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Estudo Dirigido IR – IOF (IR - Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza) 1. COMPETÊNCIADO IR- - CF, Art. 153, III (União). 2. FUNÇÃO DO IR – fiscal (predominante). É a principal fonte de receita tributária da União. Exerce função extrafiscal redistributiva através do orçamento público (CF, Art. 165, §7º) 3. FATO GERADOR DO IR– CF, Art. 153, III e CTN, Art. 45 -- É a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda (decorrente do capital, do trabalho ou da conjugação de ambos) e de proventos de qualquer natureza (assim entendidos todos os acréscimos não compreendidos no conceito de renda). O IR tem como hipótese de incidência o acréscimo patrimonial, em razão da aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda. OBS: 1) as verbas indenizatórias não se sujeitam ao IR. Citam-se como exemplos as Súmulas 125/STJ e 215/STJ; 2) a partir da EC 42/2003 o IR passou a ser exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal. 3) Exemplos de rendas de capital: aluguel, royaties, recebimentos decorrentes de aplicações financeiras, lucros, participação nos lucros, bonificações, rendimentos de partes beneficiadas, etc. 4) Exemplos de rendas do trabalho: salários, honorários, pro- labore, comissões, etc. 5) Exemplos de rendas da combinação do capital e do trabalho: pro-labore, lucro, etc. 6) Exemplos de proventos de qualquer natureza: aposentadorias, pensões, ganhos em loterias, doações, acréscimos patrimoniais não justificáveis, etc. 4. ALÍQUOTAS DO IR-CF, Art. 153, §2º, I (generalidade, universalidade e progressividade) - generalidade – diz respeito à sujeição passiva, indicando a incidência sobre todos os contribuintes que pratiquem o fato descrito na hipótese de incidência da exação; - universalidade – característica atrelada à base de cálculo, quer dizer que deve abranger quaisquer rendas ou proventos auferidos pelo contribuinte, independentemente da denominação da receita ou do rendimento (CTN, Art.43, §1º). -progresssividade – prevê a variação da alíquota conforme a capacidade econômica do contribuinte (capacidade contributiva) do contribuinte, isto é, na medida em que aumenta a base de cálculo (demonstração de riqueza), aumenta também a alíquota aplicável. Em 2008, o governo brasileiro anunciou a criação de duas novas alíquotas do IRPF : 7,5% e 22,5%) -Curiosidades:na Alemanha são três alíquotas entre 22,9% e 53%; na França são doze alíquotas, que variam de 5% até 57%); a) Alíquota p/ pessoa jurídica -A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto à alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, presumido ou arbitrado, apurado em conformidade com o Regulamento (RIR). b) Alíquotas p/ pessoa físicaAlíquotas do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - a partir do exercício de 2012 - Rendimentos do Trabalho: Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física No ano de 2016, a tabela do Imposto de Renda foi alterada com um aumento de 5% – apenas metade da inflação registrada entre os anos de 2015 e 2016 – ainda assim, alargando os limites da isenção dos contribuintes brasileiros. TABELA ATUALIZADA Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física Exemplo: tabela do imposto de renda 2018 Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$) Até 1.903,98 – – De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80 De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80 De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13 Acima de 4.664,68 27,5 869,36 OBSERVAÇÃO Atualmente, o Senado Federal está discutindo a aprovação de uma nova tabela do imposto de renda. A nova tabela quer isentar os contribuintes que recebem até R$ 3,3 mil reais por mês, o que representa uma boa parcela da população brasileira que precisa fazer a declaração do imposto. Além disso as novas alíquotas do Imposto de Renda também iriam mudar de acordo com o projeto, as faixas de tributação seriam de 5%, 10%, 15%, 20%, 25%, 30%, 35% e 40%. (FONTE: http://impostoderenda2018.net.br/novas-aliquotas-imposto-de-renda/) 5. BASE DE CÁLCULO do IRPJ. O imposto de renda das empresas é apurado com base no lucro real, presumido ou arbitrado). 5.1)-Lucro presumido- é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano- calendário, à apuração do lucro real.A empresa opta pela apuração do IRPJ com base no lucro presumido, e essa opção é irretratável para o ano-calendário (Lei nº 9.718, de 1998, art. 13, § 1º). No sistema de apuração do imposto de renda pelo Lucro Presumido, como o próprio nome determina, presume-se o lucro de uma empresa com base na aplicação de alguns percentuais sobre a receita bruta, como prevê o art. 13, da Lei n.° 9.718/98, para determinação da base de cálculo do imposto. Da apuração da base de cálculo Esse percentual, aplicado sobre a Receita Bruta, que determinará a BASE DE CÁLCULO do Imposto de Renda por Estimativa (estimativa - real, e presumido), será: Percentual Atividade 8,0% Regra geral - todas as empresas (caput do art. 15 da Lei n.° 9.249/95) 1,6% Revenda, para consumo, de combustível (inciso I, do art. 15, da Lei n.° 9.249/95) 16,0% Prestação de Serviços de transporte, exceto carga (inciso II, "a") a16,0% Pessoas jurídicas do inciso III, do art. 36 da Lei n.° 8.981/95 (Bancos/Financeiras) 32,0% Prestação de serviços em geral (inciso III, da Lei n.° 9.249/95 16,0% Prestadoras de serviços, com RB anual de até R$ 120.000,00 Assim, importa conhecer o conceito e saber como se apura a RECEITA BRUTA, sobre a qual incidirá o percentual, conforme a atividade, para a formação da base de cálculo do IMPOSTO DE RENDA por estimativa. RECEITA BRUTA: Soma das Receitas de Vendas de Mercadorias e Produtos (+) Soma das Receitas de Prestação de Serviços (-) Vendas Canceladas (-) Devoluções de vendas (-) Descontos Incondicionais (-) IPI (-) ICMS (substituição tributária) (=) RECEITA BRUTA APLICÁVEL Exemplo: Faturamento de R$ 10.000,00 Indústria e Comércio - 8% 10.000,00 X 8% = 800,00 Presume-se um lucro de R$ 800,00 IRPJ: 800 x 15/100 = R$ 120,00 5.2)-Lucro real –é apurado com base em contabilidade real e resulta da diferença entre a receita bruta menos as despesas operacionais. A apuração pelo lucro real é obrigatória para as empresas indicadas em lei (Lei 9718/98, Art. 14) 5.3)-Lucro arbitrado - O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade tributária, aplicável quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido. Também se aplica quando a escrituração feita pelo contribuinte deixa de ser feita ou quando é feita de modo fraudulento, dificultando, assim, a apuração do IRPJ pelo lucro real. 7) LANÇAMENTO DO IR – CTN, Art. 147 (por declaração ou misto, porque o pagamento antecipado realizado pelo contribuinte está sujeito a posterior homologação por parte do fisco.) 8) SUJEITO PASSIVO DO IR – é a pessoa física ou jurídica, titular da renda ou provento de qualquer natureza; No IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) – a lei atribui à fonte pagadora a responsabilidade pela retenção e recolhimento do IR, figurando o empregado como contribuinte (CTN, Art. 121, P.U, I), e o empregador, como responsável tributário (CTN, Art. 121, P.U, II). Trata-se de responsabilidade tributária por substituição. No caso, o contribuinte (o empregado) é substituído pelo responsável (o empregador), na tarefa de reter e recolher o IR. Caso este não o faça, cometerá o delito de apropriação indébita. (CP, Art. 168_ pena: reclusão de um a quatro anos e multa;/ CP, Art.312- peculato_ pena: reclusãode dois a doze anos, e multa; / Lei nº 11.101/2005, Art. 173. Apropriar-se, desviar ou ocultar bens pertencentes ao devedor sob recuperação judicial ou à massa falida, inclusive por meio da aquisição por interposta pessoa: Pena – reclusão, de dois a quatro anos, e multa.) REPERTÓRIO JURISPRUDÊNCIAL 1) SOBRE PRAZO DE PRESCRIÇÃO PARA A REPETIÇÃO DE INDÉBITO NOS TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTOPOR HOMOLOGAÇÃO. ART. 3º , DA LC 118 /2005 TRF-4 - RECURSO CÍVEL 50026565620164047202 SC 5002656-56.2016.404.7202 (TRF-4) Data de publicação: 27/04/2017 Ementa: EMENTA TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO PARA REPETIÇÃO DO INDÉBITO. IMPOSTO DE RENDA. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. TERMO INICIAL. DECLARAÇÃO DE AJUSTE. PRECEDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. AUXÍLIO-MORADIA. VERBA INDENIZATÓRIA. NÃO INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA. TRABALHADOR CELETISTA. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. PRECEDENTE DA TURMA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DA 4ª REGIÃO. 1. "TRIBUTÁRIO. PRAZO DE PRESCRIÇÃO PARA A REPETIÇÃO DE INDÉBITO NOS TRIBUTOS SUJEITOS A LANÇAMENTOPOR HOMOLOGAÇÃO. ART. 3º , DA LC 118 /2005. TERMO INICIAL. IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE - IRPF FONTE. DATA DA RETENÇÃO (ANTECIPAÇÃO) VS. DATA DO PAGAMENTO APÓS A ENTREGA DA DECLARAÇÃO. RENDIMENTOS NÃO SUJEITOS A TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVA / DEFINITIVA. 1. Tanto o STF quanto o STJ entendem que para as ações de repetição de indébito relativas a tributos sujeitos a lançamento por homologação ajuizadas de 09.06.2005 em diante, deve ser aplicado o prazo prescricional quiquenal previsto no art. 3º , da Lei Complementar n. 118 /2005, ou seja, prazo de cinco anos com termo inicial na data do pagamento. Já para as mesmas ações ajuizadas antes de 09.06.2005, deve ser aplicado o entendimento anterior que permitia a cumulação do prazo do art. 150 , § 4º com o do art. 168 , I , do CTN (tese do 5+5). Precedentes: recurso representativo da controvérsia REsp. n. 1.269.570-MG, Primeira Seção, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 23.05.2012; e EREsp 1.265.939/SP, Corte Especial, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 01/08/2013, DJe 12/08/2013. 2. Ressalvados os casos em que o recolhimento do tributo é feito exclusivamente pela retenção na fonte (rendimentos sujeitos a tributação exclusiva/definitiva), que não admite compensação ou abatimento com os valores apurados ao final do período, a prescrição da ação de repetição do indébito tributário flui a partir do pagamento realizado após a declaração anual de ajuste do imposto de renda e não a partir da retenção na fonte (antecipação). Precedente: EDcl... 2) STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL AgRg no REsp 978067 PE 2007/0204802-7 (STJ) Data de publicação: 02/10/2008 Ementa: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. IMPOSTODE RENDA. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. JURISPRUDÊNCIA DA PRIMEIRA SEÇÃO. HOMOLOGAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE AJUSTE PELO FISCO. 1. O advento da LC 118 /05 e suas conseqüências sobre a prescrição, do ponto de vista prático, implica dever a mesma ser contada da seguinte forma: relativamente aos pagamentos efetuados a partir da sua vigência (que ocorreu em 09.06.05), o prazo para a repetição do indébito é de cinco a contar da data do pagamento; e relativamente aos pagamentos anteriores, a prescrição obedece ao regime previsto no sistema anterior, limitada, porém, ao prazo máximo de cinco anos a contar da vigência da lei nova. 2. Isto porque a Corte Especial declarou a inconstitucionalidade da expressão "observado, quanto ao art. 3º , o disposto no art. 106 , I , da Lei nº 5.172 , de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional ", constante do artigo 4º , segunda parte, da Lei Complementar 118 /2005 (AI nos ERESP 644736/PE, Relator Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 06.06.2007). 3. Deveras, a norma inserta no artigo 3º, da lei complementar em tela, indubitavelmente, cria direito novo, não configurando lei meramente interpretativa, cuja retroação é permitida. 4. Consectariamente, em se tratando de pagamentos indevidos efetuados antes da entrada em vigor da LC 118 /05 (09.06.2005), o prazo prescricional para o contribuinte pleitear a restituição do indébito, nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por homologação, continua observando a cognominada tese dos cinco mais cinco, desde que, na data da vigência da novel lei complementar, sobejem, no máximo, cinco anos da contagem do lapso temporal (regra que se coaduna com o disposto no artigo 2.028 , do Código Civil de 2002, segundo o qual:"Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei... Fim IOF (IOF - Imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro, e relativas a títulos e valores mobiliários e o ouro como ativo financeiro e instrumento cambial.. (Refr: Decreto 6306/2007) 1. COMPETÊNCIA DO IOF - CF, Art. 153, V (União) 2. FUNÇÃO DO IOF –Extrafiscal – A principal função do IOF é ser um instrumento de manipulação da política de crédito, câmbio, seguro e valores imobiliários, ou seja, serve como instrumento de controle da política monetária. Quer dizer que o objetivo maior não é a arrecadação. 3. FATO GERADOR DO IOF – CF, Art. 153, V e Lei 6306/2007. O fato gerador do IOF ocorre em um dos seguintes momentos: • 3.1.nas operações relativas a títulos mobiliários quando da emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes títulos (Art 25) Art. 25. O fato gerador do IOF é a aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de títulos e valores mobiliários • 3.2. nas operações de câmbio, na efetivação pela entrega da moeda nacional ou estrangeira, ou documento que a represente, ou a suacolocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional, entregue ou posta à disposição por este. Art. 11. O fato gerador do IOF é a entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este. Parágrafo único. Ocorre o fato gerador e torna-se devido o IOF no ato da liquidação da operação de câmbio. Exemplo: cheques internacionais de viagem – o fato gerador ocorre no momento da liquidação do contrato de câmbio (Art. 11). • 3.3. nas operações de seguro, na efetivação pela emissão de apólice, ou do documento equivalente,ou recebimento do prêmio, na formas da lei aplicável (Art. 18) Art. 18. O fato gerador do IOF é o recebimento do prêmio. § 1o A expressão “operações de seguro” compreende seguros de vida e congêneres, seguro de acidentes pessoais e do trabalho, seguros de bens, valores, coisas e outros não especificados. § 2o Ocorre o fato gerador e torna-se devido o IOF no ato do recebimento total ou parcial do prêmio. • 3.4 nas operações de crédito, quando da efetivação pela entrega parcial ou total do valor que constitui o débito, ou quando colocado à disposição do interessado (Art.3º). Art. 3o O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado • 3.5. nas operações com ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial Art. 36. O ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial sujeita-se, exclusivamente, à incidência do IOF. § 1o Entende-se por ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial, desde sua extração, inclusive, o ouro que, em qualquer estado de pureza, em bruto ou refinado, for destinado ao mercado financeiro ou à execução da política cambial do País, em operação realizada com a interveniência de instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional, na forma e condições autorizadas pelo Banco Central do Brasil.§ 2o Enquadra-se na definição do § 1o deste artigo o ouro: I - envolvido em operações de tratamento, refino, transporte, depósito ou custódia, desde que formalizado compromisso de destiná-lo ao Banco Central do Brasil ou à instituição por ele autorizada; II - adquirido na região de garimpo, onde o ouro é extraído, desde que, na saída do Município, tenha o mesmo destino a que se refere o inciso I; III - importado, com interveniência das instituições mencionadas no inciso I. § 3o O fato gerador do IOF é a primeira aquisição do ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial, efetuada por instituição autorizada integrante do Sistema Financeiro Nacional. § 4o Ocorre o fato gerador e torna-se devido o IOF: I - na data da aquisição; II - no desembaraço aduaneiro, quando se tratar de ouro físico oriundo do exterior. 3.1.Imunidades IOF Decreto, 6306/07, Art. 2º, § 3o Não se submetem à incidência do imposto de que trata este Decreto as operações realizadas por órgãos da administração direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e, desde que vinculadas às finalidades essenciais das respectivas entidades, as operações realizadas por: I - autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - templos de qualquer culto; III - partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais de trabalhadores e instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. 3.2.Isenções IOF • Nas operações de crédito (Art. 9º) • Nas operações de seguro (Art. 23) • Nas operações de câmbio (Art. 16) • Nas operações relativas a títulos e valores mobiliários (Art. 34) • Nas operações com ouro ativo financeiro e instrumento cambial: não há isenção) Obs: O STF entende que um mero saque na caderneta de poupança não tem o condão de gerar a incidência do imposto: SÚMULA 664/STF:É INCONSTITUCIONAL O INCISO V DO ART. 1º DA LEI 8033/1990, QUE INSTITUIU A INCIDÊNCIA DO IMPOSTO NAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGUROS - IOF SOBRE SAQUES EFETUADOS EM CADERNETA DE POUPANÇA. 4. ALÍQUOTAS DO IOF - As alíquotas são proporcionais, variando conforme a natureza das operações financeiras: • nas operações relativas a títulos mobiliários- Art. 29. O IOF será cobrado à alíquota máxima de 1,5% ao dia sobre o valor das operações com títulos ou valores mobiliários. • nas operações de câmbio –Art. 15. A alíquota máxima do IOF é de 25% • nas operações de seguro - Art. 22. A alíquota do IOF é de 25% • nas operações de crédito -Art. 6º O IOF será cobrado à alíquota máxima de 1,5% ao dia sobre o valor das operações de crédito. • nas operações com ouro ativo financeiro ou instrumento cambial - Art. 39. A alíquota do IOF é de um por cento sobre o preço de aquisição. 5. BASE DE CÁLCULO DO IOF - A base de cálculo depende da operação: • Nas operações de crédito, é o montante da obrigação ( Art. 7o) • Nas operações de seguro, é o montante do prêmio (Art. 21) • Nas operações de câmbio, é o montante em moeda nacional (Art. 14). • Nas operações relativas a títulos e valores mobiliários, é o preço ou o valor nominal ou o valor de cotação na Bolsa de Valores. (Art. 28) • Nas operações com ouro ativo financeiro ou instrumento cambial (Art. 38) 6. LANÇAMENTO DO IOF – CTN, Art. 150 – Homologação. 7.SUJEITO PASSIVO DO IOF – Pode ser qualquer das partes na envolvidas na operação tributada, conforme dispõe o Art. 66 do CTN, ficando a critério do legislador ordinário. Assim, são contribuintes do IOF (Decreto 6306/2007): - as pessoas físicas ou jurídicas tomadoras de crédito (Art. 4º); -as compradoras ou vendedoras de moeda estrangeira, nas operações referentes à transferência financeira para o exterior (Art. 12); -As pessoas físicas ou jurídicas seguradas (Art.19); -Os adquirentes de títulos e valores mobiliários e instituições financeiras (art. 26) -as instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasila efetuarem a primeira aquisição do ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial (Art. 37) 8. OBSERVAÇÕES: 1)Princípios não-aplicáveis: legalidade, anterioridade de exercício e anterioridade nonagesimal; 2)Súmula 34 (TRF-4º Região): Os Municípios são imunes ao pagamento de IOF sobre suas aplicações financeiras); 3)Súmula 185/STJ: Nos depósitos judiciais não incide o IOF; 4) IOF-ouro- o ouro, como ativo financeiro ou instrumento cambial é devido na operação de origem e se sujeita à tributação exclusiva do IOF (princípio da unicidade). Assim, o IOF será cobrado uma única vez, no local da extração. / O ouro destinado a fabricação de joias ou utilização odontológica não se considera ativo financeiro, estando sujeito ao ICMS. 5) O Art 67 do CTN considera-se revogado pelo Art. 167, IV da CF- 88, que veda a vinculação da receita de impostos a fundo, órgão, ou despesa; 6) o IOF incide nas operações de factoring (ADInMC 1.763-DF, rel. Min. Sepúlveda Pertence, J.20-08-1998), enquanto não deve incidir sobre operações de poupança (RE 232.467-SP, rel. Min. Ilmar Galvão, j.29-09-1999) REPERTÓRIO JURISPRUDENCIAL Aplicação das Súmulas no STF: Súmula 664 É inconstitucional o inciso V do art. 1º da Lei 8.033/1990, que instituiu a incidência do imposto nas operações de crédito, câmbio e seguros - IOF sobre saques efetuados em caderneta de poupança. Jurisprudência posterior ao enunciado ● Inconstitucionalidade da incidência de IOF sobre saques efetuados em caderneta de poupança "Agravo de instrumento. Processual civil e tributário. 1. Imposição de multa processual. Matéria infraconstitucional: ofensa constitucional indireta. 2. Imposto sobre Operações Financeiras - IOF. art. 1º, inc. V, da Lei n. 8.033/90: inconstitucionalidade. Não-incidência do IOF sobre saques efetuados em caderneta de poupança. Súmula 664 do Supremo Tribunal Federal. Agravo ao qual se nega seguimento." (AI 654794, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Decisão Monocrática, julgamento em 28.9.2008, DJe de 16.9.2008) Observação ● Ver tema 328 da repercussão geral: controvérsia acerca da constitucionalidade da incidência do IOF sobre as operações financeiras de curto prazo realizadas por partidos políticos, entidades sindicais, instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos, beneficiários de imunidade quanto ao referido imposto (RE 611510 RG). ● Ver tema 104 da repercussão geral: controvérsia acerca da constitucionalidade da incidência do IOF sobre operações de crédito correspondentes a mútuo de recursos financeiros entre pessoa jurídica e pessoa física ou entre pessoas jurídicas não pertencentes ao sistema financeiro (RE 590186 RG). ● Ver tema 102 da repercussão geral: controvérsia acerca da constitucionalidade da incidência de IOF sobre transmissão de ações de companhias abertas e das consequentes bonificações emitidas, nos termos do art. 1°, IV, da Lei 8.033/90 (RE 583712 RG). Fim
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