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Física Moderna II Profa. Márcia de Almeida Rizzutto 2o Semestre de 2014 1 Universidade de São Paulo Instituto de Física Fisica Moderna 2 Aula 1 2 Horário 2a feira 21:00 – 23:00 4a feira 19:00 – 21:00 Ala II Salas: 2a feira 208 5a feira 208 Professora: Márcia A. Rizzutto Sala 114 – Oscar Sala tel. 3091 6939(secretária) e 30917102 e-mail: rizzutto@if.usp.br Monitor: Gabriel – gabriel.marinello.santos@usp.br Fisica Moderna 2 Aula 1 3 •Átomo de Hidrogênio (átomo de um elétron) Equação de Schroedinger independente do tempo Quantização de energia Autovalores, nos quânticos, degenerescência. • Momentos de dipolo magnético; spin; a experiência de Stern-Gerlach • Átomos multieletrônicos Indistinguibilidade e o princípio de Pauli. A teoria de Hartree. Estados fundamentais e a tabela periódica. • Estatística quântica Indistinguibilidade e estatística quântica Funções de distribuição quânticas Exemplos: laser, gás de elétrons livres • Moléculas Ligações iônicas e covalentes Espectros moleculares (rotação, vibração e eletrônicos) • Sólidos Tipos de sólidos Propriedades elétricas Condutores, Isolantes, Semicondutores; a junção p-n • O núcleo atômico Características e propriedades gerais Forças entre nucleons Radioatividade, Fissão, Fusão Reações nucleares Partículas Elementares Aceleradores P ro g ra m a Fisica Moderna 2 Aula 1 4 - Física Quântica, R. Eisberg e R. Resnick, 4a edição, Ed. Campus Ltda., RJ, Brasil, 1986. O livro texto adotado apresenta prós e contras. Os contras dizem respeito a um livro editado originalmente em 1974 que trata alguns assuntos de modo muito extenso, o que prejudica um pouco sua compreensão. Os prós são: vários exemplares disponíveis na Biblioteca do IFUSP; pode ser adquirido em livrarias; é bastante completo, cobrindo toda a matéria dos cursos de Física Moderna 1 e 2; e, finalmente, é disponível em português. Existem também exemplares em inglês na Biblioteca. -Física Moderna, origens clássicas e fundamentos quânticos, F. Caruso e V. Oguri, Ed. Campus, RJ, 2006. -Física Moderna, P. A. Tipler e R. A. Llewellyn, 3a edição, LTC editora, RJ, Brasil, 2001. -Modern Physics Serway, Moses and Moyer -Modern physics, -S.T. Thornton e A. Rex, Thomson Brooks/Cole, USA, Third Edition. L iv ro s T e x to s Fisica Moderna 2 Aula 1 5 Textos adicionais: - The picture book of quantum mechanics, S. Brandt and H.D. Dahmen, Wiley, New York, USA, 1985. Podem também ser consultados, como leitura preliminar, os capítulos sobre física moderna de vários textos de física básica (por exemplo, Física, de P. A. Tipler (3a edição) ou Física, D. Halliday, R. Resnick e K. S. Krane (4a edição). Tenha em mente que a apresentação dos tópicos de física moderna nesses textos é feita em nível bastante introdutório. Leituras recomendadas: - A matéria, uma aventura do espírito, Luís Carlos de Menezes, Editora Livraria da Física, SP, Brasil, 2005; - A parte e o todo, W. Heisenberg, Contraponto Editora Ltda, RJ, Brasil, 1996; - Física Moderna, para iniciados, interessados e aficionados, Vol. 1, Ivan S. Oliveira, Editora Livraria da Física, 2005; - Thirty years that shook physics, G. Gamow, Dover Publications, NY, USA, 1985; - Great experiments in physics: firsthand accounts from Galileo to Einstein, M.H. Shamos, Dover Publ., NY, USA, 1987; - The Great Design: Particles, fields and creation, R. K. Adair, Oxford University Press, NY, USA, 1987; - The force of symmetry, Vincent Icke, Cambridge University Press, Cambridge, UK, 1995. Fisica Moderna 2 Aula 1 M = 0.6 < P> +0.4PF M = P,seP> 6.0(P= p1+ p2+ p3 3 ) ì í ï îï mas.Pi ³ 4.0 0.5 2.08.0 MF EMMF 6 Primeira prova 17 de setembro (8 aulas) Segunda prova 29 de outubro (10 aulas) Terceira prova 26 de novembro (7 aulas) PF 03 de dezembro • Critério: • E = média simples das (n-1) avaliações dos trabalhos (listas de exercícios ou provinhas) onde n é o número total de trabalhos solicitados • M = média das notas em 3 provas (60 %) (P) e uma prova final (PF) com toda matéria (40 %). PF não substitui as provas (P1-P3). A ausência de qualquer Pi deve ser documentado com atestado para permitir a sua realização • Datas das provas: A v a lia ç ã o • Presença: • a presença será monitorada nas provas e nas aulas. caso a aluno não tenha as presenças nas listas e reprovou por nota, também será reprovado por faltas. Fisica Moderna 2 Aula 1 Átomo de Hidrogênio Por que estudá-lo? •Átomo mais simples •E foi objeto de muitos experimentos e mais estudado que qualquer outro Vocês se lembram? •Experimentos realizados mostraram que através do espectro de linha dos átomos podia-se identificar os •elementos químicos •e a composição dos materiais e que cada elemento tinha seus comprimentos de onda característicos A fórmula de Balmer (1885) Se ajusta bem as linhas visíveis do H A fórmula de Rydberg (1888) Rydberg = 1,097373x10-7m-1 O Modelo de Bohr (1913) Começa a realizar mais experimentos do espectro de H e entender melhor como as formulas empíricas descreviam o espectro Publica em artigo “Os constituintes dos átomos e moléculas” Postulados de Bohr •1 e- em um átomo move-se em uma órbita circular em torno do núcleo, sob ação da força coulombiana, de acordo com a mecânica clássica: •Apenas as órbitas com momento angular (n inteiro) formam estados estacionários •Apesar de continuamente acelerado , o e- em uma dessas órbita não irradia •Radiação eletromagnética é emitida quando um e- que se move em uma órbita de energia total E1 faz uma transição (descontínua) para uma órbita de energia Ef . Nesse caso : ,nL fi EEh Raio de Bohr, somente alguns valores de r são permitidos Estados de energia são quantizados. Para o estado mais baixo (n=1) temos E=13,6eV Diâmetro do átomo de H = 2*r ~10-10m. 2 Região do ultravioleta Região do infravermelho Região do visível Sucessos e Falhas no modelo de Bohr (1913) •Modelo de Bohr foi o primeiro passo para entender a estrutura do átomo •No entanto medidas mais precisas exibiram desacordos com o resultados do Modelo de Bohr Massa reduzida O elétron e o núcleo de H rodam entorno de um centro de massa comum que é localizado muito próximo do núcleo Mm Mm e e e M é a massa do núcleo e no caso do H, é a massa do próton. Mudança na constante de Rydberg = 1,096776x10-7m-1 Outras limitações Com o aumento da precisão nos espectrógrafos óticos, observou-se que cada linha (originalmente descritas como simples) eram duas ou mais linhas Limitações do Modelo: •Foi aplicado com sucesso em átomos de elétrons simples (H, He+, Li++, etc.) •Não foi suficiente para dar conta das intensidade e da estrutura fina das linhas espectrais •Este modelo não pode explicar a ligação dos átomos nas moléculas Proposto novo modelo de Sommerfeld •Permitiu explicar algumas aberturas no espectro de linhas •Campos magnéticos externos (Efeito Zeeman) •Campos elétricos externos (Efeito Stark) Aplicados ao átomo afetam o espectro de linhas abrindo e alargando ainda mais os níveis de energia •Equaçãode Schroedinger A função de onda é uma solução da equação de Schroedinger para um dado potencial. É uma equação diferencial, pois a solução é uma função, e de mais de uma variável derivadas parciais. Propriedades desejadas da equação de movimento da MQ: 1. Ser consistente com de Broglie – Einstein; 2. Consistente com E = p2/2m +V (não relativística); 3. Linear em Ψ, de tal forma que, se Ψ1 e Ψ2 são soluções Ψ = c1Ψ1 + c2Ψ2 também é solução (combinação linear). Daí podemos ter interferência. t tx itxtxV x tx m ),( ),(),( ),( 2 2 22 Notem que a função de onda da partícula livre é complexa: tkxitkxtx sencos),( Eq. de Schroedinger dependente do tempo De Broglie: associa propriedades de onda as partículas Em muitos casos estudados , o potencial não depende explicitamente do tempo. A dependência do tempo e posição pode ser separada Várias aplicações em vários modelos de sistemas O potencial degrau II – E> Vo, etc... (poço infinito, finito, barreira de potencial) Equação de Schröedinger para o átomo de H Este será o primeiro sistema que será necessário a complexidade total da Equação de Schroedinger em três dimensões. Para uma boa aproximação para a energia potencial do sistema elétron-próton : é eletrostática: r e rV 0 2 4 )( )( ),,(),,(),,( ),,( 1 2 2 2 2 2 2 22 rVE z zyx y zyx x zyx zyxm O potencial depende somente da distância entre o próton e o elétron ErV )( 2 2 2 Massa reduzida 16 Coordenadas esféricas: (r,,) e 2 2 222 2 2 2 sen 1 sen sen 11 rrr r rr (Ângulo polar) (Ângulo azimutal) Interação Coulombiana entre um elétron e o núcleo de um átomo Forças centrais Átomo de hidrogênio Agora é função das coordenadas r, e f Relações entre coordenadas esféricas (r,,) e cartesianas (x,y,z) 17 Aplicação: Partícula confinada em uma caixa retangular V(x,y,z) = 0, se: – a/2 < x < a/2; – b/2 < y < b/2; – c/2 < z < c/2 ∞ no resto do espaço a xn sen a a xn a xn 2 cos 2 )( lembrando o caso unidimensional com – a/2 < x < a/2 , V = 0 E dx d m 2 22 2 Cuja solução é: cos kx ou sen kx 2 2 mE k Para n impar Para n par 2 222 2 π ma n En Com autovalores de energia 18 Aplicação: Partícula confinada em uma caixa retangular V(x,y,z) = 0, se: – a/2 < x < a/2; – b/2 < y < b/2; – c/2 < z < c/2 ∞ no resto do espaço )()()(),,( 321321 zyxzyx nnnnnn c zn cb yn ba xn a zyxnnn π sen cos2π sen cos2π sen cos2 ),,( 321 321 2 3 2 2 2 1 22 2 π 321 c n b n a n m E nnn o caso tridimensional Os autovalores de energia são dados em termos dos 3 nos quânticos (n1,n2 e n3) cba 19 No caso em que todas as arestas são iguais (a=b=c): 2322212 22 2 π 321 nnn ma E nnn Degenerescência: diferentes estados apresentam a mesma energia Temos aqui as densidades de probabilidades para a partícula dentro da caixa: -Estado fundamental |111| 2 -Primeiro estado excitado |211| 2 e |121| 2 cba cba cba FNC0376 - Fisica Moderna 2 Aula 1 20 Degenerescência: diferentes estados apresentam a mesma energia 2 3 2 2 2 1 22 2 π 321 c n b n a n m E nnn 21 A eq. de Schrödinger em coordenadas esféricas 2 2 222 2 2 2 sen 1 sen sen 11 rrr r rr Podemos, então, escrever a eq. de Schrödinger como: Lembre-se que a dependência temporal é parametrizada por um autovalor da energia, E. E t i EVsenrsensenrrrrr 2 2 222 2 2 2 111 2 ErV )( 2 2 2 22 Este termo só depende de r, Essa igualdade entre funções de variáveis diferentes só pode valer se ambas forem iguais a uma mesma constante, que escolheremos como l. Então: Ao aplicarmos a equação de Schrödinger temos: ),()(),()( ),()(),()( ),( )(1 2 2 2 222 2 2 2 fff f ff YrERYrVRYsenr rRYsensenr rRYrrRrrr ),( 1),(1),(1 ))(( 2)( )( 1 2 2 22 2 2 ff f f YYsenYsensenrVErdrrdRrdrdrR Separação de variáveis l RrVE r dr rdR r dr d R ))(( 2)(1 2 2 2 0),()()( 2),(1),(1 )(),( )( 2 2 2 2 2 2 ff f ff YrRVErYsenYsensenrRYdrrdRrdrd lf f ff 2 2 2 ),(1),(1 ),( 1 Y sen Y sen senY RY r 2x 23 Então: e A nossa hipótese inicial será válida se conseguirmos encontrar soluções para as equações acima, que são ligadas pela constante l. Vamos tratar inicialmente da parte angular. Lembrando : Podemos multiplicar por sen2 e rearranjar: l RrVE r dr rdR r dr d R ))(( 2)(1 2 2 2 lf f ff 2 2 2 ),(1),(1 ),( 1 Y sen Y sen senY flf f f 22 2 ),( ),(),( senY YY sensen 2),( senY 24 Então: E aí podemos fazer a segunda separação de variáveis, uma vez que o lado esquerdo só opera em f e o direito só em . Propomos então uma forma: que, substituída na eq. acima e dividida por , leva a: Posso escrever que: 2 2 21 m d d f Assim, A eq. em f é bem conhecida e tem soluções oscilatórias da forma: , com m positivo ou negativo 25 Parte que depende de f , com m positivo ou negativo ......3,2,1,0m Aí aparece uma diferença fundamental com a partícula na caixa 3D: a variável f é cíclica e se repete após o intervalo [0,2]. 1π2sen2πcos :em implica que o )0()π2( 0)π2( mimee imim Portanto os valores de m ficam restritos, uma vez que m tem que ser inteiro. As autofunções devem ser unívocas . Então, para garantir a unicidade da função de onda, temos que impor uma condição de periodicidade à autofunção: , m só pode ser inteiro, positivoou negativo Temos um novo número quântico m Parte que depende de , Novamente a equação (1) depende de r e a equação (2) depende de , logo podemos escrever uma constante de igualdade entre as duas equações como: l RrVE r dr rdR r dr d R ))(( 2)(1 2 2 2 l )( )(1 )( 1 2 2 sen m d d sen d d sen Parte que depende de r Resolvendo as equações, encontraremos que a equação só tem soluções aceitáveis para certos valores de ml . Usando esses valores de ml na equação também só tem soluções aceitáveis para certos valores de ℓ . Com estes valores de ℓ na equação R(r) encontramos soluções aceitáveis também para certos valore de energia total E (energia quantizada do átomo de H). )1( )2( )()1()( )(1 2 2 ll sen m d d sen d d sen 22 2 2 )1( ))(( 2)(1 r Rll RrVE dr rdR r dr d r )( )(
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