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OBESIDADE-SUAS-REPERCUSSÕES-TRATAMENTO-DA-OBESIDADE-E-OUTRAS-DOENÇAS-ASSOCIADAS

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2 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3 
2 ASPECTOS GERAIS ................................................................................... 4 
3 DIABETES ................................................................................................... 8 
4 DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA (DHGNA) .......... 12 
5 HIPERTENSÃO ......................................................................................... 15 
6 DOENÇAS CARDIOVASCULARES (DCV) ............................................... 18 
7 SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS) .................... 19 
8 DISLIPIDEMIAS ......................................................................................... 20 
9 SÍNDROME METABÓLICA ....................................................................... 22 
10 CÂNCER E OBESIDADE ....................................................................... 24 
11 ABORDAGEM CLÍNICA DA OBESIDADE: DIETOTERAPIA ................. 26 
12 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NA OBESIDADE .......................... 30 
12.1 Sibutramina ...................................................................................... 31 
12.2 Orlistate ............................................................................................ 33 
12.3 Liraglutida ........................................................................................ 33 
13 TRATAMENTO CIRÚRGICO DA OBESIDADE ...................................... 34 
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 39 
15 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ....................................................... 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é 
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase 
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre 
o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para 
todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. 
Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo 
de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
2 ASPECTOS GERAIS 
 
Fonte: Pixabay.com 
A Organização Mundial de Saúde – OMS aponta a obesidade como um 
dos maiores problemas de saúde no mundo (WHO, 2010). O estudo Global 
Burden of Disease Brasil – GBD (SOUZA, FRANÇA e CAVALCANTE, 2017), 
apontou aumento da obesidade, glicemia de jejum e uso de álcool consistente 
com os dados da maioria dos países no mundo. O excesso de peso e a 
obesidade constituem o segundo fator de risco mais importante para a carga 
global de doenças e estão associados com várias doenças crônicas não 
transmissíveis - DCNT, como doenças cardiovasculares, diabetes, câncer de 
cólon, de reto e de mama, cirrose, entre outras. De acordo com a OMS, mais de 
1,6 bilhão de adultos se encontra com excesso de peso no mundo e pelo menos 
400 milhões estão obesos (WHO, 2006). 
Um indivíduo obeso, comparado a um indivíduo eutrófico (peso normal 
para a altura/idade), possui maior probabilidade de vir a desenvolver 
doenças associadas à obesidade (MOREIRA & COLABORADORES, 
2012, apud LOURENÇO et al., 2016 p. 02). 
Os dados do GBD 2015 indicam crescimento para 604 milhões de adultos 
e 112 milhões de crianças em todo o mundo com obesidade, além de a 
 
5 
 
prevalência ter dobrado entre 1980 e 2015 em mais de 70 países do mundo 
(SOUZA, FRANÇA e CAVALCANTE, 2017). No Brasil, a situação não é 
diferente. Estudos apontam que a obesidade vem crescendo cada vez mais. De 
acordo com os dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção 
para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – VIGITEL, mais de 50% da 
população adulta está acima do peso, ou seja, na faixa de sobrepeso e 
obesidade. 
A obesidade é considerada uma doença crônica, multifatorial e o distúrbio 
nutricional mais comum na infância. O aumento crescente do número de obesos 
no mundo indica a grande participação do ambiente na gênese da doença, com 
hábitos dietéticos, sedentarismo e fatores psicossociais, responsáveis por 95% 
dos casos. Cerca de 5% dos pacientes obesos exibirão alguma causa 
identificada sendo 2% associados a síndromes genéticas raras, e o restante a 
causas endócrinas e secundárias a medicamentos (MORETZSOHN; ROCHA; 
CAETANO, 2016). Pode ser classificada didaticamente em obesidade 
endógena, secundária a doenças ou uso de medicamentos e exógena, resultado 
de uma interação entre fatores genéticos, comportamentais e ambientais em que 
a ingestão alimentar é maior que o gasto energético (ANS, 2017). 
Sabidamente, fatores genéticos e metabólicos influenciam de maneira 
direta no ganho de peso, porém outros fatores como inatividade física, 
dieta pouco saudável e estresse psicossocial aumentam o risco do 
desenvolvimento da obesidade. Deste modo, intervenções orientadas 
para esses fatores devem ser realizadas para prevenir ou reverter o 
quadro da obesidade no âmbito individual e populacional (KIVIMÄKI et 
al., 2015, apud BEVILAQUA et al., 2016, p. 02). 
O tratamento da obesidade implica melhora ou resolução de várias 
doenças associadas. É importante ressaltar que apenas 10% dos pacientes com 
obesidade são diagnosticados e porcentagem inferior a 2% dos mesmos 
recebem tratamento para obesidade. Sabe-se que o tratamento clínico 
(mudança de estilo de vida e medicamentos) reduz em média 10% do peso 
corporal, daí a importância de um diagnóstico e intervenção precoces. E o 
tratamento cirúrgico da obesidade reduz em média 30% do peso corporal 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA 
SÍNDROME METABÓLICA, 2016). 
 
6 
 
Um dos alicerces para o enfrentamento do excesso de peso e da 
obesidade reside na promoção da alimentação saudável. A 2ª edição do Guia 
Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde, em 
2014, aborda quais cuidados e caminhos são recomendados para se alcançar 
uma alimentação saudável, saborosa e balanceada. Para tanto, o Guia 
apresenta desde os cuidados que se deve ter ao escolher os alimentos, 
passando pela preparação das refeições e pelo próprio ato de comer. Os Dez 
Passos para uma Alimentação Adequada e Saudável, sistematizados pelo Guia 
Alimentar da População Brasileira, são abaixo transcritos (BRASIL, 2014, p.127-
128). 
 
1º passo Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a 
base da alimentação. 
2º passo Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades 
ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. 
3º passo Limitar o consumo de alimentos processados. 
4º passo Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados. 
5º passo Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, 
sempre que possível, com companhia. 
6º passo Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in 
natura ou minimamente processados. 
7º passo Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias. 
8º passo Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela 
merece. 
9º passo Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem 
refeições feitas na hora. 
10ºpasso Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre 
alimentação veiculadas em propagandas comerciais. 
Fonte: Guia Alimentar para a População Brasileira, 2014. 
As evidências associam a prática de exercícios à melhora da composição 
corporal e à promoção de potencialidades fisiológicas que envolvem 
 
7 
 
modificações positivas no que diz respeito à promoção de saúde e ao 
condicionamento físico (MELLO et al., 2004 apud BRAVIN et al., 2015, p. 41). 
Definições, objetivos e métodos para as fases de prevenção em doenças 
crônicas: práticas gerais em doenças crônicas e práticas específicas na 
obesidade. 
 
Fase de 
intervenção 
Definição e objetivos Métodos de prevenção 
 
 
Prevenção 
primária 
Práticas gerais: Prevenir uma doença de 
ocorrer. 
 
Obesidade: Prevenir o desenvolvimento 
de sobrepeso e obesidade. 
Práticas gerais: Eliminar fatores de risco, 
remover causas, ou aumentar resistência à 
doença. 
 
Obesidade: Educar o público, promover 
alimentação saudável e atividade física regular. 
Construir meio ambiente propício. 
 
 
 
 
Prevenção 
secundária 
Práticas gerais: Impedir a progressão da 
doença na sua fase inicial antes de 
progredir para um estágio mais grave. 
Deter o processo da doença para prevenir 
complicações ou sequelas. 
 
Obesidade: Prevenir ganho de peso 
futuro e desenvolvimento de 
complicações relacionadas ao peso em 
pacientes com sobrepeso e obesidade. 
Práticas gerais: Usar um teste de rastreamento 
e diagnóstico seguido por tratamento. 
 
Obesidade: Rastrear e diagnosticar usando 
IMC. Avaliar a presença de complicações. 
Tratar com intervenção de estilo de vida 
sem/com medicamentos antiobesidade. 
 
 
 
Prevenção 
terciária 
Práticas gerais: Usar atividades clínicas 
que reduzam complicações e previnam 
deterioração posterior. 
 
Obesidade: Tratar com terapia e 
medicamentos para perda de peso 
visando aliviar complicações 
relacionadas à obesidade e prevenir a 
progressão da doença. 
Práticas gerais: Usar estratégias de tratamento 
que limitem consequências adversas da 
doença. 
 
Obesidade: Tratar com intervenção de estilo de 
vida/comportamental e medicamentos 
antiobesidade. Considerar cirurgia bariátrica. 
Fonte: Diretrizes Brasileiras de Obesidade, 2016. 
 
8 
 
 
3 DIABETES 
 
Fonte: Pixabay.com 
 O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença caracterizada pela elevação da 
glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção 
ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas 
células beta. A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para 
as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas 
atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta, 
portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia 
(Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM, 2017). 
Nos obesos, o tecido adiposo libera quantidades aumentadas de ácidos 
graxos não esterificados, glicerol, hormônios, citocinas pró-inflamatórias e outros 
fatores envolvidos na resistência à insulina. Quando essa se acompanha de 
disfunção das células beta pancreáticas, estabelece-se a falha de controle da 
glicemia. Assim, as anormalidades funcionais das células beta, induzidas pela 
obesidade, são críticas no risco de desenvolvimento da doença (KAHN et al., 
2006, apud WANNMACHER, 2016, p. 03). 
Na história natural do DM, alterações fisiopatológicas precedem em 
muitos anos o diagnóstico da doença. A condição na qual os valores glicêmicos 
 
9 
 
estão acima dos valores de referência, mas ainda abaixo dos valores 
diagnósticos de DM, denomina-se pré-diabetes. A resistência à insulina já está 
presente e, na ausência de medidas de combate aos fatores de risco 
modificáveis, ela evolui frequentemente para a doença clinicamente manifesta e 
associa-se a risco aumentado de doença cardiovascular e complicações. Na 
maioria dos casos de pré-diabetes ou diabetes, a condição é assintomática e o 
diagnóstico é feito com base em exames laboratoriais (ADA, 2019). 
Segundo a American Diabetes Association (ADA) a melhor estratégia 
para a promoção da saúde e redução das doenças crônicas não 
transmissíveis (DCNT) é manter uma alimentação equilibrada. Sendo 
assim, a dieta adequada e saudável se faz extremamente importante 
para pessoas com DM para o controle, tratamento e prevenção de 
complicações (FONSECA; ITO, 2015 apud BERTONHI 2018). 
As categorias de tolerância à glicose são definidas com base nos 
seguintes exames (ADA, 2019): 
Glicemia em jejum: coletada em sangue periférico após jejum calórico 
de no mínimo 8 horas (ADA, 2019). 
TOTG: previamente à ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água, 
coleta-se uma amostra de sangue em jejum para determinação da glicemia; 
coleta-se outra, então, após 2 horas da sobrecarga oral. Importante reforçar que 
a dieta deve ser a habitual e sem restrição de carboidratos pelo menos nos 3 
dias anteriores à realização do teste. Permite avaliação da glicemia após 
sobrecarga, que pode ser a única alteração detectável no início do DM, refletindo 
a perda de primeira fase da secreção de insulina (ADA, 2019). 
Hemoglobina glicada (HbA1c): oferece vantagens ao refletir níveis 
glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e ao sofrer menor variabilidade dia a dia e 
independer do estado de jejum para sua determinação. Vale reforçar que se trata 
de medida indireta da glicemia, que sofre interferência de algumas situações, 
como anemias, hemoglobinopatias e uremia, nas quais é preferível diagnosticar 
o estado de tolerância à glicose com base na dosagem glicêmica direta (ADA, 
2019). 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que glicemia elevada 
é o terceiro fator, em importância, da causa de mortalidade prematura, 
superada apenas por pressão arterial aumentada e uso de tabaco. 
Infelizmente, muitos governos, sistemas de saúde pública e 
profissionais de saúde ainda não se conscientizaram da atual 
 
10 
 
relevância do diabetes e de suas complicações (WHO 2009 apud SBD 
2019). 
Abaixo, destacaremos os critérios laboratoriais para diagnóstico de 
normoglicemia, pré-diabetes e DM, (ADA, 2019) adotados pela Sociedade 
Brasileira de Diabetes (SBD). 
 
 Glicose em 
jejum 
(mg/dL) 
Glicose 2 horas 
após sobrecarga 
com 75 g de 
glicose (mg/dL) 
Glicose ao 
acaso 
(mg/dL) 
HbA1c 
(%) 
Observações 
 
Normoglicemia 
 
< 100 
 
< 140 
 
 
– 
 
< 5,7 
OMS emprega valor de 
corte de 110 mg/dL 
para normalidade da 
glicose em jejum. 
Pré-diabetes 
ou risco 
aumentado 
para DM 
 
≥ 100 e 
< 126* 
 
≥ 140 e < 200** 
 
 
– 
 
≥ 5,7 e 
< 6,5 
Positividade de 
qualquer dos 
parâmetros confirma 
diagnóstico de pré-
diabetes. 
 
 
 
Diabetes 
estabelecido 
 
 
 
 
≥ 126 
 
 
 
 
≥ 200 
 
≥ 200 com 
sintomas 
inequívocos 
de 
hiperglicemia 
 
 
 
 
≥ 6,5 
Positividade de 
qualquer dos 
parâmetros confirma 
diagnóstico de DM. 
Método de HbA1c deve 
ser o padronizado. Na 
ausência de sintomas 
de hiperglicemia, é 
necessário confirmar o 
diagnóstico pela 
repetição de testes. 
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2019-2020. 
 
11 
 
OMS: Organização Mundial da Saúde; HbA1c: hemoglobina glicada; DM: 
diabetes mellitus. 
* Categoria também conhecida como glicemia de jejum alterada. 
** Categoria também conhecida como intolerância oral à glicose. 
A alimentação é controlada por vários fatores cognitivos, ambientais, 
emocionais e psicológicos, no qual a representação do alimento para 
o indivíduo libera hormônios que despertam o desejo de consumi-lo, 
interferindo no poder de saciedade do mesmo. Os obesos parecem ter 
menor liberação desses hormônios controladores da saciedade 
(LANDEIRO et al., 2010, apud LOURENÇO et al., 2016, p. 26). 
A melhor forma de prevenir o diabetes ediversas outras doenças é 
a prática de hábitos saudáveis (Ministério da Saúde, 2020): 
• Comer diariamente verduras, legumes e, pelo menos, três porções de 
frutas; 
• Reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras; 
• Parar de fumar; 
• Praticar exercícios físicos regularmente (pelo menos 30 minutos todos os 
dias); 
• Manter o peso controlado (eutrofia). 
O incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de 
atividades físicas é prioridade do Governo Federal. O Ministério da Saúde adotou 
internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e 
obesidade no país (Ministério da Saúde, 2020). 
Adotar um estilo de vida saudável, simultaneamente a prática regular 
de atividades físicas e uma dieta adequada ao indivíduo e a sua 
condição clínica, é eficaz para a redução e exclusão de riscos à saúde 
e constitui importante fator para promover a qualidade de vida aos 
portadores de DCNT (MALACHIAS et al., 2016 apud BASTOS et al., 
2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
Fonte: Departamento de Nutrição, SBD, 2017. 
A falta de conhecimento sobre as DCNT’s, impossibilita a construção 
do pensamento consciente acerca dos possíveis riscos de agravos e a 
busca pelo tratamento, o que reflete no ônus econômico tanto pessoal, 
quanto para o governo (MALTA et al., 2017 apud BASTOS et al., 2019). 
4 DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA (DHGNA) 
 
Fonte: Pixabay.com 
 
13 
 
A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) é uma condição 
clinicopatológica comum, caracterizada por depósito de lipídios nos hepatócitos 
do parênquima hepático, causando elevação assintomática de 
aminotransferases em até 90% dos casos, excluídas outras causas bem 
estabelecidas. Sua prevalência aumenta significativamente entre obesos, 
variando de 50 a 75% dos casos, e, provavelmente, este valor elevado seja 
paralelo ao aumento da prevalência global de obesidade, nas diversas faixas 
etárias (CUPPARI, 2014). 
O fígado é a maior glândula endócrina do corpo humano, e atua no 
metabolismo dos macronutrientes, micronutrientes, fármacos e/ou drogas e 
hormônios. Assim, os cuidados diários com a alimentação envolvem a saúde de 
todos os órgãos, em especial do fígado (LORENZONI et al., 2014). 
O desequilíbrio do balanço energético pela maior oferta de energia na 
forma de carboidratos e lipídios, e a ausência ou a insuficiente prática 
de atividade física, resulta no acúmulo de lipídios no tecido adiposo e 
no fígado de indivíduos de todas as faixas etárias (BRAVIN et al 2015; 
CRISPIM et al., 2016 apud LORENZONI et al., 2014). 
Ao exame físico, a obesidade é a anormalidade mais comum, sendo a 
hepatomegalia descrita em, aproximadamente, 75% dos pacientes. Sinais de 
hipertensão portal são menos frequentes, embora a esplenomegalia possa ser 
encontrada em 25% dos pacientes na época do diagnóstico e, entre os sinais de 
insuficiência hepática, spider e eritema palmar são os mais comuns. Por meio de 
exames laboratoriais, podem ser encontradas elevações discretas ou 
moderadas nos níveis de aspartato aminotransferase (AST) e alanina 
aminotransferase (ALT). Diversas agressões estão envolvidas em sua 
patogênese, sendo aqui abordadas duas delas. Inicialmente, como resultado da 
resistência à insulina, há uma maior síntese e retenção de triglicerídeos no 
hepatócito, levando à esteatose macrovesicular. Provavelmente, uma menor 
oxidação de ácidos graxos, por disfunção mitocondrial, possa contribuir para 
esta alteração. A segunda agressão é geralmente atribuída ao estresse 
oxidativo, favorecendo a peroxidação de lipídios na membrana do hepatócito e 
produção de citocinas (CUPPARI, 2014). 
Na obesidade, pode ocorrer, também, resistência à leptina. Há estudos 
sugerindo que esse hormônio promove esteatose hepática e esteato-hepatite, e 
 
14 
 
outros mostrando que suas concentrações se correlacionam com esteatose, mas 
não com inflamação e fibrose. Na ausência de terapêutica específica para a 
DHGNA, o tratamento é direcionado à correção dos fatores de risco. A perda de 
peso é fundamental, pois há estudos que observaram melhora bioquímica e 
histológica, com perda ponderal gradual e moderada (~10%), porém não há 
estudos clínicos bem controlados sobre o tema (CUPPARI, 2014). 
O acúmulo dos lipídios no fígado é chamado de Doença Hepática 
Gordurosa Não Alcoólica, e quando não tratada pode progredir para a 
cirrose hepática ou câncer (LISBOA et al., 2016 apud LORENZONI et 
al., 2014). 
O diagnóstico da DHGNA pode ser feito por meio de exames; entre eles, 
o mais eficaz e de menor custo é a ultrassonografia abdominal ou a ecografia, 
que define o grau da doença, porém apresenta limitações visto que, em alguns 
casos não identifica a cirrose. A partir de tal exame, adotam-se as classificações 
de esteatose hepática grau 1 (leve), grau 2 (moderado) e grau 3 (grave) (CRUZ 
et al., 2016). 
Uma dieta com frutas, legumes e verduras que são ricas em fibras, 
vitaminas, minerais e água contribui significativamente para a prevenção e a 
reversão da DHGNA. Vários estudos têm mostrado melhoras significativas da 
prevenção ou reversão desta patologia com uma dieta rica em proteínas, em 
frutas (jabuticaba e o pomelo), cacau e o chá verde (VERA-CRUZ et al., 2010). 
Tem sido sugerido que o tratamento para a DHGNA seja baseado nas 
modificações no estilo de vida, com destaque para o consumo de 
vegetais incluindo as frutas pobres em frutose, a utilização da dieta do 
mediterrâneo, e uma redução na ingestão de ácidos graxos saturados 
e trans (AHMED et al., 2019 apud DA SILVA BARBOSA et al., 2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
5 HIPERTENSÃO 
 
Fonte: Pixabay.com 
Hipertensão arterial (HA) é condição clínica multifatorial caracterizada por 
elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. 
Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou 
estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de 
risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e 
diabetes melito (DM). Mantém associação independente com eventos como 
morte súbita, acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio 
(IAM), insuficiência cardíaca (IC), doença arterial periférica (DAP) e doença renal 
crônica (DRC), fatal e não fatal (7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 
2016). 
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é o maior fator de risco para 
mortalidade no mundo. Estima-se que em 2008, 12,8% dos óbitos 
foram decorrentes da HAS. A HAS contribuiu nas últimas décadas para 
o aumento da carga de cardiopatias, acidentes cerebrovasculares, 
insuficiência renal e para as incapacidades prematuras (OMS, 2013 
apud MARQUES et al., 2020). 
De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção 
para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2017, a 
 
16 
 
prevalência de hipertensão autorreferida passou de 22,6% em 2006 para 24,3% 
em 2017. A pressão alta tende a aumentar com a idade, chegando, em 2017, a 
60,9% entre os adultos com 65 anos e mais; e foi menor entre aqueles com maior 
escolaridade, com 14,8% entre aqueles com 12 anos ou mais de estudo 
(Ministério da Saúde, 2020). 
De acordo com o estudo, as mulheres ainda continuam com maior 
prevalência de diagnóstico médico de hipertensão arterial quando comparado 
aos homens, tendo registrado 26,4% contra 21,7% para eles. Em 2017, as 
capitais com maior prevalência entre as mulheres foram Rio de Janeiro (34,7%) 
e Recife (30,0%), e entre os homens, foram Maceió (26,3%) e Natal (26,2%). 
Para o total, o Rio de Janeiro (RJ) se manteve pelo segundo ano consecutivo 
como a capital brasileira com o maior percentual de hipertensos (Ministério da 
Saúde, 2020). 
Cerca de 95% dos casos de hipertensão e diabetes estão relacionados 
a fatores genéticos e ambientais, como obesidade, resistência 
insulínica e alta ingestão de sódio. Issoinclui as más práticas 
alimentares na etiopatogenia dessas doenças crônicas e na 
fisiopatologia dos agravos (MARTINS et al., 2015 apud BASTOS et al., 
2019). 
Os limites de pressão arterial (PA) considerados normais são arbitrários. 
Entretanto, valores que classificam o comportamento da PA em adultos por meio 
de medidas casuais ou de consultório estão expressos no quadro 1 a seguir. 
 
Quadro 1: Classificação da PA de acordo com a medição casual ou no 
consultório a partir de 18 anos de idade. 
 
Classificação PAS (mm Hg) PAD (mm Hg) 
Normal ≤ 120 ≤ 80 
Pré-hipertensão 121-139 81-89 
Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99 
Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 - 109 
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 
 
 
 
17 
 
 
- Quando a pressão arterial sistólica (PAS) e a pressão arterial diastólica (PAD) 
situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para 
classificação da PA. 
 
- Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥ 140 mm Hg e PAD < 90 
mm Hg, devendo a mesma ser classificada em estágios 1, 2 e 3. 
Fonte: 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2016. 
A prevalência de HAS sofre influência de múltiplos fatores, com 
destaque para os demográficos, hereditários, socioeconômicos, 
comportamentais e antropométricos. A maioria desses fatores podem 
ser controlados ou modificado, sendo então possível reduzir a 
incidência da hipertensão e de suas complicações (OMS, 2013 apud 
MARQUES et al., 2020). 
O sucesso do tratamento da hipertensão arterial com medidas nutricionais 
depende da adoção de um plano alimentar saudável e sustentável. A dieta deve 
enfatizar o consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de gordura; 
inclui a ingestão de cereais integrais, frango, peixe e frutas oleaginosas; 
preconiza a redução da ingestão de carne vermelha, doces e bebidas com 
açúcar. Refeições saudáveis são aquelas preparadas com alimentos in natura e 
minimamente processados, com qualidade e quantidade adequada aos ciclos da 
vida, compondo refeições coloridas e saborosas, que incluem alimentos tanto de 
origem vegetal quanto animal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo adequado 
de sódio para um indivíduo saudável é de 2.400 mg ao dia, valor que equivale a 
5 g/dia de sal de cozinha. No entanto, segundo a Pesquisa de Orçamentos 
Familiares (POF), 2008-2009, o consumo médio diário de sal do brasileiro é de 
11,4 g, ou seja, mais que o dobro da recomendação. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
6 DOENÇAS CARDIOVASCULARES (DCV) 
 
Fonte: Pixabay.com 
Atualmente, as doenças cardiovasculares (DCV) constituem o maior 
agravo para a saúde, estando diretamente envolvidas em mais de 17 milhões de 
mortes a cada ano, o que representa metade de todas as mortes por doenças 
não transmissíveis. Além de seus efeitos no bem-estar individual, as DCV são 
responsáveis por elevado impacto econômico (GOMES, et al., 2019). 
O tratamento das doenças cardiovasculares envolve o uso de fármacos 
específicos e a adesão a intervenções não farmacológicas (Comitê 
Coordenador de Cardiologia 2018 apud GOMES et al., 2019). 
A presença dos fatores de risco clássicos (hipertensão, dislipidemia, 
obesidade, sedentarismo, tabagismo, diabetes e histórico familiar) aumenta a 
probabilidade pré-teste de DCV – com ênfase para a doença arterial coronariana 
(DAC) – e norteia a prevenção primária e secundária. Vários outros fatores, 
incluindo questões sociodemográficas, étnicas, culturais, dietéticas e 
comportamentais, podem também explicar as diferenças na carga de DCV entre 
as populações e suas tendências ao longo das décadas. A implementação de 
políticas de saúde, entre elas, o estímulo aos hábitos de vida saudáveis, o 
acesso a medidas para prevenção primária e secundária de DCV, associados ao 
 
19 
 
tratamento de eventos cardiovasculares (CV), é essencial para o controle das 
DCV em todos os países, incluindo o Brasil (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
CARDIOLOGIA, 2019). 
A hipertensão arterial é o principal fator de risco para morte e DCV no 
mundo. As mortes atribuíveis aos fatores de risco cardiovascular podem ser 
vistos na Figura 1 a seguir. 
 
Figura 1: mortes atribuíveis aos fatores de risco cardiovascular. 
 
 
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2019. 
7 SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS) 
 
Fonte: Pixabay.com 
 
20 
 
A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) caracteriza-se por 
repetida obstrução das vias aéreas superiores, resultando em dessaturação da 
oxi-hemoglobina, alterações da estrutura do sono e sintomatologia típica: ronco, 
sonolência diurna excessiva e pausas respiratórias durante o sono. O fator de 
risco mais importante para a SAOS é a obesidade, em especial a gordura 
localizada no pescoço. Entre os portadores da síndrome, até 70% são obesos; 
e entre os obesos graves, a incidência é de até 15 vezes maior quando 
comparada à população em geral (CUPPARI, 2014). 
A prevalência desta entidade tem aumentado exponencialmente, com 
estimativa de afetar cerca de 9 a 38% da população geral, 
considerando um índice de apneia-hipopneia (IAH) ≥ 5 eventos/hora 
(prevalência de 6 a 17% com IAH ≥ 15 eventos/hora), sendo mais 
frequente no gênero masculino e com o avançar da idade 
(SENARATNA et al., 2017 apud ORNELAS et al., 2019). 
Apesar de bastante complexa e não completamente esclarecida, a 
fisiopatologia da SAOS inclui um estreitamento das vias aéreas superiores, 
frequentemente causada por deposição de gordura perifaríngea, alterações nos 
ossos da face e nas amígdalas e adenoides. A obesidade, que se relaciona 
fortemente com o aumento de tecidos moles ao redor da faringe, é considerada 
o fator predominante para a obstrução das vias aéreas superiores (CUPPARI, 
2014). 
8 DISLIPIDEMIAS 
 
Fonte: Pixabay.com 
 
21 
 
Algumas investigações confirmam a importância da hipertrigliceridemia e 
de níveis baixos de lipoproteínas de alta densidade (HDL) em obesos, mas a 
influência da obesidade nos níveis de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) 
ainda é controversa. Muitas pessoas obesas apresentam níveis de LDL-
colesterol dentro dos limites normais, uma vez que o aumento característico da 
concentração de partículas pequenas e densas de LDL-colesterol, mais 
aterogênicas, não pode ser detectado pela simples dosagem do colesterol total 
ou fração de LDL-colesterol. A razão LDL-apo-B/LDL-colesterol está 
frequentemente aumentada nas pessoas obesas. Mais uma vez, essa alteração 
do perfil metabólico é mais comum entre obesos com acúmulo elevado de 
gordura intra-abdominal, consistindo em aumento de risco de doença 
cardiovascular (CUPPARI, 2014). 
As dislipidemias consistem em alterações metabólicas de 
lipoproteínas, observando-se elevadas concentrações séricas de 
colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL-c) e 
triglicerídeos (TG), bem como baixas concentrações séricas de 
lipoproteína de alta densidade (HDL-c) (XAVIER et al., 2013 apud 
FILGUEIRAS et al., 2019). 
Trabalhos apoiados nos dados do National Health and Nutrition 
Examination Survey (NHANES II), dos Estados Unidos, confirmaram as 
alterações do perfil lipídico encontradas anteriormente (aumento de triglicerídeos 
e diminuição de HDL-colesterol) em todas as faixas etárias, além de incremento 
do colesterol total, em particular à custa de LDL-colesterol em jovens e de 
lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL-colesterol) em idosos, 
demonstrando, de maneira inequívoca, a importância do diagnóstico e do 
tratamento concomitante da obesidade e de distúrbios lipídicos (CUPPARI, 
2014). 
Algumas medidas no controle da dislipidemia são: 
• Terapia nutricional adequada; 
• Controle de peso corporal; 
• Redução de bebida alcoólica; 
• Redução de açúcares e de carboidratos; 
• Substituição parcial de ácidos graxos saturados por mono e poli-
insaturados. 
 
22 
 
 
Os hábitos de vida modernos têm sidofavoráveis ao aumento da 
incidência de dislipidemia, pois se caracterizam pelo elevado consumo 
de alimentos industrializados (por vezes mais ricos em gorduras e 
pobres nutricionalmente) e o estímulo ao sedentarismo (devido às 
facilidades, como o uso de elevadores, escadas rolantes, automóveis, 
computadores etc.) (BARBOSA et al., 2012 apud DA SILVA et 
al.,2018). 
9 SÍNDROME METABÓLICA 
 
Fonte: Pixabay.com 
O termo “síndrome metabólica” (SM) foi proposto ao final da década de 
1990, caracterizando-se como uma associação complexa de desordens 
metabólicas, incluindo a intolerância a glicose (diabete tipo 2, diminuição da 
tolerância à glicose ou hiperglicemia), resistência à insulina, obesidade central, 
dislipidemia e hipertensão arterial, que aumentam o risco para doença 
cardiovascular e diabete melito tipo 2. De acordo com a Sociedade Brasileira de 
Cardiologia, a SMet é um transtorno complexo representado por um conjunto de 
fatores de risco cardiovascular usualmente relacionados à deposição central de 
gordura e à resistência à insulina (CUPPARI, 2014). 
A síndrome metabólica (SM) é um conjunto de características 
metabólicas inter-relacionadas que estão ligadas ao desenvolvimento 
de doenças cardiovasculares (DCV) e diabetes (MARTIN 2015 apud 
MENDES et al., 2019). 
 
23 
 
No Brasil, os dados de prevalência de SM são escassos, e entre os 
poucos estudos de base populacional acerca da prevalência de SM em adultos 
brasileiros foram encontrados valores que variaram entre 56,8% em nipo-
brasileiros do estado de São Paulo; 23,7% na população de Salvador; 24,8% nos 
residentes do semiárido baiano; 25,4% na população urbana da cidade de 
Vitória; e 32% no Distrito Federal. A publicação, em 2009, de um comunicado 
conjunto de renomadas instituições (International Diabetes Federation, National 
Heart, Lung, and Blood Institute, American Heart Association, World Heart 
Federation, International Atherosclerosis Society e International Association of 
the Study of Obesity) orientou para um consenso na definição da SM e seus 
critérios diagnósticos, conforme quadro 2 abaixo (CUPPARI, 2014). 
A prevalência de SM na população mundial é de 25%, sendo 
responsável por 7% da mortalidade global e por 17% dos óbitos ligados 
às DCV (LIRA NETO 2017apud MENDES et al., 2019). 
Quadro 2: Critérios para diagnóstico clínico da síndrome metabólica. 
 
Medida Categorização dos pontos de corte 
Circunferência da cintura aumentada Definições populacionais e específicas para 
cada país 
Triglicerídeos aumentados (tratamento 
medicamentoso para hipertrigliceridemia 
é um indicador alternativo) 
≥ 150 mg/dL (1,7 mmol/L) 
Valores reduzidos de HDL-c (tratamento 
medicamentoso para HDL-c baixo é um 
indicador alternativo) 
Homens: < 40 mg/dL (1 mmol/L) 
Mulheres: < 50 mg/dL (1,3 mmol/L) 
Hipertensão arterial (tratamento 
medicamentoso anti-hipertensivo em 
paciente com história de hipertensão é 
um indicador alternativo) 
Pressão sistólica ≥ 130 e/ou diastólica ≥ 85 
mmHg 
Glicemia de jejum aumentada 
(tratamento medicamentoso para 
hiperglicemia é um indicador alternativo) 
≥ 100 mg/dL 
Fonte: adaptada de Alberti et al., 2009. 
 
24 
 
 
O acúmulo de gordura geralmente está relacionado à presença de 
hipertensão e alterações metabólicas, como aumento dos níveis de 
triglicerídeos e de glicose e baixos níveis de HDL-c (lipoproteínas de 
alta densidade) (GOBATO et al., 2014 apud MENDES et al., 2019). 
A definição de SM permite inferir acerca das diretrizes para seu 
tratamento, que atribui aos fatores ambientais a maior responsabilidade por sua 
manifestação. Qualquer programa de intervenção necessita de perspectivas 
comportamentais, atuando sobre a redução da obesidade e aumento na 
atividade física, de acordo com avaliação médica e intervenção farmacológica 
(CUPPARI, 2014). 
Nos obesos, o tecido adiposo libera quantidades aumentadas de 
ácidos graxos não esterificados, glicerol, hormônios, citocinas pró-
inflamatórias e outros fatores envolvidos na resistência à insulina. 
Quando essa se acompanha de disfunção das células beta 
pancreáticas, estabelece-se a falha de controle da glicemia. Assim, as 
anormalidades funcionais das células beta, induzidas pela obesidade, 
são críticas no risco de desenvolvimento da doença (KAHN et al., 2006, 
apud WANNMACHER, 2016, p. 03). 
10 CÂNCER E OBESIDADE 
 
Fonte: Pixabay.com 
Os processos de urbanização e industrialização promoveram aumento da 
exposição aos fatores de risco, tais como mudanças na alimentação, na prática 
 
25 
 
de atividade física e na composição corporal, ocasionando um aumento da 
incidência de doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer (INCA, 2014). 
Atualmente, o câncer é considerado um problema de saúde pública 
mundial, pois atinge todas as classes sociais e regiões econômicas do mundo 
(MIRANDA et al., 2013). De acordo com as estimativas do Instituto Nacional do 
Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), no biênio 2018-2019, estima-se 
que, no Brasil, ocorram 600 mil casos novos de câncer para cada ano. No país, 
cerca de sete milhões de pessoas morrem, anualmente, com essa doença e, 
para 2020, espera-se atingir os 16 milhões óbitos (DE OLIVEIRA FARIA, 2019). 
Os possíveis mecanismos fisiopatológicos responsáveis pela associação 
entre obesidade e câncer incluem a distribuição da gordura corporal, processo 
inflamatório, alterações imunológicas, estresse oxidativo celular, alterações 
nutricionais, disbiose e alterações nos padrões hormonais, envolvendo o eixo 
Insulina-IGF e hormônios esteroides, adipocinas produzidas no tecido adiposo 
visceral. Esse conjunto de fatores promove a resistência insulínica e aumento na 
produção de insulina pelo pâncreas para compensar o metabolismo da glicose. 
Alterações endócrinas, imunológicas e metabólicas favorecem o crescimento 
tumoral a partir de seus efeitos mitogênicos, antiapoptóticos e angiogênicos, 
atuando diretamente sobre os tecidos ou, indiretamente, por mudanças no 
metabolismo corporal. Entretanto, as explicações sobre estas associações e 
mecanismos fisiopatológicos ainda são escassas quanto a essas hipóteses 
(LOPES et al., 2020). 
Os possíveis mecanismos que explicam a associação entre obesidade 
e câncer fundamentam-se na secreção irregular dos níveis circulantes 
do hormônio estrogênio e no aumento dos marcadores inflamatórios. 
Contudo, o envolvimento de outras condições como alterações no 
microbioma, sinalização modulada pela insulina e modificações 
nas concentrações de adipocinas (leptina e adiponectina), podem ter 
sua contribuição, ainda que superficialmente esclarecida (ARGOLO, et 
al., 2018 apud NOGUEIRA et al., 2020). 
Vasta evidência científica, corroborada pela Agência Internacional para 
Pesquisa em Câncer, da OMS, comprova que o excesso de gordura corporal 
representa risco para o desenvolvimento de pelo menos 13 tipos de câncer, 
como esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, 
 
26 
 
fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), 
ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo (INCA 2017). 
A epidemia de obesidade está diretamente relacionada à transição 
alimentar em curso no País. Os brasileiros, infelizmente, estão trocando os 
alimentos frescos e as formas tradicionais de preparo das refeições por 
alimentos processados e ultraprocessados. No lugar do feijão com arroz, 
saladas, frutas e suco naturais, consumimos, cada vez mais, fast food, 
refrigerantes e sucos e refeições industrializados (INCA 2017). 
Umas das principais formas de evitar o câncer é ter uma alimentação 
saudável, ser fisicamente ativo e manter o peso corporal adequado. Uma 
ingestão rica em alimentos de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, 
cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e pobre em alimentos 
ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou prontos paraaquecer 
e bebidas açucaradas, podem prevenir novos casos de câncer (INCA, 2020). 
Frente à magnitude do câncer, torna-se necessário reconhecer fatores 
que possam estar associados à melhora ou à piora da qualidade de 
vida (QV) do indivíduo, proporcionando o planejamento de ações e 
auxiliando na avaliação dos tratamentos e intervenções (VIEIRA et al., 
2015 apud DE OLIVEIRA FARIA, 2019). 
11 ABORDAGEM CLÍNICA DA OBESIDADE: DIETOTERAPIA 
 
Fonte: Pixabay.com 
 
27 
 
Por abordagem clínica do tratamento da obesidade entende-se a adoção 
de estilo de vida com hábitos saudáveis em conjugação com a adoção de 
medicamentos, quando necessário, e nos casos de perda de peso insuficientes 
e pouca melhoria no quadro das comorbidades, a realização do tratamento 
cirúrgico (ANS, 2017). 
A função terapêutica da alimentação tem evoluído graças ao avanço 
considerável dos conhecimentos relacionados à dietética e à nutrição. 
As pesquisas nessas áreas forneceram novos pontos de vista acerca 
da terapia nutricional, ficando cada vez mais claro que a alimentação 
pode, de fato, apresentar um papel relevante no processo saúde e 
doença, atuando na preservação ou recuperação do estado nutricional 
do paciente (DEMÁRIO; SOUSA; SALLES, 2010 apud ABREU et al., 
2018). 
A atenção nutricional ou atenção dietética inclui (CUPPARI, 2014): 
• avaliação do estado nutricional, para determinação do diagnóstico 
nutricional e das necessidades nutricionais; 
• desenvolvimento do plano de ação nutricional; 
• implementação da dietoterapia, determinada pelo cálculo da dieta e 
conteúdo de macro e micronutrientes; 
• aconselhamento nutricional, envolvendo conceitos básicos de saúde e 
alimentação; 
• avaliação da eficiência da intervenção. 
Essas ações são traçadas para dar suporte profissional necessário para 
garantir um cuidado nutricional de qualidade. 
 
Diretrizes da dietoterapia: Plano de restrição energética moderada 
(CUPPARI, 2014): 
 
1- Conteúdo energético: 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Calcular o valor energético desejado segundo a situação biológica. Aconselha-
se reduzir progressivamente a ingestão entre 500 kcal e 1.000 kcal/dia em 
relação ao valor de consumo obtido na anamnese alimentar (não inferior a 
1.200 kcal/dia). Para o cálculo direto do teor energético da dieta, sugere-se 
implementar um plano que forneça de 15 a 20 kcal/kg de peso atual/dia, não 
sendo inferior à estimativa do gasto energético basal. 
Fonte: CUPPARI, 2014. 
2- Conteúdo ideal de nutrientes: 
 
Carboidratos 55 a 60% (com cerca de 20% de absorção 
simples) 
Proteínas 15 a 20% (não menos de 0,8 g/kg de peso 
desejável/dia) 
 
Gorduras 
20 a 25%, com 7% de gorduras saturadas, 10% de 
gorduras poli-insaturadas e 13% de gorduras 
monoinsaturadas 
Fibras entre 20 e 30 g/dia 
Álcool não é aconselhável 
Colesterol não mais que 300 mg/dia 
Vitaminas e minerais são alcançadas as necessidades totais nos planos 
de 1.200 kcal ou mais 
Cloreto de sódio quantidade adequada à situação biológica 
individual 
Líquidos 1.500 ml para cada 1.000 kcal 
Distribuição sugerem-se 6 refeições/dia 
Fonte: CUPPARI, 2014. 
Resumo da abordagem e avaliação da eficiência da intervenção 
(CUPPARI, 2014): 
 
 
 
29 
 
1- Inicialmente, é preciso proceder à avaliação nutricional do paciente e à 
determinação do IMC, avaliar os fatores de riscos cardiovasculares 
presentes e a circunferência da cintura. Caso os valores estejam dentro 
dos limites aceitáveis, não se recomenda iniciar um tratamento para 
obesidade. Outros fatores de risco como sedentarismo e tabagismo 
devem ser registrados, e o paciente deve ser orientado a fazer um 
monitoramento periódico de seu peso e do estilo de vida. 
2- Em situações de obesidade ou excesso de peso e aumento da 
circunferência abdominal, mesmo havendo fatores de risco associados, 
antes de iniciar o tratamento é preciso perguntar ao paciente se ele está 
preparado para perder peso e disposto a assumir todas as atitudes 
envolvidas para alcançar esse objetivo. Avaliar, portanto, a motivação do 
paciente diminui a ocorrência de fracassos e abandonos ao tratamento. 
Sugere-se que o tratamento seja iniciado apenas com aqueles que 
manifestarem claramente disposição para perda de peso. Caso contrário, 
o paciente deve ser orientado quanto à necessidade de monitoramento 
periódico do peso corporal e de fatores de risco associados. 
3- Na terceira etapa, começa o aconselhamento, quando serão 
estabelecidas as metas de perda de peso e o ritmo de emagrecimento 
desejável e possível. Nesse momento, o profissional deve esclarecer que 
quanto maior e mais rápida for a perda ponderal, mais difícil será a 
manutenção do resultado em longo prazo. A perda de peso na ordem de 
5 a 10% do peso inicial é suficiente para melhora dos principais 
parâmetros da síndrome metabólica. Metas inalcançáveis também 
parecem ser causas de baixa adesão ao tratamento. 
4- Só depois de estabelecida a meta de perda de peso é que se inicia o 
tratamento propriamente dito, o qual deve necessariamente contemplar 
um estilo de vida saudável, em termos de padrão alimentar e de atividade 
física. Quantitativamente, a dieta com restrição energética moderada 
parece ser a mais eficiente. 
5- Outros componentes do tratamento da obesidade, como medicação e 
cirurgia para perda de peso, podem ser indicados, porém sua vigência 
não exclui a necessidade do manejo da alimentação e de atividade física; 
 
30 
 
pelo contrário, pois o sucesso do tratamento e a manutenção dos 
resultados só serão possíveis se houver adequação a um estilo de vida 
saudável. 
6- A fase de acompanhamento é a mais importante e complexa do 
tratamento. Nela, o paciente precisa adquirir autoconfiança e capacidade 
de tomar decisões adequadas em diferentes situações, como viagens, 
festas e alterações de humor. Mesmo assim, é preciso que o profissional 
acompanhe essa fase e avalie junto com o paciente as dificuldades 
encontradas e proponha soluções factíveis. Sem o acompanhamento, o 
rebote de peso ocorre com mais frequência, e possivelmente o indivíduo 
abandona o tratamento, podendo recorrer a alternativas e terapias, por 
exemplo, que prometem milagres e resultados imediatos. 
A dieta é um aspecto fundamental da vida diária e possui várias 
possibilidades. A capacidade de utilizar os alimentos para tratar doenças é uma 
oportunidade única, de tal forma que a dieta é um alvo potencial para uma 
intervenção profunda. Nesse sentido, as terapias dietéticas, que remodelam os 
padrões de consumo de alimentos, podem alterar a exposição a substâncias 
deletérias, como aditivos alimentares; influenciar diretamente a composição da 
microbiota intestinal; e também ter uma interferência direta no funcionamento do 
sistema imunológico (GREEN et al., 2019 apud PIDDE et al., 2019). 
12 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NA OBESIDADE 
 
Fonte: Pixabay.com 
 
31 
 
O objetivo do tratamento da obesidade com medicamentos é a perda de 
10% do peso corporal, o que determina melhora das complicações da obesidade, 
como diabetes e hipertensão arterial (GARVEY et al., 2016). Atualmente, quatro 
medicamentos são registrados para o tratamento da obesidade no Brasil pela 
Agência de Vigilância Sanitária - ANVISA e são utilizados de acordo com 
diretrizes clínicas específicas (ANS, 2017). 
Os medicamentos utilizados para perda de peso foram desenvolvidos 
para serem utilizados em conjunto com modificações no estilo de vida, como 
hábitos alimentares e prática de atividade física, e não isoladamente. Existem 
mais de 400 genes associados à obesidade que codificam componentes que 
participam da regulação do peso corporal. Entre esses componentes, alguns 
agem preferencialmente na ingestão alimentar, outros no gasto energético e 
ainda existem aqueles que atuam nos dois mecanismos ou modulam estas 
ações. Portanto, a grande maioria dos medicamentos antiobesidade atua no 
sistema nervosocentral (DE MELLO et al., 2019). 
As principais ferramentas terapêuticas disponíveis para combater a 
obesidade são o tratamento dietético, a base indispensável da terapia, 
a educação e a modificação do comportamento, aumento da atividade 
física, luta contra o sedentarismo e a terapia farmacológica. A própria 
obesidade é um fator de risco para a saúde da população, o que 
influencia o desenvolvimento e a progressão de diversas doenças, 
contribuindo para reduzir a expectativa de vida em indivíduos obesos, 
o que piora a qualidade de vida o que limita em grande parte, a 
atividade física, autoestima, mobilidade, relações sociais, 
trabalhistas e sexuais (CAMPOS et al., 2007 apud DOS SANTOS et 
al., 2019). 
12.1 Sibutramina 
O mecanismo de ação da sibutramina é baseado no bloqueio dos 
receptores pré-sinápticos de noradrenalina e serotonina nos centros da 
alimentação e saciedade do hipotálamo, intensificando os efeitos anorexígenos 
desses neurotransmissores no sistema nervoso central, reduzindo, assim, a 
fome. Ela não possui a função de controlar o apetite, mas apenas provoca a 
saciedade mais rapidamente, impedindo que o paciente se alimente 
compulsivamente como antes (ANDRADE, 2019). 
 
 
 
32 
 
 
O uso da Sibutramina como inibidor de apetite se iniciou em 1997, após 
liberação oficial pelo Food and Drug Administration (FDA), nos Estados 
Unidos (OLIVEIRA et al., 2016 apud ANDRADE et al., 2019). 
De forma simplificada, a sibutramina atua no centro do apetite e no da 
saciedade, ambos localizados na região do hipotálamo. O fármaco diminui a 
recaptação do neurotransmissor responsável pela regulação do apetite 
(noradrenalina) e do que promove a sensação de saciedade (serotonina), ou 
seja, o fármaco se liga aos transportadores de membrana responsáveis pela 
captação destes neurotransmissores pelos neurônios pré-sinápticos e promove 
a inibição dos mesmos (DUARTE et al., 2020). 
Dentre os efeitos colaterais mais comuns causados pela sibutramina, 
podemos destacar a cefaleia, náusea, boca seca, constipação intestinal, 
sudorese, insônia, taquicardia, dispneia, dor nas costas, anorexia, vertigem, 
dispepsia, alteração do paladar, parestesia e dismenorreia, sendo que os 
principais efeitos ocorrem sobre o sistema cardiovascular, causando aumento da 
frequência cardíaca, hipertensão arterial, pressão arterial sistólica e diastólica de 
repouso (LUCCHETTA, 2016). 
Após a administração do medicamento, a frequência cardíaca aumenta 
em cerca de cinco batimentos por minutos e a pressão arterial, em cerca de três 
a quatro mmHg. Porém, como a perda de peso faz com que ocorra uma redução 
na pressão arterial da maioria dos pacientes, este efeito é de pouca gravidade 
(ANDRADE et al., 2019). 
A reavaliação pela ANVISA constatou que o benefício do uso da 
sibutramina era maior que o risco, sob condição de ser usada de maneira 
adequada e para determinados tipos de pacientes. Esta somente pode ser 
dispensada por intermédio da apresentação de Notificação "B2", com quantidade 
de medicamento para no máximo sessenta dias de tratamento, como dose 
máxima de 15 mg ao dia (BRASIL, 2017). 
Ao promover a sensação de saciedade, a sibutramina 
impede que o usuário reproduza a memória alimentar exagerada 
que possuía antes, dessa forma, este passa a se alimentar de 
forma adequada no decorrer do tratamento (OLIVEIRA et al., 2016 
apud ANDRADE et al., 2019). 
 
33 
 
12.2 Orlistate 
Orlistate atua inibindo a ação da lipase pancreática, promovendo redução 
de até 30% da gordura ingerida. Desde 2003 é aprovado para uso em 
adolescentes maiores de 12 anos nos EUA, mas no Brasil é liberado para uso 
adulto (DE MELLO et al., 2019). 
Os efeitos colaterais mais comuns são esteatorreia, escape fecal, dor 
abdominal e risco de deficiência de vitaminas lipossolúveis, A, D, E, K. Está 
contraindicado em indivíduos com doenças disabsortivas intestinais, como 
doença celíaca, doença inflamatória intestinal e doença de Chron (DE MELLO et 
al., 2019). 
12.3 Liraglutida 
Nos EUA a FDA aprovou o uso deste medicamento para controle do peso 
corporal em 2014, e no Brasil foi liberado para este fim em 2016, somente para 
adultos. A liraglutida é um agonista do receptor de GLP-1 (glucagon like peptide), 
um hormônio produzido no intestino, na presença de alimentos. Após ser 
secretado, o GLP-1 promove o aumento da saciedade e consequentemente 
redução da ingestão de alimentos por dois mecanismos: uma ação sobre o 
centro da saciedade no cérebro e por causar um retardo no esvaziamento do 
estômago. Se houver uma hiperglicemia, como ocorre em pacientes diabéticos, 
também estimula o pâncreas a secretar insulina. É exatamente por esta ação 
“inteligente” de apenas aumentar a secreção de insulina se a glicemia estiver 
elevada que seu uso vem sendo estudado e aplicado em pacientes obesos sem 
diabetes. Estudos tem demonstrado boa tolerância ao medicamento em 
adolescentes de 12 a 17 anos que os efeitos colaterais em adolescentes são 
similares aos dos adultos. Os efeitos colaterais mais comuns são náusea, 
diarreia e menos frequentes cefaleia, dor abdominal e constipação (DE MELLO 
et al., 2019). 
 
 
 
 
 
34 
 
 
13 TRATAMENTO CIRÚRGICO DA OBESIDADE 
 
Fonte: Pixabay.com 
A cirurgia bariátrica é indicada para pacientes obesos que não 
apresentaram resposta ao tratamento clínico com medicamentos e mudanças de 
estilo de vida. A realização da cirurgia bariátrica determina perda de peso de 20-
35% do peso inicial após 2-3 anos do procedimento, o que está associado a 
melhora de complicações da obesidade, como diabetes tipo 2 e câncer, além de 
aumentar o tempo e a qualidade de vida dos pacientes (ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SÍNDROME 
METABÓLICA, 2016). 
A recomendação de cirurgia bariátrica na saúde suplementar deve seguir 
a diretriz de utilização, conforme estabelecido no Rol de Procedimentos e 
Eventos em Saúde da ANS, que prevê a cobertura obrigatória por planos de 
segmentação hospitalar (com ou sem obstetrícia) e por planos-referência. Para 
tanto, devem ser observadas as condições estipuladas na respectiva Diretriz de 
Utilização – DUT (AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR, 2016). 
 
Resolução normativa - RN nº 387, de 28 de outubro de 2015 
 
 
35 
 
Atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a 
referência básica para cobertura assistencial mínima nos planos privados de 
assistência à saúde, contratados a partir de 1º de janeiro de 1999; fixa as 
diretrizes de atenção à saúde; revoga as Resoluções Normativas – RN nº 338, 
de 21 de outubro de 2013, RN nº 349, de 9 de maio de 2014; e dá outras 
providências. 
27.gastroplastia (cirurgia bariátrica) por videolaparoscopia ou por via 
laparotômica 
1. Cobertura obrigatória para pacientes com idade entre 18 e 65 anos, 
com falha no tratamento clínico realizado por, pelo menos, 2 anos e obesidade 
mórbida instalada há mais de cinco anos, quando preenchido pelo menos um 
dos critérios listados no Grupo I e nenhum dos critérios listados no Grupo II: 
 
Grupo I 
a. Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 35 Kg/m2 e 39,9 Kg/m2, com 
comorbidades (doenças agravadas pela obesidade e que melhoram quando a 
mesma é tratada de forma eficaz) que ameacem a vida (diabetes, ou apneia 
do sono, ou hipertensão arterial, ou dislipidemia, ou doença coronariana, ou 
osteoartrites, entre outras). 
b. IMC igual ou maior do que 40 Kg/m2, com ou sem comorbidades. 
Fonte: Resolução normativa - RN nº 387, de 28 de outubro de 2015. 
Grupo II 
a. pacientes psiquiátricos descompensados, especialmente aqueles com 
quadros psicóticos ou demenciais graves ou moderados (risco de suicídio). 
b. uso de álcool ou drogas ilícitas nos últimos 5 anos. 
Fonte: Resolução normativa - RN nº 387, de 28 de outubro de 2015. 
A cirurgia é indicada para pacientes comIMC ≥ 35 com complicações ou 
≥ 40, que não apresentaram resposta ao tratamento clínico com medicamentos 
e mudanças de estilo de vida. O tratamento clínico prévio é obrigatório por um 
período de dois anos, exceto para pacientes com IMC ≥ 50 kg/ m2. Este 
tratamento deve obedecer a diretrizes nacionais e internacionais, aqui 
 
36 
 
simplificadas, com acompanhamento regular do médico especialista no período 
(ANS, 2017). 
Muitos indivíduos apresentam dificuldades em diferenciar a fome física 
da emocional e, estão acostumados a comer mesmo sem necessidade 
fisiológica. O comportamento alimentar inadequado pode ser o agente 
causador ou facilitador da obesidade. Este deve ser considerado antes 
da cirurgia bariátrica para o devido tratamento e prevenção do reganho 
de peso pós-cirúrgico (MARQUES, 2013 apud NETA 2019). 
No Brasil, atualmente são aprovadas quatro diferentes modalidades de 
cirurgia bariátrica e os procedimentos são usualmente divididos de acordo com 
seu mecanismo de ação em restritivos, disabsortivos e mistos, contemplando as 
técnicas conforme consta na figura 2 a seguir. 
 
Figura 2: Técnicas em cirurgia bariátrica: 
 
 
Fonte: adaptado de Coppini, 2015. 
Caracterizadas pela exclusão da maior parte do intestino delgado 
associada a uma discreta restrição gástrica, a derivação biliopancreática inclui-
se na categoria das cirurgias disabsortivas e pode ser realizada pela técnica de 
Scopinaro ou como duodenal switch, sendo que a principal diferença entre 
ambas está na forma que é realizada a gastrectomia. Pela técnica de Scopinaro, 
a gastrectomia é horizontal e não há preservação do piloro, enquanto que na 
duodenal switch é realizada associação entre gastrectomia vertical e desvio 
intestinal com preservação de piloro, na qual cerca de 60% do estômago é 
 
37 
 
removido (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2015; SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA, 2017; ZEVE; 
NOVAIS; JÚNIOR, 2012). 
A perda de peso proporcionada pelo duodenal switch é bastante 
expressiva, variando entre 75% a 85% do excesso de peso (LIBANORI, 2006) e 
foi apontada por Marchesini & Nicareta (2014) como a melhor técnica para 
tratamento da obesidade, de acordo com os parâmetros utilizados no estudo. No 
entanto, essa técnica corresponde somente a 5% dos procedimentos realizados 
no Brasil, pois ocasiona distúrbios nutricionais e sintomas como diarreia crônica, 
flatulências, entre outros (CARVALHO, 2016; ZEVE; NOVAIS; JÚNIOR, 2012). 
As cirurgias restritivas são caraterizadas pela limitação da capacidade de 
ingestão de alimentos, podendo ou não interferir no processo de digestão, sendo 
a BGA exemplo de técnica restritiva que não interfere no processo digestivo 
(CASAGRANDE; RIZZOLLI; RODRIGUES, 2016). A BGA é uma técnica 
puramente restritiva e que atualmente representa menos de 1% dos 
procedimentos realizados no país (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA 
BARIÁTRICA E METABÓLICA, 2017). 
A gastrectomia vertical, também conhecida por sleeve gástrico ou 
gastroplastia vertical, é um procedimento restritivo e interfere no processo 
digestivo. É realizada a remoção de aproximadamente 70% a 80% do estômago 
proximal ao antro, que além de tornar a cirurgia irreversível, implica em 
modificação no esvaziamento gástrico e redução da secreção de grelina, 
hormônio que estimula o apetite (CASAGRANDE; RIZZOLLI; RODRIGUES, 
2016; CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2015; COPPINI, 2015; ZEVE; 
NOVAIS; JÚNIOR, 2012). 
No bypass gástrico em Y-de-Roux o estômago é reduzido a um volume 
que varia entre 30 a 50 ml, o que proporciona redução de 30% a 40% do peso 
inicial e incorre em modificações funcionais e dos entero hormônios que induzem 
não somente à perda de peso, mas também a alterações metabólicas benéficas 
(CARVALHO, 2016; COPPINI, 2015; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA 
BARIÁTRICA E METABÓLICA, 2017). 
 
38 
 
Atualmente a cirurgia bariátrica é considerada um procedimento seguro e 
eficaz em longo prazo para o tratamento da obesidade e suas comorbidades 
(BERTI et al., 2015; ROZIER et al., 2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LINKS PESQUISADOS 
 
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15 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
DE QUADROS, Teresa Maria Bianchini; GORDIA, Alex Pinheiro; FACINA, 
Vanessa Barbosa. Atividade física e alimentação saudável na escola: Um 
programa de educação para a saúde. Phorte Editora, 2019. 
 
LO, Prete Ana Cristina. Bioquímica metabólica aplicada à nutrição. Editora 
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MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia; RAYMOND, Janice L. Krause 
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WEINBERG, Cybelle. Transtornos alimentares na infância e na 
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