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portfolio - questao 5 e 6

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ATIVIDADE 5 - A
O que são os ativos biológicos?
De acordo com o CPC 29, os ativos biológicos são seres vivos (plantas e animais), que, após o processo de colheita, tornam-se produtos agrícolas, devendo ser aplicada sobre eles uma avaliação de valor justo.
Sendo assim, a transformação em ativo acontece quando a vida do ser vivo passa por um processo de degeneração e chega ao fim. Complementando este tópico, convém ressaltar que os ativos podem ser classificados como consumíveis ou de produção, ou ainda, como maduros ou imaturos.
Os maduros são aqueles biológicos, consumíveis e que estão prontos para a colheita. Os imaturos, por sua vez, sustentam colheitas regulares e são próprios para a produção.
Exemplos
Por exemplo, as árvores que fornecem madeira, enquanto estão na plantação, são consideradas como ativos biológicos. No entanto, no momento em que elas são cortadas, tornam-se produtos agrícolas que poderão passar por um processamento resultando em tora ou madeira serrada.
Outro exemplo é o da cana-de-açúcar, um ativo biológico que, após passar por toda transformação biológica e chegar ao ponto de colheita e, portanto, ser colhida, passará a ser produto agrícola e, após o processamento, torna-se açúcar.
Por fim, é importante destacar que um ativo biológico, para ser considerado como tal, precisa conseguir o reconhecimento de uma entidade controladora, o que acontece quando se verifica que existirão benefícios econômicos futuros para a entidade.
O cálculo de tais benefícios, por sua vez, é feito pela mensuração confiável do valor justo e do custo do ativo, sendo imprescindível considerar a depreciação e o risco de perda.
Além disso, o cálculo também precisa considerar as particularidades de cada região e cultura onde o ativo estiver instalado, já que isso influencia os valores praticados para determinados ativos biológicos o que pode afetar as tomadas de decisões.
Cultura permanente: São culturas de longo ciclo vegetativo, que permitem colheitas sucessivas, sem necessidade de novo plantio, como, por exemplo, café, maçã, pera, uva, manga, laranja etc.
Cultura temporária: São culturas de curta ou média duração, geralmente com ciclo vegetativo inferior a um ano, que após a colheita necessitam de novo plantio para produzir, como, por exemplo: soja, milho, feijão etc. São incluídos nesta categoria o abacaxi, a cana-de-açúcar, a mandioca e a mamona, que apresentam ciclos de colheita muitas vezes superiores a 12 meses.
ATIVIDADE 5 – B
Ativo biológico consumível
Exemplo 1
Exemplo 2
Cultura permanente ou temporária
Exemplo 1
Exemplo 2
ATIVIDADE 5 – C
Planta Portadora
A planta portadora é definida como “uma planta viva que: (a) é utilizada na produção ou no fornecimento de produtos agrícolas; (b) é cultivada para produzir frutos por mais de um período; e (c) tem uma probabilidade remota de ser vendida como produto agrícola, exceto para eventual venda como sucata” (CPC 29, p. 4, 2009). O CFC, por meio da NBC TG 29 (R2) aprovou no dia 6 de novembro de 2015 a revisão da NBC TG 29 (R1) que trata especificamente do ativo biológico e produto agrícola, e inseriu a já citada definição de planta portadora, tornando obrigatório o cumprimento destas mudanças a partir dos exercícios de 1° de janeiro de 2016 (CFC, 2015). A alteração é uma adequação ao IASB que, de acordo com Ernst & Young (2014), emitiu, em 30 de junho de 2014, o Amendment “Agriculture: Bearer Plants” dando uma nova definição à planta portadora.
Com a nova norma, enquadram-se como plantas portadoras os arbustos de chá, as árvores frutíferas, cafeeiro, seringueira, salgueiro, palma, vinhas, entre outros; assim como plantas consumíveis de sistema perene como o bambu e a cana-de-açúcar, por exemplo. Não são enquadradas as culturas anuais como o milho, trigo, soja, e árvores cultivadas para madeira serrada (silvicultura) (ERNST & YOUNG, 2014). No que se refere às plantas portadoras, apesar de defini-la, o CPC 29 (R2) não a aplica a “(b) plantas portadoras relacionadas com a atividade agrícola [...], contudo, este pronunciamento aplica-se ao produto dessas plantas portadoras” (CPC 29, p. 2), ou seja aplica-se à planta perene e ao ativo biológico consumível. Ainda de acordo com o CPC 29 as plantas portadoras serão tratadas de acordo com o CPC 27, conforme consta em seu item 2 (CPC 29, 2009).
Destaca-se que o Pronunciamento Contábil CPC 27 – Imobilizado tem como objetivo “estabelecer o tratamento contábil para ativos imobilizados, de forma que os usuários das demonstrações possam discernir a informação sobre o investimento da entidade em seus ativos imobilizados [...]. (CPC 27; 2009, p. 1). O pronunciamento trata ainda que “um item do ativo imobilizado que seja classificado para reconhecimento como ativo deve ser mensurado pelo seu custo” (CPC 27; 2009, p. 5). Para Ernst & Young “após o amadurecimento das plantas portadoras, as entidades terão uma escolha política para medir plantas portadoras utilizando o modelo de custo ou o modelo de reavaliação” (tradução nossa) ”.
A partir da alteração na forma de classificação e mensuração dos ativos biológicos os mesmos foram divididos em dois grupos: ativos consumíveis e para produção. Os ativos consumíveis são colhidos como produtos agrícolas ou vendidos como ativos biológicos, sendo exemplos “rebanhos de animais mantidos para produção de carne, rebanhos mantidos para venda, produção de peixe, plantação de milho e trigo, produto de planta portadora e árvore para produção de madeira” (CPC 29, 2009, p. 9). Já os ativos biológicos para produção são “rebanhos de animais para produção de leite; árvores frutíferas, das quais é colhido o fruto”
(CPC 29; 2009, p. 10).
Com relação à contabilização de ativos biológicos classificados como plantas portadoras (antes os ativos biológicos considerados como plantações eram contabilizados como culturas permanentes e temporárias). Os lançamentos agora são de duas unidades de contas com diferentes modelos de mensuração devido a divisão da planta e o produto em dois ativos, ficando a apresentação das plantas portadoras no ativo não circulante (ERNST & YOUNG, 2014). As plantas portadoras eram consideradas antes da colheita como uma conta única, sendo contabilizada no ativo circulante ou não circulante. Agora planta e o produto se dividem em dois ativos, plantas portadoras se classificam como ativos não circulantes e o produto agrícola como ativo circulante, dependendo do tempo de amadurecimento (ERNST &
YOUNG, 2014). No Quadro 1 visualiza-se a classificação dada às plantas portadoras, conforme a nova definição.
Quadro 1 – Classificação das plantas portadoras
Planta Portadora- em formação
1 Ativo
1.2 Ativo Não Circulante
1.2.03 Imobilizado
1.2.03.04 Planta Portadora em Formação
1.2.03.05 Planta Portadora Formada
Fonte: Adaptado de Nogueira (2017).
Para Nakao (2017) com a nova classificação as plantas portadoras serão tratadas no Ativo Imobilizado, sendo que no caso da cana-de-açúcar, a soqueira permanece no Imobilizado mensurada ao custo, e o ativo consumível cana-de-açúcar é mensurada a valor justo no ativo biológico. Essas reclassificações, conforme apontado anteriormente, podem trazer mudanças em indicadores econômico-financeiros devido à realocação nos grupos do ativo circulante e ativo não circulante que compõem as contas desses indicadores. Com essa classificação as entidades poderão agora avaliar [se existirem indicadores] se uma planta portadora sofreu perda por desvalorização (impairment) ao final do período, sendo a perda reconhecida (ERNST & YOUNG, 2014).
ATIVIDADE 6 – A
MEIO AMBIENTE
O meio ambiente é um sistema formado por elementos naturais e artificiais relacionados entre si e que são modificados pela ação humana. Trata-se do meio que condiciona a forma de vida da sociedade e que inclui valores naturais, sociais e culturais que existem num determinado local e momento.
No meio ambiente estão tanto coisas que possuem vida, como também aquelas que não possuem vida. E esses podem existir no planeta Terra ou em algum localespecifico dentro dele. E pode causar algum tipo de impacto na vida dos seres humanos e nos demais ecossistemas.
RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS CARBONO
Créditos de carbono são unidades de medida que correspondem, cada uma, a uma tonelada de dióxido de carbono equivalente (t CO2e). Essas medidas servem para calcular a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e seu possível valor de comercialização.
Nações que promovem redução das emissões de gases do efeito estufa recebem uma certificação de redução que contará como créditos de carbono. Esses últimos, por sua vez, podem ser comercializados com os países que não reduziram emissões.
Sendo assim, quanto mais forem reduzidas as emissões em toneladas de CO2 equivalente por um país, maior será a quantidade de créditos de carbono disponível para a comercialização, proporcionalmente.
História
Os créditos de carbono surgiram com o Protocolo de Quioto, acordo internacional que estabeleceu que, entre 2008 e 2012, os países desenvolvidos deveriam reduzir 5,2% (em média) das emissões de gases do efeito estufa em relação aos níveis medidos em 1990.
Apesar da meta de redução ser coletiva, cada país obteve metas individuais mais altas ou mais baixas de acordo com seu estágio de desenvolvimento. Dessa forma, houve permissão para os países em desenvolvimento aumentarem suas emissões. Isso porque o tratado é baseado no princípio de "responsabilidades comuns, mas diferenciadas": a obrigação de reduzir as emissões em países desenvolvidos é maior porque, historicamente, eles são (mais) responsáveis pelas concentrações atuais de gases de efeito estufa emitidas na atmosfera.
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
O que é (definição)
 O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é uma avaliação que deve ocorrer antes da execução de uma grande obra comercial, industrial ou agrícola em áreas (ou próximas delas) de importância ambiental (matas, florestas, rios, nascentes, lagos e etc.). Ele é realizado por especialistas em diversas áreas com conhecimentos em meio ambiente. A obrigatoriedade e resoluções sobre o EIA foram implementados pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) no ano de 1986.
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
Este relatório deve ser detalhado e informar todos os impactos ambientais (poluição, desmatamento, geração de resíduos, riscos de desastre ambiental e etc.) que uma determinada obra poderá causar caso seja executada. Deverá conter também as alternativas e soluções, privilegiando a preservação do meio ambiente.
Importância
Este estudo e seu relatório são de fundamental importância para a preservação do meio ambiente. Com eles, é possível garantir o desenvolvimento sustentável, ou seja, a construção de obras e o desenvolvimento econômico, aliados a preservação ambiental.
ATIVIDADE 6 – B
Bagaço de laranja na alimentação de ruminantes
O resíduo da indústria de suco de laranja, o bagaço, é um alimento com diversos benefícios para a alimentação de animais ruminantes. É um excelente material, rico em energia mas pobre em proteína, pois a proteína contida nele é de baixo valor biológico.
Devido ao seu alto valor energético, pode substituir com vantagem no preço os grãos na alimentação de ruminantes (LIMA, 2001). Diferente dos grãos, por ser um alimento rico em pectina, resulta em maior proporção de ácido acético no rúmen, reduzindo o risco de acidose ruminal (LIMA, 2001). Os alimentos ricos em pectina não permitem a produção de ácido lático no ambiente do rúmen, possuindo uma fermentação favorável a manutenção do pH ruminal (MÜLLER & PRADO, 2005). É um alimento benéfico não só para animais destinados a corte, mas também para vacas leiteiras, pois seus constituintes auxiliam na manutenção da gordura do leite, um atributo muito importante para a indústria, e também o aumento do volume de leite produzido por ser um alimento de alta energia, resultando em ótimos resultados para vacas em lactação (LIMA, 2001).
Bioóleo e etanol de segunda geração
O bioóleo é a transformação da biomassa feita a partir da queima desse material por um método chamado de pirólise rápida, em que ocorre a conversão termoquímica da biomassa, e pode ser utilizado como combustível para a geração de energia termoelétrica, pois atende as especificações de motores, caldeiras, turbinas, etc (RODRIGUES, T., et al., 2011). Além da geração termoelétrica, pode ser usado também como insumo químico para resinas e aditivos, como fungicida, e ainda em estudo para produção de gás para sintetizar e produzir fertilizantes, combustíveis e derivados semelhantes ao do petróleo, mas diferente do petróleo, desta vez por via renovável (COLLARES, 2011).
O bagaço de laranja e a madeira de eucalipto são as melhores alternativas de biomassa para obtenção do bioóleo e do carvão vegetal (COLLARES, 2011).
Dentro dos parâmetros do conceito “Química Verde”, que visa substituir matérias primas tradicionais e não renováveis por derivados de biomassa menos poluentes, como o bioóleo e a geração de etanol (COLLARES, 2011). A tecnologia de geração de etanol 2g (segunda geração) tem por objetivo retirar o açúcar “aprisionado” em estruturas complexas dos vegetais, sendo inicialmente colocada em contato com enzimas do tipo celulase produzidas principalmente por fungos, liberando açúcares que serão fermentados pela levedura Saccharomyces cerevisae e convertido em etanol (EMBRAPA, 2011). O procedimento é diferenciado do etanol de primeira geração, pois as matérias primas utilizadas no etanol de 2ª geração são sólidas e não solúveis, sendo utilizados bagaços, palhas e demais materiais ricos em celulose (EMBRAPA, 2011), pode-se viabilizar a produção de etanol a partir da casca de laranja devido as suas características não diferirem do bagaço de cana de açúcar em relação a quantidade de açúcares redutores (MILLER et al., 2012). A produção de etanol de 2ª geração a partir de subprodutos, bagaços e materiais ricos em celulose, vem a ser uma alternativa a geração de energia renovável no país, energia renovável aproveitando resíduos que precisam de um descarte afim de não gerar poluentes, e complementar a produção de etanol (COLLARES, 2011).
REFERENCIAS
https://www.blbbrasil.com.br/blog/cpc-29/
https://educa.ibge.gov.br/professores/educa-atividades/17666-culturas-temporarias-e-culturas-permanentes.html
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/23825/1/PlantasPortadorasEfeitos.pdf
https://conceito.de/meio-ambiente
https://www.ecycle.com.br/6218-creditos-de-carbono.html
https://www.suapesquisa.com/meio_ambiente/estudo_impacto_ambiental.htm
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/174374/TCC-ROBERT%20DE%20SOUZA%20TEIXEIRA.pdf?sequence=1&isAllowed=y

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