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Medicina legal-aula-06

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Aula 06
Medicina Legal p/ Polícia Civil - MG (Investigador)
Professor: Fatima Albuquerque Taufick
05608175760 - Maria Rita Catonio Barbosa
Noções de Medicina Legal para Polícia Civil/MG 
LEITURA PRÉ-PROVA - Parte I 
Profª. Fatima Albuquerque Taufick 
 
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AULA 06 
LEITURA PRÉ-PROVA - PARTE I 
 
PERÍCIAS E PERITOS 
A Medicina Legal é a contribuição da área médica, biológica, tecnológica e outras 
às necessidades da área jurídica em suas diversas acepções: elaboração de 
normas, administração judiciária e consolidação doutrinária. 
 
Classificação da Medicina Legal: 
Histórica: pericial, legislativa, doutrinária e filosófica. 
Profissional: pericial (IMLs), criminalística (Institutos de Criminalística) e 
antropologia médico-legal (Institutos de Identificação). 
Doutrinária: penal, civil, administrativa, trabalhista e canônica. 
Didática: Geral (ou jurisprudência médica - obrigações, deveres e direitos 
médicos) e Especial (antropologia, traumatologia, sexologia, tanatologia. 
toxicologia, asfixiologia, psicologia e psiquiatria forenses. medicina legal 
desportiva, criminalística, criminologia, infortunística, genética médico-legal, 
vitimologia e policiologia científica). 
 
PERÍCIA MÉDICO-LEGAL: conjunto de atos técnicos e científicos para 
esclarecer um fato de interesse da Justiça. 
- Pericia percipiendi: analise de um fato. 
- Pericia deducendi: análise de fatos discordantes ou contestados em uma 
perícia já realizada. 
 
Prova: a perícia visa à produção da prova (que é o elemento demonstrativo do 
fato) e se materializa por meio dos laudos (que são peças escritas referentes ao 
material examinado). 
Laudo médico-legal: peça pública anexada ao B.O. e ao inquérito policial, 
igualmente públicos (salvo segredo de justiça). 
As perícias podem ser realizadas em: vivos, cadáveres, esqueletos, animais, 
objetos e amostras biológicas. 
CORPO DE DELITO (CD): conjunto de alterações, lesões ou perturbações e 
suas causas (crimes contra a vida e a saúde do ser humano). 
Quando a infrac ̧ão deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de 
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. A 
inexistência de CD em crimes que deixam vestígios acarreta a nulidade do 
processo. 
CD DIRETO: realizado sobre os vestígios materiais. 
CD INDIRETO: realizado por testemunhas, na inexistência de vestígios 
materiais ou na impossibilidade de exame da vítima. 
 
05608175760
05608175760 - Maria Rita Catonio Barbosa
Noções de Medicina Legal para Polícia Civil/MG 
LEITURA PRÉ-PROVA - Parte I 
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Elementos imprescindíveis ao CD: 
� corpus criminis (corpo da vítima - pessoa ou coisa). 
� corpus instrumentorum (coisa material utilizada). 
� corpus probatorum (vestígios - provas materiais). 
A perícia pode ser feita por um único perito oficial, salvo nas perícias complexas 
(pode haver mais de um perito e mais de um assistente técnico). 
O MP, o assistente de acusação, o ofendido, o querelante e o acusado podem 
formular quesitos e indicar assistente técnico. 
Em causas criminais complexas, a autoridade que preside o inquérito pode 
nomear mais de um perito. Os peritos não oficiais (peritos ad hoc) devem 
assinar um termo de compromisso cuja aceitação é obrigatória (salvo suspeição 
ou impedimento). 
 
DEVERES DE CONDUTA DO PERITO: 
� de informação 
� de atualização profissional 
� de abstenção de abusos 
� de vigilância, de cuidados e de atenção 
 
DIREITOS DOS PERITOS: 
� de recusar o encargo (motivadamente). 
� de proteção contra desobediência ou desacato. 
� aos honorários periciais. 
� de livre desempenho da func ̧ão pericial. 
� de reserva de prestar esclarecimentos. 
 
ASSISTENTES TÉCNICOS: profissionais especializados em uma área específica 
que auxiliam e fiscalizam a elaboração da prova e a confecção do laudo pericial. 
Contratados por uma das partes, com aceitação espontânea. Não podem alegar 
suspeição e impedimento, mas possuem as prerrogativas de ouvir testemunhas, 
solicitar documentos e obter informações. 
DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS: anotações escritas que reproduzem uma 
manifestação do pensamento ou representam um fato a ser avaliado em juízo. 
a) NOTIFICAÇÕES: comunicações compulsórias relativas a um fato 
profissional, feitas por médicos às autoridades competentes. 
b) ATESTADO (ou CERTIFICADO): declaração, por escrito, de um fato 
médico e suas consequências. Documento particular, sem formalidades, 
fornecido por médico, de natureza institucional e conteúdo de fé pública. 
Pode ser administrativo, judiciário ou oficioso. Nas interdições judiciais, o 
documento requerido não é o atestado, mas o laudo médico, juntamente 
com o exame pericial (sob pena de nulidade). 
c) PRONTUÁRIO: "dossiê" contendo o acervo documental dos cuidados 
médicos. Pertence ao paciente (o médico e a instituição de saúde detêm 
somente a guarda). 
d) RELATÓRIO: descrição detalhada e minuciosa de uma perícia para 
responder a uma solicitação da autoridade (judiciária ou policial). Será 
LAUDO se elaborado por peritos na conclusão de seus trabalhos ou AUTO se 
ditado pelo perito a um escrivão, na presença de testemunhas. 
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Partes do RELATÓRIO: 
� Preâmbulo 
� Quesitos 
� Histórico 
� Descrição: fragmento mais importante (visum et repertum). 
� Discussão 
� Conclusão 
� Respostas aos quesitos: não pode haver quesito sem resposta. 
� Assinaturas dos peritos (relator e revisor) e data. 
PARECER: impressões do perito sobre o mérito médico-legal de uma 
questão de fato. Possui todas as partes do relatório, exceto a descrição. A 
discussão e a conclusão são os destaques. 
e) DEPOIMENTO ORAL: relato oral pelo perito ao juiz em audiências nos 
tribunais. 
Consulta Médico-Legal: feita a especialistas para opinarem sobre o valor 
científico de um relatório em caso de dúvidas. 
TRAUMATOLOGIA FORENSE 
 
Lesões produzidas por vários tipos de energias. 
TIPO DE 
ENERGIA 
INSTRUMENTO 
(AÇÃO) 
TIPO DE 
LESÃO 
EXEMPLOS 
mecânica perfurante punctória estilete, agulha, furador de gelo, garfo 
cortante/ 
inciso 
cortante/ 
incisa 
navalha, lâmina de barbear, bisturi, 
atípicos: folha de papel, linha com pó de 
vidro ("cerol"), capim (capim navalha) 
 
contundente contusa meios ou instrumentos de superfície, e 
não de gume (ex: martelo, explosões) 
perfurocortante perfurocortante
/perfuroincisa 
facas, punhal, canivete, lima, tesoura 
perfurocontun- 
dente 
perfurocontusa projéteis de arma de fogo (PAF), guarda-
chuva 
cortocontundente cortocontusa foice, facão, machado, guilhotina, 
tesoura, rodas de trem, unhas, dentes 
física temperatura, eletricidade, luz, som, pressão atmosférica, radioatividade. 
química substâncias químicas ácidas ou cáusticas (vitriolagem), venenos. 
físico-química asfixias em geral. 
bioquímica perturbações alimentares, infecções. 
biodinâmica síndrome do choque, síndrome da falência múltipla de órgãos. 
mista fadiga, doenças parasitárias, sevícias (criança e ancião maltratados, tortura, 
violência contra a mulher). 
 
ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA 
 
LESÕES POR AÇÃO PERFURANTE: pontiagudas e finas, diâmetro menor que o 
do objeto, pouco nocivas na superfície e graves na profundidade, raramente 
sangram. 
A forma das lesões segue as Leis de Filhos e de Langer quando o instrumento 
perfurante possui médio calibre: 
� Primeira lei de Filhos: As soluções de continuidadedessas feridas 
assemelham-se às produzidas por instrumento de dois gumes ou tomam a 
apare ̂ncia de "casa de botão"; 
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� Segunda lei de Filhos: Quando essas feridas se mostram numa mesma 
região onde as linhas de força tenham um só sentido, seu maior eixo tem 
sempre a mesma direção; 
� Lei de Langer: Na confluência de regiões de linhas de forças diferentes, a 
extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de seta, de tria ̂ngulo, ou 
mesmo de quadrilátero. 
 
Feridas em acordeão: a profundidade da lesão pode ser maior que o 
comprimento da arma se esta atingir tecidos superficiais deprimíveis. 
 
LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO CORTANTE (ou INCISA): agem por meio 
do gume, por deslizamento linear. 
 
FERIDAS CORTANTES: forma linear, sem vestígios traumáticos, afastamento das 
bordas, centro mais profundo, bordas regulares, hemorragia abundante, cauda 
de escoriação voltada para o lado onde terminou a ação do instrumento, paredes 
lisas e regulares, fundo regular, comprimento predomina sobre a profundidade, 
vertentes oblíquas, perfil de aspecto angular ou em bisel, extensão da ferida 
menor que o real, não há escoriações, equimoses ou infiltração hemorrágica. 
"Lesões de defesa": feridas cortantes em mãos, braços ou pés. 
 
Sinal de Chavigny: ordem de lesões cortantes que se cruzam. Uma segunda 
lesão, quando produzida sobre uma lesão já existente, não adota um trajeto em 
linha reta. Ocorre uma angulação na segunda ferida, que possibilita determinar 
qual foi produzida primeiro. 
 
Tipos específicos de feridas cortantes (eventualmente cortocontusas): 
• Esquartejamento: divisão do corpo em partes. 
• Castração. 
• Decapitação: separação da cabeça e corpo. 
• Esgorjamento: ferida transversal (ântero-lateral) no pescoço, com 
profundidade suficiente para lesionar pele, vasos, nervos, músculos e órgãos 
mais internos (esôfago, laringe e traqueia). Morte por hemorragia, asfixia e 
embolia gasosa. 
• Degolamento: ferida posterior no pescoço. Morte por hemorragia ou lesão da 
medula. 
 
LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO CONTUNDENTE: 
 
Os instrumentos atuam por pressão, explosão, deslizamento, percussão, 
compressão, descompressão, distensão, torção, fricção, por contragolpe ou de 
forma mista, causando grandes danos aos tecidos. A contusão pode ser ativa, 
passiva ou mista/biconvergente. 
 
FERIDAS CONTUSAS: 
� Rubefação: mancha avermelhada e transitória. 
� Escoriação: arrancamento da epiderme e desnudamento da derme. Não 
produz cicatrizes. 
� Equimose: infiltração hemorrágica superficial de tecidos. 
Equimoses figuradas: trazem a marca dos objetos causadores (pneus = estrias 
pneumáticas de Simonin, víbices = cassetetes e bengalas). 
Sugilação: forma de pequenos grãos. 
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Sufusão: hemorragia maior, difusa. 
Petéquias: pequenas, pontilhado hemorrágico. 
Víbice: forma de estrias. 
Equimona: grandes equimoses. 
Manchas de Tardieu: equimoses profundas, subpleurais e subpericárdicas. 
 
Espectro equimótico de Legrand du Saulle: tonalidade da equimose. 
Espectro Equimótico de Legrand du Saulle 
1º dia vermelha 
2º e 3º dias violácea 
4º ao 6º dias azul 
7º ao 10º dias esverdeada 
por volta do 12º dia amarelada 
em torno do 15º a 20º dia desaparece 
 
� Hematoma: coleção de sangue de vasos calibrosos, formando cavidades. 
� Bossa linfática ou sanguínea: no couro cabeludo, sobre um plano ósseo 
("galo"). 
� Feridas com forma estrelada, sinuosa ou retilínea, com bordas irregulares, 
escoriadas e equimosadas, fundo irregular, vertentes irregulares, pontes de 
tecido íntegro, retração das bordas, pouco sangrantes, integridade de vasos, 
nervos e tendões no fundo da lesão. 
� Fraturas: solução de continuidade dos ossos (fechadas ou abertas, diretas ou 
indiretas). 
� Luxações: perda do contato das superfícies de articulação de dois ossos. 
� Entorses: lesões articulares e ligamentares. 
� Roturas de vísceras internas: por grande impacto (fígado, baço, rins, 
pulmões, intestinos, pâncreas, suprarrenais, prolapso intestinal e genital). 
� Explosões: por ação mecânica (ferimentos, mutilações e fraturas) ou por ação 
da onda explosiva (síndrome explosiva ou blast injury: danos graves a órgãos 
internos). 
� Martelo: danos graves, afundamentos ósseos e perda de tecidos. 
Fratura em "saca-bocados" de Strassmann: ação perpendicular do instrumento. 
Sinal do mapa-mundi de Carrara: afundamento ósseo. 
Sinal em terraza de Hoffmann: ação tangencial com fratura triangular. 
� Encravamento: penetração de objeto em qualquer parte do corpo. 
� Empalamento: encravamento na região anal ou perineal. 
� Esmagamento: pressão ou compressão extremas (escoriações, feridas 
contusas, hematomas, fraturas e roturas de vísceras). 
� Atropelamento ferroviário: espostejamento (redução do corpo a diversos e 
irregulares fragmentos). 
 
LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO PERFUROCORTANTE: agem por pressão e 
por secção, com a ponta e o gume. Lesões menores, iguais ou superiores ao 
diâmetro da arma, geralmente graves. 
Podem causar feridas em botoeira (um só gume), em fenda (dois gumes) ou 
triangular/estrelado (três gumes). 
 
LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO PERFUROCONTUNDENTE: agem por 
perfuração e por contusão. Mais comuns: projéteis de arma de fogo (PAF). 
 
Rosa do tiro: área com diâmetro progressivamente maior pela separação de 
projéteis múltiplos. 
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LESÕES PRODUZIDAS POR "PAF" (BALÍSTICA DOS EFEITOS): 
 
FERIMENTO DE ENTRADA: 
 
TIRO ENCOSTADO: ferida irregular, denteada ou com entalhes. 
Câmara de mina de Hoffmann ou "golpe de mina": feridas com vertentes 
enegrecidas e desgarradas, em planos ósseos (crânio). 
Em geral, não têm zona de tatuagem nem de esfumaçamento. 
Sinal de Benassi: halo de fuligem na lâmina externa do crânio, costelas e 
escápulas. 
Sinal de Werkgaertner: desenho da boca e da massa de mira do cano na 
pele. 
Diagnóstico: detecção de carboxiemoglobina, nitratos, nitritos e enxofre no 
sangue do ferimento. 
 
TIRO A CURTA DISTÂNCIA: possui efeitos primários (lesão de entrada) e 
secundários (resíduos de pólvora e partículas do projétil). 
Submodalidade: "TIRO À QUEIMA-ROUPA" (crestação de pelos, queimaduras 
da pele e zona de compressão de gases no vivo. 
Ferida arredondada ou elíptica, com orla de escoriação, bordas invertidas, 
halo de enxugo (orla de Chavigny), halo ou zona de tatuagem, orla ou zona 
de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona de 
compressão de gases. 
 
TIRO A DISTÂNCIA: não apresenta efeitos secundários. 
Ferida menor que o projétil, arredondada ou elíptica, com bordas invertidas e 
reviradas para dentro, orla de escoriação (anel de Fisch), halo de enxugo e 
aréola equimótica. 
Sinal de funil de Bonnet: diferencia o ferimento de entrada e o de saída na 
estrutura óssea (crânio). 
Ferimento em "buraco de fechadura": PAF incide tangencialmente no 
crânio. 
 
FERIMENTO DE SAÍDA: forma irregular, bordos evertidos, sangramento 
abundante, sem orla de escoriação, sem halo de enxugo e sem presença de 
elementos da pólvora. Pode ter aréola equimótica. Diâmetro maior que o de 
entrada. 
 
TRAJETO: caminho variável percorridopelo PAF no interior do corpo. 
 
Projéteis de alta energia: grande destruição de tecidos, exposição de estruturas 
profundas e orifícios bem maiores que o projétil. 
 
LESÕES PRODUZIDAS POR AÇÃO CORTOCONTUNDENTE: agem por pressão 
e ação deslizante do gume, mais a ação contundente. Causam lesões muito 
graves e profundas, sem cauda de escoriação nem pontes de tecido íntegro. 
Exemplos: espostejamento e mordeduras. 
 
ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA: modificam o estado físico dos corpos, com 
dano corporal, à saúde ou morte. 
 
� TEMPERATURA 
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Frio 
Generalizado: causa alterações do SNC, sonolência, convulsões, anestesias, 
congestão e isquemia de vísceras. Hipóstase vermelho-claras, rigidez cadavérica 
precoce, intensa e muito lenta, espuma sanguinolenta nas vias respiratórias, 
erosão e hemorragias gástricas (Sinal de Wischnewski) e bolhas na pele 
(parecidas com as das queimaduras). 
 
Localizado (ou geladura): semelhantes às do calor. 
- Primeiro grau: palidez ou rubefação, pele anserina. 
- Segundo grau: eritema e bolhas. 
- Terceiro grau: necrose de tecidos moles, crostas escuras e espessas. 
- Quarto grau: gangrena ou desarticulação. 
 
Calor 
Difuso: 
� Insolação: calor do ambiente em locais abertos. 
� Intermação: calor do ambiente em locais confinados, com pouca ventilação. 
 
Direto: queimaduras. 
Avaliação: Regra dos Nove (área corporal atingida) e médico-legal (profundidade 
das lesões de Hoffmann): 
� Primeiro grau: eritema, edema e dor (Sinal de Christinson). Sem cicatrizes. 
� Segundo grau: eritema + vesículas com líquido seroso amarelo (Sinal de 
Chambert). 
� Terceiro grau: coagulação necrótica de tecidos (menos dolorosas). Atinge 
planos musculares e causa cicatrizes retráteis ou queloidianas. Infecciona 
facilmente. 
� Quarto grau: carbonização do plano ósseo, redução do volume total do corpo. 
Cadáver em "posic ̧ão de lutador". 
Sinal de Montalti: pesquisa de óxido de carbono no sangue e de fuligem nas 
vias respiratórias (para detectar se o indivíduo respirou durante um incêndio). 
 
Temperaturas oscilantes: predisposição a doenças. 
 
� PRESSÃO ATMOSFÉRICA 
Aumento: mergulhadores e trabalhadores subterrâneos. Descompressão 
brusca, com lesões de intensa gravidade (Mal dos Caixões), ou patologia de 
compressão (barotraumas). 
Diminuição: nas altitudes, pelo ar rarefeito (Mal das Montanhas, poliglobulia 
das alturas). 
 
� ELETRICIDADE 
Natural: descargas elétricas (raios). 
� Fulminação: ação letal. 
� Fulguração: lesões corporais. 
Artificial: eletroplessão (letal ou não). Lesão típica: marca elétrica de Jellinek. 
Metalização elétrica: lesão superficial. 
Morte pode ser pulmonar, cardíaca ou cerebral. 
 
� RADIOATIVIDADE: local (radiodermites) ou geral (atingem órgãos). 
 
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� LUZ: causam lesões nos olhos e na pele (luz intensa, infravermelho e 
ultravioleta). 
� SOM: doenças profissionais por exposição continuada a ruído excessivo. 
 
ENERGIAS DE ORDEM FÍSICO-QUÍMICA: 
Asfixias (impedimento à passagem do ar pelas vias respiratórias e alteração da 
bioquímica do sangue). Privação de oxigênio por impedimento mecânico e 
consequente acumulação de gás carbônico. 
1ª fase: cerebral (1 a 2 minutos). 
2ª fase: excitação cortical e medular (1 a 2 minutos). 
3ª fase: respiratória (1 a 2 minutos). 
4ª fase: cardíaca (3 a 5 minutos). 
Tipos de anoxias (ausência de oxigênio): 
- anoxia com acapneia (sem gás carbônico). Ex: asfixias mecânicas. 
- anoxia com hipercapneia (com gás carbônico). Ex: mal das montanhas. 
 
CARACTERÍSTICAS DAS ASFIXIAS MECÂNICAS: 
EXTERNAS: manchas de hipóstase, congestão da face, equimoses externas, 
cogumelo de espuma, projeção da língua, exoftalmia e alguns fenômenos 
cadavéricos atípicos. 
INTERNAS: equimoses viscerais (ou Manchas de Tardieu: equimoses 
puntiformes nos pulmões e no coração); sangue escuro e fluido, com alterações 
do pH, viscosidade diminuída e hiperglicemia asfíxica; congestão polivisceral 
(fígado asfíxico e mesentério) e Sinal de Étienne Martin (baço com pouco 
sangue); distensão e edema dos pulmões (com sangue espumoso). 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ASFIXIAS MECÂNICAS: 
I. Asfixias puras: anoxemia e hipercapneia. 
ASFIXIA POR GASES IRRESPIRÁVEIS: 
� Confinamento. 
� Asfixia por monóxido de carbono. 
� Asfixia por outros vícios de ambientes. 
 
IMPEDIMENTO À PASSAGEM DO AR NAS VIAS RESPIRATÓRIAS (SUFOCAÇÕES): 
Máscara equimótica de Morestin: congestão da face pelo refluxo do 
sangue da veia cava superior devido à compressão do tórax. 
Sinal de Valentin: congestão e distensão dos pulmões 
Sufocação indireta posicional: crucificação e posicionamento de ponta-
cabeça. 
� Sufocação direta (obstrução de boca e narinas pelas mãos ou de 
outras partes das vias respiratórias). 
� Sufocação indireta (compressão do tórax). 
 
TRANSFORMAÇÃO DO MEIO GASOSO EM MEIO SÓLIDO OU PULVERULENTO 
(SOTERRAMENTO). 
 
TRANSFORMAÇÃO DO MEIO GASOSO EM MEIO LÍQUIDO (AFOGAMENTO). 
Afogados brancos de Parrot (ou afogados secos): morte por inibição, 
quando o indivíduo toca na água. Não há sinais de asfixia. 
Afogamento verdadeiro (afogados azuis ou úmidos): líquidos nas vias 
respiratórias e sinais de asfixia. 
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Afogamentos em água doce: hipotônica em relação ao plasma. Ocorre 
hemodiluição e hipervolemia. 
Afogamentos em água salgada: hipertônica em relação ao plasma. Ocorre 
hipovolemia, hemoconcentração e edema pulmonar. 
 
SINAIS CADAVÉRICOS DO AFOGADO: 
- externos: pele anserina; retração do mamilo, do saco escrotal e do pênis; 
epiderme espessa, enrugada e esbranquiçada, que se destaca junto com as 
unhas; maceração da epiderme; livores mais claros; cogumelo de espuma; 
erosão dos dedos; corpos estranhos sob as unhas; equimoses da face e das 
conjuntivas; mancha verde no tórax e pescoço; lesões post mortem por 
animais aquáticos; embebição cadavérica, dentes e unhas róseos. 
- internos: líquido e corpos estranhos nas vias respiratórias; pulmões 
aumentados, com enfisema aquoso subpleural (Sinal de Brouardel), 
equimoses subpleurais maiores, irregulares e vermelho-claras (manchas de 
Paltauf); diluição do sangue (muito fluido e vermelho-claro); líquidos no 
sistema digestivo, no ouvido médio e nas cavidades pleurais; aumento do 
coração; hemorragias intramusculares; lesões na base do crânio; sinais gerais 
de asfixia (congestão polivisceral - "fígado asfíxico" de Étienne Martin, 
equimoses no pescoço e tórax, putrefação acelerada, mancha verde na face 
ou no tórax, congestão da cabeça). 
Afogamento: 
1ª fase: cadáver afunda. 
2ª fase: o cadáver flutua (no mar, flutuação mais precoce). 
3ª fase: o cadáver afunda novamente. 
4ª fase: o cadáver flutua novamente. 
 
II. Asfixias complexas: constrição das vias respiratórias, anoxemia e acúmulo 
de gás carbônico. Interrupção da circulação cerebral e inibição por compressão 
dos elementos nervosos do pescoço. 
 
ENFORCAMENTO: 
Constrição passiva do pescoço pelo peso do corpo, com a ação de um laço fixo 
que obstrui o ar pelas vias respiratórias. O laço pode ser duro (corda, cordão, 
arame), mole (lençol, gravata, cortina) ou semirrígido (cinto),sempre disposto 
ao redor do pescoço: posterior ou lateral, com ou sem nó. 
O corpo pode estar totalmente suspenso (suspensão típica ou completa) ou 
apoiado em algum ponto (suspensão atípica ou incompleta). 
Características: 
• Calor, zumbidos, sensações luminosas e perda da consciência, depois 
convulsões e excitação e, enfim, sinais de morte aparente, cessação da 
respiração e da circulação (morte real). 
• Cabeça fletida, voltada para o lado contrário ao nó, face pálida ou 
arroxeada, líquido ou espuma sanguinolenta na boca e nas narinas. Língua 
projetada e cianótica, olhos protrusos e orelhas violáceas. Rigidez tardia, 
hipóstase na metade inferior do corpo. 
• Sulco: marca em baixo relevo no pescoço, de posição superior, direção 
oblíquo-ascendente, contínuo ou interrompido no nó, podendo ser único, 
duplo, triplo ou múltiplo. 
Laços moles = sulco claro e leito amolecido 
Laços duros = sulco escuro e leito duro e apergaminhado. 
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Sinais encontrados nos sulcos de enforcados: 
Sinal de Ponsold livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das 
bordas do sulco 
Sinal de Thoinot zona violácea ao nível das bordas do sulco 
Sinal de Azevedo-Neves livores puntiformes por cima e por baixo das bordas do 
sulco 
Sinal de Neyding infiltrações hemorrágicas puntiformes no fundo do sulco 
Sinal de Ambroise Paré pele enrugada e escoriada no fundo do sulco 
Sinal de Lesser vesículas sanguinolentas no fundo do sulco 
Sinal de Bonnet marcas de trama do laço 
Sinal de Schulz borda superior do sulco saliente e violácea 
 
Sinais internos do enforcamento: 
� Hemorragias na parte profunda da pele e na tela subcutânea do pescoço, 
roturas e infiltrações sanguíneas do tecido muscular (Sinal de Martin) e 
equimoses retrofaríngeas. 
� Lesões dos vasos: Sinal de Amussat (secção transversal da túnica íntima 
da artéria carótida comum), Sinal de Étienne Martin (desgarramento da 
túnica externa da carótida) e Sinal de Friedberg (sufusão hemorrágica da 
túnica externa da carótida comum). 
� Lesões do aparelho laríngeo: fraturas das cartilagens. 
� Lesões da coluna vertebral: fraturas e luxações. 
 
Sinais a distância: sinais das asfixias em geral. 
 
Princípios do mecanismo da morte por enforcamento (Hoffmann): morte 
por asfixia mecânica, por obstruc ̧ão da circulação e por inibic ̧ão devido à 
compressão dos elementos nervosos do pescoço. 
 
ESTRANGULAMENTO: 
Constrição ativa do pescoço por uma força muscular estranha. Morte por 
obstrução à passagem do ar, interrupção da circulação ao cérebro e compressão 
dos nervos do pescoço. O laço pode ser mole (lenço, gravata), semiduro (cinto, 
corda) ou duro (arame, fio elétrico). 
 
Diferenças do sulco no enforcamento e no estrangulamento: 
 
Fases: resistência, perda da consciência e asfixia (convulsões e morte aparente, 
culminando com morte real). 
 
ENFORCAMENTO ESTRANGULAMENTO 
oblíquo ascendente horizontal 
variável conforme a zona do pescoço uniforme em toda a periferia do 
pescoço 
interrompido ao nível do nó contínuo 
em geral, único frequentemente múltiplo 
por cima da cartilagem tireóidea por baixo da cartilagem tireóidea 
quase sempre apergaminhado excepcionalmente apergaminhado 
de profundidade desigual de profundidade uniforme 
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Sinais: 
� Face tumefeita e violácea, espuma rósea ou sanguinolenta de narinas e boca, 
língua escura e projetada, pequenas equimoses. 
� Sulco: direção horizontal, profundidade uniforme e sem descontinuidades, 
com bordas cianóticas e elevadas e leito deprimido e apergaminhado. 
Sinal de Lesser: estrias ungueais e/ou vesículas sanguinolentas. 
� Lesões nos planos profundos do pescoço: infiltração hemorrágica dos tecidos, 
lesões da laringe e das carótidas (sinais de Amussat, de Friedberg e de 
Étienne Martin). 
� Lesões a distância: sinais clássicos de asfixia. 
Morte por asfixia, compressão dos vasos ou dos nervos do pescoço. 
 
Estrangulamento Antebraquial: constrição do pescoço por ação do braço e do 
antebraço do agressor (golpe de gravata). Alguns autores o referem como um 
tipo de esganadura. 
Estrangulamento branco de Claude Bernard-Lacassagne: morte por inibição 
(compressão nervosa do pescoço e reflexo laríngeo-pneumogástrico). 
Pressões relativamente leves que podem causar parada cardíaca. Os sinais de 
asfixia estão ausentes. 
 
III. Asfixias mistas: fenômenos circulatórios, respiratórios e nervosos se 
superpõem. 
ESGANADURA: 
Constrição do pescoço pelas mãos e consequente obstrução da passagem do ar 
pelas vias respiratórias. É sempre homicida. Morte por asfixia, inibição reflexa ou 
isquemia encefálica. Presença de outras lesões, principalmente traumáticas, 
relacionadas às agressões. 
Características: congestão da face, das conjuntivas, equimoses puntiformes na 
face e no pescoço, escoriações ungueais, equimoses arredondadas, lesões de 
defesa. Infiltrações hemorrágicas profundas no pescoço, lesões da laringe e 
lesões de vasos. Sinais das asfixias em geral. 
 
ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA: 
 
CÁUSTICOS - atuam externamente. 
- substâncias com efeito coagulante: causam desidratação dos tecidos e 
resultam em escaras endurecidas com várias tonalidades. 
- substâncias com efeito liquefaciente: causam escaras úmidas, translúcidas e 
moles. 
Escaras produzidas após a morte: têm aspecto apergaminhado, de cor marrom 
escura e não apresentam reação vital em exames histoquímicos e histológicos. 
 
Aspecto das lesões X identidade da substância: 
- ácidos: escaras secas e de cor variável. 
- álcalis: escaras úmidas, moles e untosas. 
- sais: escaras brancas e secas. 
 
Natureza jurídica: acidental ou criminosa (face, pescoço e tórax). Raramente 
voluntária. 
"Vitriolagem": óleo de vitríolo (ácido sulfúrico), antigamente. 
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VENENOS - atuam internamente. 
Classificação dos venenos: 
a) estado físico: líquidos, sólidos e gasosos; 
b) origem: animal, vegetal, mineral e sintético; 
c) funções químicas: óxidos, ácidos, bases e sais (funções inorgânicas); 
hidrocarbonetos, álcoois, acetonas e aldeídos, ácidos orgânicos, ésteres, aminas, 
aminoácidos, carboidratos e alcaloides (funções orgânicas); 
d) uso: doméstico, agrícola, industrial, medicinal, cosmético e venenos 
propriamente ditos. 
Vias de penetração: oral, gástrica, retal, inalatória, cutânea, subcutânea, 
intramuscular, intraperitoneal, intravenosa, intra-arterial e intratecal 
(orogastrointestinal + comum). 
Percurso no organismo: penetração, absorção, distribuição, fixação, 
transformação, eliminação, mitridatização, toxicidade, intolerância, sinergismo e 
equivalente tóxico. 
CONCEITOS: 
ABSORÇÃO Veneno chega à intimidade dos tecidos (+ em mucosas). 
Gastrointestinal + frequente, pulmonar + grave. 
A velocidade da absorção depende da solubilidade, da 
concentração, da superfície de contato e da via de penetração do 
veneno. 
FIXAÇÃO A substância tende a se localizar em determinados órgãos, de 
acordo com o seu grau de afinidade. 
TRANSFORMAÇÃO O organismo busca se defender da ação tóxica do veneno, 
facilitando sua eliminação e diminuindo seus efeitos nocivos, pormeio de reações que produzem substâncias mais solúveis, menos 
agressivas e de eliminação mais fácil. 
DISTRIBUIÇÃO O veneno caminha pela circulação e atinge vários tecidos, 
dependendo de sua menor ou maior afinidade por cada tipo. 
ELIMINAÇÃO O veneno é expelido pelas vias naturais: sistema urinário 
(principal), digestivo (vômitos e evacuações), ar expirado, suor, 
saliva e bile, bem como cabelos, unhas, placenta e leite. 
MITRIDATIZAÇÃO Elevada resistência orgânica aos efeitos tóxicos dos venenos, por 
ingestão repetida e progressiva de substâncias de alto teor 
venenoso, resultando em um estágio de resistência não encontrado 
na maioria das pessoas. 
TOXICIDADE Propriedade de uma substância causar, por efeito químico, um 
dano interno a um organismo vivo. 
INTOLERÂNCIA Sensibilidade excessiva de alguns indivíduos a pequenas doses de 
veneno, geralmente imperceptíveis em outras pessoas. 
SINERGISMO Ação potencializadora dos efeitos tóxicos decorrentes da ingestão 
simultânea de várias substâncias venenosas. 
EQUIVALENTE 
TÓXICO 
Quantidade mínima de veneno capaz de, por via intravenosa, 
matar 1 kg do animal considerado. 
 
ENVENENAMENTO: conjunto de elementos caracterizadores da morte violenta ou 
do dano à saúde ocorridos pela ação de determinadas substâncias de forma 
acidental, criminosa ou voluntária. Pode ser agudo ou crônico, dependendo da 
quantidade, da velocidade da absorção e da sensibilidade individual, 
evidenciando manifestações inespecíficas (síndrome geral de adaptação) e 
específicas (de acordo com cada grupo de venenos). 
 
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DIAGNÓSTICO 
a) Critério clínico: análise dos sintomas e sinais da vítima e das fases do 
envenenamento em relação aos antídotos ministrados. 
b) Critério circunstancial (ou critério histórico ou policial): analisa circunstâncias 
ligadas ao evento. 
c) Critério anatomopatológico: informação de natureza anatômica ou 
histopatológica, por meio de processos degenerativos da ação de certas 
substâncias (exame microscópico). Utilizado em lesões por substâncias 
cáusticas. 
d) Critério físico-químico ou toxicológico: busca isolar, identificar e dosar, no 
material examinado, as substâncias tóxicas suspeitas, por meio de métodos 
qualitativos e quantitativos. 
e) Critério experimental: quando os meios químico-analíticos se mostram 
ineficazes. 
f) Critério médico-legal: síntese de todos os outros - raciocínio lógico que 
considera os demais dados e a ausência de outras lesões que possam justificar o 
envenenamento (análise toxicológica ou físico-química e os achados 
anatomopatológicos colhidos da vítima). 
 
BODY PACKER: pessoas que conduzem drogas ilícitas no interior do seu 
organismo (estômago e intestinos) para contrabando. 
SÍNDROME DO BODY PACKER: graves efeitos à vida e à saúde, e quase sempre 
a morte, decorrentes do rompimento de bolsas ou cápsulas com droga no 
interior do estômago ou dos intestinos (invasão maciça da droga na corrente 
sanguínea). 
Diagnóstico: 
• no vivo: radiografia do abdome; 
• no cadáver: presença de cápsulas e alterações do estômago/intestinos, 
análise toxicológica; 
• exame pós-exumático: possível a identificação do veneno, em qualquer 
tempo de morte. 
 
BODY PUSHER: pessoas que transportam pequenas quantidades de droga nos 
orifícios naturais (ânus e vagina). 
 
CONCEITOS: 
TOXICOLOGIA estuda os tóxicos e as intoxicações (os efeitos nocivos decorrentes 
das interações de substâncias químicas com o organismo). Busca 
estabelecer limites de segurança relativos à interação entre meios 
biológicos e tóxicos. 
TOXICOLOGIA 
FORENSE 
visa detectar e quantificar as substâncias tóxicas, reconhecer, 
identificar e quantificar o risco relativo da exposição humana a 
estes agentes. 
TOXICOFILIA 
(OU 
TOXICOMANIA) 
estado de intoxicação periódica ou crônica, nociva ao indivíduo ou à 
sociedade, produzida pelo repetido consumo de uma droga natural 
ou sintética. 
TÓXICO (OU 
DROGA) 
substâncias naturais, sintéticas ou semissintéticas passíveis de 
provocar tolerância, dependência e crise de abstinência. Produzem 
alterações e modificações no funcionamento normal do organismo. 
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TOLERÂNCIA necessidade de doses cada vez mais altas de uma substância. 
 
DEPENDÊNCIA interação entre a substância tóxica e o metabolismo orgânico do 
indivíduo. 
CRISE DE 
ABSTINÊNCIA 
síndrome que cursa com inquietação, irritabilidade, tremores, 
náuseas, vômitos, anorexia e distúrbios do sono. 
DOSE LETAL 
MÉDIA (DL50) 
grau de toxicidade de uma substância (dose capaz de matar 50% 
dos indivíduos de uma população em teste). 
ANTÍDOTO possui efeitos antagonistas aos efeitos tóxicos de uma substância. 
DROGAS 
NATURAIS 
não contêm produtos químicos nem podem ser produzidas em 
laboratórios (exemplos: ópio, papoula). 
DROGAS SEMI-
SINTÉTICAS 
drogas naturais + alterações químicas artificiais. 
DEPENDÊNCIA 
FÍSICA 
necessidade fisiológica da droga. A suspensão brusca causa "crise 
de abstinência". 
DEPENDÊNCIA 
PSICOLÓGICA 
compulsão de administrar a droga. 
 
DROGAS PSICOTRÓPICAS ou PSICOATIVAS: atuam no SNC. 
1 - Depressoras (psicolépticos): diminuem a atividade cerebral e a quantidade 
das respostas funcionais e reflexos. Exs: álcool, morfina, heroína, cola de 
sapateiro, ópio. 
2 - Estimulantes (psicoanalépticos): aumentam a atividade do SNC. Exemplos: 
cocaína, crack, ecstasy, anfetaminas. 
3 - Perturbadoras (psicodislépticos): modificam a qualidade da atividade 
cerebral. Exemplos: maconha, LSD, heroína, cogumelo, ecstasy. 
 
PRINCIPAIS TIPOS DE TÓXICOS: 
MACONHA 
 
Cannabis sativa (cânhamo). 
Cigarro ou cachimbos, xaropes, pastilhas, infusões ou folhas para mascar. 
Princípio ativo: THC (tetra-hidro-canabinol). Atua nos centros nervosos 
superiores. 
Efeitos: prostração ou agitação, lassidão, comportamento excêntrico, 
alterações da memória e desorientação. Alteração da percepção e 
alterações psicológicas. 
É comum a associação a outras substâncias. 
MORFINA 
 
Derivada do ópio. 
Injeção intramuscular. 
Processo de intoxicação rápido e dependência acentuada. 
Enfraquecimento precoce da inteligência, da memória e da vontade. 
No início: euforia, disposição, extroversão e alegria ("lua de mel da 
morfina"). Depois: "período de estado" e fase de caquexia 
(emagrecimento, palidez, envelhecimento precoce, insônia, tremores, 
angústia, desespero, vômitos, queda de cabelo e impotência sexual). 
Morte por tuberculose ou alterações cardíacas. 
HEROÍNA 
 
Droga sintética (éter diacético da morfina — diacetilmorfina). 
Injetada ou cigarro. 
5X vezes mais potente que a morfina. 
Efeitos mais graves e rápidos e dependência muito precoce. 
Náuseas, vômitos, delírios, convulsões, bloqueios do sistema respiratório, 
morte. 
COCAÍNA 
 
Folhas da coca, ação estimulante. 
Mucosa nasal (aspiração), mucosa gengival (fricção) ou injeção. 
Perfuração do septo nasal (pela via nasal). 
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Decadência física com humor imoderado e injustificável. 
Olhos fundos, brilhantes, midríase, tremores e tiques nervosos com 
excitações repentinas.Alta nocividade: depressão, angústia, alucinações, 
delírios de perseguição e complexo de culpa, morte por alterações 
cardíacas. 
Sintomas de intoxicação aguda: 
a) psíquicos: excitação motora, agitação, ansiedade, confusão mental e 
loquacidade. 
b) neurológicos: afasia, paralisias, tremores, convulsão. 
c) circulatórios: taquicardia, aumento da pressão arterial, dor precordial. 
d) respiratórios: polipneia, síncope. 
ECSTASY 
(MDMA) 
 
Anfetamina modificada, com ação cerebral diferente e duradoura. 
Taquicardia, hipertensão, convulsões, trombose, hemorragia cerebral, 
xerostomia, hipertermia, sede, diminuição de apetite e da atenção, pânico, 
irritabilidade, ansiedade, morte súbita. 
LSD 25 
 
Droga alucinógena semissintética. 
Ergotina do centeio (dietilamina do ácido lisérgico). 
Tabletes de açúcar ou pedaços de cartolina. 
Depressão, tristeza, fadiga, mudanças do comportamento, percepção 
equivocada do mundo exterior, delírios, alucinações, convulsões e 
pesadelos ("suicídio do drogado"). 
Reações: 
1º grupo: reação megalomaníaca ("todo-poderoso"). 
2º grupo: depressão, angústia e solidão. 
3º grupo: perturbações paranoicas. 
4º grupo: confusão geral, ilusões, alucinações, desorientação. 
BARBITÚ-
RICOS 
Sedativos e calmantes (medicamentos para epilepsia, cefaleia, hipnose, 
úlcera péptica, hipertensão arterial e distúrbios do sono). 
Tremores, marcha alterada, disartria, sonolência, confusão, apatia e 
bradipsiquia. Depressão do SNC, coma e morte. 
A suspensão abrupta causa desordens psíquicas e convulsões. 
ÓPIO Papoula Papaver somniferum. 
Cigarros. 
Pouco usado no Brasil. 
Inicialmente: excitação com hiperatividade funcional e estímulo das 
funções psíquicas. Depois: depressão, indiferença, abatimento, 
embotamento da inteligência, alterações da memória e intensificação da 
prostração e da angústia. 
ANFETAMI- 
NAS 
Ingeridas ou injetadas. 
Uso para evitar o sono, desinibir ou euforizar. 
Inquietação psicomotora, incapacidade de atenção, obnubilação da 
consciência, estado de confusão e manifestações delirantes. 
CRACK 
 
Subproduto da pasta base da cocaína. 
Indivíduos de baixo poder aquisitivo. 
Aspiração em cachimbos. 
Efeitos semelhante à cocaína: mais rápidos e mais deletérios. Altamente 
viciante. 
Midríase, irritabilidade, agressividade, delírios, alucinações, ansiedade e 
cansaço extremo. 
COGUMELO 
 
Alucinógenos naturais, alta toxicidade, infusão ou ingestão. 
Delírios, alucinações, percepção de sons e cores incomuns. 
- manifestações coléricas: vômitos, cólicas, diarreia, cãimbras e desmaios. 
- manifestações hepatorrenais: icterícia, hematúria e oligúria. 
- manifestações neurológicas: agitação, delírios, euforia, convulsões e 
coma. 
COLA DE 
SAPATEIRO
Age rapidamente sobre o SNC. 
Duração breve. 
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Euforia e alucinação-depressão. 
Lesões graves na medula, nos rins, no fígado e em nervos periféricos. 
MERLA 
 
Obtida da pasta de coca, com o uso de produtos químicos altamente 
tóxicos (benzina, querosene, gasolina, ácido sulfúrico, éter e metanol). 
Cigarros ou cachimbos. 
Opção mais barata do crack, com maior poder destrutivo. 
Efeitos passageiros: sensação inicial de bem-estar e leveza, depois 
sensações de inquietação, agitação, alucinação. 
Substâncias químicas se acumulam na pele e atingem fígado, cérebro, 
pulmões e coração. 
 
EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA (estágio) - manifestações da intoxicação aguda por 
álcool (episódica e passageira). 
ALCOOLISMO (estado) - perturbações pelo uso imoderado do álcool (crônicas). 
ALCOOLEMIA (taxa) - dosagem do álcool no sangue (exame em cromatina 
gasosa). 
 
BEBIDAS ALCOÓLICAS: teor alcoólico ≥ 0,5 grau Gay-Lussac. 
• fermentadas: fermentação natural, menor teor alcoólico (vinho, cerveja). 
• destiladas: destilação em alambique, alta concentração alcoólica (uísque, 
cachaça). 
• alcoolizadas artificialmente: álcool + produtos fermentados (vinho do 
Porto). 
 
EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA AGUDA: caráter passageiro e episódico. 
� manifestações físicas: congestão conjuntival, taquicardia, taquipneia, 
taquisfigmia e hálito alcoólico-acético. 
� manifestações neurológicas: alterações do equilíbrio (sinal de Romberg), 
marcha ebriosa e coordenação motora alterada: ataxia, dismetria, 
dissinergia ou assinergia e disdiadococinesia. Disartria, alterações do tônus 
muscular, inibição da sensibilidade, fenômenos vagais e baixa dos sentidos. 
� manifestações psíquicas: alterações do humor, do senso ético, da atenção, 
da senso-percepção, do curso do pensamento e da associação de ideias. 
 
Fases da embriaguez: 
- Fase de excitação (fase de euforia). 
- Fase de confusão (fase médico-legal, fase agitada). 
- Fase de sono (fase comatosa, fase de inconsciência). 
 
Tolerância ao álcool: capacidade individual de se embriagar (mesma 
quantidade de álcool causa efeitos diferentes em indivíduos diferentes). 
Depende de: peso do indivíduo; concentração alcoólica da bebida, ritmo da 
ingestão, plenitude do estômago e absorção intestinal; hábito de beber e 
sensibilidade ao álcool. 
 
Metabolismo do álcool etílico: absorção na via digestiva fígado circulação 
sanguínea e linfática tecidos. 
 
Desintoxicação: ocorre por oxidações sucessivas (transformação em aldeído, 
ácido acético, gás carbônico e água) - metabolização de 90 a 95% do álcool 
ingerido. Pequenas quantidades são eliminadas sem oxidação (pelos pulmões, 
rins, pele, glândulas salivares e intestinos). 
 
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CURVA ALCOOLÊMICA DE CALABUIG: 
 
Primeira linha: curva de difusão ou absorção; 
 
Pico: nível de manutenção (concentração 
máxima); 
 
Linha descendente: curva de eliminação 
(desintoxicação por oxidação). 
 
 
Pesquisa bioquímica do álcool: 
Saliva: desaconselhada (substâncias redutoras voláteis na saliva podem dar 
falsos resultados). 
Urina: sem valor absoluto (variações de concentração pelo nº micções e 
plenitude da bexiga). 
Líquor: mais invasiva (usada em cadáveres). 
Ar expirado: relação álcool-bióxido de carbono no ar expirado (método de 
Harger e de Forrester). 
Sangue: um dos mais importantes (base dos valores de referência). Método da 
cromatografia gasosa (credibilidade e especificidade) e macrométrico de Nicloux. 
 
Dosagem de álcool no cadáver: sangue puncionado da veia femoral. Não deve 
ser feita na putrefação cadavérica (etanol e substâncias redutoras alteram os 
resultados). 
 
Determinação da embriaguez pela dosagem bioquímica do álcool no sangue: 0,6 
a 2,0 g/1.000 ml (em regra). Considerar as manifestações clínicas da 
embriaguez, e não somente a investigação bioquímica. 
 
< 0,5 g/1.000 ml intoxicação inaparente 
0,5 a 2,0 g/1.000 ml presença de distúrbios tóxicos 
> 2,0 g/1.000 ml estado de embriaguez 
 
Meios indiretos: coágulos, líquor e medula óssea. 
 
Formas de embriaguez: 
� Embriaguez culposa e preterdolosa: não isentam de responsabilidade. 
� Embriaguez fortuita e por força maior: pode haver isenção da pena. 
� Embriaguez acidental: pode ocorrer isenção da responsabilidade. 
� Embriaguez preordenada: é agravante (em regra). 
� Embriaguez patológica: pode levar à inimputabilidade. 
� Embriaguez habitual: efeitos constantes do álcool. 
 
ALCOOLISMO: ingestão continuada e imoderada de álcool ("personalidade 
alcoolista"). 
 
a) Manifestações somáticas: hepatomegalia, edemas palpebrais, tremores,ventre aumentado, pescoço fino, alterações da marcha, congestão das 
conjuntivas, dispepsia, vermelhidão da face. 
 
b) Manifestações neurológicas: alterações degenerativas em nervos periféricos: 
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� Polineurite; 
� Poliencefalite superior hemorrágica de Wernicke; 
� Síndrome de Korsakow (ou síndrome amnésica ou psicose polineurítica). 
 
c) Manifestações psíquicas: alterações da atenção, afetividade, volição, 
memória, senso ético, senso-percepção, ideação, consciência e capacidade de 
julgamento. "Psicoses alcoólicas": delirium tremens; alucinose dos bebedores; 
delírio de ciúmes dos bebedores; epilepsia alcoólica; dipsomanias. 
 
 
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