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História do Brasil O GOVERNO-GERAL 1 Sumário Introdução......................................................................................................................................2 Objetivos ....................................................................................................................................... 2 1. O Governo-Geral ....................................................................................................................... 2 1.1. A implantação do Governo-Geral ................................................................................ 2 1.2. A resistência dos indígenas .......................................................................................... 3 Exercícios ...................................................................................................................................... 4 Gabarito ........................................................................................................................................ 5 Resumo...........................................................................................................................................5 2 Introdução Você se lembra de como foram organizadas as capitanias hereditárias na América portuguesa? Para ocupar o território colonial, a Coroa portuguesa buscou atrair colonos, doando terras a eles, desde que as tornassem produtivas e protegidas de invasões dos indígenas ou de estrangeiros, como os corsários franceses. Mesmo assim, várias regiões das colônias acabaram não sendo ocupadas, pois não oferecia aos nobres portugueses uma confiança do retorno de seus investimentos. Colonizar a América se revelava muito dispendioso. Dessa forma, com dificuldades de administrar o território colonial, o Rei decidiu instituir o Governo-Geral. Esse será o tema da presente apostila. Objetivos • Compreender o estabelecimento do governo geral; • Analisar a resistência indígena às imposições dos colonizadores. 1. O Governo-Geral 1.1. A implantação do Governo-Geral Diante da dificuldade com as capitanias hereditárias como a principal forma de administrar o território colonial, a Coroa Portuguesa, em 1539, passou a comandar diretamente a administração do seu domínio na América, instalando assim o Governo-Geral na Bahia. Um dos grandes motivos dessa centralização e instalação de um aparato administrativo colonial se dava pelas notícias da existência de metais preciosos na América do Sul, descobertas efetivadas na América Espanhola. O Rei Dom João III atribuiu à Tomé de Souza o cargo de primeiro governador- geral da colônia, que foi auxiliador por assessores: capitão-mor, provedor-mor e ouvidor-mor. Por meio de um regimento foi encarregado a ele as incumbências de: • conceder sesmarias, • explorar os sertões, • acompanhar e fiscalizar os rendimentos das capitanias, • organizar a defesa do território junto com os colonos, • garantir a monopolização do pau-brasil, • combater e expulsar os piratas na costa litorânea. 3 Nesse mesmo momento foi criado o primeiro bispado do Brasil, em Salvador. Também chegaram ao Brasil os Jesuítas, que entraram em conflito contra os colonos acerca da escravização dos indígenas. Esse conflito aconteceu entre 1553 e 1558, quando Tomé de Souza já havia sido substituído por Duarte da Costa, como Governador Geral. O próprio filho de Duarte da Costa, Álvaro da Costa, entrou em conflito com o bispo Pero Sardinha sobre a questão da escravização dos indígenas. Com a invasão dos franceses ao Rio de Janeiro, em 1555, foi nomeado um novo Governador Geral, Mem de Sá, que teve também como atribuição expulsar os franceses e solucionar os conflitos internos na colônia, impedindo assim a instauração no Rio de Janeiro da França-Antártica. 1.2. A resistência dos indígenas Os donatários tinham o direito de escravizar e vender os indígenas, esse era um dos direitos dados pelo Rei de Portugal. Isso devia ao fato da escassez da mão de obra para o trabalho nas lavouras de cana. Porém, em 1537 a Igreja Católica tinha proibido a escravização dos indígenas, pois o Papa Paulo III tinha decretado sobre os índios serem seres humanos e que possivelmente teriam alma (Figura 01). Desse modo, só poderiam ser escravizados aqueles índios que fossem violentos com os colonizadores. Desse modo, os jesuítas e os colonizadores entraram em vários conflitos entre si sobre a questão indígena. Os indígenas resistiram de forma variada à imposição colonizadora. Foram formas de resistência dos índios: • Guerras; • Ataques aos núcleos de povoamento dos colonos; • Ataques aos engenhos; • Migrações para o interior. Outra forma de resistência era a ressignificação que os indígenas faziam da cultura que era imposta a eles. Porém, vários grupos indígenas também faziam alianças com os colonizadores para combater outros grupos indígenas que eram seus inimigos. Na chamada Confederação dos Tamoios, entre 1554 e 1567, vários grupos tupis se uniram para resistir à escravidão imposta pelos colonos portugueses nos litorais de São Paulo e Rio de Janeiro. Os Tupinambá e os Tupiniquim, juntos a outras etnias, aliaram-se aos franceses para lutar contra os portugueses, que por sua 4 vez estavam aliados aos Guaianás. Finalmente, Estácio de Sá, capitão-mor, expulsou definitivamente os franceses e exterminou os Tupinambás. Contudo, vários conflitos entre portugueses e indígenas, juntos a conflitos entre as etnias, continuaram até pelo menos 1720. 01 Um missionário com índios Tapuia aldeados, em gravura de Rugendas do início do século XIX. Exercício 1. (UEL-PR) A centralização político-administrativa do Brasil colônia foi concretizada com a: a) criação do Estado do Brasil b) instituição do governo-geral c) transferência da capital para o Rio de Janeiro d) instalação do sistema das capitanias hereditárias e) política de descaso do governo português pela atuação predatória dos bandeirantes 2. (UEL-PR) A centralização político-administrativa do Brasil colônia foi concretizada com a: a) criação do Estado do Brasil. b) instituição do governo-geral. 5 c) transferência da capital para o Rio de Janeiro. d) instalação do sistema das capitanias hereditárias. e) política de descaso do governo português pela atuação predatória dos bandeirantes. 3. (UEL-PR) A instalação do governo-geral em 1549 contribuiu para que a colonização do Brasil passasse de transitória para efetiva. Havia um forte motivo que alimentava as esperanças dos portugueses: os espanhóis, nas terras vizinhas encontraram o que buscavam. Ao tomar medidas procurando assegurar a posse sobre o vasto território, a Coroa portuguesa estava motivada pelas notícias sobre: a) o modelo de colonização, dependente da iniciativa privada que se revelava pouco eficaz nos Açores e na Madeira. b) as feitorias que vinham dando provas de eficiência como fortificações sólidas para a defesa da terra. c) as semelhanças das culturas pré-cabralinas do Brasil e pré-colombianas da América Central. d) os negócios da Índia em crescente lucratividade, sem riscos de prejuízos e decepções. e) a descoberta de metais preciosos nas terras altas sul-americanas voltadas para o Pacífico. Gabarito 1. B) A centralização se deu com a instituição do Governo-Geral, que foi responsável por resolver conflitosentre colonos e impedir invasão de estrangeiros. 2. b). A primeira forma de centralização efetiva do poder na colônia, foi o Governo-Geral. Antes as capitanias hereditárias repassavam as responsabilidades de áreas menores para os sesmeiros, que eram particulares. O Governador-geral, portanto, representava diretamente a Coroa nas terras coloniais. 3. e). O conceito de Plantation é: grande propriedade (latifúndio), cuja produção é baseada na mão de obra escrava, e em que a produção de monocultura (01 gênero) é voltada para a exportação. Ao tomar conhecimento da presença do metal precioso nas Américas, os Portugueses efetivaram o aumento do controle e da administração do território 6 colonial. O Governo-Geral representava assim os interesses da Coroa diretamente no interior da colônia. 7 Referências bibliográficas MESGRAVIS, Laima. História do Brasil colônia. São Paulo: Contexto, 2015. SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. Referências imagéticas Figura 01: WIKIPEDIA. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rugendas_- _Aldea_des_Tapuyos.jpg. Acesso em: 10/04/2019 às 18h15min.
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