doi: 10,3389 
/ fmed.2018.00094. Japão, 2018. 
LATTANZIO S.M. Síndrome de Fibromialgia: Uma Abordagem metabólica aterrado 
em Bioquímica para o Remissão dos sintomas. Frente. Med. 4: 198. doi: 10,3389 / 
fmed.2017.00198. Portugal, 2017. 
MARTINEZ, J. E. et al. Influência Do Tipo De Alimentação Na Evolução Dos 
Sintomas Apresentados Em Pacientes Com Fibromialgia. Revista da Faculdade de 
Ciências Médicas de Sorocaba. v. 17, n. 2, p. 69 - 72, 2015. 
MARUM A. P. B. Uma Intervenção Nutricional Com Restrição De Fodmaps Integrada 
No Tratamento Da Fibromialgia Uma Realidade Com Benefícios. UNIVERSIDADE 
DE LISBOA Faculdade de Medicina. LISBOA, 2016. 
NESELLO, L. A. N. et al. Impacto Da Educação Nutricional No Tratamento Da 
Síndrome De Fibromialgia. Revista de extensão da universidade de cruz alta - 
CATAVENTOS ISSN. v.10, n.1, p. 155-166, maio/2018. 
OLIVEIRA, C. A. et al. Entenda tudo sobre: Fibromialgia. Publicado em 28/07/2018. 
Disponível em: 
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/noticias/Paginas/Entenda-tudo-
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REZENDE M.R. et al. Faz o exercício aeróbico associado com a suplementação de 
triptofano atenua hiperalgesia e inflamação em ratas com fibromialgia experimental. 
PLOS ONE 14 (2): e0211824. Viçosa – MG, 2019. Disponível: 
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RODRIGUEZ A.M. et al. Efeitos da lacto-vegetariana e estabilização do núcleo 
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SIENA, L. R.; MARRONE, L. A influência da alimentação na redução ou no 
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA – SBR. Fibromialgia. Cartilha para 
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VIANA F.F. AVALIAÇÃO DO EFEITO DO PSYLLIUM (PLANTAGO OVATA) NOS 
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Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Nutrição, da Universidade do Sul de 
Santa Catarina. Palhoça – SC, 2016.

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