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Formação da Política Externa Brasileira (PEB) - 1493 até 1889

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1493: Bula Inter Coetera (100 léguas)
1494: Tratado de Tordesilhas (300 léguas)
1529: tratado de saragoça 
1580: União Iberica
1640: Independência de Portugal 
1715: Tratado de Utrecth conferia Sacramento pra Portugal
1749: Mapa das Cortes (deformado pra favorecer Portugal nas negociações)
1750: Tratado de Madri (Sacramento pra Espanha e 7 Povos das Missões pra Portugal)
1759: Expulsão da Cia. De Jesus (poder demais dentro de Portugal)
1761: Tratado de El Pardo (anula T. de Madri)
1777: Tratado de Santo Ildefonso (crise da morte de D. José garante 7Povos e Sacramento pra Espanha)
1801: Portugueses retomam terras do sul (gera conflito com Argentina)
------ tudo isso foi orquestrado por Alexandre de Gusmão, que defendia uti possidetis, tratado geral, fronteiras naturais, abandono de Tordesilhas, continuação de Utrecth, mas também possibilidade de negociação e trocas territoriais. Até Rio Branco, foram as ideias dele que nortearam a delimitação de fronteiras do BR (praticamente consolidadas desde o fim do período colonial e T. de Madri).
1808: Vinda da família real (colônia => metrópole) (abertura dos portos e incentivo a manufatura)
1810: Tratado de Navegação e Comércio (mercadorias inglesas entram com taxa de 15% só)
1817: Revolução Pernambucana (crise nordestina, queda do preço do açúcar e do algodão e alta do preço dos escravos – culpa da Holanda, EUA e Inglaterra, respectivamente)
1820*: Revolução Liberal do Porto (crise política, econômica e militar em Portugal, queriam a volta da família real, monarquia constitucional, pacto colonial, recolonização do BR)
1821: D. João retorna pra Portugal e D. Pedro vira príncipe regente do Brasil
1821: Adoção da Cisplatina
1822: 09 de Janeiro = “Dia do Fico”
------ organização de um exército brasileiro e criação de gabinete comandado por JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA. É ele quem avisa D. Pedro em São Paulo que as cortes de Lisboa revogam seus decretos.
 1o ato de política externa do BR: Nomeação de Antônio Manuel Correa da Câmara como representante em Buenos Aires. (criação do Exército Pacificador contra portugueses também foi exemplo de autonomia, junto com a própria nomeação de JB como ministro).
1822: 07 de Setembro = Declaração da Independência
Aspectos da Independência:
Político Jurídica – D. Pedro e JB convocam constituinte, organizam ministérios, confiscam bens portugueses e estabelecem reconhecimento diplomático.
Militar – Guerras de independência duram até 1823, maior concentração de tropas da AL. Em 1824 D. Pedro combate a Conferedação do Equador, de Frei Caneca (separação do nordeste).
Diplomática – Benefícios comerciais á quem reconhecesse, ingleses como mediadores, indenização de 2 milhões de libras, acordo de não-anexação de colônias africanas.
1823: Convocação da Assembleia Constituinte (portugueses vs. Brasilianos)
 José Bonifácio de Andrada e Silva:
Nasceu em Santos, estudou em Coimbra, era representante das elites políticas de São Paulo e da ligação destas com D. Pedro, foi o primeiro a afastar a política externa do Brasil da de Portugal. Queria pragmatismo pra questão da independência que achava inevitável.
Faz manifesto em 1922 dizendo que o Brasil devia seguir 7 pontos: liberalismo econômico; não priorizar nenhuma nação (não concordava com o Pacto de 1810 e nem achava que tinha validade); manter as relações firmadas com a vinda da família real (Pacto das Nações Amigas); incentivo á imigração (defendia abolição gradual da escravidão); respeito mútuo (pensamento moderno); incentivo à emigração de sábios, artesãos (manufatura) e artistas (publicidade); abertura pra capital estrangeiro.
Defendia Monarquia Constitucional como única forma de integrar todas as regiões do enorme país. Mantinha relações com EUA e propõe defesa mútua, propõe aquisição da Cisplatina. Brasil seria potência transatlântica se superasse disparidades sociais, fizesse reforma agrária e educacional e resolvesse as questões do Prata.
1823: Demissão e exílio de José Bonifácio
1823: Constituição da Mandioca (anteprojeto de Antônio Carlos de Andrada e Silva e liberais com divisão de poderes, voto indireto e censitário de 150 alqueires de mandioca) – D. Pedro fecha o parlamento e dissolve a assembleia porque só aprovaria constituição que previsse dissolução por ele.
1824: Constituição outorgada (3 poderes+moderador, religião católica, beneplácito e padroado, termo “brasileiros”)
- Descontentamento geral, crise, rivalidade entre restauradores e liberais, revolta de PE (Confederação do Equador –Frei Caneca)
1825: Guerra da Cisplatina - Rivadavia (Argentina) financia expedição dos 33 Orientales para expulsar brasileiros das Províncias Unidas do Rio da Prata. Chiquitos (Bolívia) voluntariamente se anexa ao BR pelo governo de Mato Grosso, o que irrita General Sucre. Bolivar se recusa a atacar Brasil com Lavalleja, estava fazendo o Congresso do Panamá, 1826, onde representante brasileiro chega atrasado pois D. Pedro não queria se envolver em negociações multilaterais. Uruguai declara independência em 1825 e é mediado pela Inglaterra.
1826: Morre D. João e D. Maria da Glória se casa com D. Miguel
1826: Abertura do Parlamento (crítica à condução da Independência como sacrifício do interesse nacional).
1829: Eleições parlamentares tem vitória liberal e D. Pedro nomeia gabinete conservador
1830: Assassinato do jornalista líder liberal Líbero Badaró e Noite das Garrafadas marcam o auge da oposição entre portugueses restauradores e brasileiros liberais
1831: D. Pedro abdica do trono do Império do Brasil 
Regência Trina Provisória: Vergueiro + Carneiro de Campos + Lima e Silva (Guarda Nacional, Padre Feijó como ministro da justiça)
1831: Lei Feijó – fim do tráfico (pra inglês ver)
1834: Ato adicional à Constituição, primeiro passo para descentralização do Império (Conselhos Provinciais se tornam Assembleias Legislativas Provinciais, Rio de Janeiro vira cidade neutra, suspende Conselho de Estado e Poder Moderador e cria Regência Una comandada por Lima e Silva)
Avanço liberal é freado por revoltas populares elitistas:
1832: Cabanada (queria que D. Pedro I voltasse)
1835: Malês (escravos muçulmanos que queriam império separado e liberdade de culto)
1835-40: Cabanagem (Grão Pará queria ser independente até que D. Pedrinho reinasse)
1835-45: Farroupilha (descontentamento das elites latifundiárias do RS com a regência, a taxação do charque pós indep. do Uruguai . Bento Gonçalves e Bento Ribeiro proclamam República do Piratini, entrando em guerra com o Império. Se aliam á Rosas e Oribe, mas depois apoiam Rivera, o que os enfraquece e permite que o presidente do RS, Luis de Lima e Silva acabe com a guerra. Parte da burocracia e dos militares de Piratini são incorporados ao Império e charque estrangeiro ganha taxas competitivas.)
1837: Sabinada (independência baiana até que Pedrinho reinasse e não queriam lutar contra os farrapos)
1838: Balaiada (crise da produção de algodão e balaio e oposição ao presidente de província eleito pelo RJ – futuro Duque de Caxias é pacificador)
1836: Vitória conservadora no parlamento e renúncia de Feijó => Araújo Lima
Clube da Maioridade: liberais articulam golpe e diminuem a maioridade para que D. Pedrinho reinasse, pois era a única chance de voltarem ao poder
1840: 2º Reinado começa com D. Pedro II
Parlamentarismo às avessas – modelo francês – Poder Moderador – Luzias vs. Saquaremas (ambos defendiam a monarquia, a escravidão e a integridade territorial) – período da cafeicultura
1844: Fim do sistema de tratados, nova era da PEB focada em 4 parâmetros: autonomia alfandegária, dinâmica da troca de mão de obra, diplomacia para manter fronteiras da Amazônia sem estadunidenses e presença beligerante no subsistema platino
-PEB serviu para conciliar os 2 grupos políticos 
-Visando o interesse nacional, ocorrem propostas de modernização, mas o sistema internacional não estava propício: liberalismo tirava interesse de acordos pela Inglaterra, Ásia ganha destaque e políticas expansionistas dos EUA e de Rosasatrapalham o protecionismo.
-Visconde de Uruguai apela pro uti possidetis para firmar as fronteiras e é copiado pelos outros países latinos
-Visconde de Mauá ganha monopólio comercial de navegação sobre o rio Amazonas
-Estado age com autonomia ante a sociedade
-Projeto de 1844 falha na industrialização mas funciona para a projeção do Brasil no SI.
1844: Tarifa Alves Branco cancela a taxa de 15% pra Inglaterra
1845: Lei Arbedeen proíbe tráfico no Atlântico Sul
1847: Presidência do Conselho de Ministros é criada
1850: Lei Eusébio de Queiroz proíbe tráfico no BR (gera tráfico interno)
1850: Lei de Terras
Surto industrial (Visconde de Mauá) causado pela liberação de capital do tráfico.
1864: Guerra do Paraguai
Francisco Solano assume a presidência do Paraguai em 1862 e tem política expansionista e necessidade de utilizar rios do Uruguai pra ter acesso ao mar. Momento de governo Blanco no Uruguai, o qual Solano apoia, diferente do Brasil e da Argentina, que apoiam os Colorados. 
Em 1864 Uruguai rompe relações com Brasil, que o invade. Como retaliação aliada, Paraguai ataca navio brasileiro, declara guerra e invade Mato Grosso. Invade também Corrientes, o que traz Argentina pra briga. Mudança de governo no Uruguai o leva a trocar de lado.
Em 1865 a Tríplice Aliança (BRA;URU;ARG) assina acordo para estabelecer independência do Paraguai e delimitação de territórios (para evitar que Argentina voltasse a ter ideias expansionistas como na época de Rosas). Paraguai perde a batalha de Riachuelo e de Tuiuti e ganha a de Curupaiti. Marquês/Duque de Caxias é enviado para reorganizar o exército brasileiro (“Voluntários da Pátria”, movimento abolicionista ganha força a partir de 1880 por causa deles).
Em 1867 Aliados tomam fortaleza de Humaitá e em 1869 Marechal Hermes da Fonseca toma Assunção (capital paraguaia). Há tentativa de negociação por parte do Paraguai, mas Brasil se recusa a deixar Solano López no poder. Ele foge após perder as batalhas de Itororó, Avaí e Lomas, mas é assassinado em Cerro Corá em 1870.
Em 1872 Brasil assina tratado com o Paraguai estabelecendo as fronteiras. Ocorre crise diplomática entre BRA e ARG pois os Aliados precisavam assinar tratados juntos, mas Uruguai acaba assinando separado também e Argentina é forçada a dividir o chaco com Assunção em 1876. Os dois países se voltam para expansão interior agrícola e abandonam foco nas disputas platinas, acalmando suas relações. 
1870: Crescimento do Movimento Republicano
1870: Concílio do Vaticano
1871: Lei do Ventre Livre
1884: Lei Saraiva
1885: Lei dos Sexagenários
1887: Clube Militar de Marechal Deodoro Da Fonseca
1888: Lei Áurea
1889: Marechal marcha para o Ministério da Guerra e derruba a monarquia por causa de seu desafeto com Visconde de Ouro Preto

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