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Relatório de estágio Gestão Educacional

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
LEILA BATISTA PIRES DOS SANTOS, RU 2264072, TURMA 2018/02
ESTÁGIO SUPERVISIONADO – GESTÃO EDUCACIONAL
CURITIBA 2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
LEILA BATISTA PIRES DOS SANTOS, RU 2264072, TURMA 2018/02
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Relatório de Estágio Supervisionado Letras no Ensino Fundamental apresentado ao curso de Licenciatura em Letras do Centro Universitário Internacional UNINTER.
CURITIBA 2019
SUMÁRIO:
INTRODUÇÃO
ESCOLA ESTAGIADA
CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA/INSTITUIÇÃO
CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL
CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA/INSTITUIÇÃO ESTAGIADA
PERFIL DA DIRETORA OBSERVADA DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO. 
CARACTERIZAÇÃO DA DIRETORA
CARACTERIZAÇÃO DAS OBSERVAÇÕES DO ESTÁGIO
CARACTERIZAÇÃO DOS ENVOLVIDOS
CARACTERIZAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
CONSELHO DE CLASSE
REUNIÃO DOS PAIS
ATENDIMENTO DOS PAIS E À COMUNIDADE
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANEXOS
1. INTRODUÇÃO
Este relatório tem como objetivo apresentar o estágio supervisionado de gestão educacional, executado pela aluna Leila Batista Pires dos Santos, no Colégio Estadual Alfredo Chaves, localizado à Rua Budapeste 8, Bairro Rio Verde, Colombo, entre os dias 24 de junho de 2019 e 16 de julho de 2019, junto a direção do colégio, com a diretora Zuleide Simioni Ditzel. O estágio escolar é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96, facilitando a proximidade ao ambiente escolar por parte dos futuros professores. A escola em questão, assim como tantas outras espalhadas no Brasil, tem seus pontos positivos e pontos negativos, que serão descritos ao longo deste relatório, bem como sugestões para melhoria, facilitando assim a gestão da comunidade escolar em questão.
Tal estágio é de extrema importância para o docente de Letras, pois o aproxima da gestão escolar, através da observação de todos os aspectos do conjunto, não só da sala de aula, mas da equipe pedagógica, direção, infra-estrutura, ambiente de aprendizagem, trazendo uma visão mais ampla a ser discutida em sala de aula.
 
2. A ESCOLA/INSTITUIÇÃO ESTAGIADA
Este estágio foi executado no Colégio Estadual Alfredo Chaves, Ensino Fundamental e Médio, APMF – 5 a 8 série regular e Ensino Médio Regular, entre os dias 24 de junho de 2019 a 16 de julho de 2019, localizado à Rua Budapeste 8, Bairro Rio Verde, Colombo, Paraná, CEP: 83405-470, telefone: (41) 3663-3876, e-mail: cbxalfredo@seed.pr.gov.br.
O Colégio Estadual Alfredo Chaves - Ensino Fundamental e Médio, situa-se no Município de Colombo, atualmente na Rua Budapeste, n° 08 - Jardim Santa Clara. Iniciou as atividades de 5ª a 8ª séries atual Ensino Fundamental no ano de 1988. Até o ano de 1995 dividia espaço físico com a Escola Municipal Agrípino João Tosin, sendo que em 1996, foi inaugurado o novo prédio, que possui uma área de 10.000 m2 e 1.702 m2 de área construída. O Colégio atende alunos do Ensino Fundamental, e Ensino Médio somando um total de 1259 alunos, matriculados. O Ensino Fundamental teve Autorização de Funcionamento pelo Resolução nº 181/88 e Reconhecimento pela Resolução n° 1134/92 - DOE 27/04/92. A Autorização do Ensino Médio teve a Resolução n° 597/98 e Parecer nº205/98, Reconhecimento do Ensino Médio – Resolução nº 1519/03 de 19/05/2003 – DOE 23/06/03. O Ensino Médio - EJA teve seu Reconhecimento Resolução n° 1730/2002 - DOE 20/06/2002 e teve cessado na Resolução nº1160/07 DOE 28/02/2007. O nome do Colégio presta homenagem ao Dr. Alfredo Rodrigues Fernando Chaves, que foi uma figura importante no inicio da colonização do município e na distribuição das terras para os primeiros imigrantes italianos que se estabeleceram nesta região. O Colégio Estadual Alfredo Chaves - Ensino Fundamental e Médio, atende alunos oriundos da classe trabalhadora. Os pais possuem pouca escolaridade, porém, alguns estudam no Colégio Estadual Alfredo Chaves, no período noturno. O Regimento Escolar é um instrumento fundamental para a organização pedagógica e administrativa em nossas escolas. Nele evidenciam-se o compromisso dos profissionais que vivenciam a realidade escolar e as peculiaridades da rede pública estadual de ensino e de cada instituição escolar em particular, colaborando para o êxito do trabalho escolar, com o compromisso de oferecer uma educação que valorize a permanência e a efetivação da aprendizagem do aluno. Toda organização deve possuir um conjunto de normas e regras que regulem a sua atividade traduzida em um documento que esteja disponível para a consulta de toda a SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO NUCLEO REGIONAL AREA METROPOLITANA NORTE COLÉGIO ESTADUAL ALFREDO CHAVES ENSINO FUND. E MÉDIO Rua Budapeste, nº 08 – Jardim Santa Clara – Colombo/PR Fone/Fax: (41) 3663-3876 cbxalfredo@seed.pr.gov.br. O processo de construção do Regimento Escolar propicia o aperfeiçoamento da qualidade da educação, ao definir a responsabilidade de cada um dos segmentos que compõem a instituição escolar, e ao buscar garantir o cumprimento de direitos e deveres da comunidade escolar. O Regimento Escolar, por fim, deve assegurar a gestão democrática da escola, possibilitar a qualidade do ensino, fortalecer a autonomia pedagógica, valorizar a comunidade escolar, através dos colegiados e, efetivamente, fazer cumprir as ações educativas estabelecidas no Projeto Político-Pedagógico da escola.
3. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA/INSTITUIÇÃO.
 
A comunidade onde a escola está inserida é composta por uma população itinerante, sendo que os demais utilizam o município como cidade dormitório, aparentemente o município não possui uma política definida para geração de empregos e habitações, têm um sistema de saúde precário saneamento básico inadequado, sistema de transporte ineficaz, além da crescente onda de violência e tráfico devido à ausência de um sistema de segurança pública no âmbito municipal e estadual. Já no país, devido as grandes dificuldades sociais, política e econômica, tem-se uma comunidade carente desmotivada com reflexos na vida escolar de seus filhos, onde se observa falta de material escolar, dificuldades cognitivas, carências emocionais/ psicológicas. Observa-se ainda um outro agravante: a perda de valores éticos, morais, religiosos e do referencial “família”, essenciais para a convivência em comunidade. Isso acontece devido à necessidade dos pais ou responsáveis em ausentar-se por muitas horas do convívio familiar, ficando assim, crianças e adolescentes em creches, na rua ou sob os cuidados dos irmãos mais velhos, já que os projetos existentes não atendem a demanda mínima. Os alunos da comunidade escolar apresentam as potencialidades e limites comuns a sua faixa etária e contexto social. Salvo algumas exceções pode-se dizer que a maioria de nossos alunos apresenta potencial para superar seus limites, têm consciência da diversidade e heterogeneidade do grupo e possibilidades reais de virem a transformar a sua realidade. 
	Ao longo do processo da construção do Projeto Político Pedagógico, objetiva se instrumentalizar a comunidade escolar para compreender a importância da ação coletiva, através do diálogo, da interação entre pais, alunos, professores, funcionários, gestão escolar e equipe pedagógica, para estabelecer relações entre o meio social, meio físico e ação pedagógica. Visando respeitar a comunidade escolar e promover o desenvolvimento pessoal e social em contextos democráticos e autônomos. No decorrer do processo discutiu-se textos em pequenos grupos, para posteriormente debater em grande grupo, dando abertura para de idéias e sugestões, que possibilitassem a reflexão e registro de dados significativos. Fez-se uso de diversos materiais didáticos como: Vídeo, retro-projetor, mapas, globo, discussão e elaboração de textos.
A sociedade não é um todo harmônico, pois ela é permeadapor relações de conflitos entre seus indivíduos, é plena de contradições que refletem os interesses antagônicos das classes sociais, que nela existem, sendo que tais contradições penetram em todos os aspectos da vida social, inclusive na escola. O conhecimento nunca é neutro, conhecimento é poder, e a circulação do conhecimento é parte da distribuição social do poder. A sociedade é estruturada de tal modo que os significados dominantes têm mais possibilidade de circular entre as relações estabelecidas nessa sociedade. A escola deve servir como elemento ativo de mudança social, devendo admitir seu poder de esclarecer como o mundo é construído em torno de muitos eixos de poder; o dualismo das classes sociais do acesso aos bens e serviços produzidos pelo conjunto da sociedade, aclarando nossa participação pessoal nesses eixos. É preciso que pensemos o social e reconheçamos que vivemos envolvidos em um processo de dominação e subordinação que são muito velados, como uma maneira de dar voz as subjetividades das pessoas que têm sido silenciadas. Dessa maneira a escola passa a ser a mediadora da transformação da sociedade com a educação, concebendo-a como um processo dinâmico que se modifica com o tempo baseando-se pelas condições sociais. 
A partir do final do século XV e início do século XVI uma sucessão de acontecimentos vai influenciar sobremaneira o pensamento humano e consequentemente reestruturar a filosofia acadêmica. Já na Idade Média começaram a surgir algumas escolas e universidades e o conhecimento até então dominado por religiosos começou a tornar-se mais universal. No século XV o modelo feudalista já se encontrava saturado e vários ex-camponeses se tornaram comerciantes. Temos aí as bases do mercantilismo e os homens passaram a comerciar em longas distâncias. Começaram a surgir navios mais poderosos, capazes de viajar meses e a necessidade tecnológica foi se tornando cotidiana. O homem mais técnico passou a ser mais científico e mais crítico com suas análises. Essa evolução deu origem a dois movimentos na Europa do século XV: um movimento filosófico-questionador chamado Humanismo e um movimento técnico.
O Humanismo com Erasmo de Roterdã (1480- 1528) começou a desenvolver uma doutrina onde o homem era a essência principal. O Renascimento valorizava as habilidades humanas e a capacidade criativa do homem. Começaram a surgir questionamentos científicos às teses de Aristóteles, verdades absolutas até então. O polonês Nicolau Copérnico mostra que a Terra não é o centro do universo e gira em torno do sol. Paralelo a isso, um teólogo alemão Martinho Lutero, cria uma cisão na igreja ao questionar os fundamentos teológicos da fé. Esses fatores criam um colapso na filosofia cristã e nos dogmas aceitos até então. Conceitos como fé, razão, existência tiveram que ser reconsiderados. Partindo do que nos traz Morin (2001: 40) ao se referir sobre a complexidade do ser humano: " ser, ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural", procuramos estruturar nossa concepção de homem e, em conseqüência desta, a expectativa em relação ao cidadão que queremos formar. Entendendo o sujeito tanto físico como social, temos a intenção de desenvolver no aluno a consciência e o sentimento de pertencer a Terra, de modo que possa compreender a interdependência entre os fenômenos e seja capaz de interagir de maneira crítica, criativa e consciente com seu meio natural e social. Concordando ainda com Morin (2001: 16), alguns desafios são fundamentais no que se refere à formação do sujeito, desenvolver uma aptidão para contextualizar e integrar, para situar qualquer informação em seu contexto, para colocar e tratar os problemas, ou seja, o grande desafio de formar sujeitos que possam enfrentar realidades cada vez mais complexas (poli-disciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais, globais, planetárias). Assim, acreditamos ser possível formar um cidadão menos acuado e mais indignado, um cidadão que sabe mediar conflitos, propondo soluções criativas em favor da solidariedade humana e do equilíbrio ambiental. Para tanto esse sujeito necessita visualizar processos, enfim, ter uma visão sistêmica da realidade. Conforme o pensamento e a visão do Movimento criado por Paulo Freire, segue algumas interpretações sobre as principais áreas e fatores da educação. 
O Homem e o Mundo: na abordagem Sócio-cultural, o homem e o mundo são considerados conjuntamente interacionistas (homem-mundo, sujeito-objeto). O homem é o sujeito da educação, sujeito de sua práxis, sendo um ser concreto, situado no tempo e no espaço, inserido num contexto histórico (sócio-econômico- cultural-político); sujeito de reflexão e ação sobre o mundo com o fim de modificá-lo. Sociedade-cultura: a cultura é “todo o resultado da atividade humana, do esforço criador e recriador do homem, de seu trabalho por transformar e estabelecer relações dialogais com outros homens”. (Freire, 1974, p.41). Conhecimento: com uma perspectiva interacionista na elaboração do conhecimento, ligado ao processo de conscientização, o Movimento compreende que o conhecimento é elaborado e criado a partir do mútuo condicionamento, pensamento e prática. Como processo e resultado, consiste ele na superação da dicotomia sujeito-objeto. Educação: a ação educativa pressupõe uma análise de homem e do contexto deste homem. A educação deve permitir ao homem chegar a ser sujeito, construir-se como pessoa, transformar o mundo e estabelecer com os outros homens relações de reciprocidade, fazer cultura e história. 
Em diferentes lugares do mundo, e principalmente no Brasil, discute-se cada vez mais o papel essencial que a educação desempenha no desenvolvimento das pessoas e das sociedades. Sabe-se que a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, e sua importância está intimamente relacionada às necessidades de vida de uma sociedade. Os colonizadores do Brasil não trouxeram na bagagem essas necessidades. Ler e escrever, não constituem condições para a vida social. Ela tem em comum a concepção da educação como processo de desenvolvimento individual. Todavia, o traço mais original da educação desse século é o deslocamento de enfoque, do individuo para o social, para o político e para o ideológico. Pode-se afirmar que embora a educação sozinha não faça o cidadão, também é verdade que sem educação não há cidadania. A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade, que garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ser atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas. Sendo assim, a educação para a cidadania e para a vida em sociedade democrática não pode se limitar ao conhecimento das leis e regras, ou a formar pessoas que apreendam a participar de forma consciente da vida coletiva. É necessário algo mais, que é o trabalho visando à construção de personalidades morais, de cidadãos e cidadãs autônomos que buscam de maneira consciente e virtuosa o bem pessoal e coletivo. 
O conhecimento dever ser buscado de acordo com as necessidades de cada individuo, sempre foi uma reserva de poder das elites, nas quais se incluíam filósofos, os sábios, os religiosos. Atualmente é visto como elemento principal da mudança social significa que a formação profissional ocorre a partir de uma base de cultura cientifica, artística, filosófica e humanista. É necessário existir uma articulação entre os sistemas regulares de formação do conhecimento. Falta-nos uma base cultural que tome a integração como um valor que associe a formação do homem como um ser pensante, que precisa reconhecer princípios e praticá-los. A busca do conhecimento baseia-se na interrogação de como o ser humano ultrapassa as limitações próprias de seu gênero e do ambiente social e natural, para atuar no curso de sua existência e de seu futuro, no sentido de conhecer e de atuar, de transformar e de ressignificar a realidade. Oencontro com o conhecimento não se faz se não se oferece bons serviços sociais sem uma opção clara pela garantia dos investimentos que permitam a oferta pública e gratuita dos mesmos. Não há mais como pensar na escola como se ela fosse dos outros e não nossa, o conhecimento é poder que todos devemos ter em mãos, para vivermos em sociedade, com suas diversas realidades. E qual é o papel do conhecimento sobre a sociedade? Construir seres humanos capazes de diferenciar o bem e o mal, realizar a re-apropriação do conhecimento, enfrentando da injustiça e da desigualdade, ensinar a considerar as diferenças. 
Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com educação. Com as várias: educação? Educações. (BRANDÃO, 1995, p.7). A Escola é uma instituição especializada da sociedade, que oferece oportunidades Educacionais, e a educação básica de qualidade para todos. A escola forma o cidadão, assegurando ao estudante o acesso e a apropriação do conhecimento sistematizado, mediante a instauração de um ambiente propício às aprendizagens significativas e às praticas de convivência democrática. Passos, Ilma considera “a escola como uma instituição social, órgão por excelência que dimensiona a educação de um ângulo formal e sistemático, constituída de duas faces: a conservadora e a progressista.” PASSOS, ILMA, Pratica do Professor de Didática, Editora: Papirus, Ano: 1989 Campinas, texto Escola, Currículo e Ensino pp 77-81. A educação escolar deve ser concebida como uma prática, que tem a possibilidade de criar condições para que, todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de compreensão da realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas, condições estas fundamentais para o exercício da cidadania. Assim, a escola, precisa possibilitar o cultivo dos bens culturais e sociais, considerando as expectativas e as necessidades dos alunos, dos pais, dos membros da comunidade, dos professores, enfim dos envolvidos diretamente no processo educativo. É necessário que nesse contexto o aluno vivencie situações diversificadas que favoreçam o aprendizado, para dialogar de maneira competente com a comunidade aprender a respeitar e a ser respeitado, a ouvir e ser ouvido, a reivindicar direitos e a cumprir obrigações, a participar ativamente da vida científica, cultural, social e política dos pais e do mundo. Nessa perspectiva, a função principal da escola fundamental é o trabalho com o conhecimento que propicie aos alunos oportunidades de aprendizagem para que adquiram “chaves conceituais de compreensão de seu mundo e de seu tempo; deve ainda permitir que tomem consciência das operações que mobilizam durante a aprendizagem, contribuindo para que prossigam na relação de conhecimento, que é desvendamento, compreensão e transformação do que se dá a conhecer” (SAMPAIO,1988,p.147). Para que haja no âmbito escolar o enfrentamento das desigualdades sociais e promoção da autonomia, da criticidade e da emancipação dos educandos, é necessário viabilizar a articulação entre as propostas educacionais e a realidade social, de forma a atender à diversidade de alunos que frequentam a escola pública, com vistas a inclusão de todos no processo de ensino aprendizagem. Embora dividida a tarefa de educar com outro núcleos sociais, como a família, as comunidades e os meios de comunicação, a escola ainda é o principal foco de organização, sistematização e transmissão do conhecimento, e o educador e educando, os principais agentes neste processo. A escola não tem razão de ser em si mesma. Ela é o fruto do meio, assim como é consequência dela. À escola compete, ainda, exercer um caráter mediador, ou seja, através do domínio do código científico e de suas relações com a natureza e com a sociedade. Pela escola o cidadão não só avança na capacidade de interagir com esta realidade de forma crítica, consciente e produtiva. A escola não pode abrir mão dos espaços de reflexão e tomada de decisões coletivas, imprescindíveis para o fortalecimento da escola pública, que produz conhecimento e faz diferença. Portanto nesta proposta pedagógica escolar enfatizamos os princípios norteadores da escola pública do Estado do Parana: pública, gratuita, democrática e de qualidade para todos. _
 Igualdade – de condições para acesso e permanência na escola. Sabemos que há grandes desigualdades da natureza socioeconômica, cultural e de cor entre as crianças, antes mesmo de chegarem à escola. Os alunos já são desiguais no ponto de partida. Sabemos também que a escola é permeavel aos mecanismos de discriminação e exclusão que existem na sociedade. _ 
Qualidade – não se pode ser exclusiva a um professor ou a alunos pertencentes a minorias sociais. O desafio do Projeto Político Pedagógico da escola é viabilizar qualidade para todos, o que implica consciência crítica e capacidade de ação, de saber e de mudar . 
Gestão democrática – é um princípio consagrado na Constituição e abrange as dimensões: pedagógica, administrativa e financeira. 
Liberdade – é outro princípio consagrado na Constituição e está necessariamente associado à ideia de autonomia. Liberdade e autonomia fazem parte da própria natureza do ato pedagógico 
Valorização dos profissionais da educação – é um principio central na discussão do Projeto Político Pedagógico. A qualidade de ensino e o sucesso na tarefa de educar estão intimamente relacionados à: Formação continuada; às condições de trabalho – recursos didáticos, físicos, humanos e materiais, número de alunos em sala de aula, etc; remuneração dos profissionais da educação. Dentro deste contexto a comunidade escolar solicita a direção da escola que encaminhe o tramite legal para implantação a partir de 2008 do curso do Ensino Médio, oportunizando os alunos de 8º / 9º ano e pais a segurança e tranquilidade de matricula conforme está documentado na LDB 9394/96 Artigo 3º e 4º. Consideremos o fato de que tanto o homem como qualquer organização social, podem ser reconhecidos como um corpo vivo orgânico, embora ambos apresentem este caráter comum, existe um fator que prioriza o sentido da presença do homem neste contexto: a capacidade dele enquanto sujeito, ser único capaz de intervir e provocar as transformações no meio em que vive. Consideremos ainda outro fato, o de que o homem, reconhecido em seus valores interiores ele é de fato trabalhado na concepção de SER. Isto quer dizer que a natureza humana não constitui apenas naquilo que está diante dos nossos olhos e podemos constatar, mas também se constitui de algo transcendental, oculto e muitas vezes não explicado, mas que contem as diretrizes para delinear o futuro. A filosofia educacional deve, pela sua natureza, ter por tarefa definir o ideal de Homem e Mundo. Não deve ser algo destinado a satisfazer uma exigência formal, nem algo reservado a poucos, pois ele é a fonte geradora de princípios que vão nortear mudanças nas pessoas e conseqüentemente, no meio ambiente natural em que estes vivem. Este Estabelecimento de Ensino procura desenvolver o Projeto Político Pedagógico levando em consideração os princípios e valores que norteiam as Diretrizes Básicas da Lei número 9394/96, pois a forma como a escola está organizada contempla a Estética da Sensibilidade, a Política da Igualdade e a Ética da Identidade. A Estética da Sensibilidade, estimulando a criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade, a capacidade de suportar a inquietação, de conviver com o incerto, o imprevisível e o diferente, o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural (gêneros, etnias das muitas regiões e grupos sociais do país). A Política da Igualdade, buscando o reconhecimento de direitos humanos, o exercício dos direitos e deveres da cidadania, a equidade noacesso aos bens sociais e culturais, a saúde, ao meio ambiente saudável, o respeito ao bem comum, o protagonismo e a responsabilidade no âmbito público e privado, o combate a todas as formas de preconceito, discriminação: raça, sexo, religião, cultura, condições econômicas, aparência ou condição física e o respeito aos princípios do Estado de Direito na forma do sistema federativo e do regime democrático e republicano. A Ética da Identidade, criando condições para que as identidades se constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à igualdade, afim de que orientem suas condutas por valores que respondam as exigências do seu tempo, buscando a autonomia como capacidade de emitir juízos de valor e fazer escolhas inevitáveis, bem como desenvolver projetos próprios de vida, reconhecendo, respeitando e acolhendo a identidade do outro e pela incorporação da solidariedade, de responsabilidade e da reciprocidade nos atos próprios de sua vida profissional, social, civil e pessoal. A escola tem como função instrumentalizar o aluno para a compreensão da realidade, com vistas à formação de um ser histórico, criador, crítico, produtivo e transformador. Para que o aluno possa compreender a realidade, intervir e transformá-la, a escola deve propiciar o conhecimento necessário à compreensão das relações sociais, econômicas e culturais que caracterizam a sociedade em um dado momento histórico, as quais constituem e configuram o contexto e têm o homem como produto e produtor da história. Na escola, o conhecimento produzido e sistematizado pela humanidade apresenta-se organizado em disciplinas. Cada uma dessas disciplinas, com o objeto de estudo e especificidade que lhes são próprios, contribuem para a formação mais ampla do homem. Repensar sobre o papel e sobre a função da educação escolar, suas finalidades, seus valores é uma necessidade essencial, pois devemos considerar as características, os anseios, as necessidades e motivações dos alunos, da comunidade local e da sociedade em que ela está inserida. A nova Lei da educação, a Lei de Diretrizes e Bases ( LDB ), número 9.394 promulgada em 20/12/96 e conhecida como Lei Darcy Ribeiro, foi inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo por finalidade o pleno desenvolvimento dos educandos, preparando-os para o exercício da cidadania e qualificando-o para o trabalho. No contexto dessa nova era, os alunos deverão estar sintonizados com as novas exigências da realidade mundial. No despertar do novo milênio, a educação deverá ser ampla, formando cidadãos e essa educação, ao longo da vida está fundada em quatro pilares: Aprender a conhecer; Aprender a fazer; Aprender a viver com os outros; Aprender a ser. 
4. CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL
As salas de aula são amplas, em alvenaria e piso de cerâmica branca, quadros amplos em cor verde, carteiras e cadeiras em cor cinza e azul turquesa, dispostas de modo a acomodar os alunos e professores. Possuem também a TV pendrive do governo do estado com suporte. Existem também duas salas em madeira, as quais não contemplam TV, pois as paredes não suportariam. Quando existe a necessidade do uso da TV, os alunos são remanejados para outras salas disponíveis, ou ainda buscam uma TV reserva que fica na sala de informática. As salas são limpas regularmente, a ventilação é feita por meio de ventiladores instalados no início da sala, bem ao centro, acima do quadro. São decoradas com pinturas ao fundo, do Romero Brito, ou poemas de autores renomados. Os alunos estão dispostos conforme mapeamento realizado no início do ano letivo, em que são considerados aspectos comportamentais, altura, desenvolvimento pedagógico, portadores de necessidades especiais, dentre outros. 
A turma estagiada é a do 7º ano A, que contempla 34 alunos, sendo 17 alunas e 17 alunos, com a idade média de 13 anos. 
CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA/INSTITUIÇÃO ESTAGIADA
A escola está composta por 11 professores QPM (Quadro Próprio de Magistério), os demais contratados pelo sistema PSS, 4 funcionários QPPE (Quadro Próprio Educacional) Agente Educacional II, 4 funcionários QPPE Agente de Apoio I, 1 funcionário PRED Agente de Apoio I. Conta-se ainda com: direção, supervisão, auxiliares administrativos, auxiliares de serviços gerais, cozinheira, órgão colegiado de direção e associação de pais, mestres e funcionários. Os professores são formados na área, funcionários administrativos com Ensino Superior e Médio e Serviços Gerais com Ensino Fundamental ou Ensino Médio. 
Os profissionais facilitam de diversas formas a acessibilidade de todos os alunos ao estabelecimento, preocupando com o bem-estar, diariamente no horário do intervalo dos alunos ocorre a troca de experiências, atitudes de estímulo à participação de todos, disposição para solução de dúvidas dos alunos, atitude em relação à interação, tratamento igualitário a todos os alunos da turma. Percebe-se também que, a cada trimestre, é feito um conselho de classe para avaliar notas e desempenho dos alunos. Paralelo a isso, é escolhido um professor representante de cada turma, onde é a realizado um pré conselho, levantando as reivindicações dos alunos, tanto em relação aos professores, direção, bem como a própria turma, o que atrapalha para o bom rendimento da mesma. 
PERFIL DA DIRETORIA OBSERVADA DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO. 
A professora Zuleide Simioni Ditzel, diretora desde 2016, formada em Pedagogia, há 42 anos professora, pós-graduação em Português/Literatura, pós-graduação em EJA (Educação de Jovens e Adultos), com 70 anos de idade.
Experiência profissional da diretora: diretora conhecedora do conteúdo, atenciosa, com boa dicção. 
CARACTERIZAÇÃO DA DIRETORIA ESTAGIADA
A escola acima mencionada, dirigida pela diretora Zuleide Simioni Ditzel, desde 2016 nesta escola, onde a gestão é completamente participativa, todos os colaboradores tem voz e vez, percebe-se que caso haja sugestão ou questionamento sobre alguma situação, a diretora em questão requer a participação de todos, em que cada opinião é ouvida e em conjunto, a maioria toma a decisão mais adequada visando o melhor resultado em prol de todos. 
São feitas reuniões periódicas entre a equipe pedagógica, para dirimir possíveis problemas entre os membros, também são feitas reuniões entre diretores, esta já no núcleo estadual, para interação de novas orientações vindas do governo do estado, e ainda, são efetuadas reuniões com os pais para entrega de boletins, onde a diretora aproveita para repassar orientações aos pais, e pedir apoio a eles conforme a necessidade. 
CONTEXTUALIZAÇÃO DAS OBSERVAÇÕES DO ESTÁGIO:
A escola/instituição estagiada está localizada no bairro Rio Verde, no município de Colombo, em uma região carente, onde os alunos são de classe media-baixa. A escola está em reforma na parte de pinturas e instalações elétricas. 
As observações ocorreram entre os dias 28 de junho de 2019 e 16 de julho de 2019, em que a diretoria e equipe pedagógica foi acompanhada no período da manhã, e a noite feita a leitura do material de apoio, PPP, regimento interno, entre outros. 
A instituição oferta ensino fundamental, os últimos anos do fundamental, em ensino regular e o ensino médio regular. 
Atende os alunos portadores de necessidades especiais juntamente com os demais alunos, facilitando a interação da turma, professores, com os colegas que necessitam de uma atenção especial. 
CARACTERIZAÇÃO DOS ENVOLVIDOS:
A escola oferece ensino a 1530 alunos, com a idade média entre 11 e 18 anos, separados em salas de 35 a 37 alunos cada uma. Cada turma, tem meninos e meninas, na sua grande maioria compatíveis com a idade escolar, tendo aulas com duração de 50 minutos cada. Neste ano letivo de 2019, em específico, por conta da greve de professores, o colégio instituiu a sexta aula, em que os alunos ficam 45 minutos a mais por dia, a fim de repor os dias em que estiveram sem aula. 
A comunicação dos alunos com os profissionaisde educação da escola é muito boa, observa-se o respeito mútuo e o carinho que os alunos tratam a equipe, e da mesma forma e equipe trata os alunos com atenção e cuidado. 
CARACTERIZAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA:
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação das diretrizes curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação. Compete à equipe pedagógica: 
I. coordenar a construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica e do Regimento Escolar, a partir das políticas educacionais da SEED e legislação vigente, bem como acompanhar sua efetiva implementação; 
II. elaborar o Plano de Ação da Equipe Pedagógica articulado ao Projeto PolíticoPedagógico/Proposta Pedagógica; 
III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação; 
IV. coordenar a análise de projetos e programas a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica; 
V. orientar para que a legislação vigente referente às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais, Diretrizes Nacionais para Educação em Direitos Humanos, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Estatuto da Criança e do Adolescente, Estatuto do Idoso, Estatuto da Juventude e Estatuto da Pessoa com Deficiência, entre outros, esteja contemplada na elaboração da Proposta Pedagógica Curricular; 
VI. elaborar, com os docentes, as Propostas Pedagógicas Curriculares da instituição de ensino, integradas ao seu Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica e participar da sua regulamentação no Regimento Escolar, em consonância com a legislação vigente; 
VII. subsidiar, orientar e acompanhar a elaboração do Plano de Trabalho Docente – PTD e sua efetivação; 
VIII. promover e coordenar, com a direção, reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico; 
IX. organizar e acompanhar, com a direção, os Pré-Conselhos de Classe, os Conselhos de Classe em todas as etapas e modalidades de ensino, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido; 
X. coordenar a elaboração de proposta de intervenção pedagógica e de recuperação de estudos, decorrentes das decisões do Conselho de Classe, e acompanhar a sua efetivação; 
XI. acompanhar a hora-atividade dos professores, garantindo que esse espaçotempo seja utilizado em função do processo pedagógico desenvolvido em sala de aula, subsidiando o aprimoramento teórico-metodológico do corpo docente; 
XII. participar do Conselho Escolar, subsidiando teórica e metodologicamente as reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar; 
XIII. acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e demais materiais pedagógicos; 
XIV. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico; 
XV. planejar com o coletivo escolar os critérios pedagógicos de utilização dos espaços da biblioteca; 
XVI. participar da organização pedagógica da biblioteca e acompanhar ações e projetos de incentivo à leitura; 
XVII. acompanhar todas as atividades pedagógicas desenvolvidas; 
XVIII. incentivar e orientar os estudantes à participação nas instâncias colegiadas; 
XIX. coordenar o processo democrático de representação docente e discente de 75 cada turma; 
XX. acompanhar a frequência escolar dos estudantes beneficiários do Programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social; 
XXI. coordenar o coletivo escolar na construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social; XXII. acompanhar o processo de avaliação institucional; 
XXIII. participar na elaboração dos regulamentos internos que estabelecem o uso dos espaços pedagógicos; 
XXIV. organizar e acompanhar, com a direção, as reposições de dias letivos, horas e conteúdos aos estudantes; 
XXV. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação vigente; 
XXVI. orientar os docentes quanto ao preenchimento dos Livros Registro de Classe e Registro de Classe Online, conforme legislação vigente; 
XXVII. acompanhar e vistar periodicamente os Livros Registro de Classe ou o Registro de Classe Online; 
XXVIII. acompanhar o processo de ensino-aprendizagem e os aspectos de sociabilização dos estudantes, promovendo ações para o seu desenvolvimento integral; 
XXIX. acompanhar a realização da prática pedagógica dos docentes; 
XXX. solicitar autorização dos pais ou responsáveis legais para realização da Avaliação Psicoeducacional, no contexto e fora do contexto, se necessário, a fim de atender às necessidades educacionais dos estudantes da Educação Especial; 
XXXI. acompanhar o processo de Avaliação Pedagógica dos estudantes encaminhados ao AEE em Sala de Recursos Multifuncional; 
XXXII. subsidiar os professores do AEE para elaboração do cronograma das Salas de Recursos Multifuncionais; 
XXXIII. mediar o trabalho colaborativo entre os professores do AEE, turno e contraturno, e professores das disciplinas no planejamento para acesso ao currículo e demais aspectos pedagógicos; 
XXXIV. acompanhar a frequência escolar dos estudantes e promover ações preventivas de combate ao abandono/evasão escolar, 
XXXV. notificar os órgãos competentes, em caso de infrequência dos estudantes, 76 por motivos não previstos na legislação vigente; 
XXXVI. acionar serviços de proteção à criança e adolescente, sempre que houver necessidade de encaminhamentos; 
XXXVII. orientar e acompanhar o funcionamento dos cursos de LEM ofertados pelo CELEM, conforme legislação e orientações específicas; 
XXXVIII. promover aos estudantes condições de igualdade no acesso, permanência, inclusão e sucesso, respeitando a diversidade no processo de ensinoaprendizagem; 
XXXIX. participar da Equipe Multidisciplinar da Educação das Relações ÉtnicoRaciais, subsidiando professores, funcionários e estudantes; 
CONSELHO DE CLASSE:
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem. A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos, sendo da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe. Cabe ao Conselho de Classe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino. O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem. É constituído pelo(a) diretor(a), pela equipe pedagógica, por todos os docentes que atuam numa mesma turma, bem como os alunos representantes de turma, por meio de:
I. Pré-Conselho com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s); II.Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da equipe pedagógica, secretário(a), da equipe docente, e outros membros da comunidade escolar, que se reúnem para discutir os dados, problemas e proposições levantados no Pré-Conselho. III. Pós-Conselho, para os encaminhamentos das ações previstas no Conselho de Classe, que podem implicar em retomada do PTD, retorno aos pais ou responsáveis e aos estudantes, além de encaminhamentos para situações mais específicas e individuais. A convocação pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de quarenta e oito (48) horas. O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário, onde as reuniões serão lavradas em Livro Ata, pelo(a) secretário(a) da escola, como forma de registro das decisões tomadas. São atribuições do Conselho de classe: I. analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e aprendizagem; II. propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a melhoria do processo ensino e aprendizagem; III. estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola; IV. acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem; V. atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do aluno para o ano e/ou série subsequente ou sua retenção, após a apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno; VI. receber pedidos de revisão de resultados finais até setenta e duas (72) horas úteis após sua divulgação.
REUNIÕES COM OS PAIS:
A atuação do pedagogo, da diretora e equipe é bastante participativa, as reuniões ocorrem em dia e horários específicos, a disposição das cadeiras é em formato de auditório, a pauta são discutidas em equipe primeiramente para depois ser apresentada aos pais. Nas reuniões, ocorrem palestras esporádicas sobre assuntos de interesse a comunidade escolar. 
A comunicação entre os pais e a equipe diretiva ocorre através de bilhetes impressos e encaminhados aos alunos com antecedência de quinze dias. Na data da reunião, toda a equipe tem horário especial de trabalho, visando o bom atendimento de todos. São tratados num primeiro momento assunto em comum a todas as turmas e posteriormente, cada professor, com a relação das turmas em mãos, fala com o pai que achar necessário sobre seu filho, isso já em particular. 
Caso haja necessidade de uma conversa mais extensa ou algo que deva ser tratado em outro momento, o pai pode fazê-lo na hora atividade do professor, bem como se for com a direção, da mesma forma é agendada uma data para esta conversa, ou seja, a direção e todo o corpo de colaboradores estão sempre disponíveis e dispostos a ajudar a comunidade escolar. 
ATENDIMENTO AOS PAIS E À COMUNIDADE:
O Colégio Estadual Alfredo Chaves – Ensino Fundamental e Médio entende estão Democrática como a participação consciente do coletivo escolar na busca de uma identidade para a instituição, que responda aos anseios da comunidade, garantindo condições de igualdade no acesso e permanência de todos na escola. Considerando a função social da escola, a gestão escolar deve garantir a qualidade, o acesso e a permanência de forma gratuita para todos os alunos, independente da raça, ideologia, cor, etnia, religião ou grupo social, e para os alunos portadores de qualquer tipo de deficiência seja ela física, mental ou comportamental, respeitando dessa forma, o princípio da gestão democrática de igualdade de condições de acesso e de permanência na escola, de gratuidade para a rede pública, de uma Educação Básica com qualidade em seus diferentes níveis e modalidades de ensino, vedada qualquer forma de discriminação e segregação. O trabalho pedagógico deve orientar as questões administrativas para que o aspecto pedagógico seja sempre o elemento norteador do ensino. Para que isso se realize é necessário que primeiramente seja definida a metodologia de gestão, que deve ser participativa, ressaltando-se o papel das instâncias colegiadas na definição de políticas, diretrizes e ações. As tomadas de decisões devem acontecer em conjunto com todo o colegiado da escola e os recursos financeiros devem ser gerenciados de forma transparente e de acordo com o que foi decidido pela comunidade escolar, buscando dessa forma a melhoria do ensino e a qualidade pretendida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Este estágio contribuiu de maneira significativa para o bom andamento do curso de letras, para conhecimento da vivência da direção e equipe pedagógica, tanto com os professores, alunos, a relação entre eles, pedagogas, pais, enfim, a realidade escolar, com suas dificuldades, progressos, realizações, contratempos, todas as realidades enfrentadas pelos professores hoje em dia. 
REFERÊNCIAS:
Manual de Estágio Supervisionado – Gestão Educacional, Portaria MEC 6888, de 25 de Maio de 2012. 
William Cereja e Thereza Cochar, Português e Linguagem - Editora Saraiva.
Marisa Lajolo - História de Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, Patativa de Assaré. 
file:///C:/Users/usjp/Downloads/ProjetoPoliticoPedagogico%20(3).pdf.pdf, acessado em 23/09/2019 às 12:25h. 
ANEXOS: 
DOCUMENTOS EM PDF, ENVIADOS JUNTAMENTE COM ESTE. 
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