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AD1 2019 2 - Espaço, Natureza e Sociedade - Aulas 01, 02 e 03 (GABARITO)

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CEDERJ - CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA 
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
Curso: Licenciatura em Geografia 
Disciplina: Espaço, Natureza e Sociedade 
 
AD1 (2019.2) (GABARITO) 
 
1ª Questão: 
Nossa aula 2 nos mostrou que o conceito de alteridade refere-se à capacidade de se apreender o 
outro na plenitude da sua dignidade, dos seus direitos e, portanto, sua diferença. Dito isto, podemos 
perceber que o homem precisa entender que não são apenas os seus interesses particulares que 
devem ser levados em consideração, mas os dos outros também. E estes “outros” aqui são tanto os 
demais habitantes presentes e futuros do planeta quanto, sobretudo, os recursos, ritmos e processos 
da natureza que precisam ser compreendidos e respeitados. É neste sentido que a ideia de alteridade 
é fundamental também quando pensamos no conceito de natureza. 
 
2ª Questão: 
a) Sim. O determinismo, desenvolvido por Ratzel, defendia a grande influência do meio natural sobre 
as formas de ser das sociedades. Embora não possamos generalizar as informações da imagem 
dada, é factível perceber que ela faz associação direta entre características físico-ambientais e 
comportamentos/sensações do personagem (que também pode ser entendido como uma metáfora do 
ser humano). Nestes termos, a associação dada no enunciado é aceitável. 
 
b) Sim. O possibilismo geográfico, desenvolvido por La Blache, dizia que as pessoas e sociedades 
reúnem capacidades técnicas para atuar sobre o meio, criando possibilidades para o seu 
desenvolvimento. E, nestes termos, percebemos que a imagem exibe um conjunto de realizações 
humanas que não são “naturais” do meio ilustrado. Tal fato, então, pode ser tomado como ilustração 
da capacidade técnica humana de criar paisagens para além da mera adaptação ao meio natural. 
Nestes termos, a associação dada no enunciado é aceitável. 
 
3ª Questão: 
Nossa aula 1 mostrou que o conhecimento pautado na noção de espaço, portanto geográfico, é 
inerente à natureza humana e esteve presente ao longo da história, não se iniciando apenas com a 
criação da Geografia como ciência (fato ocorrido no final do século XIX). Portanto, é um erro pensar 
que o interesse humano pelo espaço em que vivia seja algo “recente”, ignorando o conhecimento 
anteriormente produzido sobre tal questão, sobretudo desde a Antiguidade. 
 
4ª Questão: 
Como diz o enunciado, a natureza tomada como “objeto” é observada no contexto do 
desenvolvimento capitalista. Nele, de uma forma geral, o acesso aos recursos naturais passa 
necessariamente por relações mercantis, visto que a incorporação da natureza e do próprio homem 
ao circuito produtivo é a base para a expansão do capital. É, neste contexto, que a natureza foi, 
desde o início do desenvolvimento capitalista (e até bem recentemente) percebida como algo “dado” 
a ser apropriada pela lógica produtiva capitalista. Portanto, em síntese, a visão de natureza como 
“objeto” se baseia na sua percepção como fonte infindável de recursos para a produção de 
mercadorias nas sociedades capitalistas. 
 
5ª Questão: 
Quando analisamos o espaço geográfico como aquele modificado pelo homem no presente e ao 
longo da história, consideramos que ele reúne materialidade e ação humana. Assim, estamos 
dizendo que ele é a própria organização espacial das sociedades e que, portanto, é formado por 
objetos e ações naturais ou humanas. É, nestes termos, que Milton Santos sinaliza que tais objetos 
geográficos são indissociáveis e nos diz que observar o espaço geográfico como um sistema de 
objetos e de ações sobre a superfície terrestre é perceber não apenas as paisagens como algo fixo, 
mas a vida que as (re)criam a todo momento. 
 
 
 
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