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Revoltas Emancipacionistas

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História do Brasil 
 
 
 
 
REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Introdução......................................................................................................................................2 
 
Objetivos ....................................................................................................................................... 2 
 
1. Revoltas Emancipacionistas ............................................................................................ 2 
 1.1. As revoltas emancipacionistas ..................................................................................... 2 
 1.2. Contexto externo .......................................................................................................... 5 
 
Exercícios ...................................................................................................................................... 6 
 
Gabarito ........................................................................................................................................ 7 
 
Resumo ......................................................................................................................................... 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
Você sabe caracterizar o que são revoltas nativistas? 
Na última apostila você viu que durante o século XVIII aconteceram no Brasil 
várias revoltas com um caráter fortemente antilusitano, ou seja, eram habitantes 
nativos, nascidos no Brasil, tanto de elite quanto populares, que visavam afirmar sua 
independência diante de Portugal. Porém, tais movimentos não tiveram um objetivo 
de questionar o fundamento estrutural da submissão colonial. Ou seja, não 
objetivavam a emancipação em relação a Portugal. 
Na presente apostila, veremos as várias revoltas que passaram a acontecer a 
partir do final do século XVIII e que tiveram como objetivo a emancipação definitiva 
em relação à metrópole. Essas revoltas, chamadas de emancipacionistas ou 
separatistas, foram inspiradas pelos ideais políticos do iluminismo europeu e pela 
Independência dos Estados Unidos acontecida em 1776, e pela Revolução Francesa 
acontecida em 1789. 
Objetivos 
• Descrever e compreender as revoltas emancipacionistas brasileiras; 
• Relacionar o iluminismo com as revoltas emancipacionistas. 
 
1. Revoltas Emancipacionistas 
1.1. As revoltas emancipacionistas 
Diferentemente das revoltas nativistas, as revoltas emancipacionistas ou 
separatistas, tiveram como objetivo provocar uma ruptura na relação colônia-
metrópole. Ou seja, a partir do final do século XVIII acontecem no Brasil várias 
revoltas que tiveram como objetivo a emancipação em relação a Portugal, são elas: 
Inconfidência Mineira (Minas Gerais, 1789), Conjuração Carioca (Rio de Janeiro, 1794), 
Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates (Bahia, 1798), Conspiração dos 
Suassunas (Pernambuco, 1801) e Revolução Pernambucana (Pernambuco, 1817). 
A Inconfidência Mineira aconteceu em um contexto de forte crise econômica 
em Minas Gerais. O esgotamento do ouro devido à grande quantidade extraída nos 
anos anteriores colocou os mineradores em uma posição complicada em relação à 
Coroa, pois deviam a ela impostos. 
Nesse contexto, circulava entre os intelectuais mineiros e as elites, os ideais 
iluministas importados da Europa, que diziam sobre a autonomia, liberdade e 
independência política tanto em nível individual quanto coletivo. Tais ideais eram 
 
3 
 
exaltados contra a tirania dos reis absolutistas, que simbolizavam o antigo regime e 
o passado medieval tido pelos iluministas como de trevas. 
Em 1776 havia acontecido a Independência dos Estados Unidos em relação à 
Inglaterra, inspirada por esses mesmos ideais. Esse fato motivou as elites mineiras a 
promover um movimento que levasse à emancipação de Minas Gerais em relação a 
Portugal. 
No mesmo sentido da Inconfidência Mineira, a Conjuração Carioca, inspirada 
pelos ideais iluministas, foi um movimento de um conjunto de intelectuais que se 
reuniam em torno de uma Sociedade Literária, fundada em 1786. Nas reuniões dessa 
sociedade, eram comuns críticas à tirania por parte da Coroa portuguesa. Porém, 
antes que essas críticas se materializassem em alguma proposta prática de 
intervenção política, a Sociedade foi delatada por um de seus membros às 
autoridades metropolitanas. 
01 
Frontispício da Encyclopédie (1772). 
 
 
 
 
 
4 
 
SAIBA MAIS! 
 
 
 
 
A Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates foi a que teve uma maior 
participação popular comparada com as demais desse contexto. Além da 
participação de médicos, advogados, comerciantes, também participaram ex-
escravos, sapateiros e alfaiates. Os motivos que levaram a essa revolta tinham a ver 
com a decadência da economia açucareira do nordeste e a mudança do eixo 
econômico para as Minas Gerais. De forma parecida com os motivos em torno da 
Inconfidência Mineira, os impostos continuaram sendo cobrados pela Coroa, o que 
fez com que vários segmentos sociais afetados por isso se dispusessem a organizar 
uma revolta, também inspirados pelos ideais iluministas. 
A Conspiração dos Suassunas em Pernambuco foi organizada pelos irmãos 
Cavalcanti de Albuquerque, donos do Engenho Suassuna. Esses colonos faziam parte 
de uma sociedade secreta que era ligada à maçonaria. 
DICA 
 
 
Eles pretendiam fundar no Brasil uma República e que, segundo a 
documentação histórica, contaria inclusive com o apoio de Napoleão Bonaparte da 
França. Mas tal conspiração também foi delatada para as autoridades portuguesas, 
que acabaram deixando livres os participantes por falta de provas. 
A Revolução Pernambucana também teve origem com o aumento de 
imposto efetivado pela Coroa portuguesa. Assim as elites pernambucanas buscavam 
independência diante das imposições políticas vindas da Corte, localizada no Rio de 
Janeiro após a vinda da família real em 1808, em fuga de Napoleão Bonaparte. 
Maçonaria é uma sociedade que existe desde o século 
XVIII. Durante muito tempo se organizou de maneira 
secreta, influenciando na política de diversas 
sociedades pelo mundo. 
Frontispício da Encyclopédie (1772), foi desenhado por 
Charles-Nicolas Cochin e gravado por Bonaventure-
Louis Prévost (Figura 01). Esta obra está carregada de 
simbolismo: a figura do centro representa a verdade – 
rodeada por luz intensa (o símbolo central do 
iluminismo). Duas outras figuras à direita, a razão e a 
filosofia, estão a retirar o manto sobre a verdade. 
 
 
 
5 
 
Mesmo diante da decadência do açúcar, a Corte exigia receber os impostos e 
inclusive os aumentava. Era de conhecimento dos pernambucanos que as excessivas 
cobranças se davam pelo motivo de sustento da vinda da família real portuguesa 
para o Brasil. 
Dessa forma, tanto a elite quanto a classe média se reuniram na tentativa de 
estabelecer no Nordeste uma república separada do Brasil, em que a capital seria em 
Recife. 
A rebelião contou com o apoio de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, e 
conseguiu derrubar o governador de Pernambuco. Decretaram liberdade de 
imprensa, a extinção dos impostos e igualdade entre cidadãos, com exceção dos 
escravos que continuaram existindo institucionalmente. 
Rapidamente o rei Dom João VI reagiu e conseguiu derrotar a revolta. Cerca 
de 200 pessoas foram condenadas e mortas, dentre elas um dos líderes, o padre 
Miguelinho. 
SAIBA MAIS! 
 
 
 
 
1.2. Contexto externoNão podemos perder de vista que o contexto externo de todas essas revoltas 
emancipacionistas tem relação direta com o Iluminismo. 
A filosofia iluminista fundamentou dois importantes fatos históricos desse 
contexto: a Independência dos Estados Unidos (1776) e a Revolução Francesa (1789). 
Tal filosofia dizia sobre a supremacia do pensamento racional sobre o 
pensamento religioso. O pensamento racional, moderno, representaria as luzes; 
enquanto o pensamento religioso, antigo medieval, representaria as trevas. Dessa 
forma, politicamente, o pensamento iluminista defendia a existência de governos 
racionalmente justificados, isso ia contra as monarquias absolutistas que se 
justificavam pelo direito divino dos reis. 
A Revolução do Haiti (1791), importante inspiradora 
da Conjuração Baiana, foi o conflito que levou à 
independência da colônia de Saint-Dominguez em 
relação à sua então metrópole, a França. Tal rebelião 
foi efetivada por negros escravizados e foi a primeira 
república governada por pessoas de ascendência 
africana. 
 
 
6 
 
Esse pensamento serviu, portanto, como fundamento teórico para revoltas 
emancipacionistas no mundo todo e, inclusive, aqueles que ocorreram no Brasil a 
partir do final do século XVIII. 
 
CAI NA PROVA! 
 
 
 
Exercícios 
1. (ESPCEX - AMAN) No Brasil colônia, particularmente no séc. XVIII, 
ocorreram dois movimentos revolucionários que ficaram conhecidos como 
Inconfidência Mineira (1789) e Conjuração Baiana (1798). Quais características são 
comuns entre eles? 
a) A influência do pensamento iluminista e a participação maciça de 
pessoas da elite da sociedade local. 
b) Foram inspiradas pelo lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade e 
pretendiam acabar com a escravidão. 
c) Queriam romper com a dominação colonial e tiveram influência do 
pensamento iluminista. 
d) Foram sufocadas sem grande derramamento de sangue, pois havia 
grande participação de pessoas ligadas à elite da sociedade local. 
e) Pretendiam acabar com a escravidão e estabelecer a independência 
política do Brasil. 
 
2. (FUVEST) "Eis que uma revolução, proclamando um governo 
absolutamente independente da sujeição a corte do Rio de Janeiro, rebentou em 
Pernambuco, em março de 1817. É um assunto para o nosso ânimo tão pouco 
simpático que, se nos fora permitido [colocar] sobre ele um véu, o deixaríamos fora 
do quadro que nos propusemos tratar”. 
(F. A. Varnhagen. História geral do Brasil, 1854). 
Iluminismo foi um movimento filosófico, político, 
cultural e artístico que se desenvolveu na Europa entre 
os séculos XVII e XVIII. Defendia os ideais políticos de 
liberdade, igualdade e fraternidade, contra a tirania e 
as trevas dos conceitos religiosos do antigo regime, 
associado às monarquias absolutistas e à idade média. 
 
 
7 
 
O texto trata da Revolução pernambucana de 1817. Com relação a esse 
acontecimento é possível afirmar que os insurgentes: 
a) pretendiam a separação de Pernambuco do restante do reino, 
impondo a expulsão dos portugueses desse território. 
b) contaram com a ativa participação de homens negros, pondo em risco 
a manutenção da escravidão na região. 
c) dominaram Pernambuco e o norte da colônia, decretando o fim dos 
privilégios da Companhia do Grão-Pará e Maranhão. 
d) propuseram a independência e a república, congregando proprietários, 
comerciantes e pessoas das camadas populares. 
e) implantaram um governo de terror, ameaçando o direito dos 
pequenos proprietários a livre exploração da terra. 
 
3. (UNIPAM, 2011) “Entre os séculos 17 e 18, podemos observar que algumas 
revoltas foram fruto da incompatibilidade de interesses existentes entre os colonos e 
os portugueses. Algumas vezes, a situação de conflito não motivou uma ruptura 
radical com a ordem vigente, mas apenas a manifestação por simples reformas que 
se adequassem melhor aos interesses locais”. 
(FIGUEIREDO, Luciano. Rebeliões no Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005). 
Todas as rebeliões apresentadas a seguir correspondem a episódios 
localizados e limitados a contestar aspectos específicos da colonização. Assinale a 
alternativa que contém o único movimento que colocou em xeque o sistema colonial 
português. 
a) Revolta de Beckman. 
b) Guerra dos Mascates. 
c) Guerra dos Emboabas. 
d) Revolução Pernambucana. 
Gabarito 
1. c). Ambos movimentos, inspiradores pelo iluminismo, visavam a 
separação ou emancipação de Portugal. Pode-se dizer que a Inconfidência Mineira 
foi um movimento mais etilizado, enquanto a Conjuração Baiana contou com 
importantes setores da sociedade mais pobre. 
 
2. d). A Revolução Pernambucana teve como objetivo implantar uma 
república independente no Nordeste. Ainda que congregasse tanto setores sociais 
elitizados e populares, o fim da escravidão não era um intuito do movimento. 
 
8 
 
 
3. d). Das alternativas, a única revolta que questionou profundamente as 
estruturas da dominação colonial foi a Revolução Pernambucana. Por isso podemos 
caracterizá-la como uma revolta emancipacionista ou separatista. Ao contrário, as 
demais revoltas citadas na questão, por não questionarem o pacto colonial, 
podemos caracterizá-los como revoltas nativistas. 
Resumo 
Nesta apostila vimos que as revoltas emancipacionistas ou separatistas se 
caracterizaram pela ruptura com a metrópole. Trata-se de um questionamento 
radical da submissão colonial à metrópole, o chamado Pacto Colonial. No contexto 
brasileiro, as várias revoltas emancipacionistas foram inspiradas pelos ideais 
políticos iluministas, que questionavam a justificativa religiosa das monarquias 
absolutistas. Tal questionamento era em favor do que era considerado moderno, 
como o governo racionalmente legitimado. Tendo como contexto externo 
importantes fatos como a Independência dos Estados Unidos (1776) e a Revolução 
Francesa (1789), as várias revoltas no Brasil, portanto, buscaram igualmente a 
independência política em relação à Corte portuguesa, instalada no Rio de Janeiro a 
partir de 1808. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Referências bibliográficas 
MESGRAVIS, Laima. História do Brasil colônia. São Paulo: Contexto, 2015. 
SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 
2018. 
 
Referência imagética 
Figura 01: WIKIPEDIA. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Iluminismo#/media/File:Encyclopedie_frontispice_full.jpg. Acesso em: 17/04/2019 
às 17h25min.

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