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AULAS PRÁTICAS CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE ANIMAIS SILVESTRES

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AULAS PRÁTICAS CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE ANIMAIS SILVESTRES
Aula prática de fluidoterapia, contenção e coleta de sangue de faisão e codorna:
Em aula prática, foi usado como exemplo o faisão e uma codorna. Importante destacar quanto as formas de contenção, que a atenção maior sempre vai ser para as partes que são o perigo do animal, que eles usam como defesa, por exemplo: No caso da coruja vão ser as garras, assim como um falcão, no caso de um periquito ou arara o bico, logo deve sempre voltar a atenção da contenção de membros no primeiro caso e cabeça no segundo caso.
Da mesma forma, importante sempre deixa área peitoral das aves contidas livres tanto por ser via de acesso IM na administração de medicamentos quanto por não terem diafragma e seu pulmão não expandir podendo terminar em asfixia.
Deve sempre atentar – se a espécie que está sendo trabalhada e suas respectivas características, no caso do urubu, não tem pena na cabeça e isso tem motivo, que é a utilização para conseguir se alimentar de cadáveres, assim como suas pernas são brancas devido excretarem nas próprias pernas com uma forma de termorregulação. 
Se tratando de vias de acessos, a principal das aves é a jugular direita, que é mais calibrosa, mas também pode ser acessada a veia metatársica.
No caso de coleta de sangue, importante lembrar que nunca deve ser coletada mais que 1% do peso vivo de aves, e quando for calcular, sempre deve converter o kg para g.
Fluidoterapia é sempre via subcutânea, principalmente na prega inguinal e nunca deve esquecer de: Aquecer a fluido e após aplicar deve girar a seringa + agulha até retirar para que não haja retorno do mesmo devido a pele ser muito fina, sendo administrado no caso das aves da aula prática, de 25 a 60 ml/ kg.
A desidratação das aves é muito rápida e sempre é avaliada em cavidade oral, se atentando a detalhes como pregas de muco no canto da boca. O TPC das aves é avaliado na região de coleta das asas.
As excretas são divididas em porções facilmente notáveis: Sendo uma parte líquida que é a água, uma parte com conteúdo que se refere a alimentação do animal variando de acordo com a dieta e uma parte branca que é referente ao ácido úrico. 
A exposição a agentes tóxicos é um principal motivo de atendimento de aves, principalmente por causa de chumbo consequente a projéteis. As panelas de teflon também liberam gás tóxico quando ficam no fogo, sendo 15 min um tempo suficiente para matar a ave.
No fator ambiência, ao levar a ave para consulta, sempre levar a gaiola suja, para ter informações sobre as excretas associando o distúrbio também a ambientalização da gaiola assim como a alimentação, não modificando nada antes de levar ao veterinário.
Sangramento em penas é comum por se debaterem na gaiola, causa uma dor muito grande devido a proximidade com o periósteo, por isso quando for realizar arrancamento de penas por fins terapêuticos, deve anestesiar ou sedar a ave.
Quando se observa como sinal clínico a asa caída, pode ser um indicativo de afecção respiratória consequente a uma aerossaculite por exemplo, muito comum em casos virais que leva a aumento de volume dos sacos aéreos e comprime os nervos locais levando a neurite e queda de asa. 
Aula prática dia 20/08/19
Regiões a se fazer fluido: Pode ser a prega própatágio (região de asas), a parte dorsal entre as asas (dorso), região axilar ou prega inguinal (membro). 
Escolha da região de fluido: Considerar fraturas, não realizando fluidoterapia nessas regiões, assim como regiões contaminadas ou com lacerações. 
Sempre utilizar agulha de insulina. 
Vias de acesso para coleta de sangue: Basílica (região da asa), metatársica medial (membro), jugular (preferencialmente direita, por ser mais calibrosa).
Inglúvio: É uma dilatação do esôfago. 
Acesso IM: Sempre priorizar as partes craniais para administração de fármacos (tem relação com sistema porta – renal). Sempre optar por grandes grupos musculares como a região peitoral (entrando com a agulha em um ângulo de 90º, girando na retirada para não haver retorno do medicamento, caso não tenha muito músculo nessa região, entra mais paralelo). Músculos da “perna” também podem ser opção. No de doenças osteometabólicas, exige entrar com a agulha mais em paralelo, devido ao esterno do paciente não estar bem calcificado, assim como em animais jovens. 
Medicar pela água: Não é o ideal, as aves possuem muitas papilas gustativas, e não vão beber. Por isso a melhor forma é conter o paciente e administrar via oral. 
Acesso intra – ósseo: Não fazer em úmero e fêmur por serem ossos pneumáticos, mas sim nos ossos tíbio - tarso e ulna (que é maior que o radio na ave, ao contrário do mamífero). No caso de roedores pode ser feita acesso IO no fêmur. 
Nas aves não é feita enucleação e sim evisceração, devido ao risco de desconfiguração do disco facial não permitindo mais o animal realizar caça. 
Todo protocolo terapêutico vai exigir nebulização no caso de aves e répteis. 
Outra via de acesso possível é o corte de unhas de aves, para coleta de sangue, em últimos casos. 
Aula sobre talas e enxerto de penas: 
Tala em 8: Existe a de corpo (imobilizar ossos coracóide e úmero) e a simples (para imobilizar rádio, ulna, carpo e metacarpo).
Tala de Altman: Muito utilizada para aves pequenas, para fraturas de tíbiotarso e tarso/metatarso). Consiste em várias camadas de microporium, sendo que depois de alguns dias tendem a abrir devendo refazer. Dentro de 21 d as aves já começam a ter cicatrização óssea. 
Sobre enxerto de penas: As Rêmiges são as penas das asas, composta pelas rêmiges primárias (as 10 primeiras - que se insere no carpo e metacarpo) e as rêmiges secundárias (10 a 12 – que vão se inserir no rádio e ulna). Já as Rectrizes são as penas da cauda. Ambas possuem uma inserção muito íntima com o periósteo, havendo muita dor quando vai arrancar, logo o paciente deve ser anestesiado e passar por analgesia. 
Urubus perdem penas de forma seriada e contralateral (por partes e dos dois lados ao mesmo tempo, para manter equilíbrio). 
Cálamo: É a estrutura tubular oca na base da pena onde ela se insere. É onde ocorre seu ciclo germinativo, onde deve haver o estímulo para crescer penas novas. 
Raque: É a parte central, eixo principal que segue o cálamo. 
Como ocorre o enxerto de penas: Pode ser usado palito de dente ou agulha. A agulha deve ser lixada para criar região de atrito que facilite adesão na raque. Então usa super bonder e insere a agulha na raque da pena que está faltando e na pena usada de enxerto, unindo as duas. 
Alguns pontos importantes sobre achados laboratoriais diferenciais de aves e répteis: Ao contrário do mamífero que tem neutrófilo, aves e répteis vão ter enterófilo. Suas hemácias são nucleadas e os trombócitos (que é uma célula efetiva e não fragmento de célula como a plaqueta) ocupam o lugar das plaquetas nos mamíferos, répteis e mamíferos. 
Aula de serpentes: Contenção, locais de acesso, sondagem.
Materiais para contenção: Ganchos herpetológicos, pinções herpetológicos, tubo. Importante lembrar que nunca deve trabalhar sozinho com uma serpente. Conter pegando atrás da cabeça e sustentar o resto do corpo segurando o mais esticado possível.
Pano na caixa que está a serpente: Tem a função de evitar que voe peçonha em quem está manipulando em casos de bote. 
Importante destacar que serpentes só ficam com a região ventral para cima em duas situações: Em plano cirúrgico ou em tanatose (condição que o animal usa para se defender de um predador, mimetizando a morte). 
Sexagem: Usa a sonda de sexagem introduzindo em direção cranial e invertendo caudalmente. Se quando fizer esse procedimento a sonda progredir, quer dizer que é macho, caso contrário é fêmea. 
Ausculta cardíaca: Dificil de contar FC. É realizada no primeiro terço, próxima a cabeça (???)
Coleta de sangue: SEMPRE vai usar heparina. Acessos podem ser a veia palatina (região de cavidade oral, complicada devido o risco de ataque e também por estourar com muita frequência, além de poder gerar traumas nacavidade oral). Em sucuri podem ser coletado volume grande. A veia coccígea é muito utilizada em serpentes grandes, ficando na região ventral a coluna vertebral, caudalmente a coacla. Tem a possibilidade ainda de fazer Cardiocentese, que é a via de eleição para serpentes pequenas, porém deve ser guiada por US. Há ainda a via abdominal ventral, que é muito utilizada para canular. A veia jugular é inaparente na serpente, tendo que dissecar para conseguir canular, portanto, é inviável. 
Via Subcutânea: Acesso pela terceira fileira entrando na região de alfa queratina, no caso de acesso IM também. 
Acesso intra – celomática: Utilizada para hidratação, fluidoterapia e medicação, muito comum em répteis. 
Fluidoterapia em répteis: ½ NaCl 0,9%, ¼ Ringer lactato e ¼ glicose 25 ml/kg.
EF, coleta de sangue, alimentação forçada, projeção para RX e aspectos laboratoriais de urubu: 
Como já se sabe, avalia – se mucosas oral e ocular (que no caso da aula estava um pouco hipocorada), TPC é em região de asa, escore em região de peito (no caso da aula professor deu escore 2), avalia coacla, palpa membros. 
Urubus possuem artérias dentro das asas.
Peso: 220 g. 
Utilização de RX para aves: Avaliar fraturas e luxações em ossos, assim como a cavidade celomática. Para avaliar fraturas de membros torácicos, faz – se as projeções crânio – caudal e caudo – cranial das asas. Avalia a integridade de tecidos duros e moles. O radio e ulna são mais radioluscentes por serem pneumatizados. Urubus possuem rim trilobulados e pulmão com superfície em favo de mel (por ser uma estrutura rígida em aves). 
Coleta de sangue: Para analisar perfil hepático e hemograma.
Pontos importantes do perfil hepático de aves:
- FA: Colestase, lesão de membrana. No filhote sempre vai estar aumentado por estar crescendo e em quadros entéricos também. 
- AST (no caso de aves) / ALT: Extravasamento de enzimas, integridade de hepatócitos. No caso da aula foi pedido AST que também pode sofrer alterações em casos de lesão muscular (como miopatia de captura). 
- Ácidos biliares: Função de tecido hepático, indica se o fígado está trabalhando corretamente ou não. 
- Bilirrubina para aves: Não faz, devido a ave não ter a enzima biliverdina redutase, não conseguindo metabolizar a bilirrubina. 
Quando acontece da AST estar aumentada e CK normal, vai ser indicativo de lesão hepática. 
Perfil renal: Pede ácido úrico e creatinina (que tem uso controverso). No caso de uréia, para aves, pode ser encontrada em doenças renais muito avançadas. 
Contagem de células: Em camara de Neubauer, com 2 ml de solução fisiológica para cada 20 microL de amostra de sangue. Como já se sabe, as plaquetas em aves são ocupadas por trombócitos. São contadas então hemácias, trombócito, hemoglobina, etc. 
Coleta de sangue em gambá: Vasos da região medial dos MP e embaixo da clavícula. 
Pênis do gambá: Possui duas glandes, devido a anatomia da Fêmea (possui duas vaginas).
Osso epipúbico: Responsável pela sustentação da bolsa marsupial. 
O gambá da aula é um animal sinantrópico. 
A ausência de unha no dígito do MP é uma condição fisiológica no caso dos gambás sinantrópicos.

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