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1 
 
 
 
 
 
 
CURSO TÉCNICO DE GEOMENSURA 
 
MÓDULO III 
APOSTILA DA UNIDADE CURRICULAR Nº 15: 
PARCELAMENTO DO SOLO 
 
Profº M. Eng. Leonel Euzébio de Paula Neto 
 
Florianópolis, outubro de 2008. 
 
 
Índice......................................................................................................................01 
Introdução ao Parcelamento do Solo......................................................................03 
15.1 O Cadastro como Base...................................................................................04 
15.2 Conceitos.......................................................................................................05 
15.2.1 Desmembramentos.....................................................................................05 
15.2.2 Amembramento ..........................................................................................05 
15.2.3 Contrato de compra e venda......................................................................05 
15.2.4 Escritura de posse......................................................................................06 
15.2.5 Escritura pública.........................................................................................06 
15.2.6 Desapropriação..........................................................................................07 
15.2.7 Loteamento................................................................................................07 
15.2.8 Condomínio............................................................................................... 07 
15.2.9 Parcela.......................................................................................................07 
15.2.10 Retificação de imóveis..............................................................................07 
15.3 Legislação vigente ..........................................................................................08 
15.3.1 Legislação Federal......................................................................................08 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA 
UNIDADE DE FLORIANÓPOLIS 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
CURSO TÉCNICO DE GEOMENSURA – desde 1966 
 
 2 
15.3.2 Legislação Estadual....................................................................................16 
15.3.3 Legislação Municipal...................................................................................20 
15.4 Consulta de viabilidade..................................................................................37 
15.5 Análise do levantamento topográfico.............................................................41 
15.6 Avaliação........................................................................................................44 
15.7 Parcelamento do solo.....................................................................................44 
15.7.1Critérios do parcelamento............................................................................44 
15.7.1.1 Restrições................................................................................................44 
15.7.1.2 Índices estabelecidos...............................................................................45 
15.7.2 Análise do uso do solo................................................................................45 
15.7.3 Desenho preliminar.....................................................................................46 
15.7.4 Desenho final..............................................................................................48 
15.7.5 Desenhos complementares........................................................................48 
15.7.6 Planta individual..........................................................................................50 
15.7.7 Memorial descritivo.....................................................................................50 
15.8 Aprovação de projetos...................................................................................51 
15.9 Registro imobiliário.........................................................................................51 
15.10 Orçamento....................................................................................................52 
15.11 Apresentação do projeto..............................................................................52 
Fonte Biliográfica...................................................................................................53 
 
 
 
 
 
 
 3 
INTRODUÇÃO AO PARCELAMENTO DO SOLO 
 
 O parcelamento do solo deve ser considerado sob dois aspectos: o físico, 
que nada mais é do que a divisão geodésica de um terreno, e o jurídico, de que 
resulta a divisão da propriedade, com a conseqüente formação de novos direitos 
autônomos de domínio sobre cada unidade em que a área for dividida. Pode-se, 
assim, conceituar o parcelamento como a divisão geodésico-jurídica de um terreno, 
uma vez que por meio dele se divide o solo e, concomitantemente, o direito 
respectivo de propriedade, formando-se novas unidades, propriedades fisicamente 
menores, mas juridicamente idênticas. 
No direito brasileiro, parcelamento é gênero de três espécies legalmente 
distintas: o loteamento urbano, cujas unidades têm por destinação a edificação de 
casas residenciais, comerciais, industriais; o desmembramento urbano, com as 
mesmas finalidades; e o loteamento rural, cujas unidades se destinam 
preponderantemente à exploração econômica da terra, por meio de atividades 
agrícolas, pecuárias, agroindustriais ou extrativas, no qual as edificações, porventura 
existentes, constituem meios para a consecução dos fins primordiais do loteamento. 
A edificação neles é secundária, podendo nem sequer existir. 
 
Imóvel rural e imóvel urbano — distinção legal 
 
 Atente-se, porém, para o fato de que a verificação da destinação se faz pela 
atividade principal: o imóvel que tem por fim preponderante a exploração econômica 
da terra, através da agricultura, pecuária, extração de frutos naturais ou 
agroindústria, é rural, embora nela tenham residência o dono, os arrendatários e 
parceiros e respectivos empregados. 
 Por fim, o regulamento dos “princípios a observar nos contratos de parceria”, 
baixado com o Decreto n. 59.566, de 14 de novembro de 1966, conceitua os seus 
vários tipos pela forma enumerada no art. 5.º, I a V. Conseqüentemente, com base 
normativa, as formas de exploração rural são as cinco mencionadas no citado 
dispositivo: agrícola (produção vegetal), pecuária (cria, recria e engorda de gado), 
agroindustrial (transformação de produto agrícola, pecuário ou florestal), extrativa 
(extração de produto agrícola, animal ou florestal) e mista (mais de uma das 
anteriores). 
 Conclui-se, pois, que todo imóvel cuja exploração tenha por objeto uma 
dessas atividades é imóvel rural, segundo a lei brasileira. 
 Mas nenhuma lei brasileira define imóvel urbano; contudo, indiretamente, por 
exclusão, infere-se da conceituação de imóvel rural, que é urbano todo prédio que 
não for rural por destinação. E, para efeitos tributários, também o imóvel situado na 
zona rural, e mesmo que rural por destinação do proprietário, será considerado 
urbano “não tenha área superior a um hectare” (Lei n. 5.868/72, art. 6.º). 
 
Da zona urbana 
 
 A Lei n. 4.504/64 (Estatuto da Terra) declara que os prédios de destinação 
 4 
rústica continuarão cadastrados como imóveis rurais mesmo quando abrangidos 
pela linha perimétrica urbana, porque, “qualquer que seja a sua localização”, são 
rurais os imóveis que se destinarem à exploraçãoagrícola, pecuária, agroindustrial 
ou extrativo-vegetal (art.4.º, I). A Lei n. 5.172/66 (CTN) repete disposição 
constitucional que autoriza o Município a lançar IPTU. E define como zona urbana a 
delimitada em lei municipal, “observando o requisito mínimo da existência de 
melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos 
ou mantidos pelo Poder Público: 
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; 
II - abastecimento de água; 
III - sistema de esgotos sanitários; 
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição 
domiciliar; 
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) 
quilômetros do imóvel considerado” (art. 32, § 1.º). Por fim, a Lei n. 5.868/72, 
posterior às anteriores, reafirma que a destinação é o critério distintivo entre imóvel 
rural e imóvel urbano (art. 6.°). 
 
15.1 O Cadastro como Base 
Todo cidadão que adquire um imóvel, quer a garantia de que no futuro não 
terá problemas com os antigos proprietários, com os limites da propriedade e seus 
respectivos vizinhos. Para tanto é constituído um documento de transação 
(escritura) que deverá ser registrado no Registro de Imóveis de sua circunscrição. 
Mas, como fazer estes registros, se as dimensões, localização e até os 
confrontantes do imóvel, vem sendo passado de um proprietário para outro através 
da apresentação de documentos anteriores, durante anos e com erros acumulados, 
sem a devida preocupação de ser conferido através do órgão responsável pelo 
parcelamento do solo, ou seja, a prefeitura. 
O cadastro imobiliário municipal é o setor da prefeitura que tem a obrigação 
de saber todas as informações referentes à ocupação do solo. 
A Federação Internacional de Geômetras – FIG (1998) define que “Um 
cadastro é normalmente um sistema de informações da terra atualizado e baseado 
em parcelas contendo um registro de interesses sobre a terra (por exemplo, direitos, 
restrições e responsabilidades)”. 
PHILIPS (1996,p.II-170) define o termo Cadastro de Bens Imobiliários cuja 
definição clássica diz o seguinte: “É o registro geométrico técnico e a lista oficial de 
lotes e parcelas, com fé pública, para garantir tanto a integridade geométrica dos 
limites como também os direitos relacionados à propriedade imobiliária”. 
HASENACK (2000,p.124), o Cadastro Imobiliário deve declarar a existência 
de um imóvel, sua realidade física e suas características de situação, medida 
 5 
superficial e confrontante. Com estas circunstâncias deve figurar inscrito no Cartório 
de registro de Imóveis. Desta forma, o Cadastro traz enorme vantagem ao Registro 
de imóveis, contribuindo para o aperfeiçoamento do princípio da especialidade. 
 
15.2 Conceitos 
 
15.2.1 Desmembramentos 
Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados 
a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não 
implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, 
modificação ou ampliação dos já existentes. Lei nº 6766, Art 2º§2º de 19/12/1979. 
 
15.2.2 Amembramentos 
Considera-se amembramento a união de dois ou mais lotes ou glebas. 
 
15.2.3 Contrato de compra e venda 
Lei nº 6766, Art. 26 - Os compromissos de compra e venda, as cessões ou 
promessas de cessão poderão ser feitos por escritura pública ou por instrumento 
particular, de acordo com o modelo depositado na forma do inciso VI do art. 18 e 
conterão, pelo menos, as seguintes indicações: 
 I - nome, registro civil, cadastro fiscal no Ministério da Fazenda, nacionalidade, 
estado civil e residência dos contratantes; 
 II - denominação e situação do loteamento, número e data da inscrição; 
 III - descrição do lote ou dos lotes que forem objeto de compromissos, 
confrontações, área e outras características; 
 IV - preço, prazo, forma e local de pagamento bem como a importância do 
sinal; 
 V - taxa de juros incidentes sobre o débito em aberto e sobre as prestações 
vencidas e não pagas, bem como a cláusula penal, nunca excedente a 10% (dez por 
cento) do débito e só exigível nos casos de intervenção judicial ou de mora superior 
a 3 (três) meses; 
 VI - indicação sobre a quem incumbe o pagamento dos impostos e taxas 
incidentes sobre o lote compromissado; 
 6 
 VII - declaração das restrições urbanísticas convencionais do loteamento, 
supletivas da legislação pertinente. 
 
 Os compromissos de compra e venda de lotes são irretratáveis, por força do 
disposto no art. 25: uma vez firmados, não admitem arrependimento unilateral de 
qualquer das partes. E embora de natureza pessoal pela prenotação no Registro de 
Imóveis, adquirem eficácia real ou constituem direito real sui generis, segundo 
Pontes de Miranda, impedindo sua alienação a terceiro, de modo que se o 
promitente-vendedor recusar a outorga da escritura definitiva, o promitente-
comprador, que tiver cumprido suas obrigações contratuais, tem direito à 
adjudicação compulsória do lote. 
Os contratos de compromisso ou promessa irretratável de venda têm de ser 
escritos, para que possam ser registrados, e tanto podem ser lavrado por escritura 
pública quanto por instrumento particular, mas sempre de conformidade com o 
contrato-padrão arquivado no Cartório do Registro de Imóveis. Se públicos serão 
extraídos deles três traslados, e, se particulares, feitos em três vias. Em ambos os 
casos, um traslado ou via para cada parte e um para registro e arquivamento no 
Cartório do Registro. Podem ser firmados por procuração com poderes especiais, 
que será arquivada no Cartório do Registro. 
 
15.2.4 Escritura de posse 
A posse caracteriza-se como um fato, ou seja, o exercício de uma relação 
pessoal entre o possuidor e o imóvel. A posse, não tem acesso ao Cartório de 
Imóveis, porque é instituto estranho à sistemática do registro imobiliário brasileiro. 
Isto porque, nenhum efeito, quer constitutivo, quer meramente publicitário, se 
poderia extrair do ordenamento jurídico para o registro da posse. Como posse é fato, 
sua caracterização se dá pelo exercício, e não por constar escrito em um documento 
ou registro. A escritura publica de compra e venda registrada no cartório de Imóveis 
é muito mais vantajosa, pois transfere a propriedade do imóvel, ao contrário da 
escritura pública de cessão de posse, que não transfere a propriedade do imóvel, 
nem pode ser registrada no cartório de Imóveis. (Registrador Fábio Marsiglio, oficial 
de RI de Piedade, SP, e diretor adjunto de Assuntos Agrários do IRIB). 
 
15.2.5 Escritura pública 
 
 O artigo 1245 do Código Civil de 2002 determina que o imóvel só se 
transfere com o registro da escritura pública no cartório de Registro de Imóveis. 
Portanto, enquanto não registrada a escritura de venda e compra, continua a ser 
havido como dono do imóvel o vendedor. É deste artigo de lei a origem da 
conhecida expressão “Quem não registra não é dono”. 
 
 Esta regra legal, se por um lado dá uma enorme segurança jurídica às 
informações constantes do Registro de Imóveis, por outro lado, em regra, exige a 
 7 
iniciativa dos interessados para a modificação das informações constantes do 
registro, como por exemplo, nos casos de compra e venda. 
 
 Até que seja providenciado o registro da escritura, a regra será o artigo 1245 
do Código Civil acima citado, considerando-se dono do imóvel aquele que conste 
como tal no cartório de Imóveis. (Registrador Fábio Martins Marsiglio, Oficial de 
Piedade/ SP e diretor-adjunto de Assuntos Agrários do Irib). 
 
15.2.6 Desapropriação 
Tratando-se de simples recomposição patrimonial, que não se caracteriza 
como venda a par de ensejar a ocorrência do fato jurídico tributável, o valor 
correspondenteàs desapropriações de imóveis não está sujeito à tributação pelo 
imposto de renda, ainda que resulte ganho.” (Ac. 1º CC 107-2.614/96 – DO 
22/01/97) 
 
15.2.7 Loteamento 
Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a 
edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou 
prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. Lei nº 6766, Art 2º§1º 
de 19/12/1979. 
 
15.2.8 Condomínio 
A legislação brasileira admite o parcelamento nas formas de loteamento, 
desmembramento e condomínio horizontal, além de permitir o loteamento fechado 
que, a nosso ver, é o próprio loteamento comum, uma vez que somente depois de 
aprovado e implantado o parcelamento o poder público municipal poderá autorizar o 
fechamento do loteamento. O condomínio horizontal foi instituído pela Lei nº 
4.591/64, está regulado pelo artigo 1.331 e seguintes do Código Civil Brasileiro e se 
caracteriza por edificação ou conjunto de edificações de um ou mais pavimentos 
construídos sob a forma de unidades isoladas entre si, residenciais ou não. O 
terreno, bem como as fundações, paredes, e tudo o mais que sirva a qualquer 
dependência de uso comum dos proprietários, como as vias de circulação interna, 
equipamentos comunitários, permanecem na esfera privada e constituem 
propriedade de todos, insuscetíveis de divisão. 
 
15.2.9 Parcela 
A Parcela é uma fração (sub-área) de um imóvel com regime jurídico único. 
Com esta definição ela deve ser a (menor) unidade do cadastro territorial 
(urbano/rural), especializada (delimitado, identificado e com área calculada), enfim, 
como unidade própria. 
 8 
O imóvel, segundo este conceito, é dividido em tantas partes (parcelas) 
quantas forem as áreas com regimes jurídicos diferentes. Estas podem ser áreas de 
domínio, de posse, áreas públicas (como estradas, rios, lagos), ou áreas de 
restrições como reservas legais, de preservação, servidões administrativas ou 
legais, etc. Nos casos dos imóveis com um único regime jurídico (que provavelmente 
é a maioria), parcela e imóvel serão a mesma coisa. 
Um imóvel é formado por uma ou várias parcelas, mas uma parcela nunca é 
dividida em vários imóveis. A parcela é sub-área do imóvel, nunca o contrário. 
A partir do levantamento das "parcelas" poderá modelar unidades territoriais 
para os mais diversos fins econômicos, administrativos ou legais com as mais 
diversas definições do "imóvel", por exemplo, para o Registro de Imóveis (a 
matrícula registrada com uma definição ( ) imóvel é unidade contínua de domínio e 
para o Incra imóvel é unidade econômica. (IRIB - 19º Encontro Regional de Oficiais 
de Registros de Imóveis “GEO-ARARAQUARA”). 
 
15.2.10 Retificação de imóveis 
Retificar é, em certo sentido, ordenar, que é o mesmo que tornar reto; mas, 
tornar reto no sentido de um objetivo: é para este que tende a retidão; é também 
esse objetivo ou fim o que formula um critério e uma metódica. Só mediante um fim 
a que se tenda é possível ordenar ou retificar a variedade das coisas, segundo um 
caminho percorrido criteriosamente — ou acaso melhor dito: criticamente. Nossa 
primeira tarefa deve ser aqui a de apontar o fim, o critério e a metódica da retificação 
do registro imobiliário. 
Retificação de registro imobiliário - As inovações na retificação de registro 
de imóveis foram instituídas pela Lei 10.931/04, que criou a retificação 
administrativa, agora procedida extra-judicialmente pelo oficial de registro de 
imóveis, com maior rapidez e sem burocracia. Antes da lei, a retificação somente 
poderia ser feita por via judicial. 
 
15.3 Legislação vigente 
 
15.3.1 Legislação Federal 
 a) EXTRATO DA LEI No 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001 (Estatuto da Cidade). 
 CAPÍTULO I 
DIRETRIZES GERAIS 
Art. 1o Na execução da política urbana, de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição 
Federal, será aplicado o previsto nesta Lei. 
 9 
Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece 
normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do 
bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. 
Art. 2o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais 
da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais: 
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à 
moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, 
ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; 
II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas 
dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, 
programas e projetos de desenvolvimento urbano; 
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no 
processo de urbanização, em atendimento ao interesse social; 
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das 
atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e 
corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente; 
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados 
aos interesses e necessidades da população e às características locais; 
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: 
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; 
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; 
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à infra-
estrutura urbana; 
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores 
de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente; 
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização; 
f) a deterioração das áreas urbanizadas; 
g) a poluição e a degradação ambiental; 
VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o 
desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência; 
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana 
compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do 
território sob sua área de influência; 
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização; 
X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos 
públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores 
de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais; 
XI – recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de 
imóveis urbanos; 
 10 
XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio 
cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico; 
XIII – audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de 
implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio 
ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população; 
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda 
mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e 
edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais; 
XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas 
edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta dos lotese unidades 
habitacionais; 
XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de 
empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse social. 
Art. 3o Compete à União, entre outras atribuições de interesse da política urbana: 
I – legislar sobre normas gerais de direito urbanístico; 
II – legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-
estar em âmbito nacional; 
III – promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de 
saneamento básico; 
IV – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e 
transportes urbanos; 
V – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de 
desenvolvimento econômico e social. 
 
CAPÍTULO II 
(Não será apresentado) 
 
CAPÍTULO III 
DO PLANO DIRETOR 
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências 
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, assegurando o atendimento das 
necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das 
atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2o desta Lei. 
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de 
desenvolvimento e expansão urbana. 
§ 1o O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano 
plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades 
nele contidas. 
 11 
§ 2o O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo. 
§ 3o A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos. 
§ 4o No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os 
Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão: 
I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de 
associações representativas dos vários segmentos da comunidade; 
II – a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos; 
III – o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos. 
§ 5o (VETADO) 
Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades: 
I – com mais de vinte mil habitantes; 
II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; 
III – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4o do art. 
182 da Constituição Federal; 
IV – integrantes de áreas de especial interesse turístico; 
V – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto 
ambiental de âmbito regional ou nacional. 
§ 1o No caso da realização de empreendimentos ou atividades enquadrados no inciso V do 
caput, os recursos técnicos e financeiros para a elaboração do plano diretor estarão inseridos entre 
as medidas de compensação adotadas. 
§ 2o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano 
de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido. 
 
 
b) EXTRATO DA LEI 6766/79 APÓS ALTERAÇÕES IMPOSTAS PELA LEI 9785/99 
 
 
Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras 
providências 
 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono 
a seguinte Lei: 
 
Art. 1º - O parcelamento do solo para fins urbanos será regido por esta Lei. 
 
Parágrafo Único – Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão estabelecer 
normas complementares relativas ao parcelamento do solo municipal para adequar o previsto nesta 
Lei às peculiaridades regionais e locais. 
 
Art. 2º – O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou 
desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das Legislações Estaduais e Municipais 
pertinentes. 
 12 
 
§ 1º - Considera-se loteamento a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação, com 
abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou 
ampliação das vias existentes. 
 
§ 2º - Considera-se desmembramento a subdivisão de glebas em lotes destinados à 
edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de 
novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento modificação ou ampliação dos já 
existentes. 
 
§ 3º - Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas 
dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal 
para a zona em que se situe. 
 
§ 4º - Consideram-se infra-estrutura básica os equipamentos urbanos de 
escoamento das águas pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário e 
abastecimento de água potável, e de energia elétrica pública e domiciliar e as vias de 
circulação pavimentadas ou não. 
 
§ 5º - A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas 
habitacionais declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, 
de: 
I – vias de circulação; 
II – escoamento das águas pluviais; 
III – rede para o abastecimento de água potável; e 
IV – soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. 
 
Art. 3º - Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas 
urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específ ica, assim definidas pelo plano 
diretor ou aprovadas por lei municipal. (...assim definidas por Lei Municipal) 
 
 
Parágrafo Único – Não será permitido o parcelamento do solo: 
 
I – em terrenos alagadiços e inundações, antes de tomadas as providências para assegurar 
o escoamento das águas; 
 
II – em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que 
sejam previamente saneados; 
 
III – em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se 
atendidas exigências específicas das autoridades; 
 
IV – em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação; 
 
V – em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições 
sanitárias suportáveis, até a sua correção. 
 
 
CAPÍTULO II 
 
Dos Requisitos Urbanísticos para Loteamento 
 
 
Art. 4º - Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: 
 
I – as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e 
comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de ocupação 
prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem. 
(...para a gleba, ressalvado o disposto no § 1º deste artigo) 
 13 
 
II – os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente 
mínima de 5 (cinco) metros, salvo quanto a legislação estadual ou municipal determinar maiores 
exigências, ou quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos 
habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes; 
 
III – ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das 
rodovias, ferrovias e dutos, será obrigatória a reserva de uma faixa non aedificandi de 15 (quinze) 
metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica; 
 
IV – as vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes 
ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local. 
§ 1º - A legislação municipal definirá, para cada zona em que divida o território 
do Município, os usospermitidos e os índices urbanísticos de parcelamento e ocupação do 
solo, que incluirão, obrigatoriamente, as áreas mínimas e máximas de lotes e os 
coeficientes máximos de aproveitamento. (A percentagem de áreas públicas previstas no inciso 
I deste artigo não poderá ser inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da gleba, salvo nos 
loteamentos destinados ao uso industrial cujos lotes forem maiores do que 15.000m² (quinze mil 
metros quadrados), caso em que a percentagem poderá ser reduzida) 
 
 
§ 2º - Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, 
lazer e similares. 
 
Art. 5º - O Poder Público competente poderá complementarmente exigir, em cada 
loteamento, a reserva de faixa non aedificandi destinada a equipamentos urbanos. 
 
Parágrafo Único – consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de 
água, serviços de esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás 
canalizado. 
 
 
CAPÍTULO III 
 
Do Projeto de Loteamento 
 
Art. 6º - Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá solicitar à 
Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, que defina as diretrizes para o uso do 
solo, traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para 
equipamento urbano e comunitário, apresentando, para este fim, requerimento e planta do imóvel 
contendo, pelo menos: 
 
I – as divisas da gleba a ser loteada; 
 
II – as curvas os nível à distância adequada, quando exigidas por lei estadual ou municipal; 
 
III – a localização dos cursos d’ água, bosques e construções existentes; 
 
IV – a indicação dos arruamentos contíguos a todo o perímetro, a localização das vias de 
comunicação, das áreas livres, dos equipamentos urbanos e comunitários existentes no local ou em 
suas adjacências, com as respectivas distâncias da área a ser loteada; 
 
V – o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina; 
 
VI – as características, dimensões e localização das zonas de uso contíguas. 
 
 
Art. 7º - A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, indicará, nas 
plantas apresentadas junto com o requerimento, de acordo com as diretrizes de planejamento 
estadual e municipal: 
 14 
 
I – as ruas ou estradas existentes ou projetadas, que compõem o sistema viário da cidade e 
do município, relacionadas com o loteamento pretendido e a serem respeitadas; 
 
II – o traçado básico do sistema viário principal; 
 
III – a localização aproximada dos terrenos destinados a equipamento urbano e 
comunitário e das áreas livres de uso público; 
 
IV – as faixas sanitários do terreno necessárias ao escoamento das águas pluviais e as 
faixas não edificáveis; 
 
V – a zona ou zonas de uso predominante da área, com indicação dos usos compatíveis. 
 
Parágrafo Único – As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo de 4 (quatro) 
anos. (...2 (dois) anos) 
 
Art. 8º - Os municípios com menos de cinqüenta mil habitantes e aqueles cujo plano 
diretor contiver diretrizes de urbanização para a zona em que se situe o parcelamento 
poderão dispensar, por lei, a fase de fixação de diretrizes previstas nos arts. 6º e 7º desta 
Lei, (O município ... poderá dispensar, por lei, a fase de fixação das diretrizes previstas nos arts. 6º e 
7º desta lei, para a aprovação do loteamento) 
 
Art. 9º - Orientado pelo traçado e diretrizes oficiais, quando houver, o projeto, contendo 
desenhos, memorial descritivo e cronograma de execução das obras com duração máxima de 
quatro anos, será apresentado à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, 
acompanhado de certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de 
Registro de Imóveis competente, de certidão negativa de tributos municipais e do 
competente instrumento de garantia, ressalvado o disposto no § 4º do art. 18º. (... e ... do 
título de propriedade, certidão de ônus reais e certidão negativa de tributos municipais, todos 
relativos ao imóvel). 
 
§ 1º - Os desenhos conterão pelo menos: 
 
I – a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e numeração; 
 
II – o sistema de vias com a respectiva hierarquia; 
 
III – as dimensões lineares e angulares ou projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de 
tangência e ângulos centrais das vias; 
 
IV – os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças; 
 
V – a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de curvas 
e vias projetadas; 
 
VI – a indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais. 
 
 
§ 2º - O memorial descritivo deverá conter, obrigatoriamente, pelo menos: 
 
I – a descrição sucinta do loteamento, com as suas características e a fixação da zona ou 
zonas de uso predominante; 
 
II – as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e 
suas construções, além daquelas constantes das diretrizes fixadas; 
 
III – a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do município no ato de 
registro do loteamento; 
 
 15 
IV – a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou de 
utilidade pública, já existentes no loteamento e adjacências. 
 
§ 3º - Caso se constate, a qualquer tempo, que a certidão da matrícula 
apresentada como atual não tem mais correspondência com os registros e averbações 
cartorárias do tempo da sua apresentação, além das conseqüências penais cabíveis, serão 
consideradas insubsistentes tanto as diretrizes expedidas anteriormente, quanto as 
aprovações conseqüentes. 
 
 
CAPÍTULO IV 
 
Do Projeto de Desmembramento 
 
 
 
Art. 10º - Para aprovação de projeto de desmembramento, o interessado apresentará 
requerimento à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, acompanhado de 
certidão atualizada da matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis 
competente, ressalvado o disposto no § 4º do art. 18º, e de planta do imóvel a ser 
desmembrado contendo: (... do título de propriedade...) 
 
I – a indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos; 
 
II – a indicação do tipo de uso predominante no local; 
 
III – a indicação da divisão de lotes pretendida na área. 
 
 
Art. 11º - Aplicam-se ao desmembramento, no que couber, as disposições urbanísticas 
vigentes para as regiões em que se situem ou, na ausência destas, as disposições 
urbanísticas para os loteamentos. (...em especial o inciso II do art. 4º e o art. 5º desta lei.) 
 
Parágrafo Único – O Município, ou o Distrito Federal quando for o caso, fixará os requisitos 
exigíveis para a aprovação de desmembramento de lotes decorrentes de loteamento cuja destinação 
da área pública tenha sido inferior à mínima prevista no § 1º do art. 4º desta lei. 
 
 
CAPÍTULO V 
 
Da Aprovação do Projeto de Loteamento e Desmembramento 
 
 
Art. 12º - O projeto de loteamento e desmembramento deverá ser aprovado pela Prefeitura 
Municipal, ou pelo Distrito federal quando for o caso, a quem compete também a fixação das 
diretrizes a que aludem os art. 6º e 7º desta lei, salvo a exceção prevista no artigo seguinte. 
 
Parágrafo Único – O projeto aprovado deverá ser executado no prazo constante 
do cronograma de execução, sob pena de caducidade da aprovação. 
 
Art. 13º - Aos Estados caberá disciplinar a aprovação pelos Municípios de 
loteamento e desmembramentos nas seguintes condições: (Caberão aos Estados o exame e a 
anuência prévia para a aprovação, pelos Municípios...) 
 
I – quando localizados em áreas de interesse especial, tais como as de proteção aos 
mananciais ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, assim definidas por 
legislação estadual ou federal;16 
II – quando o loteamento ou desmembramento localizar-se em área limítrofe do município, 
ou que pertença a mais de um município, nas regiões metropolitanas ou em aglomerações urbanas, 
definidas em lei estadual ou federal; 
 
III – quando o loteamento abranger área superior a 1.000.000m² (um milhão de metros 
quadrados). 
 
Parágrafo Único – No caso de loteamento ou desmembramento localizado em área de 
município integrante de região metropolitana, o exame e a anuência prévia à aprovação do projeto 
caberão à autoridade metropolitana. 
 
Art. 14 – Os Estados definirão, por decreto, as áreas de proteção especial, previstas no 
inciso I do artigo anterior. 
 
Art. 15 – Os Estados estabelecerão, por decreto, as normas a que deverão submeter-se os 
projetos de loteamento e desmembramento nas áreas previstas no art. 13, observadas as disposições 
desta Lei. 
 
Parágrafo Único – Na regulamentação das normas previstas neste artigo, o Estado 
procurará, atender às exigências urbanísticas do planejamento municipal. 
 
Art. 16º - A Lei Municipal definirá os prazos para que um projeto de parcelamento 
apresentado seja aprovado ou rejeitado e para que as obras executadas sejam aceitas ou 
recusadas, (... o número de dias em que um projeto de loteamento, uma vez apresentado com 
todos os seus elementos, deve ser aprovado ou rejeitado). 
 
§ 1º - Transcorridos os prazos sem a manifestação do Poder Público, o projeto será 
considerado rejeitado ou as obras recusadas, assegurada a indenização por eventuais danos 
derivados de omissão. 
 
§ 2º - Nos Municípios cuja legislação for omissa, os prazos serão de noventa dias 
para a aprovação ou rejeição e de sessenta dias para a aceitação ou recusa fundamentada 
das obras de urbanização. 
 
 
Art. 17 – Os espaços livres de uso comum, as vias e praças, as áreas destinadas a edifícios 
públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo, não 
poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde q aprovação do loteamento, salvo as 
hipóteses de caducidade de licença ou desistência do loteador, sendo, neste caso, observadas as 
exigências do art. 23 desta Lei. 
 
15.3.2 Legislação Estadual 
 Devemos salientar que cada Estado tem a sua própria legislação, aqui 
apresentaremos a do Estado de Santa Catarina. 
Parcelamento do solo 
LEI ESTADUAL 6.063/82 e sua alteração LEI 10.957/98 
 
LEI ESTADUAL Nº. 6.063, de 24 de maio de 1982 e sua alteração dada pela LEI Nº. 10.957, de 23 de 
novembro de 1998. 
 
Loteamento há que se entender como um meio de urbanização e o desmembramento é apenas a 
repartição da gleba, sem atos de urbanização. 
 
A lei 6063/82 estabelece que o parcelamento do solo para fins urbanos só pode ser feito em áreas 
urbanas ou de expansão urbana definidas por lei municipal, reafirmando a necessidade da 
delimitação legal, por parte do governo municipal, do perímetro urbano. 
 17 
 
LEI Nº 6.063, de 24 de maio de 1982. 
 
Art. 1° - O parcelamento do solo urbano no Estado será feito mediante loteamento ou 
desmembramento, observadas as disposições desta Lei e da legislação federal e municipal 
pertinente. 
 
Parágrafo único - Para os efeitos desta Lei, considera-se: 
 
I - loteamento - a subdivisão de gleba urbana em lotes destinados à edificação, com abertura de 
novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das 
vias existentes; 
II - desmembramento - a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com aproveitamento 
do sistema viário existente, sem abertura de novas vias ou logradouros públicos, nem prolongamento, 
modificação ou ampliação dos já existentes. 
 
Art. 2° - Só é admissível o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas ou de expansão 
urbana, assim definidas na legislação municipal. 
 
Art. 3° - Não será permitido o parcelamento do solo: 
 
I. Em terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para 
assegurar o escoamento das águas; 
II. Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública sem que sejam 
previamente saneados; 
III. Em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento); 
IV. Em terrenos onde as condições geológicas e topográficas desaconselhem a edificação; 
V. Em áreas de proteção especial, definidas na legislação, e naquelas onde o parcelamento do solo 
possa causar danos relevantes à flora, fauna e outros recursos naturais; 
VI. Em áreas onde as condições ambientais ultrapassem os limites máximos dos padrões de 
qualidade ambiental ou onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis. 
 
Parágrafo único - Os Municípios, em consideração às características locais, poderão estabelecer, 
supletivamente, outras limitações desde que não conflitem com as disposições desta Lei. 
 
Art. 4° - Em áreas litorâneas, numa faixa de 2.000 m (dois mil metros) a partir das terras de marinha, 
o parcelamento do solo depende de análise da *Fundação de Amparo à Tecnologia e ao Meio 
Ambiente (Hoje, Fundação do Meio Ambiente – FATMA). 
Também, aqueles parcelamentos do solo em áreas de Mata Atlântica dependem de análise da 
Fundação do Meio Ambiente - FATMA: Conforme RESOLUÇÃO CONJUNTA Nº 01/95, que 
regulamenta o corte, a supressão e Exploração de Vegetação Secundária no estágio inicial de 
regeneração da Mata Atlântica, no Estado de Santa Catarina, a autorização para corte, supressão, ou 
exploração de vegetação secundária de mata Atlântica, no estágio inicial de regeneração, para fins 
de parcelamento do solo, conjuntos habitacionais, condomínios ou 
similares, em áreas urbanizadas, será de competência do Órgão Ambiental Estadual. 
 
Art. 5° - Compete ao Gabinete de Planejamento e Coordenação Geral - GAPLAN** proceder ao 
exame e dar anuência prévia, para posterior aprovação pelo Município, em projetos de parcelamento 
quando: **Hoje, esta é uma atribuição da SDM, através da Lei 9.831, de 17 de 
fevereiro/02/1995 e suas alterações (Lei 10.185, de 17/07/1996): "Art 45 - À Secretaria de Estado do 
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente compete desenvolver atividades relacionadas com:.. 
 
VIII - anuência ao parcelamento do solo;" 
 
I - localizados em áreas de interesse especial, assim definidas pelo Estado ou pela União; 
II - localizados em área limítrofe do Município, assim considerada até a distância de 1 (um) quilômetro 
da linha divisória, ou que pertença a mais de um Município; Revogado pela Art. 1º da Lei 10.957. 
III - localizados em aglomeração urbana; Revogado pela Art. 1º da Lei 10.957. 
IV - o loteamento abranger área superior a l.000.000 m2 (um milhão de metros quadrados). 
§ 1° - Para o cumprimento do disposto neste artigo, a parte interessada deverá instruir seu processo 
de loteamento com projetos, desenhos, memorial descritivo, planta do imóvel, título de propriedade e 
certidão negativa da Fazenda Pública Estadual. 
 
 18 
2° - Os desenhos conterão, pelo menos: 
I - a indicação do imóvel a ser loteado, dentro da área municipal; 
II - a subdivisão das quadras em lotes, com respectivas dimensões e numeração; 
III - o sistema de vias com a respectiva hierarquia; 
IV - as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de tangência e 
ângulos centrais das vias; 
V - os perfis longitudinais e trans versais de todas as vias de circulação e praças públicas; 
VI - a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de curvas e vias 
projetadas; 
VII - a indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais; 
§ 3° - O memorial descritivo conterá: 
I - a descrição do loteamento, com as suas características e a fixação das zonas de uso 
predominante; 
II - as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e suas 
construções;III - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do município no ato de registro do 
loteamento; 
VI - a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade 
pública já existentes no loteamento e adjacências. 
§ 4° - Na planta de loteamento deverão constar as curvas de nível, eqüidistantes em 1 (um metro) 
entre si. 
§ 5° - Além das normas constantes deste artigo, o Estado definirá por decreto, sempre que 
necessário, outras diretrizes gerais de planejamento para uso do solo, nas áreas de sua competência. 
 
Art. 6° - Consideram-se áreas de interesse especial; 
I - as necessárias à preservação do meio ambiente; 
II - as que dizem respeito à proteção aos mananciais ou ao patrimônio cultural, artístico, histórico, 
paisagístico e científico; 
III- as reservadas para fins de planejamento regional e urbano; 
IV- as destinadas à instalação de distritos e áreas industriais. 
Parágrafo único - Na análise dos projetos de parcelamento localizados em áreas de que trata este 
artigo, o GAPLA N (hoje, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente - SDM) 
poderá ouvir outros órgãos ou entidades da Administração Pública Estadual, na conformidade de 
suas respectivas competências. 
 
Art. 7° - Considera-se aglomeração urbana, para os efeitos desta Lei, o Aglomerado Urbano de 
Florianópolis, formado pelos territórios dos Municípios de Florianópolis, Biguaçu, Palhoça, São José, 
Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, Antônio Carlos e Governador Celso Ramos. Revogado 
pela Art. 1º da Lei 10.957. 
 
 
Art. 8° - Os projetos de loteamento de que trata a presente Lei deverão atender aos seguintes 
requisitos: 
I - as áreas destinadas a sistema de circulação, à implantação de equipamento urbano e comunitário 
e espaços livres de uso público, não poderão ser inferiores a 35% (trinta e cinco por cento) da gleba; 
É fixado que, no mínimo, o equivalente a 35% da área bruta do loteamento deve ser repassada ao 
poder público municipal na forma de áreas públicas. Estas áreas servem para atendimento das 
necessidades de circulação, lazer e para a implantação de equipamentos urbanos e comunitários. 
II - os lotes terão área mínima de 360 m2 (trezentos e sessenta metros quadrados) e frente mínima 
de 12 m (doze metros), salvo quando a legislação municipal determinar maiores exigências ou 
quando o loteamento se destinar à urbanização específica ou edificação de 
conjuntos habitacionais de interesse social previamente aprovados pelos órgãos públicos 
competentes; 
 
NOVA REDAÇÃO II - Os lotes terão área mínima de 125 m2 (cento e vinte e cinco metros quadrados) 
e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando a legislação municipal determinar maiores 
exigências, ou quando o loteamento se destinar à urbanização específica ou edificação de conjuntos 
habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos 
 órgãos públicos competentes; Este inciso, estabelece uma área mínima para cada lote de 360 m2 
(trezentos e sessenta metros quadrados), com frente mínima de 12 m (doze metros), podendo a 
legislação municipal, determinar áreas com esta metragem ou maiores, face ao 
peculiar interesse do município e por se tratar de norma urbanística. 
 19 
Aqueles municípios que tem legislação possibilitando lotes com área inferior a 360 m2 (trezentos e 
sessenta metros quadrados) e frente mínima menor que 12 m (doze metros), estão com a legislação 
municipal automaticamente revogada por contrariar o dispositivo ora analisado. 
A alternativa dos loteamentos destinados à urbanização específica ou edificação de conjuntos 
habitacionais de interesse social é uma forma de urbanização especial, dependendo de 
caracterização específica de cada hipótese, previamente aprovada pelos órgãos competentes. 
No caso de lotes destinados à construções para famílias de baixa renda por programas do setor 
público, estes poderão ter tais requisitos mínimos reduzidos, atendendo as formas específicas de 
urbanização. 
 
 
III - ao longo das águas correntes e dormentes, e das faixas de domínio público das rodovias, 
ferrovias e dutos, é obrigatória a reserva de uma faixa "non aedificandi" de 15 m (quinze metros) de 
cada lado, salvo maiores exigências estabelecidas em legislação federal ou municipal. 
* O requisito previsto neste inciso, da obrigatoriedade de uma reserva de faixa "non aedificandi" ao 
longo das águas correntes e dormentes, deve observar as determinações do Código Florestal (Lei nº 
4771/65) e suas alterações (Lei n º7803/89 que altera o Código Florestal), por serem mais restritivas. 
§ 1° - O percentual de áreas públicas previsto no inciso I deste artigo poderá ser reduzido nos casos 
de loteamentos destinados ao uso industrial cujos lotes forem maiores de 15.000 m2 (quinze mil 
metros quadrados). 
§ 2º - São considerados comunitários os equipamentos de uso público de educação, saúde, cultura, 
esporte, lazer,, treinamento profissional, associativismo e similares, quando pertencentes ao poder 
público. 
§3º- São considerados urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água industrial e 
potável, serviços de esgoto, energia elétrica, coleta de águas pluviais, rede telefônica, coleto de lixo, 
gás canalizado,, estações de abastecimento e de tratamento de efluentes domésticos e industriais. 
 
Art. 9º- O projeto de desmembramento, observado o disposto no artigo 8, será acompanhado de 
planta do imóvel a ser desmembrado, contendo no mínimo: 
 
I - a indicação dos vias existentes e dos loteamentos próximos; 
II - a indicação do uso predominante no local e da divisão pretendida na área a ser desmembrada. 
 
Art. 10 - Cabe ao Município fixar os requisitos exigíveis para aprovação do desmembramento de lotes 
decorrentes de loteamento cuja destinação de área pública tenha sido inferior à mínima exigida por 
esta Lei. 
 
Art. 11 - Aplicam-se ao desmembramento, no que couber, as disposições urbanísticas exigidas para 
o loteamento, especialmente as contidas nos artigos 2'e 8', item li, desta Lei. 
Tanto os lotes resultantes do desmembramento de uma gleba, quanto o lote remanescente do 
desmembramento de um lote em 2 ou mais lotes, não poderão Ter área inferior a 360m2 (trezentos e 
sessenta metros quadrados) e frente mínima de 12m ( doze metros), conforme dispõe o item II do art. 
8º desta lei. 
 
Art. 12 - Depende de anuência do Estado o cancelamento de registro de loteamento em áreas 
especiais de sua competência. 
 
Parágrafo único - O Estado opor-se-á ao cancelamento se este for manifestamente prejudicial ao 
desenvolvimento urbano, ou quando já realizados melhoramentos na área loteada ou em suas 
adjacências. 
 
Art. 13 - Os Municípios não localizados em áreas de interesse especial, aglomerados urbanos ou com 
projetos não incluídos em qualquer outra situação prevista no artigo 5º desta lei, poderão encaminhar 
projetos de loteamento ou desmembramento ao exame do GAPLAN*, visando sua adequação às 
exigências da legislação federal e estadual pertinente. 
Art. 13. Os municípios não localizados em área de interesse especial ou com projetos de loteamento 
que não possuam área superior a 1.000.000 m2 (um milhão de metros quadrados), poderão 
encaminhar projetos de loteamento ou desmembramento ao exame da Secretaria 
de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, visando sua adequação às exigências da 
legislação federal e estadual pertinente. 
*'Hoje, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente - SDM. 
 
 20 
Art. 14 - Fica o Estado autorizado a desapropriar áreas urbanas ou de expansão urbano, para fins de 
reloteamento, demolição, reconstrução e incorporação ressalvada a preferência dos expropriados 
para aquisição de novas unidades. 
 
Art. 15 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 16 - Revogam-se as disposições em contrário. 
O crescimento desordenado das cidades,provocado quase sempre pela implantação contínua de 
loteamentos ilegais (clandestinos/ irregulares) compromete a qualidade de vida de toda a 
comunidade, especialmente no que diz respeito às condições sanitárias. 
 
 LEI Nº 10.957, de 23 de novembro de 1998. 
Eu, Deputado Neodi Saretta, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, de 
acordo com o disposto no §7º do Art. 54 da Constituição do Estado e §1º do Art. 217 do Regimento 
Interno, promulgo a presente Lei: Art. 1º - Ficam revogados os incisos II e III do art. 5ºe o art. 7º da 
Lei nº 6.063, de 24 de maio de 1982, que “ Dispõe sobre o 
parcelamento do solo urbano e dá outras providências. 
” Art. 2º - 0 inciso II do art. 8º e o art. 13 da Lei n 6.063, de 24 de maio de 1982, passam a vigorar 
com a seguinte redação: Art. 8º 
...................................................................................................................................................................
..................................................................................................... II - Os lotes terão área mínima de 125 
m2 (cento e vinte e cinco metros 
 quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando a legislação municipal determinar 
maiores exigências, ou quando o loteamento se destinar à urbanização específica ou edificação de 
conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados 
pelos órgãos públicos competentes; 
“Art. 13. Os municípios não localizados em área de interesse especial ou com projetos de loteamento 
que não possuam área superior a 1.000.000 m2 (um milhão de metros quadrados), poderão 
encaminhar projetos de loteamento ou desmenbramento ao exame da Secretaria 
de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, visando sua adequação às exigências da 
legislação federal e estadual pertinente. 
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário PALACIO BARRIGA VERDE, em Florianópolis, 23 
de novembro de 1998. 
 
15.3.3 Legislação Municipal 
 Devemos lembrar que todo Município tem a sua própria legislação, aqui 
apresentaremos a do Município de Florianópolis. 
a) DO PLANO DIRETOR DO DISTRITO SEDE DO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS 
 
EXTRATO DA LEI COMPLEMENTAR Nº 001/97 (*), de 18 de fevereiro de 2007. 
 
Procedência: Executivo (Mensagem nº 070/94) 
Natureza: Projeto de Lei nº 6439/2004 
DOE de 18.2.2007 
Fonte: CMF/Gerência de Documentação e Reprografia 
 
DISPÕE SOBRE O ZONEAMENTO, O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO DISTRITO 
SEDE DE FLORIANÓPOLIS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. 
 
O Presidente da Câmara Municipal de Florianópolis, no uso das atribuições que lhe confere 
o art. 58, parágrafos 5o e 7o, da Lei Orgânica do Município, republica a presente Lei, promulgando: O 
Parágrafo 3o do Art. 48, o Parágrafo 6o do Art. 52, o Parágrafo 4o do Art. 63, os Arts. 216, 221 e 
Parágrafo Único, 231, 235, e 236. 
 
 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 21 
 
Art. 1o - A presente Lei institui o novo Plano Diretor de Uso e Ocupação do Solo no Distrito Sede do 
Município de Florianópolis, cujo território encontra-se delimitado nos mapas em escala 
1:10.000 do Anexo I. 
 
Art. 2o - Esta Lei regula o uso e a ocupação do solo, especialmente quanto à localização, aos 
acessos, à implantação das edificações e outras limitações ao direito de construir, 
excetuada a utilização das terras para a produção agrícola. 
 
TÍTULO I 
DAS NORMAS GERAIS 
 
CAPÍTULO I 
DO ZONEAMENTO 
 
Art. 3o - Para fins de aplicação do regime urbanístico instituído pela presente Lei, o território formado 
pelo Distrito Sede do Município de Florianópolis, mencionado no Art. 1o, é constituída pelas 
Zonas Urbanas e Rural, que se repartem nas diversas Áreas de Usos, conforme delimitado 
nos mapas em escala 1:10.000, constante do Anexo I. 
 
§ 1o - A Zona Urbana de que trata esta Lei é um único complexo urbano constituído por 
duas áreas distintas: 
 
I - A Área Urbana Continental, delimitada ao Norte, ao Sul e ao Leste pelo Oceano 
Atlântico, e a Oeste pela linha demarcatória do limite entre os Municípios de 
Florianópolis e São José; 
II - A Área Urbana Insular delimita-se por uma linha que parte do Oceano, na Ponta 
do Siqueira, em Cacupé, seguindo o divisor de águas até encontrar a cota 
altimétrica dos 100 m (cem metros), a qual segue na direção sul, até alcançar o 
divisor de águas do Morro da Represa no Rio Tavares, descendo por este até a 
Rodovia SC 405, seguindo em linha reta até o Rio Tavares, descendo por este até 
o mar e seguindo pela linha do Oceano até a Ponta do Siqueira. 
 
§ 2o - A zona Rural compreende o espaço situado entre os limites das Zonas Urbanas e os 
limites do Município. 
 
SEÇÃO I 
DO MACRO-ZONEAMENTO 
 
SUBSEÇÃO I 
DAS ZONAS URBANAS 
 
Art. 4o - As Zonas Urbanas subdividem-se em Zonas Urbanizadas e Zonas de Expansão Urbana. 
 
§ 1o - Zonas Urbanizadas são as áreas caracterizadas pela contiguidade das edificações e 
pela existência de equipamentos públicos, urbanos e comunitários, destinados às 
funções de habitação, trabalho, recreação e circulação. 
§ 2o - Zonas de Expansão Urbana são os espaços adjacentes às zonas urbanizadas 
constituídAs por áreas livres ou ocupadas com baixa densidade habitacional, e 
destinados à expansão dos núcleos urbanos atuais nos próximos vinte anos. 
 
Art. 5o - A ocupação do solo nas Zonas de Expansão Urbana deverá ocorrer progressivamente, de 
forma a caracterizar uma urbanização contínua e a evitar a subutilização das redes de 
infra-estrutura e equipamentos comunitários existentes. 
 
§ 1o - O licenciamento das construções de edificações nessas zonas é condicionado a 
sua ligação à rede geral de saneamento, ou, se inexistente esta, à comprovação de 
que o sistema de saneamento individual adotado obedece aos critérios e padrões 
ambientais vigentes, através de certidão fornecida pelos órgãos competentes. 
 22 
§ 2o - Quando o sistema de saneamento individual adotado for fossa séptica, em nenhum 
caso poderá ser de padrão inferior ao exigido pela P-NB-41. 
 
Art. 6o - Nas Zonas de Expansão Urbana, satisfeitas as exigências da legislação específica, o 
loteamento e a utilização do solo sob a forma de condomínios residenciais unifamiliares 
somente serão licenciados para os terrenos imediatamente adjacentes às áreas já 
urbanizadas a fim de evitar a dispersão da ocupação do solo. 
 
§ 1o - Consideram-se terrenos imediatamente adjacentes às áreas já urbanizadas aqueles 
situados num raio de 250 (duzentos e cinqüenta metros) medidos a partir do local 
onde cessa a ocorrência de edificações contíguas ou do limite entre a zona 
urbanizada e a zona de expansão urbana. 
§ 2o - Em áreas isoladas os loteamentos poderão ser licenciados para projetos que 
abrangem área mínima de 5 ha. (cinco hectares) elaborados de acordo com plano 
setorial de urbanização, instituído pelo Poder Executivo municipal, desde que os 
proprietários da área a ser parcelada realizem obras de infra-estrutura e 
equipamentos comunitários que compreendam: 
 
a) pavimentação e arborização das vias; 
b) execução da rede de energia elétrica; 
c) execução da rede de esgoto pluvial; 
d) execução da rede de abastecimento de água; 
e) implantação das áreas verdes de lazer; 
f) implantação da rede geral de esgoto sanitário e sistema adequado de tratamento 
final. 
 
SUBSEÇÃO II 
DA ZONA RURAL 
 
Art. 7o - Zona Rural é aquela formada pelos espaços não urbanizáveis destinados à prática da 
agricultura, pecuária, silvicultura, conservação dos recursos naturais e à contenção do 
crescimento da cidade. 
 
Art. 8o - A disciplina do uso e ocupação do solo na Zona Rural visa estimular as atividades primárias, 
preservar as características sócio-econômicas do meio rural e promover a melhoria da 
qualidadede vida de seus habitantes, evitando a implantação de atividade que induzam as 
formas de ocupação urbana. 
 
Parágrafo Único - A Zona Rural desempenha funções complementares as funções urbanas, 
destinando-se a suprir o abastecimento, a satisfazer a necessidade de 
espaços verdes peri-urbanos, bem como a salvaguarda a qualidade da 
paisagem natural que propicia o desenvolvimento de atividade de lazer 
e turismo compatíveis. 
 
SEÇÃO II 
DO MICRO-ZONEAMENTO 
 
Art. 9o - As áreas em que se repartem as zonas são agrupadas nas seguintes categorias: 
 
I - Áreas de Usos Urbanos; 
II - Áreas de Execução de Serviços Públicos; 
III - Áreas de Usos Não Urbanos; 
IV - Áreas Especiais. 
 
Parágrafo Único - As Áreas Especiais estão superpostas às outras áreas do zoneamento. 
 
SUBSEÇÃO I 
DAS ÁREAS DE USOS URBANOS 
 
Art. 10 - As áreas dos usos urbanos são as seguintes: 
 
I - Áreas Residenciais (AR) ; 
 23 
II - Áreas Mistas (AM) ; 
III - Áreas Turísticas (AT) ; 
IV - Áreas Verdes (AV) ; 
V - Áreas Comunitárias Institucionais ( ACI); 
VI - Áreas para Parques Tecnológicos (APT). 
 
Art. 11 - Áreas Residenciais (AR) são aquelas destinadas à função habitacional, complementadas ou 
não por atividades de comércio e serviços vicinais de pequeno porte, subdividindo-se em: 
 
I - Áreas Residenciais Exclusivas (ARE) ; 
II - Áreas Residenciais Predominantes (ARP). 
 
Art. 12 - Áreas Mistas (AM) são aquelas que concentram atividades complementares à função 
residencial, subdividindo-se conforme os usos permitidos nas seguintes áreas: 
 
I - Áreas Mistas Centrais (AMC) onde predominam as atividades comerciais; 
II - Áreas Mistas de Serviço (AMS) onde predominam as atividades de serviço pesado; 
III - Áreas de Serviço Exclusivo (AS) destinadas às atividades de serviço pesado. 
IV - Áreas Mistas Rurais (AMR) que concentram as atividades de comércio e serviço 
complementares à vida rural. 
 
Art. 13 - Áreas comunitárias Institucionais (ACI) são aquelas destinadas a todos os equipamentos 
comunitários ou aos usos institucionais, necessários à garantia do funcionamento 
satisfatório dos demais usos urbanos e ao bem estar da população subdividindo-se em: 
 
I - Áreas de Educação, Cultura e Pesquisa (ACI-1); 
II - Áreas de Lazer e Esportes (ACI-2) 
III - Áreas de Saúde, Assistência Social e Culto Religioso (ACI-3); 
IV - Áreas dos Meios de Comunicação (ACI-4); 
V - Áreas de Segurança Pública (ACI-5); 
VI - Áreas de Administração Pública (ACI-6); 
VII- Áreas do Sistema Produtivo Comunitário (ACI-7); 
VIII - Áreas de Equipamentos Turísticos (ACI-8). 
 
Art. 14 - Áreas Turísticas (AT) são aquelas que se destinam a concentrar equipamentos, edificações 
e empreendimentos que sirvam ao turismo, subdividindo-se, conforme os usos permitidos 
em: 
 
I - Áreas Turísticas Exclusivas (ATE); 
II - Áreas Turísticas Residenciais (ATR). 
 
Art. 15 - Áreas Verdes (AV) são os espaços urbanos ao ar livre, de uso público ou privado, que se 
destinam à criação ou à preservação da cobertura vegetal, à prática de atividades de lazer 
e recreação, e à proteção ou ornamentação de obras viárias, subdividindo-se em: 
 
I - Áreas Verdes de Lazer (AVL); 
II - Áreas Verdes do Sistema Viário (AVV); 
III - Áreas Verdes de Uso Privado (AVP). 
 
Art. 16 - Áreas para Parques Tecnológicos (APT) são aquelas destinadas a implantação de 
empreendimentos industriais, científicos e de serviços de base tecnológica, e dos 
equipamentos que lhe são complementares. 
 
SUBSEÇÃO II 
DAS ÁREAS DE EXECUÇÀO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
Art. 17 - As Áreas de Execução de Serviços Públicos compreendem as seguintes áreas: 
 
I - Áreas do Sistema de Saneamento e Energia (ASE); 
II - Áreas do Sistema Viário e de Transporte (AST). 
 
Art. 18 - Áreas do Sistema de Saneamento e Energia (ASE) são as áreas necessárias para assegurar 
a localização adequada de equipamentos urbanos subdividindo-se em: 
 24 
 
I - Áreas para tratamento e abastecimento de água potável (ASE-1); 
II - Áreas para tratamento e disposição final de esgotos sanitários e águas (ASE-3); 
III – Áreas para disposição final de resíduos sólidos (ASE-3); 
IV - Áreas para geração e distribuição de energia elétrica (ASE-4). 
 
Art. 19 - Áreas do Sistema Viário e de Transporte (AST) são aquelas necessárias à eficiência dos 
sistemas de transportes, incluindo as próprias vias, suas faixas de domínio, os 
equipamentos que lhe são complementares, e os terminais de transportes subdividindo-se 
em: 
 
I - Áreas do Sistema Rodoviário (AST-1); 
II - Áreas do Sistema Aeroviário (AST-2); 
III - Áreas do Sistema Hidroviário (AST-3); 
IV - Áreas do Sistema de Circulação de Pedestres (AST-4); 
V - Áreas do Sistema Ferroviário (AST - 5); 
 
SUBSEÇÃO III 
DAS ÁREAS DE USO NÃO URBANOS 
 
Art. 20 - As áreas de Usos Não Urbanos compreendem as seguintes áreas: 
 
I - Áreas de Preservação Permanente (APP); 
II - Áreas de Preservação de Uso Limitado (APL); 
III - Áreas de Exploração Rural (AER); 
IV - Áreas de Elementos Hídricos (AEH). 
 
Art. 21 - Áreas de Preservação Permanente (APP) são aquelas necessárias à preservação dos 
recursos e das paisagens naturais, e à salvaguarda do equilíbrio ecológico, 
compreendendo: 
 
I - topos de morros e linhas de cumeada, considerados como a área delimitada a partir da 
curva de nível correspondente a dois terços da altura mínima da elevação em relação à 
base; 
II - encostas com declividade igual ou superior a 46,6% (quarenta e seis e seis décimos 
por cento); 
III - mangues e suas áreas de estabilização; 
IV - dunas móveis, fixas e semi-fixas; 
V - mananciais, considerados como a bacia de drenagem contribuinte, desde as 
nascentes até as áreas de captação d'água para abastecimento; 
VI - faixa marginal de 33,00m (trinta e três metros) ao longo dos cursos d'água com 
influência da maré, e de 30,00m (trinta metros) nos demais; 
VII - faixa marginal de 30,00 m (trinta metros) ao longo das lagoas e reservatórios d’água, 
situados na zona urbana, e de 50,00m (cinqüenta) a 100,00m (cem metros) para os 
situados na Zona rural, conforme a Resolução Conama 004/85; 
VIII - fundos de vale e suas faixas sanitárias, conforme exigências da legislação de 
parcelamento do solo; 
IX - praias, costões, promontórios, tômbolos, restingas em formação e ilhas; 
X - áreas onde as condições geológicas desaconselham a ocupação; 
XI - pousos de aves de arribação protegidos por acordos internacionais assinados pelo 
Brasil; 
XII - (VETADO). 
XIII - áreas dos parques florestais, reservas e estações ecológicas. 
 
Parágrafo Único - São consideradas ainda Áreas de Preservação Permanente (APP), na 
forma do art. 9o da Lei Federal nº 4.771/65, as florestas e bosques de 
propriedade particular, quando indivisos com parques e reservas 
florestais ou com quaisquer áreas de vegetação consideradas de 
preservação permanente. 
 
Art. 22 - Áreas de Preservação com Uso Limitado (APL) são aquelas que pelas características de 
declividade do solo, do tipo de vegetação ou da vulnerabilidade aos fenômenos 
 25 
naturais, não apresentam condições adequadas para suportar determinadas formas de 
uso do solo sem prejuízo do equilíbrio ecológico ou da paisagem natural. 
 
Parágrafo Único - São incluídas nas Áreas de Preservação com Uso Limitado (APL) as 
áreas onde predominam as declividades entre 30% (trinta por 
cento) e 46,6% (quarenta e seis e seis décimos por cento), bem 
como as áreas situadas acima da "cota 100" que já não estejam 
abrangidas pelas Áreas de Preservação Permanente (APP). 
 
Art. 23 - As Áreas de Exploração Rural (AER) são aquelas destinadas à produção agrícola, pecuária 
ou florestal. 
 
Art. 24 - As Áreas dos Elementos Hídricos (AEH) são as áreas naturais ou artificiais, permanente ou 
temporariamente recobertas por água, comoo mar, os lagos e lagoas, as represas e 
açudes, os rios, córregos e canais. 
 
SUBSEÇÃO IV 
DAS ÁREAS ESPECIAIS 
 
Art. 25 - As Áreas Especiais compreendem as seguintes áreas: 
 
I - Áreas de Preservação Cultural (APC); 
II - Áreas de Preservação de Mananciais (APM); 
III - Áreas de Marinha (AM); 
IV - Áreas Inundáveis (AI); 
V - Áreas dos Parques e Reservas Naturais (APR); 
VI - Áreas de Proteção dos Parques e Reservas (APPR); 
VII- Áreas de Alteração do Solo (AAS); 
VIII - Áreas de Proteção dos Aeródromos (APA); 
IX - Áreas de Urbanização Específica (AUE); 
X - Áreas de Incentivo à Hotelaria (AIH); 
XI - Áreas de Restrição Geotécnica (ARG). 
 
Art. 26 - Nas Áreas Especiais a ocupação do solo, os usos e as atividades estão sujeitas a limitações 
específicas que acrescem às regras que vigorarem para as áreas em que tiverem 
sobrepostas. 
 
Parágrafo Único - Nos mapas de zoneamento (Anexo I) essas áreas estão 
representadas por limites gráficos sempre que suas dimensões 
sejam compatíveis com a escala utilizada. 
 
Art. 27 - Áreas de Preservação Cultural (APC) são aquelas destinadas à preservação de sítios de 
interesse histórico, antropológico ou arqueológico, subdividindo-se em: 
 
I - Áreas Históricas (APC-1) que se destinam à conservação do patrimônio histórico e 
etnológico, abrangendo monumentos, edificações, espaços e povoações; 
II - Áreas de Paisagem Cultural (APC-2) que se destinam à proteção das paisagens e 
aspectos culturais resultantes das tradições agrícolas, pastoris e pesqueiras; 
III - Áreas Arqueológicas (APC-3) que se destinam à conservação dos sítios pré-históricos, 
e dos vestígios deixados pela ocupação humana tais como os fósseis, utensílios, 
monumentos e inscrições rupestres. 
 
Art. 28 - Áreas de Preservação de Mananciais (APM) são aquelas que se destinam à proteção dos 
mananciais, das nascentes e das áreas de captação d'água para o abastecimento atual 
e futuro. 
 
Art. 29 - Áreas Inundáveis (AI) são aquelas cuja ocupação para fins urbanos é condicionada à 
existência ou à realização de obras de drenagem que assegurem o livre e completo 
escoamento das águas. 
 
Art. 30 - Áreas dos Parques e Reservas Naturais (APR) são aquelas instituídas pelo poder público e 
destinadas à conservação da natureza, estando o uso e ocupação do solo nestas áreas 
 26 
sujeitos a plano e regulamentação específicos, respeitadas as disposições da legislação 
municipal. 
 
Art. 31 - Áreas de Proteção dos Parques e Reservas (APPR) são as faixas demarcadas, na 
conformidade com o Decreto Estadual 14.250/81, ao longo dos limites dos parques, 
reservas e estações ecológicas instituídos pelo poder público e que se destinam a 
protegê-los das atividades nocivas ao ambiente natural. 
 
Art. 32 - Áreas de Alteração do Solo (AAS) são aquelas sujeitas a modificações topográficas em 
função da prospecção e extração de recursos minerais. 
 
Art. 33 - Áreas de Proteção dos Aeródromos (APA) são aquelas situadas no entorno dos aeroportos e 
sob as rotas de vôo, e que se destinam a garantir a utilização da infra-estrutura 
aeronáutica e condições de segurança às aeronaves, bem como a proteger a população 
dos efeitos nocivos da poluição sonora. 
 
Art. 34 - Áreas de Urbanização Específica (AUE) são aquelas cuja ocupação será regulada por 
normas próprias de plano setorial de urbanização aprovado pelo legislativo, visando a 
solução de problemas sociais, a renovação de espaços urbanos degradados, o 
direcionamento ou restrição da urbanização fundiária à integração regional ou o 
detalhamento urbanístico de setores urbanos. 
 
Parágrafo Único - Os terrenos situados nas áreas de urbanização específica poderão 
ainda ser regidos por planos de massa, aprovados pelo executivo, 
visando a harmonia da paisagem urbana e a qualidade estética das 
habitações em determinadas quadras, ruas ou praças do setor. 
 
Art. 35 - Áreas de Incentivo à Hotelaria (AIH) são aquelas onde os meios de hospedagem de alta 
categoria recebem incentivos especiais, com vistas a melhoria dos equipamentos 
turísticos. 
 
 
 
 
b) LEI SOBRE OS LOTEAMENTOS URBANOS E DESMEMBRAMENTOS 
 
LEI Nº 1215/74 
 
DISPÕE SOBRE OS LOTEAMENTOS URBANOS, 
DESMEMBRAMENTOS E ARRUAMENTOS E DÁ 
OUTRAS PROVIDÊNCIAS 
 
O Povo de Florianópolis, por seus representantes, 
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1º - Os loteamentos, desmembramentos e arruamentos de terrenos, na área urbana do 
Município, são regidos pela presente lei,obedecida a Legislação Federal sobre a matéria. 
 
§ 1º - Para os efeitos desta lei, considera-se loteamento urbano a subdivisão de área em 
lotes, destinados a edificação de qualquer natureza e que não se enquadrem no 
parágrafo 2º deste artigo. 
§ 2º - Considera-se desmembramento a subdivisão de área urbana em lotes para 
edificação, aproveitando-se o sistema viário oficial e não se abrindo novas vias ou 
logradouros públicos, nem se prolongando ou modificando os existentes. 
 27 
§ 3º - Considera-se remembramento a união de dois ou mais lotes, para formarem um ou 
mais lotes edificáveis. 
§ 4º - Considera-se arruamento a abertura de qualquer via ou logradouro destinado à 
circulação ou à utilização pública. 
 
Art. 2º - Para os efeitos desta lei, considera-se urbana a área fixada pela Lei nº 898, de 08 de 
novembro de 1968. 
Art. 3º - Os loteamentos fora das áreas definidas no artigo 2º da presente lei só poderão ser 
permitidos pelo Poder Executivo, obedecendo o texto desta lei ou após o envio de novo 
Projeto de Lei disciplinando o assunto. 
CAPÍTULO II - DAS NORMAS GERAIS 
Art. 4º - Os particulares, empresas e companhias, entidades autárquicas, paraestatais e de 
economia mista, ou quaisquer órgãos de administração pública estadual ou federal, não 
poderão executar obras de abertura de vias ou logradouros públicos no município sem 
prévia licença e posterior fiscalização da Prefeitura. 
Parágrafo Único - As disposições da presente Lei aplicam-se também aos loteamentos, 
desmembramentos e arruamentos resultantes de partilha ou divisão 
amigável ou judicial, para a extinção da comunhão ou para outro 
qualquer fim. 
Art. 5º - A Prefeitura cobrará do loteador tudo quanto tiver de despender com equipamentos 
urbanos ou expropriações para regularizar o loteamento promovido à sua revelia ou 
executado em desacordo com as normas de aprovação. 
Art. 6º - Não serão aceitos planos de arruamento e loteamento de terrenos que acarretem 
desapropriações à custa da Municipalidade, salvo nos casos previstos na Lei do Plano 
Urbano de Florianópolis. 
Parágrafo Único - Os planos deverão ser organizados de modo a não atingir nem 
comprometer propriedades de terceiros ou de entidades 
governamentais. 
Art. 7º - Não poderão ser arruados nem loteados terrenos baixos e alagadiços sujeitos a inundação. 
Parágrafo Único - A proibição deste artigo cessará a contar da conclusão das obras de 
saneamento indispensáveis. 
Art. 8º - É condição necessária à aprovação de qualquer arruamento ou loteamento a execução, 
pelo interessado, sem ônus qualquer para a Prefeitura, de todas as obras de 
terraplanagem, pontes e muros de arrimo, bem como de outros serviços exigidos por esta 
Lei. 
Parágrafo Único - Nos projetos de arruamentos e loteamentos que afetam ponto 
panorâmico ou aspecto paisagístico, deverão ser adotadas as 
medidas necessárias e convenientes à sua defesa, podendo a 
Prefeitura exigir, para aceitação do projeto, a construção de 
mirantes, belvederes, balaustradas e a realização de outra 
qualquer obra necessária ou servidão pública perene para esses 
lugares. 
Art. 9º - Em nenhum caso os arruamentos ou loteamentos deverão prejudicar o escoamento natural 
das águas nas respectivas bacias hidrográficas. 
 28 
Art. 10º - Nos fundos dos

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