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Fatores ecológicos que afetam o crescimento e desenvolvimento

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Fatores ecológicos que afetam o crescimento e desenvolvimento da soja
Entre todos os fatores que interferem no rendimento da cultura, o clima aparece como principal componente de limitação da sojicultora praticada no Brasil.
É muito importante que se faça o zoneamento climático, para que os fatores ecológicos que afetam o desenvolvimento não coincidam com os períodos mais críticos para o crescimento e desenvolvimento apropriado para a soja. 
Estresses abióticos quando coincidem com os períodos críticos de desenvolvimento da cultura podem comprometer a safra, e ainda, limitar os locais, as épocas e os solos onde a espécie pode ser cultivada.
Entre todos os fatores limitantes que podem afetar a fisiologia da planta e comprometer o sucesso da lavoura, os principais são:
O fotoperíodo
A temperatura do ar
A disponibilidades hídrica 
E a radiação solar.
A variação de temperatura, fotoperíodo, e umidade em função da época de semeadura influência o crescimento e a produção de grãos. 
A soja é uma das espécies mais sensíveis ao comprimento do dia, que regula a indução floral e, consequentemente, o porte da planta.
A época da semeadura pode alterar o porte, em especial nos genótipos muito sensíveis à temperatura e fotoperíodo, com período juvenil curto e crescimento determinado, em regiões quentes. O porte reduzido pode prejudicar a produtividade e dificultar a colheita, aumentando as perdas. Já o crescimento excessivo, promove o acamamento das plantas e também pode resultar em queda na produtividade potencial de grãos e dificultar a colheita (VENTURA et al., 2009).
Além de afetar o crescimento o desenvolvimento e a produtividade da cultura, o clima ainda afeta: a relação com os microrganismos, insetos, fungos e bactérias, favorecendo ou não a ocorrência de pragas e doenças, e ainda, as práticas de manejo, como semeadura, adubação, irrigação, colheita, entre outras, que também dependem de condições de tempo e umidade do solo específica para que possam ser realizadas de forma eficiente. 
Exigências climáticas
Disponibilidade hídrica
A água atua praticamente em todos os processos de uma planta, desempenhando um papel importante na manutenção e distribuição de calor, além de características funcionais de preenchimento, meio de transporte, solvente para reações celulares e processos entre outros (CAMPBELL, 1991; EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – EMBRAPA, 2008).
Frente a falta de água, as plantas demonstram uma série de respostas simultâneas, causando mudanças de ordem fisiológica, bioquímica, morfológica e molecular, em face de alterações em seu metabolismo, quando este não consegue regular as funções após sofrer estresse, podendo levar eventualmente a morte da planta.
A soja se caracteriza por ser bastante sensível a déficits hídricos, quando comparada a outras importantes culturas no mundo, além de seu requerimento hídrico ser relativamente alto, em torno de 8 mm/dia para altas produtividades (ISODA, 2005; De COSTA; EMBRAPA, 2008).
Dois períodos são importantes no requerimento de água para a cultura da soja:
 Germinação-emergência: prejudica a obtenção de uma boa uniformidade na população de plantas.
 Floração-enchimento de grãos: há queda prematura de folhas e flores e abortamento de vagens, resultando em redução de rendimento de grãos.
Na fase vegetativa, a seca reduz crescimento e área foliar, e na reprodutiva, além das reduções mais drásticas no rendimento, um adiantamento na maturação resulta um menor acúmulo de matéria seca, vagens vazias e chocamento de grãos (BONATO, 2000, 1999). 
Estresses hídricos parecem comandar uma troca precoce do desenvolvimento vegetativo para o reprodutivo, menor número de nós, antecipação da formação de flores e vagens, e um encurtamento da fase reprodutiva acarretando em diminuição do período de enchimento de grãos, este, importante componente de rendimento de todas as plantas graníferas (DESCLAUX, 2000).
Fonte: g1.globo.com. Foto de Edevaldo Nascimento 
Em razão do excesso de chuva, soja rebrotou em algumas lavouras De MS. Como foi o caso ocorrido em São Gabriel do Oeste.
Radiação solar
Toda energia necessária para a realização da fotossíntese, processo que transforma o CO2 atmosférico em energia metabólica, é proveniente da radiação solar (TAIZ & ZIEGER, 2004).
Para a cultura da soja, a radiação solar está relacionada com a fotossíntese, elongação de haste principal e ramificações, expansão foliar, pegamento de vagens e grãos e, fixação biológica (CÂMARA, 2000).
O total de fitomassa seca produzida pela soja depende da percentagem de radiação fotossinteticamente ativa interceptada e da eficiência de utilização dessa energia pelo processo fotossintético (SHIBLES & WEBER, 1965). 
A radiação utilizada pelas plantas para o processo fotossintético está contida na faixa da luz visível (400 nm – 700 nm), denominada de PAR (Photosynthetic Active Radiation), correspondendo a 45% - 50%, aproximadamente, do total de radiação incidente (OMETTO, 1981). 
Clorofilas + carotenoides + proteínas estruturais = complexo antena
Em plantas C3, o composto formado é o (3P - glicérico)
 Carboxilase 
Rubisco 
 Oxigenasea rubisco diminui a eficiência fotossintética, num processo denominado de fotorrespiração. Esse mecanismo pode ser intensificado, principalmente, em condições de temperatura elevada, onde a concentração de O2 é maior do que de CO2, dentro da célula.
Influencia a abertura dos estômatos 
Pigmentos localizados nos estômatos induzem a abertura estomática através de um bombeamento de íons H+ para fora da célula formando um gradiente eletroquímico, força que imprime movimento para absorção de nutrientes para dentro da célula guarda e a entrada de água, promovendo assim a absorção de CO2 para a fotossíntese. O excesso de radiação absorvido pela planta promove um aumento de sua temperatura, proporcionando um incremento no fluxo transpiratório. Quando esse fluxo for maior que o fluxo hídrico da folha, ocorre o fechamento dos estômatos, a fim de evitar que a planta entre em déficit hídrico, o que caracteriza um efeito negativo da radiação na transpiração e na fotossíntese (ANDRIOLO, 1999; TAIZ & ZIEGER, 2004).
A cultura da soja, quando submetida a baixas intensidades luminosas, apresenta menores taxas de fitomassa, de crescimento, de assimilação líquida e, no entanto, um elevado estiolamento, condicionando o acamamento em condições de campo. 
Fotoperíodo
A sensibilidade da soja ao fotoperíodo é variável entre cultivares, ou seja, cada cultivar possui seu fotoperíodo crítico acima do qual o florescimento é atrasado. Por essa razão são consideradas plantas de dias curtos, só são induzidas ao florescimento quando o período de luz for inferior a 13 horas. 
A indução floral provoca a transformação dos meristemas vegetativos (que dão origem a hastes e folhas) em reprodutivos (primórdios florais), determinando o tamanho final das plantas (número de nós) e, portanto, seu potencial de produtividade. 
Marion (2004) cita que em períodos de luminosidade superiores a 16 horas, o florescimento e a frutificação da soja são inibidos. 
A sensibilidade ao fotoperíodo não está presente em todo o ciclo da soja. Logo após a emergência, no estádio fenológico V1, as plantas de soja são insensíveis ao fotoperíodo, sendo este período conhecido como período juvenil.
Cultivares que apresentam período juvenil longo, tem maior adaptabilidadeem faixas mais abrangentes de latitudes (locais) e épocas de semeadura.
Temperatura
A soja se adapta melhor em regiões onde as temperaturas oscilam entre 20 e 30 ºC, sendo seu desenvolvimento ideal observado em torno de 30ºC (EMBRAPA, 2006).
Abaixo de 10ºC o crescimento é paralisado (GARNER 7 e ALLARD, 1930).
Para a germinação, o ideal é uma temperatura do solo de 25ºC, sendo que abaixo de 20ºC a germinação é prejudicada (EMBRAPA, 2006).
 Temperaturas baixas atrasa florescimento
 Temperaturas médias do ar noturnas em torno de 24ºCcondicionam rápido crescimento vegetativo, promovendo florescimento precoce.
 Temperaturas médias abaixo de 24ºC retardam o florescimento em cerca de 2 a 3 dias, para cada 0,5ºC de decréscimo (WHIGHAM e MINOR, 1978). 
Indução ao florescimento 13ºC 
Temperaturas acima de 40ºC distúrbios na floração e o abortamento de vagens
Temperaturas ligeiramente abaixo de 40ºC 
promovem a aceleração da maturação da soja e aceleram o florescimento.
Tanto o florescimento quanto o estabelecimento de vagens podem ser prejudicados devido a temperaturas abaixo de 21ºC, ou acima de 32ºC, sendo que as temperaturas mais elevadas provocam um maior abortamento de flores (NOGUEIRA, 1983, citado por PEREIRA, 2002).

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