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Curso de Direito Penal Resumo Rogério Greco

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Curso de Direito Penal - Parte Geral - Resumo 
Rogério Greco 
Aluno: Geraldo - Curso de Direito 
 
Visite o Site: www.geraldofadipa.comunidades.net 
 
 
Nomenclatura. Direito Penal ou Direito Criminal: 
 
Nossa legislação utiliza a termologia Direito Penal para representar 
o conjunto de normas que tratam sobre o poder de punir do Estado. 
 
Curiosidade. ⇒ O termo Direito Criminal foi utilizado em 1830 
com a instituição do Código Criminal. Primeiro Código Penal 
Brasileiro sancionado em 16/12/1830. 
 
 
Conceito de Direito Penal. Ramo do direito público dedicado às normas 
emanadas pelo Poder Legislativo para reprimir os delitos, lhes imputando 
penas com a finalidade de preservar a sociedade e proporcionar o seu 
desenvolvimento. 
 
 
Finalidade do Direito Penal (Objetivo). Proteção dos bens considerados 
importantes e necessários para a própria sobrevivência da sociedade. 
 
Exemplo. ⇒ Conduta praticada que atenta contra a vida é o 
patrimônio prevê punição ao infrator visando à inibição da prática do 
delito. 
 
Atenção. ⇒ Não se admite a criação de qualquer tipo penal 
incriminador onde não se consiga apontar, com precisão, o bem 
jurídico que por intermédio dele pretende-se proteger. 
 
 
Seleção dos Bens Jurídicos Penais. Sendo a finalidade do Direito Penal 
a proteção dos bens essenciais ao convívio em sociedade, deverá o 
legislador fazer a sua seleção e criar leis com o objetivo de proteger os 
bens selecionados. 
 
Mas, ele não está livre em sua escolha. Os bens jurídicos eleitos 
como mais importantes estão na Constituição. Ele não poderá 
ignorar nenhum dos valores previstos nela. 
 
 
Legislação. No Brasil nasce na esfera federal (união) e aplica-se a todo 
território nacional. 
 
Constituição Federal. Exerce duplo papel: 
 
a) Orienta o legislador, elegendo valores considerados indispensáveis 
à manutenção da sociedade. 
 
b) b) impede que o mesmo legislador, com uma suposta finalidade 
protetiva de bens, viole direitos fundamentais atribuídos a toda 
pessoa humana. 
 
 
Códigos Penais do Brasil 
 
Colônia 
 
 Códigos da metrópole. 
 Ordenações Afonsinas. 
 Ordenações Manoelinas. 
 Ordenações Filipinas. 
 
 
Após a Independência 
 
 Código Criminal do Império do Brasil (1830) 
 Código Penal dos Estados Unidos do Brasil (1890) 
 Consolidação das Leis Penais (1932) 
 Código Penal (1940). ⇒ Com algumas alterações, voga até hoje. 
 Código Penal (1969). ⇒ Vacatio legis de aproximadamente 
nove anos, e foi revogado sem nunca ter entrado em vigor. 
 Código Penal (1984), revogou tão somente a parte geral do 
Código de 1940 
 
Atenção. ⇒ O atual Código possui uma parte geral (artigos. 1º 
a 120), que reporta a 1984, e uma parte especial (artigos 121 a 
361), que reporta a 1940 com alterações. 
 
 
Direito Penal Objetivo. Conjunto de normas editadas pelo Estado, 
definindo crimes e contravenções, impondo ou proibindo determinadas 
condutas sob a ameaça de sanção. 
 
 
Direito Penal Subjetivo. Fazer valer o Direito Objetivo. Direito que tem 
o Estado de criar e fazer cumprir suas normas objetivas, executando as 
decisões condenatórias proferidas pelo Judiciário. 
 
 
Direito de Punir. Ius ipuniendi e exclusividade do Estado. 
 
Ius persequendi ou o ius accusationis. Direito de vir a juízo e pleitear a 
condenação de seu agressor, e não o direito de executar, por si só a 
sentença condenatória. 
 
 
Modelo Penal Garantista (Luigi Ferrajoli). No Estado Constitucional de 
Direito, as normas jurídicas se alocam de maneira hierárquica e a 
Constituição corresponde a uma norma fundamental, a qual se posiciona 
no ápice do esquema piramidal proposto por Hans Kelsen. 
 
Observação. ⇒ Nesse sistema, a Constituição é a mãe de todas as 
normas. Se houver contradição entre o texto legal e os preceitos 
constitucionais, a lei poderá ser considerada inconstitucional e, 
assim, ser retirada do ordenamento jurídico. 
 
Portanto. ⇒ Para o garantismo de Ferrajoli, o juiz não é um mero 
aplicador da lei. Ele é, antes de mais nada, o guardião de nossos 
direitos fundamentais. 
 
 
Garantismo Penal. Sustenta na ideia de que deve haver a mínima 
ingerência ou a mínima lesão, por parte do Estado, na utilização de suas 
atribuições punitivas. Podem ser: 
 
 
 Primárias: Limites e vínculos normativos (leis) impostos, na tutela 
dos direitos, ao exercício de qualquer poder. 
 
 Secundárias: Diversas formas de reparação. Anulabilidade dos atos 
inválidos e a responsabilidade pelos atos ilícitos subsequentes às 
violações das garantias primárias. 
 
 
Dez axiomas do garantismo penal. 
 
 
 
Fonte do quadro: https://noticias.cers.com.br/noticia/axiomas-ou-implicacoes-deonticas-
da-teoria-garantista-penal/ 
Fonte do Direito Penal. Fonte significa de onde se originou (emanou) 
uma norma jurídica ou o modo pela qual a vontade jurídica se manifestou. 
O Estado é a única fonte de produção do Direito Penal. 
 
 
 
 Fonte do Quadro: http://resumindoall.blogspot.com/2015/11/fontes-do-direito-
penal.html 
 
 
O princípio da reserva legal. O Direito Penal Diz... "Não há crime sem 
lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação legal" 
 
Portanto: Na vida social somos livres para fazer tudo o que 
desejarmos. Desde que, está conduta não esteja prevista na 
legislação como infração penal. 
 
Atenção: Embora a conduta possa ser até socialmente reprovável, 
se não houver tipo penal incriminador proibindo-a, não poderá sofrer 
qualquer sanção ao praticá-la. 
 
 
Última Ratio. Expressão latina. Diz-se que o Direito Penal é a última 
ratio, ou seja, é o último recurso ou último instrumento a ser usado pelo 
Estado em situações de punição por condutas castigáveis. 
 
Atenção: Recorrendo-se apenas quando não seja possível a 
aplicação de outro tipo de direito. 
 
Observação: Princípio da Intervenção Mínima. O Direito Penal só 
deve preocupar-se com os bens mais importantes à vida em 
sociedade. Somente entra em ação quando, comprovadamente, os 
demais ramos do direito não forem capazes de proteger bens 
considerados de maior importância. 
Teoria de Binding. O criminoso, ao cometer um crime, não infringe a 
lei, mas sim, a norma penal nela contida. Ele defendia diferença entre lei 
penal e norma penal. Assim: 
 
 Lei Penal. ⇒ Contém apenas a descrição da conduta considerada 
ilegal. 
 
 Norma Penal. ⇒ Contém mandamentos proibitivos. 
 
Exemplo: Artigo 121 - Matar alguém: Pena - reclusão, de 6 
(seis) a 20 (vinte) anos. 
 
Estrutura verbal está no imperativo, como se mandasse 
que o indivíduo mate alguém. Assim o criminoso ao 
matar não estaria desobedecendo ao comando legal, 
mas sim, contrariando a norma ali implícita, de não o 
fazer. 
 
 
Conclusão: ⇒ Não se viola a lei penal quando se comete um 
crime, viola-se a norma penal de não fazer implícita na artigo 
da lei. 
 
 
Classificação das Normas Penais 
 
 
 
 
Fonte: http://umestudantededireitopenal.blogspot.com/2014/03/classificacao-das-normas-
penais.html 
Normas penais incriminadoras. Tem por escopo definir as infrações 
penais, proibindo ou impondo condutas, desse modo, o seu não 
cumprimento se sujeita a penalidade. Elas são: 
 
 Primárias ou “preceptum iuris”. ⇒ São aquelas que descrevem 
perfeita e detalhadamente a conduta proibindo ou impondo. 
 
 Secundárias ou “sanctio iuris”. ⇒ Tem por objetivo a 
individualização da pena. Exemplo: Artigo 121. Matar alguém (norma 
primária) - Pena: reclusão, de 6 (seis) meses a 20 (vinte) anos (norma 
secundária). 
 
Normas Penais Não-Incriminadoras. Possuem as seguintes finalidades: 
 
 Tornar licitasdeterminadas condutas. 
 Afastar a culpabilidade do agente, como no caso de isenção de 
penas. 
 Esclarecer determinados conceitos. 
 Fornece princípios penais para a aplicação da lei penal. 
 
⇒ Podem ser: 
 
 Permissivas: Justificantes: Afasta a ilicitude da conduta do 
agente. 
 Exculpantes: Elimina a culpabilidade, isentando o agente da 
pena. 
 Explicativas: Visam esclarecer ou explicitar conceitos. 
 Complementares: Fornecem princípios gerais visando a 
aplicação da lei penal. 
 
 
 Normas Penais em Branco. Aquelas que embora tem uma descrição 
da conduta proibida, necessita obrigatoriamente de um complemento 
extraído de outro diploma legal (leis, decretos, portarias, regulamentos, 
etc.), pois sem o complemento tornar-se impossível sua aplicação. 
 
Precisa que seja proibido ou imposto pela norma penal. Dividem em 
dois grupos: 
 
 Homogêneas: Seu complemento provém da mesma fonte legislativa. 
Lei completando Lei. 
 
 Heterogêneas: Seu complemento é proveniente de norma diversa 
daquela que a editou. Exemplo. ⇒ A Lei de Drogas, em seu 
artigo 28 não define quais substâncias são consideradas drogas. 
Então tem que recorrer para complementação (saber quais 
substâncias são consideradas drogas) a uma autarquia federal 
vinculada ao Poder Executivo, a ANVISA, do Ministério da Saúde. 
 
Normas Penais Incompletas (ou Imperfeitas). São aquelas que para se 
saber a sanção imposta pela transgressão de seu preceito primário o 
legislador nos remete a outro texto de lei. 
 
Atenção: ⇒ Pela leitura do tipo penal incriminador, verifica-se o 
conteúdo da proibição ou do mandamento, mas para saber a 
consequência jurídica é preciso se deslocar para outro tipo penal. 
 
Cuidado: ⇒ Enquanto a norma penal em branco é formalmente 
deficiente em seu preceito primário, a norma penal incompleta é 
deficiente em seu preceito secundário. 
 
 
Anomia. Ausência de normas ou norma presente mas não respeitada 
como se ausente fosse. 
 
Observação. ⇒ Neste caso o número excessivo de normas, pode nos 
conduzir à situação de anomia. Ou seja, quanto mais normas, maior 
a sensação de ausência de leis, em face do sentimento de 
impunidade. 
 
 
Antinomia. Normas incompatíveis vigentes acaba de provocar conflitos 
entre elas. 
 
Observação. ⇒ Solução para a Antinomia: NORBERTO BOBBIO 
sugere três critérios: 
 
1. Critério cronológico. ⇒ A lei posterior revoga a lei anterior. 
2. Critério hierárquico. ⇒ Norma hierarquicamente superior 
prevalece sobre norma hierarquicamente inferior. 
3. Critério da especialidade. ⇒ A lei especial afasta a aplicação 
da lei geral. 
 
 
Concurso (ou conflito) aparente de Normas Penais. Ocorre quando 
para um mesmo fato, aparentemente, existem duas ou mais normas que 
poderão sobre ele incidir. 
 
Atenção. ⇒ Diz-se aparentemente, pois o conflito só ocorre a 
princípio antes de uma análise mais detida do problema, tendo em 
vista que o próprio ordenamento esclarece quais os métodos a 
serem usados para esclarecer a questão. 
 
Observação. ⇒ No âmbito penal, o conflito ocorre quando uma 
mesma conduta delituosa pode enquadrar-se em diversas 
disposições da lei penal. 
 
 
 
Quadro Resumo Professor Cortez 
 
 
 
 
Princípio do "Ne bis in idem". Negado seu uso. No Brasil ninguém 
responderá duas vezes pelo mesmo fato criminoso. 
 
Sumula 241 STJ ⇒ "A reincidência penal não pode ser considerada 
como circunstância agravante e, simultaneamente, como 
circunstância judicial" 
 
 
Princípio da territorialidade. Aplicação da lei penal é uma manifestação 
de soberania do Estado. Assim, a lei penal só tem aplicação no território 
do Estado que a editou, não importando a nacionalidade do sujeito ativo 
ou passivo. 
 
 Regra. ⇒ Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido no Brasil. 
 
 Território. ⇒ Abrange o aspecto material e jurídico. O material 
compreende o espaço compreende o espaço delimitado pelas 
fronteiras geográficas, mar territorial, espaço aéreo e ilhas 
marítimas. O jurídico abrange todo o espaço em que o Estado exerce 
a sua soberania. 
 
 
 
Estado exerce a sua soberania por extensão 
 
 
 
Embarcações e Aeronaves 
 
 
Aplica-se a lei brasileira 
 
Públicas brasileiras ou a serviço do 
Estado Brasileiro. 
Em qualquer lugar que se 
encontrem. 
 
Particulares brasileiras. 
 
Em alto mar ou território brasileiro. 
 
No exterior aplica-se a lei 
estrangeira. 
 
Públicas estrangeiras. 
 
Nunca. 
 
Particulares estrangeiras 
 
Se encontrarem-se em território 
brasileiro, ressalvada, para o caso 
dos navios apenas a passagem 
inocente. 
 
 
 
Atenção. ⇒ Em alto mar e espaço aéreo correspondente aplica-se a lei do 
país cuja bandeira estiver ostentando (Princípio do Pavilhão ou da 
Bandeira). Alto mar é considerado águas internacionais e não está sob 
jurisdição de nenhum país. 
 
 
Territorialidade absoluta. Dispõe que a lei brasileira aplica-se sempre 
ao crime cometido no território nacional. 
 
 
Territorialidade temperada. Em regra, aplica-se a lei brasileira ao crime 
cometido no Brasil, ressalvado os Tratados e Convenções Internacionais 
que poderá excepcionalmente uma lei estrangeira ser aplicada a delitos 
cometidos total ou parcialmente em território nacional. No Brasil adota-se 
a territorialidade temperada. 
 
 
Princípio da Extraterritorialidade. Foco: Crime praticados fora do 
território brasileiro. 
 
 Incondicionado. ⇒ Crime cometido em qualquer parte do mundo 
haverá processo e julgamento no Brasil, mesmo que o réu não venha 
ao pais. 
 
 Condicionado. ⇒ Algumas condições tem de estar presente para que 
o agente possa sujeitar as leis Brasileiras. 
 
Observação. A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta 
no Brasil. 
 
Atenção. Eficácia da Sentença Estrangeira. ⇒ No Brasil, uma sentença 
criminal estrangeira só terá validade se observados certos requisitos: 
 
 For homologada pelo STJ (anteriormente era pelo STF), que 
determina ou não o seu cumprimento. 
 
 Quando determinar a reparar um dano, a restituir alguma coisa ou 
qualquer outro efeito civil, ou quando determinar uma medida de 
segurança.

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