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Aula 04 Português p/ Câmara Municipal - BH (Todos os Cargos - Exceto Redator) Com videoaulas - Pós-Edital Professor: Felipe Luccas 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas AULA 04 ESTRUTURA DO PERÍODO E DA ORAÇÃO: ASPECTOS SINTÁTICOS E SEMÂNTICOS Sumário Sumário ................................................................................................. 1 Noções Introdutórias ................................................................................ 2 Principais Funções Sintáticas ..................................................................... 2 Frase x Oração x Período ........................................................................ 41 Orações coordenadas: ............................................................................ 46 Orações Subordinadas Substantivas ......................................................... 47 Orações subordinadas adjetivas ............................................................... 52 Orações subordinadas adverbiais ............................................................. 57 Orações Reduzidas X Orações Desenvolvidas ............................................. 69 )XQo}HV�GD�SDODYUD�³48(´ ...................................................................... 74 Funções GD�SDODYUD�³6(´ ......................................................................... 80 )XQo}HV�GD�SDODYUD�³&RPR´ .................................................................... 83 Mais questões comentadas ..................................................................... 87 RESUMO ............................................................................................ 100 Lista das questões comentadas ............................................................. 108 Mais questões comentadas ................................................................... 134 Gabaritos ........................................................................................... 142 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas SINTAXE Noções Introdutórias Olá, pessoal! Vamos riscar mais alguns itens desse edital?? A análise sintática é o assunto que consolida as aulas anteriores. Embora de modo indireto, estivemos estudando análise sintática desde o início do curso: em concordância, estudamos sujeitos e os adjuntos adnominais ligados a esses sujeitos; em regência, estudamos a sintaxe verbal, isto é, a necessidade dos verbos terem ou não um complemento (objeto direto e indireto); em conjunções, vimos as orações subordinadas e coordenadas; em preposições vimos adjuntos adnominais e complementos nominais. Por fim, lembramos que as classes gramaticais (assunto de morfologia) não se dissociam das funções sintáticas (assunto de sintaxe).Esses assuntos estão totalmente interligados. Nesta aula, vamos organizar esse conhecimento e focar naquelas funções sintáticas que sua banca mais gosta de explorar. Principais Funções Sintáticas A ordem natural da organização de uma sentença na nossa língua é SuVeCA: Sujeito + Verbo + Complemento (+ Adjuntos) Eu comprei uma bicicleta semana passada Nós gostamos de comer em rodízios &KDPDPRV�WDPEpP�HVVD�VHTXrQFLD�GH�³HVWUXWXUD�GH�EDVH´�GD�RUDomR�� Para começar, apresentamos o exemplo acima, que é uma oração na ordem direta (SuVeCa), pois é mais fácil perceber os componentes da frase (sujeito, verbo, complemento e adjuntos) nessa ordem. Todavia, devo alertá-lo de que, na prática, esses termos são comumente invertidos e entre eles são intercaladas outras estruturas, de modo que, muitas vezes, teremos dificuldade de encontrar cada elemento desses. Deixo aqui a dica para o estudo de toda a língua portuguesa: Sempre tente colocar a sentença na ordem direta e procurar o sujeito de cada verbo. Na análise sintática e na pontuação, essa dica salva vidas! Obs: Uma oração é uma frase que tem verbo! Ah, a ordem direta também cai em concurso de altíssimo nível, veja: 1. (FGV / Auditor Fiscal de Cuiabá / 2016) Assinale a opção que indica a frase que se encontra na ordem direta. D�� ³'DV� FRLVDV� PDLV� PDUFDQWHV� GD� DGROHVFrQFLD�� PLQKD� PHPyULD� WUD]� RV� tempos de estudo e dúvidas sobre o futurR´� E��³'H�IRUPD�FRQWUiULD�jV�SULQFLSDLV�FUtWLFDV�TXH�VH�RXYH�KRMH��PHXV�DQRV�GH� Ensino Médio foram, sim, muito significativos para uma formação dita FLGDGm��H�QmR�Vy�YROWDGD�DRV�YHVWLEXODUHV´� F�� ³+RMH� WUDEDOKDQGR� FRP� HGXFDomR�� WHQKR� SOHQD� FRQVFLrQFLD� GH� que um 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas HQVLQR�LQRYDGRU�SRGH�VXUJLU�D�SDUWLU�GH�SUiWLFDV�FRQVLGHUDGDV�WUDGLFLRQDLV´� G��³XPD�URGD�GH� FRQYHUVD�QD�HVFROD�SRGH�VHU� WmR�RX�PDLV� UHYROXFLRQiULD� TXDQWR�TXDOTXHU�DSOLFDWLYR�HGXFDFLRQDO´� H��³e�GLVVR�TXH�WUDWD�D�HGXFDomR´� Comentários: Na ordem direta, o sujeito tem que ser o primeiro termo. Sabemos que o sujeito não pode ser preposicionado, então podemos descartar as letras A e B, pois as IUDVHV�FRPHoDP�FRP�SUHSRVLomR��³GDV´�H�³de´�. ³+RMH´, na opção C, é advérbio de tempo, então tem função sintática de adjunto adverbial de tempo, que, na ordem direto, deveria vir no fim da oração. Portanto, também está descartada a letra C. Na letra E, o sujeito ³educação´ está no final da frase (³a educação trata disso´�VHULD�D�IUDVH�QD�RUGHP�direta). Resta-nos, dessa forma, a letra D. Mas vamos entender porque esse é o nosso gabarito. Veja: ³[Uma roda de conversa na escola] (sujeito) [pode ser] (locução verbal com VL) [tão ou mais revolucionária quanto qualquer aplicativo] (predicativo do sujeito)´� Obs: O predicativo do sujeito é uma qualidade atribuída ao sujeito, introduzida normalmente por um verbo de ligação. Veja outros exemplos: Ela É bonita. (Ela = sujeito / É = verbo de ligação / bonita = predicativo do sujeito) Eu permaneço focado. (Eu= sujeito /permaneço = verbo de ligação/focado = predicativo do sujeito) Dito isso, vamos ver em detalhes as principais funções sintáticas que os termos de uma oração podem assumir. Sujeito e predicado: Semanticamente, o sujeito é a entidade sobre que se declara algo na oração. O predicado é, via de regra, a declaração feita a respeito do sujeito. Sintaticamente, ele é um termo essencial da oração, que normalmente atrai a concordância do verbo. O sujeito tem um núcleo, que é o termo central, mais importante. Normalmente é um substantivo ou termo de valor substantivo (pronomes, numerais, verbo no infinitivo). Esse núcleo recebe termos que o ³HVSHFLILFDP´��³GHOLPLWDP´��VmR�RV�FKDPDGRV�determinantes (artigos, numerais, pronomes, adjetivos, locuções adjetivas...). Nada disso é exatamente novo, mas vamos ver melhor tais análises nos exemplos. Nas sentenças abaixo, o sujeito está sublinhado e seu núcleo está em negrito. Vejamos: Ex: Douglas é um gênio sem diploma. (sujeito simples, há apenas um núcleo, um substantivo) Ex: Mudaram as estações. (sujeito simples, há DSHQDV�XP�Q~FOHR�³HVWDo}HV´; observe que o sujeito está invertido, isto é, posposto (após) o verbo) 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 142PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Ex: Silvério e Everton são muquiranas generosos. (sujeito composto, há mais de um núcleo, há dois substantivos) Ex: Nós somos capazes de tudo, se trabalharmos. (sujeito simples, há apenas um núcleo, um pronome) Ex: Dois cães ferozes brigaram na padaria. (sujeito simples, há apenas um Q~FOHR��R�VXEVWDQWLYR�µFmHV¶��TXH�tem, por sua vez, dois determinantes: o numeral ³dois´ e o adjetivo ³ferozes´) Ex: Duas de suas amigas foram aprovadas. (sujeito simples, há apenas um núcleo, o numeral ´GXDV´��TXH�UHFHEHX�R�GHWHUPLQDQWH�³GH�VXDV�DPLJDV´��ORFXomR� adjetiva) Ex: Estudar diariamente demanda dedicação. (sujeito simples, tem apenas um Q~FOHR��R�YHUER�³HVWXGDU´��HVVH�é o famoso sujeito oracional) Observe que, em todos os casos, o verbo se flexionou para concordar em número e pessoa com o núcleo do sujeito. O restante da VHQWHQoD�IRL�D�µGHFODUDomR¶�IHLWD�VREUH�R�VXMHLWR, o que chamamos de predicado. Aliás, essa palavra ´SUHGLFDGR´� significa exatamente isto: característica atribuída a um ser; atributo, propriedade. Aprofundaremos essas análises, mais a frente, no estudo de cada função sintática. Voltando ao sujeito, faço um alerta quanto à identificação desse termo: Em situação de prova, podemos encontrar um sujeito muito extenso, carregado de determinantes longos, orações adjetivas, termos intercalados. Então, é LPSRUWDQWH�ORFDOL]DU�R�µQ~FOHR¶�SDUD�HQWmR�FRQIHULU�D�FRQFRUGkQFLD�� Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do operador do direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente² se tudo der certo² serão votadas hoje. 6H�UHWLUDUPRV�D�³JRUGXUD´�H�ORFDOL]DUPRV�R�Q~FOHR desse enorme sujeito, teremos somente: leis serão votadas. Ex: Aquelas dezenove discutíveis leis sobre as quais paira, segundo melhor juízo do operador do direito, suspeita de inconstitucionalidade superveniente supostamente² se tudo der certo² serão votadas hoje. Então, uma boa análise sintática de período começa pelo verbo, pois ele indicará o número e pessoa do sujeito e também sua identidade: o que será votado? As leis. Resumindo: para fazer a análise sintática de um período 1) Localize o verbo 2) Identifique a pessoa (1ª, eu, nós; 2ª, tu, vós; 3ª, ele (a), eles(a)) e o número do verbo (singular/plural) 3) Localize o sujeito (geralmente, o ³TXHP´�GR�YHUER�H�TXH�FRP�HOH�FRQFRUGD�HP� pessoa e número). Passaremos agora o estudo do sujeito e suas diversas formas e classificações. Esse termo é essencial, pois é a função sintática mais cobrada. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Sujeito Determinado: O sujeito determinado é aquele que está identificado, visível no texto, sabemos exatamente quem está praticando (ou recebendo) a ação verbal. Ele pode tomar diversas formas: Ex: Ela fuma. (sujeito simples, um núcleo) Ex: João e Maria fumam (sujeito composto; mais de um núcleo) O sujeito pode aparecer também na forma de uma oração, isto é, o sujeito vai ser uma estrutura com verbo: Ex: Exportar mais é preciso. (sujeito oracional, ³exportar´ é uma oração reduzida de infinitivo, equivalente à forma GHVHQYROYLGD� ³e� SUHFLVR� que se navegue´. O núcleo desse sujeito é o verbo no infinitivo ³([SRUWDU´��Quando o sujeito é oracional, o verbo fica no singular.) Ex: Não é surpresa que ele tenha passado. (aqui, o sujeito é uma oração GHVHQYROYLGD�� FRP�FRQMXQomR� ³TXH´� 5HGX]LQGR�HVVD�RUDomR�� WHUtDPRV�� ³QmR�p� surpresa ele ter passado) Precisamos relembrar aqui R�³VXMHLWR�SDVVLYR´��DTXHOH�TXH�³VRIUH´�D�DomR��HP�YH]� de praticá-la. Ex: João foi raptado por estudantes barbudos. (João é sujeito, mas não pratica a ação, ele sofre a ação de ser raptado.) Ex: Admite-se que o Estado não pode ajudar. (que o Estado não pode ajudar admite-se/é admitido. Observe que nessa oração acima, temos voz passiva (VTD+SE), então o sujeito é oracional E paciente. Sujeito Oculto/Elíptico/Desinencial: O sujeito oculto é determinado, pois podemos identificá-lo facilmente pelo contexto ou pela terminação do verbo. Ex: Encontramos mamãe. (sujeito oculto, elíptico, desinencial [-mos>nós]) 1R�H[HPSOR�DFLPD��VDEHPRV�TXH�R�VXMHLWR�p�³QyV´��PHVPR�TXH�D�SDODYUD�³QyV´� não esteja escrita Ex: É preciso ter cuidado com as plantas. Sem dedicação, não crescem. Da mesma forma, na oração em que ocorre R�YHUER�³FUHVFHP´�QmR�há um sujeito expresso. Contudo, sabemos, pelo contexto, TXH� R� VXMHLWR� p� ³SODQWDV´: sem GHGLFDomR��³DV�SODQWDV´�QmR�FUHVFHP. Ex: Consultei meus advogados. Disseram que sou culpado. 2EVHUYH�TXH�D�RUDomR�³GLVVHUDP�TXH�VRX�FXOSDGR´�QmR�traz um sujeito expresso, PDV�VDEHPRV�TXH�R�VXMHLWR�p�³PHXV�DGYRJDGRV´��SHOR�FRQWH[WR�� Obs: Assim como o sujeito pode aparecer em forma de oração, também é comum que outras funções venham na forma oracional, então teremos: objeto oracional, sujeito oracional, complemento nominal oracional...A análise é a mesma, isso apenas significa que vai haver um verbo naquele termo. Veremos adiante que essas orações têm nome 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas específico. 2. (CONSULPLAN / Téc. Enf. Trab. / CBTU / 2014) Nessa altura, há confusão na av. N. S. de Copacabana, pois ninguém sabe o TXH�VLJQLILFD�³DGHULU�DRV�UHEHOGHV´��$�FRQIXVmR�p�UiSLGD��1mR�Ki�UHEHOGHV�H� todos, rebeldes ou não, aderem, que a natural tendência da humana espécie é aderir. Erguem o general em triunfo. Vejo o bravo general passar em glória sobre minha cabeça. No trecho ³(UJXHP�R�JHQHUDO�HP�WULXQIR�´��o sujeito da ação expressa pelo YHUER�³HUJXHU´ a) é indeterminado. b) está implícito na oração. c) está explícito na oração. d) deve ser classificado como inexistente. Comentários: 2�YHUER� ³HUJXHP´�WHP�XP�VXMHLWR� LPSOtFLWR��TXH�QmR�DSDUHFH�QD�RUDomR��PDV� pode ser recuperado pela desinência verbal, a terminação do verbo (eles). Além GLVVR��SHOR�FRQWH[WR�SRGHPRV�UHFXSHUDU�R�UHIHUHQWH�GHVVH�YHUER��µWRGRV�DGHUHP¶� Então, temos o sujeito oculto, aquele que está implícito, mas pode ser determinado pela desinência ou pelo contexto. Gabarito letra B. Sujeito Indeterminado: Contrariamente ao sujeito determinado, o sujeito indeterminado é aquele que não se pode identificar no período. Não sabemos exatamente quem é o sujeito e não conseguimos inferir do contexto. A indeterminação do sujeito pode ocorrer pelo uso de um verbo na 3ª pessoa do plural, com omissão do agente que pratica a ação verbal; esse é o sujeito favorito dos fofoqueiros (risos), veja só: Ex: Hoje me contaram que você joga futebol muito mal. (quem contou?) Ex: Dizem que ela teve um caso com o chefe. (quem diz?) Ex: Roubaram nosso carro! (quem roubou?) Obs: QmR�FRQIXQGD�VXMHLWR�³LQGHWHUPLQDGR´�FRP�VXMHLWR�³GHVLQHQFLDO´! O sujeito oculto ou desinencial é determinado, pois, mesmo que não esteja escrito ou dito na oração, ele pode ser identificado pela terminação do verbo ou pelo contexto. Com o sujeito indeterminado, isso não acontece, pois o contexto não é suficiente para determinar quem praticou a ação verbal, ou seja, quem é o sujeito. Ex: Aquele banco faliu. Roubaram mais de 20 milhões. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Observe que não está claro quem roubou��$TXL��R�VXMHLWR�HVWi�³LQGHWHUPLQDGR´��Ex: Os ladrões foram presos ontem. Roubaram mais de 20 milhões. Agora, observe que neste caso o sujeito está oculto, porque não apareceescrito. Contudo, sabemos quem é o sujeito que praticou a ação de roubar 20 milhoes, pela GHVLQrQFLD�H�SHOR�FRQWH[WR��R�VXMHLWR�GH� ³5RXEDUDP´�p� o mesmo da oração anterior: ³ODGU}HV´��&HUWR" Indeterminação do sujeito pelo uso da PIS: O sujeito também pode ser indeterminado pelo uso da estrutura: Verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação + SE (partícula de indeterminação do sujeito-PIS). Ex: Desconfia-se de que ela seja violenta. Verbo Trans. Indireto + SE (Quem desconfia? Não se sabe) Ex: Precisa-se de médicos. Verbo Trans. Indireto + SE (Quem precisa? Não se sabe também.) Muitas vezes, o sujeito indeterminado é uma forma de expressar um sujeito universal, algo que todos fazem, de modo não específico. Veja: Ex: Respira-se melhor no campo. Verbo Intransitivo + SE (Em geral, todos respiram melhor no campo.) Ex: Vive-se bem em Campinas. Verbo Intransitivo + SE (Quem Vive? Não está determinado.) Ex: Sempre se fica nervoso durante um assalto. Verbo de Ligação + SE (Em geral, todos ficam nervosos durante um assalto, temos um sujeito indeterminado, um agente universal, genérico, não específico). 'HQWUR� GHVVD� UHJUD�� WHPRV� XPD� H[SUHVVmR� TXH� VLPSOHVPHQWH� µGHVSHQFD¶� HP� prova: ³WUDWDU-se de´ (VTI+SE). Essa expressão, quando tem sentido de assunto/referência, é sempre invariável, indica sujeito indeterminado. Observe os exemplos. Ex: Ela recebeu uma herança estranha: trata-se de duas moedas de cobre. Ex: Não foi por amor que ela veio. Trata-se de interesse. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Ex: Não se trata de quem é mais inteligente. Trata-se de quem persiste mais. Lembramos que o sujeito não deve ter preposição �³GH´��SRU�H[HPSOR� no seu LQtFLR��GHVVD�IRUPD�D�H[SUHVVmR�TXH�YHP�DSyV�³WUDWDU-VH�GH´ jamais poderá ser um sujeito��$OpP�GR�PDLV��D�SUHSRVLomR�³GH´�p��QHVVH�FDVR��H[LJLGD�SHOR�SUóprio YHUER�³WUDWDU´��R�TXH�LQGLFD�TXH�HVVH�p�XP�YHUER�WUDQVLWLYR�INDIRETO. Se o termo não é o sujeito, então não vai fazer o verbo se flexionar. Então, o verbo fica na terceira pessoa do singular. Já se tivermos Verbo Transitivo DIRETO (VTD) + SE, essa estrutura vai indicar voz passiva pronominal. Abodaremos mais a frente o assunto, mas já adiantamos que diante de VTD + SE, o verbo vai se flexionar para concordar com o sujeito (paciente), como na frase abaixo: Ex: Vendem-se casas > casas são vendidas. (verbo no plural, sujeito plural) 3. (CONSULPLAN / Ass. Manutenção / CBTU / 2014) No trecho ³9LYHX-se nesse tempo sob a imposição de atos institucionais, >���@´��percebe-se que o sujeito do verbo ³YLYHU´�está a) oculto. b) explícito. c) implícito. d) indeterminado. Comentários: Verbo instransitivo, de ligação ou transitivo indireto+SE é indicação de sujeito indeterminado. 1D�TXHVWmR��WHPRV�R�YHUER�LQWUDQVLWLYR�³YLYHU´��6(�H�R�VXMHLWR�QmR�p�FRQKHFLGR� (quem viveu?). Então, temos as pistas sintática e semântica que caracterizam o sujeito indeterminado. Gabarito letra D. 4. (CESPE / SEDF / 2017) São duas maneiras de chegar ao mesmo lugar. São duas gramáticas distintas, uma em que a pluralidade é marcada em todos os termos da oração, outra em que o plural aparece marcado apenas no artigo. Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto se o WUHFKR�³6mR�GXDV�JUDPiWLFDV�GLVWLQWDV´� fosse reescrito da seguinte forma: Tratam-se de duas gramáticas diferentes. Comentários: $�H[SUHVVmR�³WUDWDU-se de´�LQGLFD�VXMHLWR�LQGHWHUPLQDGR��97I+SE). Então, o verbo não varia, não vai ao plural: trata-se de duas gramáticas diferentes (não é tratam-se de...). Lembre-se: o verbo apenas varia em número e pessoa para FRQFRUGDU�FRP�R�VXMHLWR��TXDQGR�R�VXMHLWR�p�GHWHUPLQDGR��1R�FDVR�GH�³WUDWD-se GH�GXDV�JUDPiWLFDV´��R�VXMHLWR�p�LQGHWHUPLQDGR��7DPEpP�QmR�FRQIXQGD�HVVH�FDVR� com um caso de voz passiva pronominal, pois esse verbo é transitivo indireto, que não admite transposição para voz passiva. Questão incorreta. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas 5. (IBFC / EMBASA / 2017) O crescimento assustador de casos de febre amarela trata-se de um sério problema e fzeram com que muitas pessoas procurassem os postos de saúde. Julgue o item. 2�YHUER� ³WUDWD-VH´�HVWi� HPSUHJDGR� LQFRUUHWDPHQWH�� SRLV� R� XVR� GR� ³VH´� p� incompatível com a presença do sujeito simples. Comentários: 'D�PDQHLUD�TXH� IRL�HVFULWD�D�RUDomR��SDUHFH�TXH�³FUHVFLPHQWR´�p�R� VXMHLWR� de ³WUDWD-VH�GH´��&RQWXGR�� ³WUDWDU-VH�GH´�p�HVWUXWXUD�GH�³97,�6(´��TXH�FRQILJXUD� ³VXMHLWR�LQGHWHUPLQDGR´��2UD��VH�R�VXMHLWR�p�LQGHWHUPLQDGR��R�³6(´�LQGHWHUPLQDGRU� é incompatível com a presença do sujeito simples utilizado incorretamente na IUDVH�� ³FUHVFLPHQWR´�� (P� VXPD�� VH� Ki� VXMHLWR� VLPSOHV�� QmR� GHYH� KDYHU� ³6(´� indeterminador do sujeito e vice-versa. Questão correta. Indeterminação do sujeito pelo uso do infinitivo impessoal: No caso de indeterminação do sujeito pelo uso de um verbo no infinitivo, por não haver concordância com nenhuma pessoa, a ação verbal é descrita de maneira vaga, sem revelar o agente que pratica a ação. Veja: Ex: Praticar esportes é importante. (o agente é genérico, indefinido; não determinamos quem vai ³SUDWLFDU�HVSRUWHV´) Ex: Instruções: lavar as mãos com álcool... (quem lava? Agente genérico) Se o verbo no infinitivo estiver flexionado, então está fazendo concordância com um sujeito presente na sentença. Nesse caso, não há sujeito indeterminado. Ex: É necessário passarmos por aquele caminho. (Aqui, a flexão do infinitivo ³GHQXQFLD´�R�VXMHLWR�³QyV´��HQWmR��Qesse caso, temos determinação do agente.) Sujeito x Referente: Sujeito é uma função sintática, tem a ver com o papel funcional e estrutural que um termo (substantivo, pronome, etc) desempenha na oração. Referente é um termo semântico, está relacionado à ideia e ao contexto da frase e não necessariamente coincide com a função sintática do termo a quem se refere. Na maior parte dos casos, o sujeito e o referente são iguais. Mas é possível R�YHUER�WHU�XP�³VXMHLWR´�GLIHUHQWH�GR�VHX�³UHIHUHQWH´��Veja: Ex: Os meninos jogam futebol. �³RV��PHQLQRV´�p�R�VXMHLWR�GH�³MRJDU´�H�WDPEpP�R�UHIHUHQWH�GH�MRJDU��SRLV�VmR�RV�PHQLQRV� que jogam). Ex: Vi os meninos que jogam futebol. (Agora, na oração sublinhada, os meninos continuam sendo o referente, pois, 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas semanticamente, são os meninos que jogam. Porém, o sujeito sintático é o pronome ³TXH´��1HVVH�FDVR��UHIHUHQWH�H�VXMHLWR�QmR�FRLQFLGHP�� Ex: A junta de médicos avaliou o candidato. (Nessa RUDomR��R�YHUER�³DYDOLRX´�FRQFRUGD�QR�VLQJXODU�FRP�R�Q~FOHR�GR�VXMHLWR�³MXQWD´�� SRUpP��VHPDQWLFDPHQWH��R�UHIHUHQWH�GD�DomR�p�³PpGLFRV´��SRLV�VmR�RV�PpGLFRV�TXH�GH� fato avaliam). 6. (CESPE/ SEDF/2017) Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que manuais de estilo tinham consultado durante seu aprendizado, a resposta mais comum foi ³QHQKXP´��'LVVHUDP�TXH�HVFUHYHU��SDUD�HOHV��DFRQWHFHX�QDWXUDOPHQWH�� No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir. 2� VXMHLWR� GD� RUDomR� LQLFLDGD� SHOD� IRUPD�YHUEDO� ³'LVVHUDP´� �O���� p� indeterminado. Comentários: Quem disse isso? Ora, foram os escritores. Então, o sujeito está determinado sim! 1HVVD� RUDomR� ³Disseram que escrever, para eles, acoQWHFHX� QDWXUDOPHQWH´� R� sujeito é oculto, já que, embora não conste expresso, isto é, escrito, na oração, podemos recuperá-lo do contexto. Questão incorreta. 7. (CESPE / SEDF / 2017) Um estudo da FGV aponta que 80% dos professores de educação infantil têm nível superior completo. Os dados correspondem ao ano de 2014 e mostram que a formação dos professores das instituições públicas continua melhor. Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue o item que se segue: 1D�OLQKD����R�VXMHLWR�GD�IRUPD�YHUEDO�³PRVWUDP´��TXH�HVWi�HOtSWLFR��WHP�FRPR� UHIHUHQWH�³2V�GDGRV´� Comentários: Vamos observar que há dois verbos na linha 6. [Os dados correspondem ao ano de 2014] e [mostram que a formação dos professores das instituições públicas continua melhor...] 2�SULPHLUR�YHUER��³FRUUHVSRQGHP´��WHP�FRPR�VXMHLWR�³RV�GDGRV´���-i�R�VHJXQGR� YHUER��³PRVWUDP´��não tem um sujeito expresso. O sujeito está elíptico, omitido. No entanto, sabemos que são ³os dados que mostram´, então podemos recuperar R�UHIHUHQWH�GHVVH�YHUER�QR�FRQWH[WR��(VVD�p�R�FDVR�FOiVVLFR�GH�³VXMHLWR�RFXOWR�� HOtSWLFR��GHVLQHQFLDO´��4XHVWmR�FRUUHWD�� 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Oração sem sujeito: A oração sem sujeito pode tomar várias formas, vejamos as principais: Fenômenos da natureza: Ex: Choveu ontem. Ex: Anoiteceu. Verbos ser/estar/fazer/haver/parecer impessoais com sentido de fenômenos naturais, tempo ou estado. Ex: Faz 2 anos que não vou à praia. Ex: Faz frio em Corumbá. Ex: Há tempos são os jovens que adoecem. Ex: Está quente aqui. Ex: Parecia cedo demais. Ex: São 7 horas da manhã, acorde! 1D�RUDomR�³+i�pessoas ruins no mundo´��R�WHUPR�³pessoas ruins no mundo´� p�DSHQDV�³REMHWR�GLUHWR´�GH�³haver´ (verbo impessoal), por isso não há flexão. O objeto direto não faz o verbo se flexionar, isso é papel do sujeito. 3RU� RXWUR� ODGR�� QD� RUDomR� ³H[LVWHP� pessoas ruins no mundo´�� R� WHUPR� ³pessoas ruins no mundo´�p�sujeito GR�YHUER�³H[LVWLU´��YHUER�SHVVRDO��FRP� sujeito), por isso há flexão. Lembre-se de que o verbo haver impessoal (ou outro impessoal que o substitua) YHP�VHPSUH�QR�VLQJXODU�H�³FRQWDPLQD´�RV�YHUERV�DX[LOLDUHV�TXH�IRUPDP�ORFXomR� com ele: Ex: Há mil pessoas aqui. Ex: Deve haver mil pessoas aqui. Ex: Deve fazer 3 anos que não fumo. Ex: Deve ir para 2 meses que não fumo. Então, na locução, o verbo auxiliar também fica em forma de singular! Se o verbo IRU�SHVVRDO��FRPR�³H[LVWLU´��Dt�R�YHUER�DX[LOLDU�VH�IOH[LRQD�QRUPDOPHQWH�� Ex: Existem mil pessoas aqui. Ex: Devem existir mil pessoas aqui. Essa lógica é vista na aula de concordância, mas está estritamente relacionada ao tipo de verbo e à existência ou não do sujeito. Obs: 2UDo}HV�FRPR�³EDVWD�FKHJD�GH�EULJDV!´��³HUD�XPD�YH]�XPD�OLQGD�SULQFHVD´�H�³GyL� muito nas minhas costas��'RXWRU´�WDPEpP�VmR�FODVVLILFDGDV�FRPR�RUDo}HV�VHP�VXMHLWR�� 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas 8. (CONSULPLAN / CFESS / ANALISTA / 2017) $VVLQDOH�D�DOWHUDomR�SDUD�D�IUDVH��³Existe aí um motivo adicional, além do desrespeito ao local coletivo.´� ���� FXMD correção linguística pode ser observada: A) Existe aí motivos adicionais, além do desrespeito ao local coletivo. B) Haveriam aí motivos adicionais, além do desrespeito ao local coletivo. C) Deve haver aí motivos adicionais, além do desrespeito ao local coletivo. D) Devem haver aí motivos adicionais, além do desrespeito ao local coletivo. Comentários: 2� YHUER� ³KDYHU´�� TXDQGR� XVDGR� FRP� VHQWLGR� GH� H[LVWLU�� p� LPSHVVRDO� H� IRUPD� oração sem sujeito. Logo, não se flexiona, permanece invariável, em forma de singular. Se usaGR�HP�XPD� ORFXomR�YHUEDO��VXD�³LPSHVVRDOLGDGH´�FRQWDPLQD�R� verbo auxiliar, fazendo que ele não se flexione também. Então, teremos: a) existem motivos... b) haveria motivos... c) DEVE HAVER motivos (na locução, também não se flexiona) d) DEVE HAVER motivos (na locução, também não se flexiona) Gabarito letra C. 9. (Prefeitura Martinópolis / Professor/2017) Em: ³$LQGD�p�FHGR´��WHPRV�� a) Sujeito simples. b) Sujeito composto. c) Sujeito desinencial. d) Sujeito indeterminado. e) Oração sem sujeito Comentários: 2�YHUER�³VHU´�LQGLFDQGR�WHPSR�RX�IHQ{PHQR�GD�QDWXUH]D�LQGLFD�XPD�RUDomR�VHP� sujeito. Ações da natureza são consideradas espontâneas, sem agente. Gabarito letra E. 10. (CESPE / TRE-PE / 2016) - Adaptada A importância atribuída às bases, no caso do Poder Executivo estadual, decorre do fato de que a sua manutenção significa maiores possibilidades de conquistar uma reeleição. O termo ³$�LPSRUWkQFLD�DWULEXtGD�jV�EDVHV��funciona como sujeito da forma YHUEDO�³GHFRUUH��� Comentários: A banca intercalou um termo adverbial entre o sujeito e o verbo: no caso do 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza ==d120c== Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Poder Executivo estadual. Vamos retirá-lo e ver como fica a frase: A importância atribuída às bases decorre do fato. 2X�VHMD��R�VXMHLWR�GH�³GHFRUUH´�p��GH�IDWR��D�H[SUHVVmR�³D�LPSRUWkQFLD�DWULEXtGD� jV�EDVHV´��VHQGR�³LPSRUWkQFLD´�R�Q~FOHR�GR�VXMHLWR� 11. (ESAF / Ministério do Turismo / Contador / 2014) O torcedor sabe quais seleções vão se enfrentar, e onde serão as partidas da primeira fase da Copa no Brasil. Em ³YmR�VH�HQIUHQWDU´ o ³VH´�indica que o sujeito é indeterminado. Comentários: O sujeito está muito bem GHWHUPLQDGR�� p� ³VHOHo}HV´�� 2� ³VH´� DSHQDV� LQGLFD� reciprocidade. Questão incorreta. 12. (VUNESP/ TJ-SP / Assistente Social Judiciário/ 2017) A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão os milicianos armados com fuzil na Venezuela é a pior de suas ideias ruins. Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas. Caso não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo: vai prolongar-se na criminalidade típica de uma população armada e, em grande parte, indesarmável. Ainda por motivos mais econômicos, os venezuelanos fogem em massa. Seu número cresce. O Brasil está atrasado, como se indiferente, nas providências para essa emergência social. Assinale a alternativa em que o verbo destacado tem sujeito elíptico. a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins. b) ... os venezuelanos fogem em massa c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo... d) Seu número cresce. e) Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas Comentários: Vamos sublinhar o sujeito: a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins. b) ... os venezuelanos fogem em massa c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo... d) Seu número cresce. Na letra E, o sujeito não está presente na oração, mas podemos inferir sua identidade pelo contexto: e) (A decisão) Sugere que Maduro prevê ... Gabarito letra E. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br14 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas 13. (CESPE / TRT-PI / 2016) - Adaptada Sendo um modelo global, a nova racionalidade científica é também um modelo totalitário, na medida em que nega o caráter racional a todas as formas de conhecimento que não se pautarem pelos seus princípios epistemológicos e pelas suas regras metodológicas. O sujeito da forma verbal ³SDXWDUHP´�está elíptico e seu referente é ³WRGDV� DV�IRUPDV�GH�FRQKHFLPHQWR´� Comentários: Lembre-se de que referente é categoria semântica e sujeito é categoria sintática. O sujeito não está elíptico, está expresso��p�R�SURQRPH�UHODWLYR�³TXH´��formas de conhecimento que não se pautarem... Porém, de fato, o verbo refere-se VHPDQWLFDPHQWH� D� ³WRGDV� DV� IRUPDV� GH� FRQKHFLPHQWR´�� H[SUHVVmR� TXH�� HP� termos de sentido, pratica a ação de se pautar. Questão incorreta. 14. (CESPE / TRT-MT / 2016) Nesse cenário, portanto, surge a legítima expectativa de que o eleitor cidadão efetivamente adote uma postura corretiva em relação às irregularidades verificadas no curso do pleito... ... não seria razoável aguardar até o dia da votação para tomar alguma providência contra aqueles que macularam o pleito. O termo ³D�OHJtWLPD�H[SHFWDWLYD´e a oração ³DJXDUGDU�DWp�R�GLD�GD�YRWDomR´ desempenham a mesma função sintática. Comentários: Como padrão, vamos ler a frase na ordem direta: Surge a legítima expectativa > A legítima expectativa surge. Função sintática de sujeito Não seria razoável aguardar o dia > Aguardar o dia não seria razoável. Função sintática de sujeito (oracional) Como se pode observar, as duas expressões tem a mesma função: sujeito do verbo. Questão correta. 15. (CESPE / TRT-MT / 2016) ³1mR�Ki�G~YLGD�GH�TXH�R�YRWR�p�D�PHOKRU�DUPD�GH�TXH�GLVS}H�R�HOHLWRU���´ 2�WHUPR�³G~YLGD´�H[HUFH�D�IXQomR�GH�VXMHLWR�QD�RUDomR�HP�TXH�RFRUUH� Comentários: O verbo ³haver´ é impessoal, não tem sujeito. ³Dúvida´ exerce função de objeto direto do verbo ³haver´. Questão incorreta. 16. (FUNDATEC / IGP-RS / Perito Criminal / 2017) Agora, pensa-se que essa mesma proporção seja inferior a 10%, e a TXHGD�FRQWLQXD��³(VVD�p�D�PHOKRU�QRWtFLD�GR�PXQGR�DWXDO´��GLVVH�-LP�<RQJ� Kim, presidente do Banco Mundial. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Julgue o item a seguir. A frase sublinhada representa o sujeito da forma verbal pensa, a qual se encontra na voz passiva sintética. Comentários: Exatamente. A oração sublinhada p�VXMHLWR�GH�³SHQVD´��&RPR�WHPRV�97'�6(�� temos estrutura de voz passiva sintética ou pronominal: pensa-se que essa mesma proporção seja inferior a 10% pensa-se isto isto pensa-se (voz passiva sintética, com SE apassivador) isto é pensado (voz passiva analítica) Questão correta. 17. (CESPE / TRT-MT/2016) Sabe-se que esse processo de accountability vertical, o controle dos eleitores sobre os eleitos, depende de uma série de fatores... O sujeito da oração iniciada por ³6DEH-se´�p�LQGHWHUPLQDGR. Comentários: Inicialmente identificamos uma conjunção integrante, que introduz orações substantivas, aquelas que podem ser substituídas por [ISTO]. 2�YHUER�³VDEHU´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR��VTD + SE é estrutura clássica da voz passiva sintética. Sabe-se [que esse processo de accountability depende...] O que é sabido? É sabido [que esse processo de accountability depende...] É sabido [ISTO]>>>[ISTO] é sabido. $�SDODYUD� ³LVWR´� WHP� IXQomR� GH� VXMHLWR�� /RJR� R� FRQWH~GR� TXH� D� SDODYUD� ³LVWR´� substitui também terá função de sujeito. A oração iniciada pela conjunção LQWHJUDQWH�³TXH´�WHP�IXQomR�GH�VXMHLWR���/RJR��R�VXMHLWR�QmR�p�LQGHWHUPLQDGR��p� determinado. Questão incorreta. 18. (CESPE / TRT-MT / 2016) ...verifica-se a existência de matas e de estradas rurais em condições ruins ou onde é necessário o uso de barcos para chegar à seção eleitoral. É importante lembrar, ainda, que, quando não havia a urna eletrônica ² facilitadora do voto ², o analfabetismo e os problemas de saúde dos idosos poderiam comprometer a obtenção de um voto corretamente lançado (escrito a caneta) na cédula de papel. Quando, na CF, estabeleceu-se o voto obrigatório para maiores de dezoito anos e facultativo para analfabetos... Os terPRV�³R�XVR�GH�EDUFRV´�H�³R�YRWR�REULJDWyULR´�GHVHPSHQKDP�D�PHVPD� função sintática nas orações em que ocorrem. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Comentários: É necessário o uso de barcos > O uso de barcos é necessário. Sujeito Estabeleceu-se o voto obrigatório > O voto obrigatório foi estabelecido. Sujeito Ambos os termos em destaque exercem função sintática de sujeito, com a distinção de que o segundo sujeito é paciente, numa estrutura de voz passiva sintética (VTD+SE). Questão correta. Objeto direto (OD): Alguns verbos não pedem complemento nenhum, pois costumam ter seu sentido completo em si mesmo. São chamados então de intransitivos: Ex: Joana corre todos os dias. Ex: O tempo passa. Ex: O povo não vive, sobrevive. Os verbos transitivos são aqueles que exigem um complemento. Se o verbo for transitivo direto, seu complemento é direto, sem preposição (Vendi carros). Se for transitivo indireto, seu complemento é indireto, pede uma preposição (Gosto de carros) O objeto direto é o complemento verbal dos verbos transitivos diretos, sem preposição. O verbo se liga ao seu objeto diretamente. Ex: Comprei bombons na promoção. (Comprou o quê? Comprou bombons) Ex: Pedi ajuda logo no início. (Pediu o quê? Pediu ajuda.) O OD também pode ter forma de uma oração: Ex: Pedi que me ajudassem logo no início. (Pediu o quê? Pediu algo. Pediu que o ajudassem. Pediu [ISTO]) Nesse caso, o objeto direto será uma oração subordinada substantiva objetiva direta, ou, em termos mais simples, um objeto direto oracional. Não se preocupe com esse nome, essas orações são estudadas na aula de conectivos e serão detalhadas adiante nesta aula. Objeto Direto Pleonástico: ³Pleonástico´ UHPHWH�D�LGHLD�GH�³UHSHWLGR´��O OD pleonástico é representado por um pronome que retoma um objeto direto já existente na oração, com finalidade de ênfase. Ex: Esta moto, comprei-a na promoção. Ex: Aqueles problemas, já os resolvi. Ex: Que você era capaz, eu já o sabia. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Objeto Direto Interno, Intrínseco, Cognato: São objetos diretos TXH�FRPSDUWLOKDP�R�PHVPR�³FDmpo semântico´�do verbo. O núcleo do objeto vem acompanhado de um determinante. Ex: Eu sempre vivi uma vida de grandes desafios. Ex: Vamos lutar a boa luta e sangrar o sangue guerreiro. Ex: Depois da prova, dormi um sono tranquilo. Ex: Choveu aquela chuvinha leve, uma delícia para estudar. 2EVHUYH�TXH��HP�RXWURV�FRQWH[WRV��³GRUPLU´� ³YLYHU´��³sangraU´�H�³FKRYHU´�VmR� verbos intransitivos, não pedem nenhum objeto. 19. (CONSULPLAN / Administrador / MAPA / 2014) Considerando as funções estabelecidas sintaticamente pelas palavras em determinada oração, identifique o termo ou expressão destacado(a) cuja função sintática DIFERE dos demais. D���³>���@�RXYLQGR�DV�GHOHV�H�FRQVWUXLQGR�a verdade >���@´ E���³>���@�VRFLHGDGH�HP�TXH�H[LVWHP�castassociais inamovíveis�´ F���³3RU�LVVR�o hábito filosófico de raciocinar QDVFH�QD�*UpFLD�>���@´ G���³µConversar¶�QmR�p�R�PHVPR�TXH�RXYLU�VHUP}HV�RX�DWHQGHU�D�YR]HV�GH� FRPDQGR�´ Comentários: 2�WHUPR�µD�YHUGDGH¶�p�REMHWR�GLUHWR�GH�³FRQVWUXLU´��2V�GHPDLV�WHUPRV�VXEOLQKDGRV� H[HUFHP�IXQomR�GH�VXMHLWR�GRV�YHUERV�µH[LVWHP¶��µQDVFH¶�H�µp¶�� Gabarito letra A. 20. (CONSULPLAN / Téc. Info. / Pref. Cascavel-PR / 2016) Assinale a alternativa em que o termo, ou trecho sublinhado, apresenta uma função sintática DIFERENTE das demais. D��³����HODV�WrP�valores fortes����´ E��³����H�TXH�JDUDQWDP�os seus direitos�´ F��³$�HVFROD�SHUGHX�sua importância QD�VRFLDOL]DomR�GH�FULDQoDV�H�MRYHQV"´ G��³(��PHVPR�DVVLP��WrP�VLGR�as famílias a instituição protetora dos mais QRYRV�´ H�� ³���� DV� LGHRORJLDV� VRFLRFXOWXUDLV� GD� MXYHQWXGH�� GR� VXFHVVR� H� GD� instantaneidade ganharam grande relevância����´ Comentários: D��³����HODV�WrP�valores fortes����´ �WrP�DOJR��REMHWR�GLUHWR�GH�³WrP´� E�� ³���� H� TXH� JDUDQWDP� os seus direitos�´ (garantam algo; objeto direto de ³JDUDQWDP´� F�� ³$� HVFROD� SHUGHX� sua importância QD� VRFLDOL]DomR� GH� FULDQoDV� H� MRYHQV"´ �SHUGHX�DOJR��REMHWR�GLUHWR�GH�³SHUGHX´� 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas H��³����DV�LGHRORJLDV�VRFLRFXOWXUDLV�GD�MXYHQWXGH��GR�VXFHVVR�H�GD�LQVWDQWDQHLGDGH� ganharam grande relevância����´ �JDQKDUDP�DOJR��REMHWR�GLUHWR�GH�³JDQKDUDP´� Os termos sublinhados são todos complementos verbais. Já em em: têm sido as famílias a institXLomR� SURWHWRUD� GRV� PDLV� QRYRV�� ³DV� IDPtOLDV´� p� VXMHLWR� GH� ³WrP´�� FRQIRUPH�SHUFHEHPRV�SHOR� DFHQWR� GLIHUHQFLDO� GH� número plural: as famílias têm sido a instituição... Gabarito letra D. 21. (ESAF / Analista de Planejamento e Orçamento / 2015) A escala dos ataques a cristãos no Oriente Médio, na África Subsaariana, na Ásia e na América Latina alarmou as organizações que monitoram a perseguição religiosa. A maioria relata uma deterioração significativa nos últimos anos. No que diz respeito às estruturas linguísticas do texto, julgue o item: 1D�H[SUHVVmR�³XPD�GHWHULRUDomR�VLJQLILFDWLYD���³GHWHULRUDomR��p�R�Q~FOHR�GR� objeto direto. Comentários: A maioria relata algo. Relata ³uma deterioração significativa". O termo ³GHWHULRUDomR´�p�R núcleo do objeto direto, pois é o termo central, que recebe os GHWHUPLQDQWHV�³XPD´��DUWLJR��H�³VLJQLILFDWLYD´��DGMHWLYR���4XHVWmR�FRUUHWD�� 22. (CESPE / Instituto Rio Branco / 2012) No período ³Que Demócrito não risse, eu o provo´�� o verbo provar complementa-se com uma estrutura em forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente para um pronome. Comentários: Organizando, temos: eu provo [que Demócrito risse] eu provo [isto] > eu o provo Então, percebemos que o objeto de ³SURYR´�HVWi�QD�IRUPD�GH�XPD�RUDoão, e o SURQRPH� ³R´� UHWRPD�HVVD�RUDomR��GH� IRUPD�TXH� WHPRV�D� UHSHWLomR�GR�REMHWR�� Portanto, temos um objeto pleonástico. Questão correta. Objeto indireto: É complemento verbal dos verbos transitivos indiretos. O verbo se liga ao seu objeto indiretamente, por via de uma preposição. Ex: Não dependa de ninguém para estudar. (Quem depende, depende de algo/alguém). Ex: Aludi ao episódio do acidente. (Quem alude, alude A algo/alguém). Ex: Concordo com você. (Quem concorda COM algo/alguém). O objeto indireto também pode ter forma de uma oração (oração subordinada 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas substantiva objetiva indireta): Ex: Nenhum gato gosta de que puxem seu rabo. (oração desenvolvida) Ex: Não gosto de dormir tarde. (oração reduzida) O objeto indireto também pode vir em forma pleonástica (repetida) ([��³Às violetas, não lhes SRXSHL�iJXD´�� Ex: Aos meus amigos, dou-lhes tudo que posso. 23. (FCC / TRF 3ª REGIÃO / Analista / 2016) As orações "de atacar os outros" (Não tive tempo de me defender ou de atacar os outros) e "de defender a tradição" (Não se trata de defender a tradição, família ou propriedade de ninguém) servem de complemento ao sentido do verbo a que se referem. Comentários: 2�YHUER�³WUDWDU�GH´�p� WUDQVLWLYR� LQGLUHWR��HQWmR�³GHIHQGHU�D� WUDGLomR´�p�REMHWR� LQGLUHWR�GHVVH�YHUER��$�H[SUHVVmR�³GH�DWDFDU�RV�RXWURV´�QmR�se refere a verbo, se UHIHUH�DR�QRPH�³WHPSR´��4XHVWmR�LQFRUUHWD�� Objeto direto preposicionado Há casos na língua em que o verbo não pede preposição, mas ela é inserida no complemento direto por motivo de clareza ou ênfase. Há situações, porém, em que o objeto direto deverá ser acompanhado de uma preposição obrigatória. Normalmente, o uso dessa função está ligado a ênfase, eufonia ou clareza. Vejamos os casos mais relevantes para os concursos: Casos obrigatórios: 9 Quando o objeto direto for um pronome oblíquo tônico ou ³TXHP´. Ex: Vendemos a nós mesmos. (vender é VTD, mas o complemento ³QyV´, um pronome oblíquo tônico�� QHVVH� FDVR�� D� SUHSRVLomR� ³D´�� p� REULJDWyULD� Ex: Encontrou o funcionário a quem tinha demitido. (demitir é VTD, mas o complemento ³TXHP´ pede essa preposição.) 9 Quando o objeto direto for verbo no infinitivo. Ex: Tentaram me ensinar a surfar, mas nem aprendi a nadar. (³6XUIDU´�p�REMHWR� GLUHWR�GH�³HQVLQDU´��³QDGDU´�p�R�REMHWR�GLUHWR�GR�YHUER�³DSUHQGL´�H��SRU�HVWDU�QR� infinitivo, a preposição também é obrigatória) 9 Quando houver dupla possibilidade de referente, ou seja, ambiguidade: Ex: A onça ao caçador surpreendeu./ À onça o caçador surpreendeu. (se retirarmos a preposição, tertDPRV� ³D�RQoD�R� FDoDGRU� VXUSUHHQGHX´�H�YRFr� poderia se perguntar quem surpreendeu quem, já que haveria ambiguidade na 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza d Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas frase.) 9 Quando o objeto indicar reciprocidade: Ex: O menino e a menina ofenderam-se uns aos outros. Casos facultativos: Em casos facultativos, a preposição acompanhando o objeto direto geralmente aparece por ênfase ou tradição. 9 Quando o objeto direto for a palavra ³DPERV´ Ex: Contratei a ambos para minha empresa. (contratar é VTD) 9 Com alguns pronomes indefinidos, sobretudo referentes a pessoas: Ex: ³Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a outros?´ Ex: ³A quantos a vida ilude!´ Ex: "A estupefação imobilizou a todos." Ex: "A tudo e a todos eu culpo." Ex: "Como fosse acanhado, não interrogou a ninguém." 9 Quando o OD for um nome próprio. Ex: Busquei a Maria no aeroporto. 9 Quando houver reforço ou exaltação de um sentimento (normalmente com nomes próprios ou por eufonia): Ex: Ele ama a Deus e não teme a Maomé. Ex: Judas traiu a Cristo. Ex: Fizeram sorrir, sem dificuldade, a Tamires. 9 Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto direto para dar- lhe realce: Ex: A você é que não enganam! Há implicações semânticas no uso do OD preposicionado: Ex: Comi o pão (comi o pão todo) X Comi do pão (comi parte do pão) Ex: Cumpri o dever X Cumpri com o dever (ênfase) Outros exemplos importantes: fazer com que ele estude, puxar da faca, arrancar da espada, sacar do revólver, pedir por socorro, pegar pelo braço, cumprir com R�GHYHU«� Objeto direto preposicionado partitivo: beber do vinho, comer do bolo, dar do leite.. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza1 Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Obs 1: na passagem para a voz passiva, a preposição desaparece: Ex: Cumpri com o dever> O dever foi cumprido (por mim). Obs 2: A substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono, se posstYHO��GHYH�VHU�IHLWD�FRP�SURQRPH�³R´��³D´��³RV´��³DV´��QmR�VH�ID]�FRP�±³OKH´�� amar a Deus -> amá-lo; convencer ao amigo -> convencê-lo. 24. (CESPE/ TCE-PA/2016) Julgue correto ou incorreto o item que se segue, referente aos aspectos linguísticos do texto. Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, no trecho ³Vy� os tolos temem a ORELVRPHP�H� IHLWLFHLUDV´� �� D�SUHSRVLomR� ³a´�SRGHULD� VHU� suprimida. Comentários: 2� YHUER� ³WHPHU´� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR�� QmR� H[LJH� SUHSRVLomR, portanto seu complemento verbal será um objeto direto.Todavia, existe uma preposiçmR��³D´�� entre o verbo e seu objeto. $�SUHSRVLomR� ³D´� XWLOL]DGD�QR� Wrecho introduz um objeto direto preposicionado, para reforço ou exaltação de um sentimento. Trata-se do mesmo cDVR�GH�³DPDU�D�'HXV´� Portanto, a preposição, por não ser obrigatória pela regência do verbo, poderia ser suprimida. Questão correta. 25. (CESPE / TRE-GO/2015) ...desde que atendessem aos requisitos de notável saber jurídico e idoneidade moral... Com referência às estruturas linguísticas do texto, julgue o item a seguir. Se a preposição ³a´� SUHVHQWH�QD�FRQWUDomR�³aRV´, fosse suprimida, a função sintática da expressão ³UHTXLVLWRV� GH� QRWiYHO� VDEHU� MXUtGLFR� H� LGRQHLGDGH� PRUDO´ seria alterada, mas a correção gramatical do texto seria mantida. Comentários: O verbo ³atender´, no sentido de ³tomar em consideração, considerar, levar em conta, ter em vista, deferir´, pode ser VTD ou VTI. Com a supressão da preposição em ³DRV�UHTXLVLWRV´��o que era objeto indireto passa a ser objeto direto. Então, a função sintática de fato muda, mas não há prejuízo à correção gramatical. A banca não perguntou sobre o sentido, mas também não houve alteração semântica. Questão correta. 26. (CESPE /TRT-MT / 2016) Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza 2 Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas morais que impõem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais... Não há dúvida de que o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor... Os verbos impor e dispor, empregados, respectivamente, nas linhas, recebem a mesma classificação no que se refere à transitividade. Comentários: Nós classificamos os verbos quanto à transitividade de acordo com o complemento verbal que eles pedem naquele contexto. Se o verbo demandou complemento com preposição, temos um Objeto Indireto; se demanda complemento sem preposição, temos um objeto Direto. Mas não confunda: no objeto direto preposicionado, a preposição, mesmo quando obrigatória, é exigência do complemento, não do verbo. ...o voto é a melhor arma de que dispõe o eleitor...> Quem dispõe, dispõe de alguma coisa > o eleitor dispõe da melhor arma > OI, VTI. ...os preceitos morais que impõem a necessidade...> Quem impõe, impõe alguma coisa > A necessidade é complemento sem preposição> OD, VTD. Impor é VTD. Dispor é VTI. Esses verbos não têm a mesma classificação. Questão incorreta. Complemento Nominal: É complemento de um nome que possua transitividade (substantivo, adjetivo ou advérbio), com preposição. Parece um objeto indireto, com a diferença de que não completa o sentido de um verbo, mas sim de um nome. Ex: Não tenha dependência de ninguém para estudar. (Dependência é um substantivo com transitividade. Quem tem dependência, tem dependência de algo/alguém). Ex: João era dependente de café (Dependente é um adjetivo e pede um complemento, preposicionado. Dependente de quê? DE café) Ex: O juiz decidiu favoravelmente ao autor (Favoravelmente é um advérbio. O Juiz decide favoravelmente a quem/quê? AO autor) O complemento nominal (CN) também pode ter forma de uma oração: Ex: O cão sentia falta de que brincassem com ele. Ex: O cão sentia falta de brincar. (Aqui, a oração está reduzida de infinitivo) Ex: João tinha consciência de que precisava passar. Ex: João tinha consciência de precisar passar. (Aqui, a oração está reduzida de infinitivo) Adjunto adnominal Termo que acompanha substantivos concretos e abstratos para atribuir-lhes características, qualidade ou estado. Os adjuntos adnominais têm função adjetiva, ou seja, modificam termo substantivo. Funcionam como adjetivos. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza 0 Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Ex: Os três carros populares do meu pai foram carregados pela chuva. Núcleo Os termos destacados são adjuntos adnominais, pois ficam junto ao nome ³carros´ e atribuem a ele características como quantidade, qualidade, posse. Observe que esses termos não foram exigidos pelo nome ³FDUURV´�� PDV� VLP� acrescentados por quem fala ou escreve. ATENÇÃO! Adjunto adnominal X Complemento Nominal Esse tema é queridinho de qualquer banca. Vamos entender isso de uma vez por todas! Na verdade, esses dois termos são bem diferentes. Há um único caso em que ficam parecidos e geram muita dúvida, mas é esse caso que cai em prova rs... Diferenças: 9 O complemento nominal se liga a substantivos abstratos, adjetivos e advérbios. O adjunto adnominal só se liga a substantivos. Então, se o termo preposicionado se ligar a um adjetivo ou advérbio, não há dúvida, é complemento nominal. 9 O complemento nominal é necessariamente preposicionado, o adjunto pode ser ou não. Então, se não tiver preposição, não há como ser CN e vai ter que ser Adjunto. 9 O Complemento Nominal se liga a substantivos abstratos (sentimento; ação; qualidade; estado e conceito). O adjunto adnominal se liga a nomes concretos e abstratos. Então, se o nome for um substantivo concreto, vai ter que ser adjunto e será impossível ser CN. 9 Se for substantivo abstrato e a preposição for qualquer uma que não seja ³GH´��normalmente será CN��6H�D�SUHSRVLomR�IRU�³GH´��WHUHPRV� que analisar os outros aspectos. Semelhanças: Essas duas funções sintáticas, CN e AA, só ficam parecidas em um caso: VXEVWDQWLYR� DEVWUDWR� FRP� WHUPR� SUHSRVLFLRQDGR� �³GH´�. Nesse caso, teremos que ver alguns critérios de distinção. 8 O termo preposicionado tem sentido agente: adjunto adnominal. 8 O termo preposicionado pode ser substituído por uma palavra única, um adjetivo: adjunto adnominal. 9 O termo preposicionado tem sentido paciente, de alvo: Complemento Nominal. 9 O termo preposicionado pode ser visto como um complemento verbal se aquele nome for transformado numa ação: Complemento Nominal. Isso 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza c Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas RFRUUH�SRUTXH�R�FRPSOHPHQWR�QRPLQDO�p�³FRPR�VH�IRVVH´�R�REMHWR�LQGLUHWR� de um nome. Vamos analisar os termos sublinhados e aplicar essa teoria: As duas meninas de branco sorriram com medo de mim. ³As´� H� ³GXDV´� VH� OLJDP� D� VXEVWDQWLYR� FRQFUHWR� H� QmR� VmR� SUHSRVLFLRQDGRV�� $GMXQWR��³GH�EUDQFR´�p�WHUPR�SUHSRVLFLRQDGR��PDV�VH�OLJD�D�VXEVWDQWLYR�FRQFUHWR�� então não pode ser CN,é adjunto também. ³Medo´ é substantivo abstrato, indica VHQWLPHQWR��$�UHODomR�p�SDFLHQWH��SRLV�³PLP´�QmR�p�TXHP�HVWi�FRP�PHGR��PDV�R� objeto do medo. Portanto, temos um complemento nominal. O abuso de remédios é prejudicial à saúde da mulher. ³GH�UHPpGLRV´�VH� OLJD�D�substantivo abstrato (³abuso´). Por isso, não pode ser DGMXQWR�� p� FRPSOHPHQWR�QRPLQDO�� � ³j� VD~GH´�p� WHUPR�SUHSRVLFLRQDGR� OLJDGR�D� adjetivo (³prejudicial´). Se o termo é ligado a adjetivo ou advérbio, não há dúvida, é complemento nominal. Para confirmar isso, observe que o sentido é passivo, pois ³a saúde é prejudicada. Já ³GD�PXOKHU´�VH� OLJD�DR�VXEVWDQWLYR� ³VD~GH´��TXH�p�DEVWUDWR e indica estado. A mulher é agente, tem a saúde; então, temos um adjunto adnominal. Para confirmar isso, poderíamos substituir a ORFXomR�³GD�PXOKHU´�Selo adjetivo ³IHPLQLQD´��PDQWHQGR�H[DWDPHQWH�R�PHVPR� sentido e função sintática. As pessoas da família nem sempre são favoráveis ao trabalho dos filhos. ³GD�IDPtOLD´�VH�OLJD�DR�VXEVWDQWLYR�FRQFUHWR�³pessoas´, então só pode ser adjunto adnominal; ³DR�WUDEDOKR´�p�WHUPR�SUHSRVLFLRQDGR�OLJDGR�DR�DGMHWLYR�³IDYRUiYHLV´�� Se está ligado a adjetivo ou advérbio, só pode ser Complemento Nominal. 2EVHUYH� WDPEpP� TXH� VH� WUDQVIRUPDUPRV� ³IDYRUiYHO´� HP� YHUER�� WHUHPRV� XP� complemento verbal: favorecer o trabalho. Essa necessidade de complementação também é pista para o sentido do complemento nominal. Além disso, observe o papel de alvo dH�³IDYRUiYHO´��VHQWLGR�SDFLHQWH��RXWUD�FDUDFWHUtVWLFD�GR�&1��³GRV� ILOKRV´� p� WHUPR�SUHSRVLFLRQDGR� OLJDGR� D� VXEVWDQWLYR� abstrato, trabalho (ação). Então, poderia ser CN ou Adjunto. Tiramos a dúvida pelo teste do agente/paciente: os filhos trabalham, têm o trabalho, são agentes. Além disso, há sentido de posse. Trata-se, portanto, de adjunto adnominal. Pessoal, sempre tente ³matar´ a função sintática dos termos pelas diferenças. Se IRU�FDVR�GH�VXEVWDQWLYR�DEVWUDWR�OLJDGR�D�WHUPR�SUHSRVLFLRQDGR��³GH´���Dt�WHQWH ver se é possível substituir perfeitamente por um adjetivo. Se ficar a dúvida, veja se o sentido do termo preposicionado é agente ou paciente. Esse deve ser o último critério. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Adjunto Adnominal x Complemento Nominal Substituível por adjetivo perfeitamente equivalente Não pode ser substituído por um adjetivo perfeitamente equivalente Substantivo Concreto. Também pode ser Abstrato com sentido ativo, de posse, ou pertinência. Se for concreto, só pode ser adjunto. Só complementa Substantivo Abstrato (Sentimento; ação; qualidade; estado e conceito). Só modifica substantivo: Então, termo preposicionado ligado a adjetivo e advérbio nunca será adjunto adnominal. Refere-se a advérbio, adjetivos e substantivo abstratos. Então, termo preposicionado ligado a adjetivo e advérbio só pode ser Complemento Nominal. Nem sempre preposicionado. Qualquer preposição, inclusive de pode indicar adjunto adnominal. Sempre preposicionado. Quando o termo é ligado a substantivo abstrato e a SUHSRVLomR� GLIHUHQWH� GH� ³GH´�� normalmente temos CN. 27. (Instituto Excelência / Procurador Jurídico/2017) Considere o seguinte período e julgue o item em certo ou errado: ³'L]�TXH�VHXV�ILOKRV�pequenos se assustaram, mas depois foram brincar nos galhos tombados´� 1HVVD�FRQVWUXomR��RV�DGMHWLYRV�³SHTXHQRV´�H�³WRPEDGRV´�H[HUFHP�D�IXnção de Adjunto adnominal. Comentários: O adjunto adnominal vem ligado (junto) ao substantivo, modificando-o, atribuindo-lhe alguma característica: Filhos pequenos e Galhos tombados. A propósito, o adjetivo só exerce duas funções sintáticas: adjunto adnominal e predicativo. Questão correta. 28. (FGV /Auditor Fiscal de Cuiabá / 2016) Assinale a opção que indica a frase em que a preposição de tem sua presença na frase por uma exigência de um termo anterior. D��³PLQKD�PHPyULD�WUD]�RV�WHPSRV�de HVWXGR´ E��³PHXV�DQRV�de (QVLQR�0pGLR�IRUDP��VLP��PXLWR�VLJQLILFDWLYRV´� F��³WHQKR�SOHQD�FRQVFLrQFLD�de TXH�XP�HQVLQR�LQRYDGRU�SRGH�VXUJLU´� G��³XPD�URGa de FRQYHUVD�QD�HVFROD´ H��³QRV�SHUPLWH�HQWUDU�HP�FRQWDWR�de IRUPD�VLVWHPiWLFD´� Comentários: $�EDQFD�IDOD�GH�³H[LJrQFLD�GH�XP�WHUPR�DQWHULRU´��,VVR�p�SLVWD�SDUD�um OI ou um CN. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas D��³PLQKD�PHPyULD�WUD]�RV�WHPSRV�de HVWXGR´ ³Tempos´ p�VXEVWDQWLYR�FRQFUHWR��$OpP�GLVVR��D�H[SUHVVmR�SUHSRVLFLRQDGD�³GH� HVWXGR´�DWULEXL�XPD�TXDOLGDGH��XPD�HVSHFLILFDomR�DRV�³WHPSRV´��2�QRPH�³tempo´ não exige essa preposição. Temos um adjunto adnominal. E��³PHXV�DQRV�de Ensino Médio foram, sim, muito signLILFDWLYRV´� ³Anos´ p� VXEVWDQWLYR� FRQFUHWR�� $OpP� GLVVR�� D� H[SUHVVmR� SUHSRVLFLRQDGD� ³GH� HQVLQR� PpGLR´� DWULEXL� XPD� TXDOLGDGH�� XPD� HVSHFLILFDomR� DRV� ³DQRV´�� 2� QRPH� ³DQRV´ não exige essa preposição. Temos um adjunto adnominal. F��³WHQKR�SOHQD�FRQVFLrQFLD�de TXH�XP�HQVLQR�LQRYDGRU�SRGH�VXUJLU´� ³Consciência´ é substantivo abstrato, é um sentimento, é um nome com transitividade. Quem tem consciência, tem consciência de alguma coisa. O termo preposicionado é exigência do nome ³FRQVFLrQFLD´, para completar o sentido dele. Caso você tenha G~YLGD��YHMD�WDPEpP�TXH�R�WHUPR�SUHSRVLFLRQDGR��D�RUDomR�³de TXH�XP�HQVLQR�LQRYDGRU�SRGH�VXUJLU´�p�DTXLOR�GH�TXH�VH�WHP�FRQVFLrQFLD��p�DTXLOR� que é sabido, ou seja, tem valor paciente. G��³XPD�URGD�de FRQYHUVD�QD�HVFROD´ ³Roda´ p�VXEVWDQWLYR�FRQFUHWR��³GH�FRQYHUVD´�QmR�p�XP�FRPSOHPHQWR�REULJDWyULR� GH�³URGD´�DSHQDV�XPD�DGMHWLYDomR��7HPRV�XP�DGMXQWR�DGQRPLQDO� H��³QRV�SHUPLWH�HQWUDU�HP�FRQWDWR�de IRUPD�VLVWHPiWLFD´� O termo SUHSRVLFLRQDGR�³GH�IRUPD�VLVWHPiWLFD´�poderia ser substituído por um DGMHWLYR�� VLVWHPDWLFDPHQWH�� $SHQDV� TXDOLILFD� R� VXEVWDQWLYR� ³FRQWDWR´�� p� XP� adjunto adnominal. Gabarito letra C. 29. (FGV /DPE-MT/Assistente Administrativo/2015) Horóscopo do signo de Virgem, do dia 01 de fevereiro de 2015. ³3URFXUH�DJUHJDU�DOLDGRV�FRP�LQWHUHVVHV�VHPHOKDQWHV�aos seus, invista em parcerias corretas. Mercúrio segue retrógrado em Aquário: você ganha maisse unir forças e trabalhar em equipe. Continue com atenção redobrada ao se comunicar. Bom período para ouvir opiniões diferentes, repensar assuntos e se abrir para novos pontos de vista. Bom, também, para revisar HTXLSDPHQWRV�HOHWU{QLFRV�´ Assinale a opção que indica o termo sublinhado que exerce a função de complemento e não de adjunto. D��³DRV�VHXV´ E��³HP�$TXiULR´ F��³PDLV´ G��³HP�HTXLSH´ H��³GLIHUHQWHV´ 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Comentários: 9DPRV� IRFDU� QR� &RPSOHPHQWR� 1RPLQDO�� ³6HPHOKDQWH´� p� DGMHWLYR� H� SHGH� XP� complemento. Como vimos, termos preposicionados ligados a adjetivo são complementos nominais, não podem ser adjuntos, pois esses se ligam a substantivo. Na letra B, ³HP�DTXiULR´�p�circunstância de lugar vinculada ao verbo GH� OLJDomR� ³VHJXLU´�� TXH� WHP� VHQWLGR� GH� SHUPDQHFHU�� ³0DLV´� p� DGYpUELR� GH� intensidade ligado ao verbo ganhar, tem função de adjunto adverbial. ³'LIHUHQWHV´�p�DGMHWLYR� OLJDGR�D� ³RSLQL}HV´�� p�DGMXQWR�DGQRPLQDO�� ³HP�HTXLSH´� também traz circunstância ao verbo trabalhar, é adjunto adverbial. Gabarito: letra A. 30. (FCC /TÉC. CNMP / 2015) ...Na América Latina, o regime democrático sabidamenteconvive com níveis infamantes de desigualdade social... O elemento sublinhado acima possui, no contexto, a mesma função sintática que o sublinhado em: a) Mesmo democracias que no início pareciam débeis... b) ... sendo muito mais causa que consequência da redução das desigualdades sociais. c) ... certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte... d) ... foram se robustecendo à medida que ascendiam a níveis mais altos de renda per capita... e) ... que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma... Comentários: Primeiro temos que saber qual é a função do elemento destacado. Quem convive, convive com algo/alguém. A H[SUHVVmR�³com níveis infamantes de desigualdade social´�é um objeto indireto. Agora, vejamos as alternativas da questão: a) Mesmo democracias que no início pareciam débeis... �³QR�LQtFLR´�DSUHVHQWD�FLUFXQVWkQFLD�GH�WHPSR��p�XP�DGMXQWR�DGYHUELDO�GH�WHPSR�� como veremos mais a frente; e não está complementando verbo algum) b) ... sendo muito mais causa que consequência da redução das desigualdades sociais. �D�H[SUHVVmR�³GDV�GHVLJXDOGDGHV�VRFLDLV´�p�FRPSOHPHQWR�GR�VXEVWDQWLYR�DEVWUDWR� (é um complemento nominal, como também veremos a seguir; novamente, não completa um verbo) c) ... certa tensão entre os conceitos institucional e substantivo da democracia existe por toda parte... �R�YHUER�³H[LVWLU´�QmR�QHFHVVLWD�GH�FRPSOHPHQWR��SRLV�p�XP�YHUER�LQWUDQVLWLYR��D� expressão em destaque apresenta circunstância de lugar ligada ao verbo existir, é umadjunto adverbial) d) ... foram se robustecendo à medida que ascendiam a níveis mais altos de 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas renda per capita... �R� YHUER� ³DVFHQGHU´� p� 97,� H� SHGH� D� SUHSRVLomR� ³D´�� /RJR�� D� H[SUHVVmR� HP� destaque é objeto indireto. Essa é nossa resposta!) e) ... que a configuração de fatores relevantes para a estabilidade permanecerá a mesma... (novamente, o termo preposicionado está ligado a substantivo abstrato, é um complemento nominal) Gabarito Letra D. Predicativos Para falar de predicativo, temos que falar de predicado e seus tipos. Numa oração, tudo que não for o sujeito será o PREDICADO. A depender de qual for seu núcleo, o predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal. O PREDICADO VERBAL tem como núcleo um verbo nocional (transitivo ou LQWUDQVLWLYR���TXH� LQGLFD�³DomR´�� ³PRYLPHQWR´��correr, falar, pular, beber, sair, morrer, pedir. Ex: João comprou um rifle. (predicado verbal, verbo de ação, transitivo direto) Ex: João gosta de música alta. (predicado verbal, verbo de ação, transitivo indireto) Ex: João correu. (predicado verbal, verbo de ação, transitivo indireto) João é o sujeito e o restante da sentença é o predicado verbal. O PREDICADO NOMINAL tem como núcleo um predicativo do sujeito, termo que atribuiu uma característica, qualidade, estado, condição ao sujeito. Essa característica vai ser ligada ao sujeito sempre por um verbo de ligação (verbos de estado: ser, estar, ficar, permanecer, parecer, continuar, andar). Teremos a seguinte estrutura: Verbo de Ligação + Predicativo do Sujeito Ex: João parece melancólico. Ex: João tornou-se rancoroso. Ex: João está empolgado. Ex: João anda animadíssimo. Ex: João é servidor público. O predicado VERBO-NOMINAL, por sua vez, é uma mistura dos dois acima: tem verbo de ação e tem também predicativo. Teremos a seguinte estrutura: Verbo (não de ligação)+ Predicativo (do sujeito ou do objeto) Para efeito didático, vamos ³quebrar´ essa estrutura em duas possibilidades: 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Verbo de ação transitivo + Predicativo do objeto Ex: João achou a menina melancólica. Ex: João julgou o réu culpado. Ex: O povo elegeu o réu presidente. Ex: Os pais tornaram os meninos atletas. Ex: Douglas gosta da mãe animada. Ex: O professor precisa da turma motivada. Verbo de ação intransitivo + Predicativo do sujeito Ex: João saiu triste. Ex: João sorriu desconfiado. Ex: João, cansado, desistiu. Já podemos tirar algumas conclusões: Só o predicado verbal não tem predicativo. Predicativo pode acompanhar também verbos que não sejam de ligaçãoAgora sim, vamos aprofundar o estudo dRV�³SUHGLFDWLYRV´�� Predicativo do sujeito: É a qualidade que se atribui ao sujeito, normalmente por via de um verbo de ligação: ser; estar; permanecer; ficar; continuar; tornar-se; andar; virar; continuar. Ex: O mundo é um moinho. Ex: Ela continuava pomposa, mesmo na miséria. Ex: O governo virou o maior inimigo do povo. Ex: Mesmo celebridades ficam nervosas diante da mídia. Atenção: Se um desses verbos aparecer com uma circunstância adverbial, e não uma qualidade do sujeito, este vai ser um verbo intransitivo, não verbo de ligação. Ex: O homem permaneceu QR�EDU�WRGR�R�WHPSR���³QR�EDU´�p�FLUFXQVWkQFLD�GH�OXJDU��³WRGR� R�WHPSR´�p�FLUFXQVWkQFLD�GH�WHPSR��1HVVH�FDVR��³3HUPDQHFHX´�p�9HUER�,QWUDQVLWLYR��QmR� é verbo de ligação!) Ex: A professora saiu DWUDVDGD�� �2� YHUER� ³VDLU´� p� LQWUDQVLWLYR�� H�� PHVPR� DVVLP�� R� ³DWUDVDGD´� p� SUHGLFDWLYR� GR� VXMHLWR�� 1mR� p� Vy� YHUER� GH� OLJDomR� � TXH� DFRPSDQKD� predicativo do sujeito!) 31. (FADESP / COSANPA / ADM / 2017) 1R�HQXQFLDGR�³H�HX�YROWHL�maravilhado j�5HGDomR´, o termo sublinhado tem a função sintática de a) aposto. b) adjunto adnominal. c) predicativo do sujeito. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas d) complemento nominal. Comentários: Ex: Eu voltei maravilhado. ³PDUDYLOKDGR´� p� XP� HVWDGR�TXDOLGDGH� DWULEXtGR� DR� VXMHLWR�� /RJR�� WHPRV� XP� SUHGLFDWLYR�GR�VXMHLWR��2EVHUYH�TXH�R�YHUER�³YROWHL´�QmR�p�GH�OLJDomR��R�TXH�SURYD� que não é necessário verbo de ligação para a existência do predicativo. Trata-se de um predicado verbo-nominal, pois tem predicativo e verbo de ação. Gabarito letra C. 32. (CESPE /TRE-PI / 2016) - Adaptada A identidade cultural é, ao mesmo tempo, estável e movediça. Julgue o item a seguir: 1R�SULPHLUR�SHUtRGR�GR�WH[WR��RV�WHUPRV�³FXOWXUDO´��³HVWiYHO´�H ³PRYHGLoD´� exercem a mesma função sintática, uma vez que atribuem característica ao WHUPR�³LGHQWLGDGH´� Comentários: ³Cultural´ p�DGMHWLYR��WHUPR�OLJDGR�DR�QRPH�³LGHQWLGDGH´��)XQFLRQD�FRPR�DGMXQWR� DGQRPLQDO��³Estável´�H�³PRYHGLoD´�DWULEXHP�TXDOLGDGH�DR�VXMHLWR��SRU�YLD�GH�XP� verbo ligação, ³p´�� R� TXH� QmR� RFRUUH� FRP� ³FXOWXUDO´�� 7HPRV�� HQWmR�� GRLV� predicativos do sujeito. De fato, as 3 palavras atribuem característica, mas não exercem a mesma função sintática. Questão incorreta. 33. (ESAF / Analista de Planejamento e Orçamento/2015) A distopia é uma distorção ou uma mutação utopia, um sonho que se transforma em pesadelo. A H[SUHVVmR�³XPD�GLVWRUomR´�IXQFLRQD��VLQWDWLFDPHQWH��FRPR�REMHWR�GLUHWR� GH�³$�GLVWRSLD´� Comentários: $� H[SUHVVmR� ³XPD� GLVWRUomR´� IXQFLRQD�� VLQWDWLFDPHQWH�� FRPR� predicativo do sujeito ³$�GLVWRSLD´. Observe que há um verbo de ligação entre os termos: Ex: a distopia é uma distorção. Questão incorreta. 34. (CCV / UFC / Aux. Administração /2016) A função sintática do termo destacado na frase: O Ubuntu éa melhor versão para iniciantes é: a) objeto direto. b) adjunto adverbial. c) adjunto adnominal. d) predicativo do objeto. e) predicativo do sujeito. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Comentários: 2OKH�SDUD�R�YHUER�DQWHV�GR�WHUPR�GHVWDFDGR��³e´��6DEHPRV�TXH�R�YHUER�³ser´ é de ligação. Então, se o termo sublinhado está qualificando (melhor) o sujeito (³Ubuntu´), por via de um verbo de ligação �³p´�, temos um predicativo do sujeito. Gabarito letra E. 35. (CESPE / Instituto Rio Branco / 2016) 1R� WUHFKR� ³É certo que a evidência da beleza não pode ser em arte um FULWpULR� D[LRPiWLFR´�� WDQWR� R� WHUPR� ³FHUWR´� TXDQWR� R� WHUPR ³D[LRPiWLFR´� caracterizam, respectivamente, referentes que constituem sujeitos oracionais. Comentários: Vejamos: Ex: que a evidência da beleza não pode ser em arte um critério axiomático é certo. 2�VXMHLWR�p�RUDFLRQDO�H�UHFHEHX�XP�SUHGLFDWLYR��³FHUWR´�� &RQWXGR��³D[LRPiWLFR´ HVWi�OLJDGR�D�³FULWpULR´��TXH�QmR�p�VXMHLWR��PXLWR�PHQRV� oracional. Axiomático é mero adjunto adnominal. Questão incorreta. Predicativo do objeto Qualidade que se atribui ao objeto, por via de alguns verbos específicos (verbos transobjetivos), aqueles que pedem um objeto + predicativo. Ex: Julgaram o réu culpado. Obj. dir. Ex: O povo elegeu-o senador. Ex: Achei o filme bacana. Ex: A bebida torna o homem verdadeiro. Ex: Ele fez o método mais rápido. Ex: Eu vi a menina muito irritada com sua eliminação. Ex: Nomearam meu primo Procurador da República. Embora menos comum, o objeto indireto também pode ter predicativo. Ex: Chamei ao político de ladrão. Para identificar a diferença entre um predicativo do objeto e um adjunto adnominal, devemos substituir o objeto direto por um pronome (o, a, os , as) e verificar se o termo permanece junto (adjunto) ou se separa do substantivo (predicativo). Isso também pode ser testado na conversão para a voz passiva. Veja: Julguei as perguntas complexas. Julguei-as complexas. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas as perguntas foram julgadas complexas. O adjetivo permanece separado, então é predicativo, que é termo independente. Agora veja um exemplo hipotético em que teríamos um adjunto: Resolveram as perguntas complexas. Resolveram- nas. as perguntas complexas foram resolvidas O adjetivo desapareceu junto com o substantivo na pronominalização, então é adjunto. ,VVR�VLJQLILFD�TXH�R�DGMHWLYR�SHUPDQHFHX�VHPSUH�³MXQWR�DR�QRPH´��R�TXH� confirma VXD�IXQomR�VLQWiWLFD�GH�³DGMXQWR�DGQRPLQDO´�� 36. (Quadrix / CRB 6ª Região/2017) Em "Tornar Visíveis os Invisíveis", pode-se afirmar que o termo "visível" sintaticamente exerce a função de: a) sujeito simples. b) predicativo do objeto. c) objeto direto. d) predicativo do sujeito. e) adjunto adnominal. Comentários: Teremos a seguinte estrutura: tornar os Invisíveis Visíveis. ³os Invisíveis´�p�XP�VXEVWDQWLYR�QD�IXQomR�GH�REMHWR�GLUHWR�GH�³WRUQDU´��Visíveis é um adjetivo qualificando esse substantivo, isto é, dando predicado ao objeto ³os Invisíveis´��3RUWDQWR��WHPRV�XP�SUHGLFDWLYR�GR�REMHWR�� Gabarito letra B. 37. (CESPE/ TCE-PA/2016) De que adiantaria tornar a lei mais rigorosa... Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item. 2�WHUPR�³PDLV�ULJRURVD´�IXQFLRQD�FRPR�XP�SUHGLFDWLYR�GR�WHUPR�³D�OHL´� Comentários: $TXL�� R�YHUER� ³WRUQDU-VH´�HVWi� VHQGR�XWLOL]DGR�FRPR�YHUER� WUDQVLWLYR�GLUHWR��$� estrutura é: Tornar X alguma coisa; ou seja, tem um objeto direto e esse objeto vai receber um predicativo: tornar o mundo (OD) melhor (predicativo do OD) tornar a lei(OD) mais rigorosa (predicativo do OD). Questão correta. Vocativo: O vocativo é um chamamento, é termo externo, pois se remete ao ouvinte ou leitor. É isolado na oração, sempre marcado por vírgulas ou pausas equivalentes. 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas Ex: Paulo, preciso de ajuda aqui! Ex: Mãe, passei para Auditor. Ex: Pela ordem, Meritíssimo, a prova não consta dos autos. 38. (CONSULPLAN / Téc. Info. / Pref. Cascavel-PR / 2016) ³1mR�OKH�SDUHFH��caro leitor, que tais expressões apontam na direção de que D� IDPtOLD� GHFLGLX� HQWRUQDU� R� FDOGR� GD� VRFLHGDGH"´� O trecho sublinhado apresenta-se entre vírgulas porque trata-se de a) um vocativo. b) uma enumeração. c) uma expressão explicativa. d) um adjunto adverbial deslocado. e) elementos coordenados assindéticos. Comentários: 2�WHUPR�³FDUR�OHLWRU´�p�XPD�LQYRFDomR�DR�RXYLQWH��XP�UHIHUrQFLD�DR�LQWHUORFXWRU�� Trata-se de um vocativo, que deve vir marcado por pontuação. Gabarito letra A. 39. (CESPE/ ANTAQ / 2014) - Adaptada Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item. 1R� SULPHLUR� TXDGULQKR�� R� HPSUHJR� GH� YtUJXOD� DSyV� R� YRFiEXOR� ³*HQWH´� p� obrigatório, visto que separa expressão de chamamento. Comentários: O vocativo é termo que vem isolado, constitui um chamamento, pois se remete ao ouvinte. Questão correta. Aposto: Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração��QRUPDOPHQWH�FRP�XPD�UHODomR�GH�³HTXLYDOrQFLD´� 09365724694 - Luiza Fernanda de Souza Prof. Felipe Luccas Rosas www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 142 PORTUGUÊS ± CÂMARA DE BH Aula 04 ± Felipe Luccas Rosas semântica . O aposto pode ser explicativo, quando amplia, detalha, enumera, resume um termo anterior; ou pode ser especificativo, quando especifica o referente dentro de um universo. O aposto mais comum em prova é o explicativo, que vem na forma de expressões intercaladas, geralmente entre vírgulas, parênteses ou travessões. Cuidado: a aposto é diferente do adjetivo, pois não traz uma qualidade, traz sim ³RXWUD�IRUPD´�GH�VH�UHIHULU�DR�WHUPR� O aposto não tem valor adjetivo. Ex: Jorge, o malandro, ainda é jovem. (substantivo>aposto) Poderíamos dizer: O malandro ainda é jovem. Agora, compare o exemplo anterior com o a seguir: Ex: Jorge, malandro, ainda é jovem. (adjetivo>predicativo do sujeito) O aposto, pela sua identidade semântica, em alguns casos, pode até substituir o termo a que se refere, assumindo sua função sintática, ou seja, quando se refere ao sujeito, pode virar o sujeito; quando se refere ao objeto direto, pode virar objeto direto... Ex: Maria, a babá, virou empresária. ³D�EDEi´�p�WHUPR�H[SOLFDWLYR�TXH�YHP�HQWUH�YtUJXODV�H�SRGH�VXEVWLWXLU�R�VXMHLWR� Maria: A babá virou empresária. É um aposto do sujeito. Ex: Gosto de vários animais - cães, gatos, pássaros. ³FmHV��JDWRV��SiVVDURV´�p�WHUPR�H[SOLFDWLYR�TXH�YHP�VHSDUDGR�GRV�RXWURV�WHUPRV� H�SRGH�VXEVWLWXLU�R�REMHWR�LQGLUHWR�³GH�YiULRV�DQLPDLV´��e�XP�DSRVWR�GH�REMHWR� indireto. Entendeu a lógica?? Vamos avançar... Outros exemplos comuns de aposto: Ex: O pior desafio, o da mudança, acaba sendo vencido. Ex: Anderson Silva, ex-campeão peso-médio, tem 41 anos. Ex: Roupas, móveis e eletrodomésticos, tudo foi destruído pelo tornado. Ex: Tenho dois desejos, trabalhar e ser reconhecido. Ex:
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