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UNIVERSIDADE DE CABO VERDE – FACULDADE DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS DO MAR CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DA MANUTENÇÃO NA EMPRESA BENTO FORRADOR Elaborado por: Mário Delgado Orientador: Alcídio da Cruz Mindelo Ano Letivo 2016-2017 Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 2 UNIVERSIDADE DE CABO VERDE – FACULDADE DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS DO MAR CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DA MANUTENÇÃO NA EMPRESA BENTO FORRADOR Mário Manuel Gomes Delgado Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica na Faculdade de Engenharia e Ciências do Mar- Universidade de Cabo Verde, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Mecânico. Orientador: Prof. Alcídio da Cruz. Mindelo Ano Letivo 2016-2017 Dedicatória “Manutenção… Quando tudo vai bem, ninguém lembra que existe. Quando algo vai mal, dizem que não existe. Quando é para gastar, dizem que não é preciso que exista. Porém, quando realmente não existe, todos concordam que devia existir” Anónimo Dedicatória I DEDICATÓRIA Dedico este trabalho à minha família, que me propiciou uma vida digna onde eu pudesse crescer, acreditando que tudo é possível, desde que sejamos honestos, íntegros de caráter e tendo a convicção de que desistir nunca seja uma ação contínua em nossas vidas; que sonhar e concretizar os sonhos só dependerá de nossa vontade. Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador II AGRADECIMENTOS A Deus, pelo dom da vida e por sempre iluminar meu caminho. Aos meus pais, pelo exemplo de vida, pelo amor presente, pela educação e incentivo em toda minha trajetória. Aos meus queridos irmãos, em especial ao Henrique Ribeiro, Dália Delgado, Glastone Delgado, Maria José Ribeiro e Máximo Delgado, que me acompanharam durante toda esta jornada, pelo apoio, carinho, compreensão e companheirismo nos momentos mais difíceis. À minha amiga Samira Pires pela companheirismo e alento. Ao Adriano Lima e Sónia de Pina pela disponibilidade e facilitação de informações. Ao meu supervisor Jaílson Lopes que foi uma peça fundamental durante a concretização deste projeto, fornecendo apoio incondicional sempre que preciso. Gostaria também de agradecer a todos os funcionários do Bento Forrador pelo carinho e apoio durante o estágio, entre eles destaco: Elizen Dias, Edmilson Pires, Bruno Silva, Danielson Silva, Danielson Monteiro, Zuleika Fortes e Luisa Morais. A todos os meus colegas de curso, em especial ao Klinsmann Gomes, José António Delgado e James Correia que me ajudaram na elaboração deste trabalho. A todos os professores que partilharam comigo os seus conhecimentos, indispensáveis para o término deste curso, em especial ao Professor Luís Jorge Fernandes. A todas as pessoas, que de alguma forma, direta ou indiretamente contribuíram para a concretização deste projeto, o meu muito obrigado. Por fim, agradeço ao meu orientador, Mestre Alcídio Jesus da Cruz, pelo apoio e dedicação com que me ajudou na realização deste trabalho. Resumo III RESUMO O presente trabalho, tem como finalidade o desenvolvimento de um sistema de gestão da manutenção na empresa Bento Forrador. O procedimento tem como finalidade alargar a vida útil dos equipamentos em particular veículos articulados que fazem trabalho transporte de contentores, cargas e descargas mercadorias pesadas, permitindo assim obter uma redução de custos no que diz respeito a reparação e evitar ter os veículos imobilizados. O trabalho conta com três capítulos, nos quais são apresentados conceitos gerais sobre os vários tipos de manutenção e um aprofundamento sobre manutenção preventiva, que é o tema do nosso caso de estudo, bem como o diagnóstico da empresa e a situação nela existente, em termos de manutenção preventiva. O principal objetivo deste trabalho foi realizar um projeto que fosse útil para a empresa. Palavras-chave Manutenção, Manutenção Preventiva, Custos, Fichas. Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador IV ABSTRACT The present work aims at the development of a maintenance management system in the company Bento Forrador. The purpose of the procedure is to extend the useful life of the equipment, in particular articulated vehicles, which carry out the work of transporting containers, loads and discharges of heavy goods, thus allowing a reduction of costs with regard to repair and avoiding having immobilized vehicles. The work has three chapters, which present general concepts on the various types of maintenance and a deepening on preventive maintenance, which is the subject of our case study, as well as the diagnosis of the company and the situation therein, in terms of preventive maintenance. The main objective was to carry out a project that was useful for the company. Key words Maintenance, Preventive Maintenance, Costs, Files. Índice V ÍNDICE Dedicatória ...................................................................................................................... I Agradecimentos ............................................................................................................. II Resumo ......................................................................................................................... III Abstract ......................................................................................................................... IV Índice ............................................................................................................................. V Índice de Tabelas ....................................................................................................... VIII Índice de Figuras .......................................................................................................... IX Índice das Fichas ........................................................................................................... X Lista de Abreviaturas e siglas ....................................................................................... XI Capítulo I: Introdução ..................................................................................................... 1 1.1 Motivação ......................................................................................................... 1 1.2 Tema e Objetivos .............................................................................................. 1 1.3 Metodologia ...................................................................................................... 2 1.4 Estrutura do Trabalho ........................................................................................... 3 Capítulo II: Enquadramento Teórico .............................................................................. 4 2.1 Histórico da Manutenção ...................................................................................... 4 2.2 Evolução da Manutenção ..................................................................................... 5 2.3 Definição de Manutenção ..................................................................................... 62.4 Tipos de Manutenção ........................................................................................... 8 2.4.1 Manutenção Corretiva ................................................................................... 8 2.4.2 Manutenção Preditiva .................................................................................... 9 2.4.3 Manutenção de Melhoria ............................................................................... 9 2.4.4 Manutenção de Rotina ................................................................................. 10 2.4.5 Manutenção Preventiva ............................................................................... 10 2.4.5.1 Objetivos de Manutenção Preventiva ................................................... 11 2.4.5.2 Importância da Manutenção Preventiva ............................................... 11 Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador VI 2.4.5.3 Fases para Implementação da Manutenção Preventiva ........................ 13 Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção ........................................................ 14 3.1 Caracterização e Historial da Empresa Bento Forrador ..................................... 14 3.1.1 Missão, Visão, Estratégias e Métodos ......................................................... 16 3.1.2 Diagnóstico .................................................................................................. 17 3.1.3 Tipo de Serviços de Manutenção Realizados pela Empresa ....................... 18 3.1.4 Descrição de Distribuição de Tarefas de Manutenção na Oficina do Bento Forrador ............................................................................................................................ 19 3.1.5 Os Operadores/Condutores dos Veículos e Equipamentos ......................... 20 3.1.6 Infraestrutura e Peças de reposição ............................................................. 20 3.1.7 Breve Análise da situação Encontrada ........................................................ 20 3.1.8 Impacte Ambiental .......................................................................................... 21 3.2 Levantamento das necessidades de manutenção ................................................ 22 3.2.1 Veículos Articulados ....................................................................................... 23 a) Cavalo Mecânico ....................................................................................... 24 b) Semi-Reboque ........................................................................................... 25 c) Sistemas de Travagem Pneumática ........................................................... 26 3.3 Definição de estoque mínimo e de segurança .................................................... 27 3.4 Indicadores da Gestão da Manutenção ............................................................... 28 3.4.1 Taxa de Avarias ........................................................................................... 29 3.4.2 Tempo médio entre avarias, (MTBF) .......................................................... 30 3.4.3 Tempo médio de reparação, MTTR ............................................................ 30 3.4.4 Tempo médio de espera, MWT ................................................................... 31 3.4.5 Disponibilidade ............................................................................................ 31 3.4.6 Fiabilidade dos equipamentos ..................................................................... 32 3.5 Custos da Manutenção ........................................................................................ 32 3.6 Plano de Manutenção Preventiva ....................................................................... 34 Índice VII 3.7 Fichas de Apoio à Manutenção Preventiva .................................................... 34 3.8 Princípio de Funcionamento das Fichas ............................................................. 38 CAPÍTULO IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................... 40 Referências ................................................................................................................... 42 APÊNDICE .................................................................................................................. 44 APÊNDICE I – Viaturas e Equipamentos Existente na Empresa ............................ 44 APÊNDICE II – Plano de Manutenção .................................................................... 47 APÊNDICE III – Controlo e Inspeção de Viaturas .................................................. 50 APÊNDICE IV – Ficha de Intervenção/Peças ......................................................... 52 APÊNDICE V – Históricos das intervenções .......................................................... 53 APÊNDICE VI – Ficha Técnica ............................................................................... 55 APÊNDICE VII – Manutenção Periódica dos Três Meses ...................................... 56 APÊNDICE VIII – Manutenção Periódica dos Seis Meses ..................................... 57 APÊNDICE IX – Manutenção Periódica dos Nove Meses ...................................... 59 APÊNDICE X – Manutenção Periódica dos Doze Meses ....................................... 60 ANEXO ........................................................................................................................ 62 ANEXO I – Declaração de Trabalho da manutenção na Empresa ........................... 62 ANEXO II – Tabela de Artigos de Estoque para Manutenção ................................ 63 Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador VIII ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Analogia Saúde Humana x Máquina ............................................................. 7 Tabela 2 - Distribuição das tarefas de manutenção na oficina mecânica ..................... 19 Tabela 3 - Viaturas existentes na Empresa ................................................................... 44 Tabela 4 - Equipamentos existentes na Empresa ......................................................... 45 Tabela 5 - Tabela de artigos em estoque para manutenção .......................................... 63 Índice de Figuras IX ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Fases da metodologia de trabalho .................................................................. 2 Figura 2 - Hierarquia dos diversos tipos de Manutenção ............................................... 8 Figura 3 - Reutilização dos pneus inservíveis .............................................................. 22 Figura 4 - Veículo articulado ........................................................................................ 24 Figura 5 - Cavalo mecânico .......................................................................................... 24 Figura 6 - Prato de engate ............................................................................................. 25 Figura 7 - Semi-reboque ............................................................................................... 26 Figura 8 - Cabeçote ...................................................................................................... 26 Figura 9 - Sistema de travagem pneumático ................................................................ 27 Figura 10 - Iceberg de custos de manutenção .............................................................. 33 Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador X ÍNDICE DAS FICHAS Ficha 1 - Ordem de trabalho .........................................................................................35 Ficha 2 - Ficha da utilização diária ............................................................................... 36 Ficha 3 - Plano de manutenção .................................................................................... 49 Ficha 4 - Controlo e inspeção de viaturas ................................................................... 51 Ficha 5 - Ficha de intervenção/peças ........................................................................... 52 Ficha 6 - Histórico das intervenções ........................................................................... 53 Ficha 7 - Histórico das Peças/Órgãos .......................................................................... 54 Ficha 8 - Ficha técnica ................................................................................................. 55 Ficha 9 - Manutenção periódica dos três meses .......................................................... 56 Ficha 10 - Manutenção periódica dos seis meses ........................................................ 58 Ficha 11 - Manutenção periódica dos nove meses ...................................................... 59 Ficha 12 - Manutenção periódica dos doze meses ...................................................... 61 Ficha 13 - Declaração de trabalho da manutenção na Empresa .................................. 62 Lista de Abreviaturas e siglas XI LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS OT`s – Ordens de Trabalho FMP – Ficha de Manutenção Planeada 𝜆 – Taxa de Avarias MTBF – Mean Time Between Failure (Tempo Médio Entre Avarias) MTTR – Mean Time To Repair (Tempo Médio de Reparação) MWT – Mean Waiting Time (Tempo Médio de Espera) D – Disponibilidade EN – Norma Europeia TFi – Tempos de Funcionamento no Período TRi – Tempos de Reparação no Período TEi – Tempos de espera no Período HH – Horas Homem Capítulo I: Introdução 1 CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO Neste capítulo é apresentado a justificativa e o interesse que originaram a proposta deste trabalho, o seu enquadramento no âmbito curricular, os seus objetivos e o respetivo planeamento. É ainda apresentada a estrutura deste documento, caracterizada pela sua organização por capítulos. 1.1 Motivação O estaleiro da Serralharia Bento Forrador funciona, em média, seis dias por semana de forma ininterrupta para atender às necessidades do setor em que opera. Além disso, o seu parque é constituído por um arsenal de mais de 60 viaturas sem contar os equipamentos, de modo que a manutenção é sem dúvida um setor a se ter em conta. Uma organização deficiente da manutenção de um ambiente com tantas viaturas, como no Bento Forrador pode originar um elevado custo de manutenção e de operação, assim como dar origem a dificuldades no controlo das intervenções realizadas, podendo derivar daí falhas ou atrasos com implicações na produção e consequentemente nos ganhos da empresa. Para além disso uma gestão incorreta dos equipamentos e suas peças de reposição pode dar origem a material em estoque, de tal forma que também implique no aumento do custo da manutenção. É então evidente que o setor da manutenção do Bento Forrador necessita de um sistema capaz de gerir de forma eficiente e eficaz todas as viaturas e equipamentos existentes, as ordens de trabalho geradas para as manutenções, quer preventivas quer corretivas, e o estoque de peças de manutenção. Com efeito, surgiu assim a oportunidade de análise e desenvolvimento de um sistema de gestão da manutenção na empresa Bento Forrador com o objetivo de melhorar a organização da manutenção. 1.2 Tema e Objetivos O tema do presente trabalho é: “Desenvolvimento de um Sistema de Gestão da Manutenção no Estaleiro da Serralharia Bento Forrador Lda.”. O trabalho foi desenvolvido no âmbito da realização da unidade curricular do Trabalho de Final de Curso da Licenciatura em Engenharia Mecânica da Universidade de Cabo Verde. Para isso, foi realizado um estágio na Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 2 seção de manutenção da empresa Bento Forrador onde se pretende aprimorar a gestão da manutenção. Este tem como principal propósito o desenvolvimento de um manual de gestão da manutenção para Bento Forrador, juntando em um só documento, todas as informações relevantes sobre a manutenção, de modo a permitir um melhor controlo do funcionamento e do desempenho da manutenção. Para tal, foram definidos os seguintes objetivos: Estudar os conceitos associados à gestão da manutenção, da manutenção em si e às metodologias de gestão por processos; Analisar os processos de manutenção quer preventiva, quer corretiva, dos seus fluxos, de toda a documentação associada, e da interação com outros serviços ou fornecedores; Diagnosticar a atual situação da gestão da manutenção no Bento Forrador Lda.; Levantar elementos que devem estar presentes em modelo de gestão da manutenção apropriado para empresa relativamente a viaturas; Desenvolvimento de um sistema de gestão da manutenção, que se ajuste às necessidades específicas do serviço e que permita de forma mais eficiente e eficaz a gestão das ordens de trabalho e da documentação associada. 1.3 Metodologia A metodologia adotada para o desenvolvimento do trabalho foi elaborada tendo em conta os objetivos definidos e o contexto em que se enquadra o mesmo. A metodologia aplicada pode ser caracterizada da seguinte forma: Figura 1 - Fases da metodologia de trabalho Revisão bibliográfica do estado da arte relativa à gestão da manutenção Análise do estudo de caso e familiarização com o mesmo Desenvolvimento de um sistema de gestão que responda às necessidades do caso em estudo Capítulo I: Introdução 3 Numa fase inicial foi efetuada uma revisão bibliográfica relativa ao estado da arte do tema gestão da manutenção e da manutenção em si, como preparação para as seguintes fases do trabalho. Na análise do estudo de caso, do Setor de Manutenção da empresa Bento Forrador, pretendeu-se familiarizar com o funcionamento do setor através de uma análise do parque, da documentação técnica, do nível de cumprimento das manutenções planeadas e do levantamento das necessidades de manutenção. Por sua vez, na fase de desenvolvimento do sistema de gestão da manutenção, procedeu-se à elaboração dos procedimentos de manutenção planeada e atualização dos mesmos, através das fichas e estabelecimento de indicadores para o controlo do desempenho do sistema. 1.4 Estrutura do Trabalho Este trabalho está dividido em quatros capítulos, com os respetivos conteúdos descritos a seguir. O capítulo inicial traz a introdução deste trabalho, seu tema, objetivos e a justificativa para sua escolha. Ainda neste capítulo encontram-se o método utilizado para atingir os objetivos traçados e a estrutura do mesmo. No segundo capítulo é apresentado uma introdução à manutenção e a conceitos chave deste trabalho. No capítulo seguinte é apresentada uma descrição da situação atual da manutenção no Bento Forrador, e o desenvolvimento do sistema de gestão em si, que constitui o manual de gestão da manutenção em questão. O quarto capítulo é reservado para a apresentação das melhorias esperadas do desenvolvimento deste sistema, as limitações do trabalho, sugestões para trabalhos futuros e as considerações finais. Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 4 CAPÍTULO II: ENQUADRAMENTO TEÓRICO O presente capítulo visa mostraros antecedentes e o marco teórico do trabalho, no que diz respeito à manutenção. 2.1 Histórico da Manutenção A conservação de instrumentos e ferramentas é uma prática observada, historicamente, desde os primórdios da civilização, mas, efetivamente, foi somente quando da invenção das primeiras máquinas têxteis, a vapor, no século XVI, que a função manutenção emerge. Naquela época, aquele que proteja as máquinas, treinava as pessoas para operarem e consertarem, intervindo apenas em casos mais complexos. Até então, o operador era o mantenedor – mecânico. Somente no último século, quando as máquinas passam a ser movidas, também, por motores elétricos, é que surge a figura do mantenedor eletricista. Assim, com a necessidade de se manter em bom funcionamento todo e qualquer equipamento, ferramenta ou dispositivo para uso no trabalho, em épocas de paz, ou em combates militares nos tempos de guerra, houve a consequente evolução das formas de manutenção. Na era moderna, após a Revolução Industrial, Fayol propõe seis funções básicas na empresa, destacando a função técnica, relacionada com a produção de bens ou serviços, da qual a manutenção é parte integrante (Fayol, 1950). O termo “manutenção” tem sua origem no vocábulo militar, cujo sentido era “manter, nas unidades de combate, o efetivo e o material num nível constante”. É evidente que as unidades que nos interessam aqui são as unidades de produção, e o combate é antes de tudo, econômico. O aparecimento do termo “manutenção” na indústria ocorreu por volta do ano 1950 nos Estados Unidos da América. Na França, esse termo se sobrepõe progressivamente à palavra “conservação” (Monchy, 1989). Vivemos hoje uma era de grandes mudanças em praticamente todos os campos e atividades. Vivemos profundas transformações políticas com o fim dos regimes ditatoriais e a substituição destes governos por governos democráticos, em que as pessoas escolhem livremente os seus representantes. Experimentamos uma radical mudança do modelo econômico, com o fim dos mercados fechados e cartelizados. Capítulo II: Enquadramento Teórico 5 O consumidor – industrial ou privado – tinha de se contentar em escolher apenas os produtos ou serviços oferecidos localmente. Os produtos que incorporavam a tecnologia mais moderna e melhor qualidade, que eram vendidos no exterior a preços mais baixos que os entrados no mercado local, estavam fora do seu alcance, pois as barreiras à importação eram quase intransponíveis. E a competição, mola do desenvolvimento, estimuladora da eficiência e controladora dos preços no mercado, se limitava aos fabricantes locais, todos sujeitos a essas mesmas limitações” (Mirshawka & Olmedo, 1993). 2.2 Evolução da Manutenção Os equipamentos de produção têm sofrido ao longo dos tempos evoluções importantes: Os equipamentos de produção são cada vez mais automatizados. Tornam-se mais compactos, mais complexos e são utilizados de forma mais intensa. Os equipamentos são mais “caros” (investimentos mais elevados) com períodos de amortização mais pequenos. Os tempos de indisponibilidade sobre um “processo” são economicamente mais críticos que sobre um parque de máquinas em linha. A exigência imposta por novos métodos de produção. Assim o “Just-in-time” exige a eliminação total dos problemas e avarias das máquinas (Ferreira L. A., 1998). Ainda segundo Ferreira L. A (1998), desde os anos 30, a evolução da manutenção, pode ser dividida em 3 gerações: 1. Primeira geração: abrange o período antes da 2ª Guerra Mundial, quando a indústria era pouco mecanizada, os equipamentos eram simples e, na sua grande maioria, superdimensionados; Devido à conjuntura econômica da época, a produtividade não era prioritária, assim não era necessária uma manutenção sistemática; apenas serviços de limpeza, lubrificação e reparo após a quebra, ou seja, a manutenção era fundamentalmente corretiva. 2. Segunda geração: vai desde a segunda Guerra Mundial até os anos 60. As pressões do período aumentaram a demanda por todo tipo de produto, ao mesmo tempo em que o contingente de mão-de-obra industrial diminui sensivelmente. Com consequência, neste período houve forte aumento da mecanização, bem como da complexidade das instalações industriais; começa a evidenciar-se a necessidade de maior disponibilidade e confiabilidade, na busca da maior produtividade; A indústria estava bastante dependente do bom Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 6 funcionamento das máquinas, o que levou a ideia de que as falhas dos equipamentos poderiam e deveriam ser evitadas, resultando no conceito de manutenção preventiva. Na década de 60 a manutenção preventiva consistia em intervenções nos equipamentos feitos a intervalo fixo. O custo da manutenção também começou a se elevar muito em comparação com outros custos operacionais, o que fez aumentar os sistemas de planeamento e controle de manutenção que, hoje, são parte integrante da manutenção moderna. A quantidade de capital investido em itens físicos, juntamente com o nítido aumento do custo do capital, levou as pessoas a começarem a buscar meios para aumentar a vida útil dos itens físicos. 3. Terceira geração: surgiu a partir da década de 70 e acelerou o processo de mudança nas indústrias. A paralisação da produção, que sempre diminuiu a capacidade de produção aumentou os custos e afetou a qualidade dos produtos, era uma preocupação generalizada. Na manufatura, os efeitos dos períodos de paralisação foram se agravando pela tendência mundial de utilizar sistemas just-in-time, onde estoques reduzidos para a produção em andamento significavam que pequenas pausas na produção/entrega naquele momento poderiam paralisar a fábrica. O crescimento da automação e da mecanização passou a indicar que confiabilidade e disponibilidade tornam-se pontos-chave em setores tão distintos quanto saúde, processamento de dados, telecomunicações e gestão de edifícios. Maior automação significa que falhas cada vez mais frequentes afetam nossa capacidade de manter padrões de qualidade estabelecidos. Isso se explica tantos aos padrões do serviço quanto à qualidade do produto (Carvalho, 2012). 2.3 Definição de Manutenção Segundo Ferreira (1975), manutenção significa: “Ato ou efeito de manter (-se). As medidas necessárias param a conservação ou a permanência de alguma coisa ou uma situação. Os cuidados técnicos indisponíveis ao funcionamento regular e permanente de motores e máquinas”. Capítulo II: Enquadramento Teórico 7 Segundo Monchy (1989), “A Manutenção dos equipamentos de produção é um elemento chave tanto para a produtividade das indústrias quanto para a qualidade dos produtos. É um desafio industrial que implica resistir as estruturas atuais inertes e promover métodos adaptados à nova natureza dos materiais”. Segundo Tavares (1996), “Manutenção – todas as ações necessárias para que um item (equipamento, obra ou instalação) seja conservado ou restaurado, de modo a poder permanecer de acordo com uma condição especifica”. De uma ou outra forma, percebe-se que as definições de manutenção que foram citadas neste capítulo falam em “manter”, “restabelecer”, “conservar” ou “restaurar” um equipamento ou bem. Contudo, a definição dada por Monchy combina-se melhor com o momento atual das empresas que buscam a competitividade e a qualidade total, senão vejamos a repetição da definição: “A Manutenção dos equipamentos de produção é um elemento chave, tanto para a produtividade das indústrias, quanto para a qualidade dos produtos…” Monchy estabelece também uma analogia entre a saúdehumana com a saúde da máquina conforme a Tabela 1. Fonte: Monchy, 1989 Conhecimento do Homem Conhecimento Tecnológico Conhecimento das Doenças Conhecimento dos modos de falha Carnê de Saúde Histórico Dossiê Médico Dossiê da máquina Diagnóstico, exame, visita médica Diagnóstico, perícia, inspeção Conhecimento de tratamentos Conhecimento das ações curativas Tratamento curativo Retirada do estado de pane, reparo Operação Renovação modernização, troca ANALOGIA SAÚDE HUMANA SAÚDE DA MÁQUINA MEDICINA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL Nascimento Longevidade Boa Saúde Morte Sucata Confiabilidade Durabilidade Entreda em Operação Tabela 1 - Analogia Saúde Humana x Máquina Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 8 2.4 Tipos de Manutenção A manutenção pode ser definida como a combinação de todas as ações técnicas, administrativas e de gestão, durante o ciclo de vida de um bem, destinadas a mantê-lo ou repô-lo num estado em que ele pode desempenhar a função requerida (Cabral, 2006). Na Figura 1 apresentam-se os diversos tipos de manutenção. O objetivo da gestão da manutenção é conseguir, agregando estes tipos de manutenção nas proporções ideais, um padrão de desempenho a um custo mínimo, sendo que este custo não é apenas o custo da manutenção, no sentido contabilístico, mas sim o custo da manutenção mais a soma dos custos indiretos da manutenção e dos benefícios obtidos com melhorias (Portuguesa, 2007). Figura 2 - Hierarquia dos diversos tipos de Manutenção Fonte: Norma Portuguesa, 2007 2.4.1 Manutenção Corretiva Também designada curativa, destina-se a reparar avarias e maus funcionamentos ocorridos em serviço. O objetivo da gestão é conseguir, agregando estes tipos de manutenção nas proporções ideais, um padrão de desempenho a um custo mínimo, sendo que este custo não é apenas o custo da manutenção, no sentido contabilístico, mas sim o custo da manutenção mais a soma dos custos indiretos da manutenção e dos benefícios obtidos com as melhorias. Manutenção Manutenção Corretiva Manutenção Preventiva Manutenção Preventiva Sistematica Manutenção Preventiva Condicional Manutenção de Melhoria Capítulo II: Enquadramento Teórico 9 Este objetivo, naturalmente, só pode ser procurado nos domínios da manutenção planeada, isto é, aquela em que a gestão pode intervir efetivamente. Na manutenção não planeada, designadamente, na manutenção corretiva, a gestão anda a reboque dos acontecimentos, que são aleatórios e variadíssimos, em vez de os terminar (Cabral, 2006). Podemos citar entre as vantagens e desvantagens da manutenção corretiva o seguinte: Vantagens: Não exige acompanhamentos e inspeções nas máquinas; Desvantagens: As máquinas podem quebrar-se durante os horários de produção; As empresas utilizam máquinas de reserva; Há necessidade de se trabalhar com estoques. 2.4.2 Manutenção Preditiva É seguro dizer que a manutenção preditiva é um passo adiante da manutenção preventiva. É a manutenção de acompanhamento e planeamento mais preciso, exige maior qualificação do profissional e tem como objetivo evitar qualquer falha das peças antes mesmo que apresentem defeito. Caracteriza-se pelo acompanhamento de parâmetros dos equipamentos como, por exemplo, a vida útil predefinida pelo fabricante. A manutenção preditiva usa do acompanhamento dos parâmetros das peças para que as trocas das mesmas sejam feitas antes do fim da sua vida útil. Pela vistoria na máquina, o profissional de manutenção – com base nos parâmetros de acompanhamento – identifica a necessidade de troca de peça e programa o melhor momento para a manutenção, que é feita sem intervenção na produção, facilitando a manutenção e evitando custos maiores com a ociosidade da máquina (NG, 2016). 2.4.3 Manutenção de Melhoria Segundo Cabral (2006), “Inclui as modificações ou alterações destinadas a melhorar o desempenho do equipamento, ajustá-lo a novas condições de funcionamento, melhorar ou reabilitar as suas características operacionais”. Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 10 2.4.4 Manutenção de Rotina Atividades elementares de manutenção, regulares ou repetitivas, que, geralmente, não exigem qualificações, autorização ou ferramentas especiais. No dia-a-dia utiliza-se a expressão rotina para designar operações normalmente sistemáticas, de baixa periodicidade (diárias ou semanais) e frequentemente realizadas pelos próprios operadores, como inspeção, limpeza, apertos, verificação dos níveis de fluidos, etc.. Revisão (EN 13306) – conjunto completo de verificações e ações realizadas com o objetivo de manter os níveis requeridos de disponibilidade e segurança de um bem. Uma revisão pode ser realizada a intervalos de tempo prescritos ou na sequência de um número determinado de operações; Uma revisão pode exigir a desmontagem total ou parcial do bem (Cabral, 2009). 2.4.5 Manutenção Preventiva Orientada no sentido de evitar a ocorrência de avarias e garantir o funcionamento seguro e eficiente do equipamento. Dentro da manutenção preventiva existem os seguintes subtipos: Manutenção preventiva sistemática – os trabalhos são feitas a intervalos de tempo predeterminados; Manutenções preventivas condicionais – fazem-se os trabalhos quando há indicações técnicas para fazer: a) ou um diagnóstico de aproximação de uma avaria, conseguido através das técnicas da manutenção condicionada (análise de vibrações, análises de tendência, entre outros.) que os anglo-saxónicos designam condition monitoring; b) ou uma avaliação mais imediatista do estado do equipamento (ruído, folgas visíveis, rendimento, parâmetros de funcionamento, etc.) que os anglo-saxónicos designam on condition. NB: o termo mais apropriado para este tipo de manutenção seria “manutenção condicionada”, porém, esta designação aplica-se, na prática, mais às inspeções e técnicas de análise conducentes ao diagnóstico do que aos decorrentes trabalhos de manutenção (Cabral, 2006). Capítulo II: Enquadramento Teórico 11 Para se poder fazer uma manutenção preventiva esclarecida seria necessário saber como é que as avarias acontecem. Conhecer os múltiplos mecanismos de ocorrência é tarefa muito difícil, se não impossível, pelo que as respostas a estas questões são, necessariamente, sempre aproximadas. Em qualquer caso, as técnicas de manutenção preventiva têm sempre como objetivo: 1º. Prever as datas prováveis em que as avarias padrão ocorrer a fim de poder tomar, antecipadamente, as medidas tendentes a evitá-las. 2º. Reduzir ao mínimo os fatores que contribuem para as avarias ou, se preferirmos, incrementar os fatores que contribuem para o bom funcionamento dos equipamentos. 3º. Minorar, na medida possível, as consequências de uma avaria (Cabral, 2006). 2.4.5.1 Objetivos de Manutenção Preventiva Os objetivos visados pela manutenção preventiva são: Aumentar a fiabilidade de um equipamento, reduzindo as avarias em serviço; Redução de custos devido a avarias, aumento da disponibilidade; Aumentar a duração de vida eficaz de um equipamento; Melhorar o planeamento dos trabalhos, logo as relações com a produção; Reduzir e regularizar a carga de trabalho; Facilitar a gestão de stocks (consumos previstos); Assegurar a segurança das intervenções (menos improvisos); Reduzir os acontecimentos fortuitos, melhorar o clima de relações humanas (uma avaria imprevista é sempre causa de tensões) (Ferreira L. A., 1998). 2.4.5.2 Importância daManutenção Preventiva A importância de manutenção preventiva, como plano de substituição dos equipamentos, reside no facto de que todos os equipamentos falham e estas falhas geram consequências nos processos produtivos; consequências estas, que nem sempre são da mesa gravidade. Nos sistemas de produção de bens, as falhas significam: atraso de produção, trabalho extra, ineficiência, desperdício de investimento, horas extras; uma série de prejuízos que Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 12 podem ser traduzidos em unidades monetárias, através do custo que, na maioria das vezes não atinge os clientes. Por outro lado, principalmente em sistemas de produção de serviços, a falha tem uma conotação bastante negativa e é de perceção imediata por parte do cliente. Neste sentido, a elevada fiabilidade não é unicamente desejável; é essencial. Passa a ser um objetivo necessário que reduz a probabilidade de uma falha ocorrer numa determinada duração de tempo e sobre condições predeterminadas. Contudo, nos sistemas de produção de bens e, principalmente, nos sistemas de produção de serviços, deseja-se antecipar as falhas, uma vez que os prejuízos advindos destas são diversos e muitas vezes difíceis de serem mensurados. Assim sendo, a observação da fiabilidade e o custo, juntos permitem estabelecer uma política de manutenção preventiva que mais facilmente alcança o objetivo da preservação do sistema produtivo em estados específicos de desempenho. Pode-se afirmar que existem muitas vantagens em aplicar uma manutenção preventiva e as vantagens são (Sacristán, 1992): Redução de perda de produção, o que equivale à redução dos custos de fabrico; Mudança de manutenção de reparações por avarias para manutenção planeada mais económica e eficaz, com um melhor controlo de trabalho e que reduz as horas extraordinárias devido à urgência; Conhecimento do custo da conservação de cada equipamento de trabalho, pelo que é fácil detetar as atividades com elevados custos de manutenção, o que leva à investigação e correção das causas (más condições, condições de trabalho anormais); Redução do custo das reparações por simples reparações levadas a cabo antes de uma avaria, necessitando de menos tempo de trabalho menos sobressalentes e interrupções mais curtas, visto que as paralisações planeadas substituem aquelas que têm de se fazer forçosamente devido a avarias; Controlo rigoroso de peças sobressalentes, permite reduzir as exigências; Redução de defeito, com menos deterioração, devido à afinação correta e permanente dos equipamentos; Melhor ambiente de trabalho, melhorando as relações humanas, visto que o pessoal de produção, cujo salário depende em geral da produção realizada na base de prémios, não vê as suas atividades afetadas por continuas paralisações devidas a avarias; Capítulo II: Enquadramento Teórico 13 O número de reparações importantes reduz-se, evitando a repetição de trabalhos laborais; Redução dos custos de fabrico como resultado das vantagens anteriores. 2.4.5.3 Fases para Implementação da Manutenção Preventiva Pôr a funcionar a manutenção pressupõe desenvolver esforço em duas áreas distintas: Primeira fase: construir a informação base de manutenção; Segunda fase: implementar os processos de gestão do dia-a-dia. Na primeira fase, organiza-se, pesquisa-se, registam-se elementos, ajustam-se, fazem- se planos de manutenção, mas tudo se mantém estático. Na segunda fase, põe-se a gestão a funcionar: passam-se as ordens de trabalho para a área de intervenção técnica, registam-se as realizações, apontando-se a mão-de-obra e os materiais, analisam-se os programas de trabalho, decide-se as datas de sua realização. É a fase de adaptação das pessoas a novos procedimentos e a uma nova disciplina de trabalho. É também a fase de adaptação do estilo de gestão idealizado na primeira fase à realidade concreta da empresa. É essencial para pôr a funcionar um sistema de gestão de manutenção (Cabral, 1998): Estabelecer um plano de realização realista; Incumbir um responsável da empresa pela sua concretização; Perseguir o plano e avaliar periodicamente o progresso. A manutenção preventiva deve ser programada de forma cíclica, com inspeções preventivas. A manutenção deve ser organizada antes da intervenção pois só desta forma obteremos a vantagem que nos dá uma manutenção preventiva. Os programas de manutenção devem incluir sempre as seguintes atividades básicas (Sacristán, 1992): Inspeção periódica de máquinas e instalações, para revelar as condições que possam causar paralisações da produção ou utilização de peças; Manter a maquinaria e as instalações de modo a evitar estas condições, reparando-se enquanto os danos não são significantes. Para finalizar, para que qualquer plano de manutenção preventivo tenha êxito, deve ser bem planificado e deve ser sempre atualizado, também deve incluir outras funções de manutenção como trabalho de oficina bem organizado, planificação do trabalho e sua medição, formação do pessoal, entre outros. Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 14 CAPITULO III: O SISTEMA DE GESTÃO DA MANUTENÇÃO 3.1 Caracterização e Historial da Empresa Bento Forrador A Bento Forrador – Agro-indústria e Transporte, Sociedade Unipessoal Limitada é uma empresa cabo-verdiana de movimentação de cargas pesadas, embarque de contentores de S. Vicente para as outras ilhas, aluguer de gruas e máquinas empilhadoras e remoção de viaturas. Sedeada na cidade do Mindelo, na zona industrial Sul de Campim, a firma possui mais de 20 anos de experiência no transporte de mercadorias, um legado criado com base numa relação de confiança com os clientes. Para cada caso, a Bento Forrador aplica a solução adequada, tendo como preocupação cimeira satisfazer o pedido e proteger o meio ambiente. Nesse sentido, trabalha diariamente para corresponder às expectativas dos clientes, investindo na formação dos funcionários, aquisição de equipamentos eficientes e em novos sistemas informáticos de gestão. Enquanto empresa com sensibilidade social, destaca-se como uma das maiores patrocinadoras de eventos culturais, sociais e desportivas. Além disso desenvolve uma parceria exemplar com a Proteção Civil. Graças à sua postura de seriedade e a qualidade do seu serviço, a Bento Forrador já foi distinguida diversas vezes por entidades nacionais e internacionais de elevado prestígio. Decorria o ano de 1997 quando a Bento Forrador iniciou a sua atividade no sector da construção civil em S. Vicente com apenas três viaturas, sendo dois camiões de caixa aberta e um de água pertencentes ao falecido empresário Bento António Lima, fundador e sócio da firma Bento António Lima & Filhos Limitada. Em 1999/2000, com aquisição do primeiro atrelado, assistiu-se a um período de grande expansão da jovem empresa com a sua entrada no ramo de transporte de cargas e contentores. Uma aposta visionária, que se revelou acertada e impulsionadora do crescimento do negócio. Em 2001 é lavrada a escritura de constituição da sociedade comercial Bento Forrador – Agro-Indústria e Transportes, Lda., que tinha como sócia maioritária a monarca da família Inocência Martina Delgado Lima. Os restantes acionistas eram os filhos José António Lima, Jorge Delgado Lima, Hélio Delgado Lima, Adriano Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção 15 Delgado Lima, Manuel Delgado Lima, António Delgado Lima, Maria Adelaide Delgado Lima, Edna Delgado Lima e Vicente Almeida Lima. Volvidos dois anos da constituição da sociedade, e ciente que já não podia continuarpor muito mais tempo nas exíguas instalações da Editora Nazarena, a empresa faz um grande investimento em 2003 ao adquirir o seu edifício próprio frente aos Bombeiros Municipais na Zona Industrial Sul do Campim, onde se mantem até hoje. Em 2009, com o falecimento da sócia maioritária, começou o processo de partilha e todos os títulos foram transferidos para os herdeiros. No decurso do processo de partilha, em 2011 os sócios deliberam de comum acordo ceder as suas quotas ao Sr. Adriano Delgado Lima, que passou a ser o único detentor do capital social de 30 milhões de escudos. Este foi integralmente subscrito e realizado em bens pertencentes ao sócio, alterando desde modo a denominação da empresa para Bento Forrador – Agro-indústria e Transporte, Sociedade Unipessoal Limitada. Em 2012, a empresa decidiu adquirir novas viaturas, atrelados, empilhadoras e máquinas multifunções, que lhe permitiram diferenciar-se no mercado pela sua notável capacidade de resposta a clientes que manuseiam grandes volumes de mercadorias e de cargas. A pronta resposta deu mais notoriedade à firma, que optou, entretanto, por expandir a sua oficina e capacitá-la por forma a prestar assistência técnica aos seus equipamentos e aos de terceiros. Dois anos decorridos, a empresa foi abalada por um grave acidente com a sua maior grua. A perda foi superada em pouco tempo com o abnegado empenho dos gestores e funcionários. Assim, em 2015 a firma investiu de novo na sua frota com a compra de viaturas e aquisição da maior grua de Cabo Verde, uma máquina com capacidade para suspender 200 toneladas. Com isto melhorou a capacidade de resposta e registou um aumento do volume de negócio. No ano seguinte, dando seguimento à sua política de investimentos, a Bento Forrador reforçou-se com novos equipamentos e modernizou a sua oficina, o que lhe permitiu prestar serviços de manutenção de viaturas a empresas nacionais e a pessoas individuais nas áreas da mecânica, serralharia, bate-chapa e pintura. Cada vez mais firme na sua área de negócio, a estratégia da empresa para os próximos tempos é simples: aumentar a sua quota de mercado, impulsionar a sua reputação, melhorar a qualidade do serviço prestado (Bento Forrador, 2017). Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 16 3.1.1 Missão, Visão, Estratégias e Métodos Garantir um transporte de cargas pesadas diferenciado, eficiente e seguro, que satisfaça no limite as necessidades dos nossos clientes. Almejamos contribuir para o crescimento da atividade dos nossos colaboradores e o desenvolvimento económico e social do país. Ser uma Empresa inovadora e de referência no mercado, reconhecida como a melhor opção pelos clientes, colaboradores, fornecedores e outras entidades pela qualidade dos nossos serviços e o bom relacionamento institucional. As nossas estratégias nos servirão para conquistar uma maior quota do mercado e de clientes; impulsionar a reputação da empresa junto dos consumidores; alcançar vantagens competitivas e capturar oportunidades atrativas de crescimento: Criar valor para os sócios e para os clientes gerindo da melhor forma os recursos e capacidades; Conquistar clientes e fidelizá-los através de um serviço cuidado e de uma relação preço-qualidade vantajosa; Motivar e estimular o crescimento dos colaboradores tanto a nível profissional como pessoal, de forma a oferecer um serviço de alta qualidade aos clientes. O sector de transportes de carga está cada vez mais competitivo. Para se manter no mercado precisamos ter uma eficiente gestão de custos. E é isso que nos orgulhamos de fazer e propomos: Comprometimento com horários e objetivos dos nossos clientes; Transporte sempre com excelência e segurança; Trabalhamos com respeito e transparência; Conquistamos a confiança dos nossos clientes com trabalho; Respeitamos os nossos clientes e parceiros. Valores Respeitar a Ética em tudo que fazemos; Ser objetivo e honrar compromissos; Comprometimento, profissionalismo e excelência; Atenção aos detalhes; Sustentabilidade: económica, ambiente e social; Organização; Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção 17 Informação; Respeito pelas pessoas; Pontualidade; Qualidade; Segurança. 3.1.2 Diagnóstico Para melhor se saber como a manutenção é feita na empresa, foram feitas um conjunto de questões ao chefe de departamento de mecânica auto. A partir daí, conseguiu-se aceder a informações relativas a como se processa a manutenção no Bento Forrador. Os equipamentos pertencentes ao Bento Forrador são diversos, indo desde veículos ligeiros até a maquinaria pesada. Apurou-se que em termos de viaturas e equipamentos estes se encontram agrupados em seis grandes grupos, que são: 1. Veículos Atrelados: transporte de contentores, cargas e descargas de e para as outras ilhas, movimentação e transporte de cargas pesadas remoção e movimentação de veículos acidentados. 2. Viaturas: camiões de gruas (veículos pesados): transportam contentores, cargas e descargas de e para as outras ilhas, movimentação e transporte de cargas pesadas, remoção e movimentação de veículos acidentados e serviço de grua para construção civil. Toyota (veículos ligeiros): serviço de apoio - transporte de pessoal e expedientes diversos. 3. Empilhadoras: movimentação de cargas e de serviços da serralharia, elevação de cargas/equipamento no estaleiro e também prestação de serviços fora da empresa. 4. Veículos multifunções: movimentação de cargas/equipamentos, construção de estruturas metálicas e na maioria das vezes prestação de serviço fora da empresa. 5. Auto gruas: serviço de grua e movimentação de cargas pesadas. 6. Equipamentos (maquinarias que não são veículos): são equipamentos que não são viaturas e que existem na empresa para o bom funcionamento/lucro da mesma. Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 18 As tabelas 2 e 3 no Apêndice I discriminam as viaturas e equipamentos que existem na empresa, onde pode-se observar que estes são de várias marcas e modelos. 3.1.3 Tipo de Serviços de Manutenção Realizados pela Empresa Na empresa Bento Forrador, existem oficinas de mecânica para realização de manutenção de veículos e equipamentos, não existindo, no entanto, uma manutenção preventiva planeada, basicamente apenas se procede a uma manutenção corretiva e reparações quando ocorrem falhas. Também podemos afirmar que é levado a cabo um serviço de manutenção preventiva deficiente, dado que não dispõem de um cronograma específico e de um controlo sobre as atividades a ser empreendidas, assim como, a periodicidade para a realização das mesmas. Os veículos e equipamentos chegam à oficina, basicamente para serem reparados ou em caso de defeito, um serviço que inclui mudança de óleo e filtro para o motor, mudança de filtro de combustível, lubrificantes, limpeza, mudança de filtro de ar, substituição das rodas. Nos veículos articulados a manutenção preventiva “deficiente” é feita periodicamente consoante a quilometragem percorrida, nomeadamente óleo de motor Rimula R3 turbo 15W40, óleo de caixa e do diferencial Spirax S2 A 85W-140, filtro de óleo B7396 e OC 280, filtro de combustível SP830M e DN220, correias 3A 1950 e 13x1250LA, os filtros de ar E1024L, alternador e motor de arranque são desmontados para limpeza e troca de escovas. No entanto, existem outras reparações que são realizadas com muita frequência, mas quando a rutura é grande, já que não existem condições de levar a cabo esse tipo de intervenção, portanto enviam a marca do veículo ou referência de peçaspara determinadas lojas de peças em Portugal e algumas vezes, na Holanda para importar novas peças/equipamentos. Não existem verdadeiros registos ou histórico das atividades tanto preventivas como corretivas, o que faz com que seja difícil conhecer a evolução histórica do equipamento/viatura, acompanhando o seu tempo de funcionamento e as suas falhas. Por outro lado, essa inexistência corrobora para que seja cada vez mais provável a criação de “super-heróis” na área da manutenção. Outra situação recorrente no Bento Forrador é a não criação de OT’s1 para todas as atividades de manutenção realizadas. Este é outro aspeto decisivo na criação do histórico do equipamento que tem sido negligenciado. 1 Ordem de Trabalho Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção 19 Para além, de não dispor de um histórico de intervenções originada pelas situações supramencionadas, surge também a dificuldade de contabilizar com exatidão os custos da manutenção. Sabe-se que ter este conhecimento é indispensável, pois a partir dele é possível conhecer a situação real da manutenção no que tange a custos e daí avaliar o seu impacto nos custos gerais da empresa. Importa, no entanto, realçar que, a manutenção no Bento Forrador tem uma forte componente corretiva, esta componente deve-se à necessidade de estruturação do sistema de manutenção e também às limitações relacionadas com os custos da manutenção preventiva sistemática. . 3.1.4 Descrição de Distribuição de Tarefas de Manutenção na Oficina do Bento Forrador Na oficina de manutenção do Bento Forrador, as tarefas são estipuladas conforme a seguinte tabela: Tabela 2 - Distribuição das tarefas de manutenção na oficina mecânica Tarefas Funcionário Nº de Funcionários Diagnósticos de avarias mecânica simples Mecânico 3 Diagnósticos complexos mecânicos Mecânico 2 Desmontagem de motores Mecânico 3 Ajudante mecânico 1 Reparação e montagem de motores de motores Mecânico 5 Manutenção geral, reposição de peças Mecânico 3 Ajudante mecânico 1 Reparação hidráulica Mecânico 4 Reparação pneumática Mecânico 4 Ajudante mecânico 1 Diagnóstico computadorizado Mecânico 1 Diagnóstico de sistemas elétricos Eletricista 1 Reparação elétrica Eletricista 1 Ajudante eletricista 1 No final do trabalho de reparação são feitas algumas anotações de manutenção ou intervenção, não com intuito de o fazer como um registo ou historial, mas sim para justificar o trabalho efetuado na oficina pelos operários. As anotações são realizadas no formulário típico, desenvolvido na empresa (Anexo I). Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 20 3.1.5 Os Operadores/Condutores dos Veículos e Equipamentos Os funcionários que conduzem os veículos ou manipulam os equipamentos devem fazer diariamente um controlo e inspeção dos veículos. Os operários de veículos estão encarregados de fazer uma análise nos mesmos todos os dias, e caso haja alguma avaria durante a realização do serviço devem comunicar o tipo de avaria aos técnicos da manutenção para que possam avaliar o problema, soluciona-lo, de modo a pôr o veículo de novo em funcionamento. 3.1.6 Infraestrutura e Peças de reposição No que diz respeito às infraestruturas pode-se constatar, claramente, que existem condições na oficina de que dispõem para realizar vários tipos de manutenção, com espaços equipados, materiais e ferramentas suficientes para executar certos tipos de intervenções. Em relação, a peças de reposição existe três armazéns: sala A4 para Lubrificantes, sala A5 para bombas e válvulas e a sala A2 que armazenam vários tipos de peças de mecânica e ferramentas, todas elas catalogadas, facilitando assim o trabalho de manutenção. 3.1.7 Breve Análise da situação Encontrada Na análise da situação encontrada decidiu-se desenvolver um sistema de gestão da manutenção para veículos articulados que transportam contentores, com o propósito de criar uma base de trabalho e futuramente alarga-la para os outros tipos de viaturas e equipamentos. Como referenciado no capítulo anterior, que foi dedicado à análise da situação da manutenção na empresa, sendo esta classificada como deficitária, mesmo com um controlo rigoroso, pois apenas é feita uma manutenção corretiva, com exceção de algumas intervenções que são feitas sem serem programadas, porque tornam-se necessárias. Não há registos ou histórico de manutenção de cada viatura, permitindo fazer um trabalho mais proveitoso em benefício da preservação das viaturas. O que se faz é tirar apontamentos dos trabalhos de manutenção realizados, do tipo de trabalho feito em cada viatura/equipamento, e do tempo de trabalho que os funcionários dispensam em cada tarefa, com a finalidade de controlar a manutenção na oficina mecânica (como se pode verificar no anexo I). Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção 21 3.1.8 Impacte Ambiental O aumento crescente de resíduos sólidos é uma grande preocupação na sociedade moderna. Entre estes resíduos, estão os óleos usados e pneus inservíveis que devido à significativa quantidade existente no mundo transformou-se um sério problema ambiental. Sendo assim, com a necessidade de reduzir o passivo ambiental representado pela grande quantidade de óleos usados e do estoque de pneus descartados que hoje existe, tornou-se inadiável um debate que crie soluções para minimizar impactes ambientais e tecnologia para reaproveitar estes resíduos. Óleos Usados Na empresa Bento Forrador existem regras de boas práticas para o manuseamento de óleos usados porque estes são classificados como resíduos perigosos. Os mesmos são conservados em bidões metálicos de duzentos litros e quando atingem os trezentos litros é solicitado a recolha pela empresa Garça Vermelha que é a responsável pela recolha de óleos usados e algumas das vezes são entregues à empresa Cosan (empresa de Fundição), que os utilizam na fundição. Os óleos usados são classificados como resíduos perigosos, de acordo com a legislação em vigor, pois contêm inúmeros produtos perigosos que podem provocar graves riscos para a saúde e para o ambiente. Por isso, o óleo lubrificante usado tem um impacte ambiental muito grande. É fundamental garantir a sua recolha e entrega a operadores devidamente licenciados, de modo a garantir o seu tratamento e valorização em condições ambientalmente adequadas (Sogilub, 2014). Pneus Usados ou Inservíveis Os pneus inservíveis, por sua vez se tornaram um problema, devido à grande quantidade existente e o descarte inadequado, tornando-se assim um grande fator de degradação ambiental. O Bento Forrador por prevenção contra a degradação ambiental, armazena-os num local apropriado. Muitas vezes são requisitados pela navegação marítima para as defesas dos navios e também por pessoas particulares para a sua reutilização, como mostra a figura abaixo: Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 22 Figura 3 - Reutilização dos pneus inservíveis Fonte: Google Emissão dos gases poluentes A empresa possuiu desaseis (16) cavalos mecânicos, com dez veículos sem tecnologia de redução de emissão dos gases poluentes e com seis veículos com sistema Euro 6 (Conjunto de normas regulamentadoras sobre emissão de poluentes para motores diesel), mas o propósito da empresa é eliminar os dez veículos que não têm tecnologia de redução de emissão dos gases poluentes para substituir por sistema Euro 6. 3.2 Levantamento das necessidades de manutenção O passo seguinte foi o levantamento douso diário de serviços das viaturas/equipamentos, para que se possa verificar o grau de necessidades de manutenção de cada grupo funcional. A partir deste levantamento foi possível ter conhecimento de que equipamentos necessitam de um plano de manutenção preventivo. Durante esta fase, com a análise de cada grupo funcional, concluiu-se que os grupos em geral dispunham de um grau de criticidade bastante considerável, uma vez que os veículos articulados atingiram os 100% do uso mensal. A percentagem das viaturas/equipamentos do uso mensal por grupo funcional, é expresso no gráfico seguinte: Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção 23 3.2.1 Veículos Articulados Como se pode constatar no Apêndice I, existem várias marcas e modelos de viaturas que realizam esse tipo de serviço na empresa. Todos com a mesma estrutura que procede ao transporte de cargas e contentores, e por este motivo criou-se uma estandardização que permite desenhar um único procedimento de manutenção preventiva para ser levado a cabo no universo dessas viaturas. Realiza-se em seguida uma breve descrição relativa a veículos articulados. Veículo articulado, conforme ilustrado na Figura 4, é constituído por um veículo trator (cavalo mecânico) e seu semi-reboque, ou seja, por dois segmentos rígidos permanentemente ligados por uma seção articulada que permite a comunicação entre ambos. Os principais órgãos são: a parte dianteira do trator (cavalo mecânico) e a parte traseira semi-reboque. O conjunto de sistemas mais relevantes nos veículos articulados é composto por freios pneumáticos (sistema de travagem), cabeçote e prato de engate. 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Veículos Atrelados Auto Gruas Veículos Multifunções Viaturas Empilhadoras Equipamentos U so M en sa l Viaturas/Equipamentos Percentagem do Uso Mensal de Viaturas/Equipamentos Gráfico 1 - Gráfico das necessidades de manutenção por grupo funcional Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 24 Figura 4 - Veículo articulado O veículo articulado é composto por: a) Cavalo Mecânico O cavalo mecânico (Figura 5) é formado pela cabine, o motor e todos os componentes de tração de um caminhão e é usado para puxar um semi-reboque. Figura 5 - Cavalo mecânico Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção 25 O principal elemento do cavalo mecânico é o prato de engate, normalmente conhecido por “quinta roda” (Figura 6), é formado por um disco metálico bastante resistente em forma de V na parte de traseira e com um furo ao meio onde se engata o cabeçote. Figura 6 - Prato de engate Fonte: Costa 2012 b) Semi-Reboque O semi-reboque (Figura 7) é acoplado ao cavalo mecânico através do engate universal B, composto pela quinta-roda ou prato de acoplamento no cavalo mecânico e pino-rei ou pinhão de acoplamento no semi-reboque, recebendo travagem dos freios pneumáticos através do cavalo mecânico. O veículo rebocado cujo eixo ou eixos estão situados à retaguarda do centro de gravidade do veículo, uniformemente carregado, e que está equipado com um dispositivo de engate que permite a transmissão das forças horizontais e verticais ao cavalo mecânico (Costa, 2012). Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 26 Figura 7 - Semi-reboque Fonte: Costa 2012 O principal elemento de semi-reboque é o cabeçote (Figura 8) também designado de pino central ou cavilha de engate que está assentado na parte debaixo do semi-reboque, à frente. Fonte: Costa 2012 c) Sistemas de Travagem Pneumática Nestes sistemas pneumáticos as ligações entre os veículos, rebocador e o reboque, devem ser do tipo de duas condutas, pelo menos. Para que o sistema de travagem de reboque ou de semi-reboque possa funcionar ao mesmo tempo que o veículo trava, é necessário que o seu sistema de travagem se adapte ao sistema de travagem do veículo trator. Figura 8 - Cabeçote Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção 27 O veículo trator deve possuir uma válvula de comando para reboque e o circuito deve estar equipado com duas cabeças de acoplamento com mangueiras. Uma das cabeças liga a alimentação do depósito de reserva do reboque e a outra o ar que ativa a válvula de travagem do reboque, como mostra a Figura 9. Fonte: Costa 2012 3.3 Definição de estoque mínimo e de segurança Cabral (2006) diz que uma boa gestão de materiais tem, entre outros, os seguintes objetivos: Reduzir materiais imobilizados em armazém. Saber a todo momento o que se tem e quanto vale. Dispor dos materiais necessários nas oportunidades certas. Com isso em mente foi definido que cada FMP deveria conter o conjunto de artigos que são necessários para a sua execução. Com este conjunto de artigos definido para cada FMP e para cada objeto de manutenção pode-se prever qual será a encomenda a ser feita para Figura 9 - Sistema de travagem pneumático Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 28 que, no momento da manutenção, estes artigos estejam em estoque. No entanto, não é suficiente ter os artigos em estoque, eles devem estar na quantidade certa e pelo período de tempo certo. Para além disso eles devem estra devidamente identificados e organizados. Priori à elaboração deste trabalho os artigos de estoque já haviam sido cadastrados e identificados. Esta identificação foi feita seguindo as recomendações de Cabral (2006) nas seguintes classes: Sobressalentes específicos (E) Peças de reserva comuns (S) Material de consumo (C) Lubrificantes e afins (L) Ferramentas (F) O Bento Forrador faz encomenda de artigos a cada seis meses assim, o objetivo é definir a quantidade de artigos a ser encomendada de cada vez. Esta quantidade deverá ser definida de tal forma que as manutenções programadas não sejam adiadas por falta de material, ao mesmo tempo que deve evitar ao máximo artigos acumulados em estoque. No Anexo II encontra-se a tabela onde foram definidos os artigos a ter em estoque. 3.4 Indicadores da Gestão da Manutenção Segundo Xavier, “Indicadores são medidas ou dados numéricos estabelecidos sobre os processos que queremos controlar”. Um indicador serve para, como o nome já diz, dar indicação sobre uma característica ou acontecimento. Para aplicação em situações práticas da gestão da manutenção deve-se entender que sem exprimir toda a verdade sobre a realidade, fornecem indicações muito úteis para saber o que se passa: ritmo de ocorrência das avarias, tempos de reparação, a disponibilidade dos equipamentos, o sucesso da política preventiva, etc. Para (Tavares M. C., 2005) e Parida e (Kumar, 2009) os indicadores têm a função de: Apoiar a tomada de decisões; Avaliar a situação atual; Comparar o desempenho em anos diferentes; Avaliar os benefícios de um tipo de manutenção; Avaliar o orçamento de manutenção; Auxiliar na identificação de problemas; Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção 29 Preencher as lacunas entre o estado inicial e futuro; A aplicação de indicadores em excesso pode atrapalhar o processo de monitorização do desempenho da manutenção, podendo inclusive desmotivar os colaboradores (Vierri,2007). Para o controlo do desempenho da manutenção após a implementação do sistema de gestão optou-se por definir o seguinte conjunto de indicadores a serem aplicados: Taxa de avarias; Tempo médio entre avarias; Tempo médio de reparação; Tempo médio de espera; Disponibilidade; Fiabilidade dos equipamentos; A escolha destes indicadores baseou-se na análise feita da situação da manutenção e das possíveis formas de monitorar o seu desempenho. Outra razão que levou à escolha destes indicadores é o fato de serem indicadores que são obtidos através de parâmetros que podem ser obtidos com facilidade, mesmo no estado atual da manutenção no Bento Forrador. A seguir encontra-se uma descrição destes indicadores e suas respetivas fórmulas, segundo (Cabral, 2006). 3.4.1 Taxa de Avarias A taxa de avarias (𝜆) exprime o número de avarias dadas pela equação 1 e 2, por unidade de utilização. Por exemplo, numa máquina, o número de avarias/hora, num veículo, número de avarias por Km, entre outros. Para evitar números muito pequenos e pouco sugestivos é conveniente exprimir a taxa de avarias em nº avarias/1.000 horas ou nº avarias/10.000 Km (Cabral, 2006). Taxa de avarias de um equipamento (avarias/1.000 horas): 𝜆 = ( 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 ) ∗ 1.000 Equação 1 - Taxa de avarias para equipamentos Para veículos (avarias/10.000 Km) Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 30 𝜆 = ( 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑎𝑙𝑖𝑠𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑖𝑙ó𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑑𝑜 ) ∗ 10.000 Equação 2 - Taxa de avarias para veículos 3.4.2 Tempo médio entre avarias, (MTBF2) A abreviatura MTBF deriva do inglês Mean Time Between Failures. Mantê-la-emos no português. Num determinado equipamento, exprime o tempo médio de bom funcionamento, ou seja, o tempo que decorre, em média, entre duas avarias consecutivas ou, se preferirmos ainda, numa aceção mais virada para os eventos de gestão do dia-a-dia, o tempo médio entre manutenções corretivas. O tempo médio entre avarias pode ser calculado através da Equação 3 ou 4. 𝑀𝑇𝐵𝐹 = ∑ 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑑𝑜 Equação 3 - Tempo médio entre avarias 𝑀𝑇𝐵𝐹 ≈ 1 𝜆 Equação 4 - Fórmula alternativa para Tempo médio entre avarias O MTBF dá uma medida da fiabilidade do equipamento, isto é, da sua aptidão para funcionar durante determinado período de tempo em boas condições (Cabral, 2006). 3.4.3 Tempo médio de reparação, MTTR Segundo Cabral (2006), “A sigla MTTR deriva do inglês Mean Time to Repair e exprime o tempo médio necessário para reparar uma avaria ou, se preferirmos, a média dos tempos utilizados nas reparações no período em análise”. O tempo médio de reparação pode ser calculado através da equação seguinte: 𝑀𝑇𝑇𝑅 = ∑ 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜𝑠 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑝𝑎𝑟𝑎çõ𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑑𝑜 2 MTBF – do inglês Mean Time Between Failure Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção 31 ⟺ 𝑀𝑇𝑇𝑅 = ∑(𝐷𝑎𝑡𝑎 𝑑𝑒 í𝑛𝑖𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑂𝑇 − 𝐷𝑎𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑠ã𝑜 𝑑𝑎 𝑂𝑇) 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 Equação 5 - Tempo médio de reparação 3.4.4 Tempo médio de espera, MWT Um outro conceito com interesse no contexto de reparação das avarias é o tempo médio de espera, do inglês, mean waiting time – que fornece um indicador sobre as condições de atendimento do serviço de manutenção às situações de avarias (Cabral, 2006). É o tempo médio de espera antes de iniciar uma reparação e pode ser calculado através da Equação 6. 𝑀𝑊𝑇 = ∑ 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑑𝑜 ⟺ 𝑀𝑊𝑇 = ∑(𝐷𝑎𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑎 𝑂𝑇 − 𝐷𝑎𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛í𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑂𝑇) 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 Equação 6 - Tempo médio de espera 3.4.5 Disponibilidade Entre as propriedades dos bens a EN3 13306 define “disponibilidade como a aptidão de um bem para estar em estado de cumprir uma função requerida em condições determinadas, num dado instante ou em determinado intervalo de tempo, assumindo que é assegurado o fornecimento dos necessários meios externos”. Esta definição sugestiona a nossa mente com uma noção de tempo durante o qual determinado equipamento estará disponível para operação. O indicador com o mesmo nome caracteriza essa noção em percentagem, através da razão entre o tempo de funcionamento e o tempo total (Cabral, 2006): A disponibilidade de um equipamento pode ser calculada através da Equação 7. 𝐷 = ∑ 𝑇𝐹𝑖 ∑(𝑇𝐹𝑖 + 𝑇𝑅𝑖 + 𝑇𝐸𝑖) 3 Norma Europeia Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 32 ⟺ 𝐷 = 𝑀𝑇𝐵𝐹 𝑀𝑇𝐵𝐹 + 𝑀𝑇𝑇𝑅 + 𝑀𝑇𝑊 Equação 7 – Disponibilidade Onde: TFi – tempos de funcionamento no período TRi – tempos de reparação no período TEi – tempos de espera no período 3.4.6 Fiabilidade dos equipamentos Para melhorar o conhecimento dos indicadores de desempenho enunciados, torna-se necessário conhecer, de forma mais precisa e matemática, os valores dos parâmetros envolvidos, isto é, taxa de avarias, MTBF, MTTR, entre outros. É de importância essencial o conhecimento dos parâmetros ligados à fiabilidade que pode ser definida como sendo a probabilidade de um bem cumprir a função requerida durante um certo intervalo de tempo sob condições especificadas. Esta probabilidade é estabelecida através de leis matemáticas e após análise do histórico do equipamento (Cabral, 2006). 3.5 Custos da Manutenção A abordagem dos custos de manutenção não é completamente direta. Isto porque, além de custos contabilísticos diretos há outros custos que advêm das consequências da manutenção ou da ausência desta. Estes últimos não são padronizados e muitas das vezes de difícil perceção. Para os identificar há que responder à questão do tipo “O que aconteceria se…?” (e.g. O que aconteceria se a qualidade do nosso produto diminuísse?). Os custos de manutenção, são tipificados no iceberg dos custos verdadeiros da manutenção, Figura 10. Onde a ponta visível representa os custos contabilísticos e a parte imersa, representa todos os restantes. Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção 33 Fonte: Cabral, 2003 Custos Contabilísticos Os custos subjacentes aos custos Contabilísticos são: I. Mão-de-obra; Esforço em HH (horas Homem) x respetivo custo padrão; aqui, são considerados os custos de mão-de-obra e são normalmente embutidos os custos das máquinas, ferramentas e outros meios; II. Materiais; Custo das peças retiradas de armazém ou compradas. III. Serviços; Custo dos serviços aplicados por terceiros; incluirá, quando for o caso, o custo dos contratos de manutenção. Custos indiretos Estes custos podem apresentar pouca percetibilidade. Uma vez que a expressão se refere a qualquer perda de custos afetada pelo não uso ou mau uso da manutenção, podem apresentar várias formas, como, por exemplo, perdas de qualidade, de rendimento, acidentes ou poluição. Os custos de manutenção que podem ajudar a definir a melhor política de manutenção, são uma soma algébrica complexa que inclui os custos contabilísticos, os custos indiretos e os Figura 10 - Iceberg de custos de manutenção Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 34 benefícios resultantes de melhorias de manutenção. Contudo, nem sempre é fácil construir um modelo simples queconsiga equacionar os verdadeiros custos de manutenção (Cabral, 2003). 3.6 Plano de Manutenção Preventiva Para levar a cabo a manutenção preventiva devem-se estabelecer ciclos ou períodos nos quais já se tem sinalizado ou especificado as atividades que vão ser realizadas, no momento que o indicador do tempo (vamos tomar um mês como o nosso indicador) apontar a necessidade da realização da manutenção. Seguidamente vai-se desenhar a rota de procedimento de manutenção para as viaturas (trator atrelado que transporta contentor - equipamento utilizado para transportar cargas) na Empresa Bento Forrador, como é observável no Apêndice II. 3.7 Fichas de Apoio à Manutenção Preventiva As fichas de apoio à manutenção preventiva estão representadas da seguinte forma: Ficha de Ordem de Trabalho Todo o programa de manutenção necessita ser submetido a um controlo para eventual supervisão e avaliação. Para poder realizar qualquer trabalho, seja de índole preventiva ou corretiva, será necessário solicitar uma ordem de trabalho, exemplificado na Ficha 1. As fichas de controlo permitem que quem solicita o trabalho tenha conhecimento do tipo de manutenção que se vai realizar no veículo, sendo posteriormente arquivada, criando assim, um arquivo para cada veículo. Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção 35 Fonte: Extraído do Bento Forrador Atividades Diárias Antes do Veículo Iniciar a Jornada Um aspeto importante para o bom funcionamento e manutenção dos veículos e equipamentos é realizar uma inspeção diária e revisão antes do início das suas atividades. É muito importante que esse tipo de controlo e supervisão seja efetuado em cada turno de trabalho, podendo assim antecipar a reparação de qualquer falha ou avaria que possa existir nas viaturas, para que o funcionário que inicia o novo turno encontre a viatura operacional. No Apêndice III encontra-se a listagem do que se deve verificar. Ficha de Utilização Diária Diariamente é preenchida, por cada equipamento, uma ficha que é enviada ao Serviço de Administração para o seu processamento. Como se pode observar na Ficha 2. Ficha 1 - Ordem de trabalho Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 36 Fichas de Intervenção e Peças A ficha (Ficha 5 do Apêndice IV) é preenchida sempre que existe qualquer tipo de intervenção, manutenção periódica ou acidental, podendo ou não haver substituição das peças ou órgãos, sendo o tempo da intervenção registado apenas no caso de intervenção acidental, indicando nas observações a causa da substituição da peça. Os dados recolhidos servirão de base para atualizar o histórico das intervenções ou de peças/órgãos (Ficha 6 e 7 do Apêndice V). Ficha de Histórico das intervenções e Histórico de Peças/Órgãos O histórico tanto das intervenções como das peças/órgão, integrará um arquivo no qual estão as informações sobre todas as reparações e peças utilizadas nos veículos ou equipamentos. Estas fichas vão ser constituídas para todos os veículos e equipamentos abrangidos pelo plano de manutenção (Apêndice II) e ordem de trabalho (Ficha 3). A posse do histórico, tanto de intervenções como de peças, por cada veículo e equipamento, permite que a empresa tenha dados qualitativos e quantitativos para estabelecer a utilidade do veículo ou equipamento. Este histórico permite: Ficha 2 - Ficha da utilização diária Capitulo III: O sistema de gestão da manutenção 37 1. Medir a Eficiência da Oficina: com a informação que se terá sobre o tempo de intervenção, pode-se medir o tempo efetivo de trabalho e de ócio, e com esse tempo pode determinar se a quantidade de técnicos vinculados à oficina é suficiente ou não. 2. Estabelecer Indicadores: ao ter dados sobre o consumo de repostos, pneumáticos, peças, lubrificantes, falhas frequentes, entre outros, é possível estabelecer os indicadores mais adequados para medir a rentabilidade de veículos ou equipamentos e ao mesmo tempo determinar quando é a altura mais apropriada para trocar um veículo ou equipamento. 3. Estado Atual dos Veículos ou Equipamentos: com a informação que o histórico nos confere sobre todas as intervenções em cada veículo ou equipamento que se têm realizado, pode-se conhecer como estão os vários componentes essenciais: como o motor, os sistemas hidráulicos, as caixas de velocidades, entre outos e, com essa informação, será possível estabelecer quando é necessário realizar uma intervenção ou reparação maior num veículo ou equipamento evitando situações de avarias que podem deixar veículos ou equipamentos inoperacionais. 4. Atualização de Dados Técnicos: a atualização de dados técnicos permite conhecer o número de componentes dos veículos ou equipamentos, para que a empresa os tenha disponíveis em stock no armazém de repostos, evitando assim que a reparação seja interrompida por falta de repostos. Com estes dados, é possível programar as reparações de alguns componentes especiais dos veículos ou equipamentos, isso devido ao fato de se poder encomendar antecipadamente os repostos, sem a necessidade de existência de catálogos de partes dos mesmos. 5. Estabelecer Tempo Estandardizado: ao contar com informação suficiente poderá realizar um estudo de tempo e movimento para estabelecer tempos estandardizados para as operações mais comuns, a fim de aumentar a eficiência na oficina. 6. Obtenção de Custos por cada Intervenção: no histórico devem ser incluídos os dados sobre material, repostos, e mão-de-obra que foram necessários na reparação, podendo com essa informação obter conhecimento sobre os custos que envolvem a reparação de um motor, uma caixa de velocidades, sistemas hidráulicos, etc. Estes dados permitem comparar os preços que os terceiros Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 38 cobram para fazer o mesmo trabalho e medir a rentabilidade da empresa, no que se refere aos concorrentes. 7. Estabelecimento de Stock de Repostos: quando se conta com a informação necessária sobre os repostos mais utilizados, poderão determinar-se valores mínimos e máximos. Ao estabelecer-se stock, pode-se evitar atrasos por falta de repostos, assim como investir no reposto que não tem movimento contínuo. 8. Medição de Falhas Recorrente: nos históricos irão registar-se todas as falhas que foram reparadas nos veículos e nos equipamentos, e com isso poderão ser determinadas as falhas mais comuns e estimar um período aproximado de tempo em que ocorrem. Se se conhecer as falhas recorrentes, será possível estabelecer as suas causas para diminuir a incidência desse tipo de problema, com a finalidade de reduzir os custos implicados nas reparações. Ficha técnica As fichas técnicas englobam as características técnicas e administrativas dos veículos e equipamentos para poder realizar os pedidos de repostos, modificações, entre outros, como se pode verificar no Apêndice VI. Manutenção Periódica As fichas que se encontram nos Apêndices VII, VIII, IX e X, permitem controlar a manutenção preventiva, quando o serviço executado, assim como definir o tipo de serviços que devem ser feitos. 3.8 Princípio de Funcionamento das Fichas Todos os procedimentos, instruções, planos e intervalos de manutenção, bem como os produtos a utilizar, são baseados nos diferentes manuais de operação e manutenção que acompanham os veículos e equipamentos. Diariamente é preenchida, por cada veículo, a Ficha 4, (ficha de utilização diária) e enviada ao serviço administrativo para processamento, caso este serviço achar convenienteCapitulo III: O sistema de gestão da manutenção 39 poderá transformar essa informação numa ficha de utilização mensal, onde se lançam os dados constantes na Ficha 4. A manutenção diária traduz-se por um “check-list” obrigatório, compilado mensalmente através da Ficha 3 (ficha de controlo e inspeção de viatura diária). Por esse fato poderá ser atribuído um custo fixo, calculado através do tempo consumido diariamente pelo executante nesse trabalho, não sendo necessária a abertura específica de uma folha de obra. Esse suporte de informação é rubricado diariamente pelo executante, podendo ser consultado e controlado a qualquer altura. No final de cada mês é encaminhado aos serviços administrativos para arquivo. Sempre que existir qualquer tipo de intervenção (manutenção periódica ou acidental) é aberta uma operação e o respetivo registo é preenchida através das Fichas 5, 9, 10, 11, 12 da manutenção periódica. A Ficha 5 (ficha de intervenção/peças) funcionará isoladamente sempre que haja intervenção acidental, podendo ou não haver substituição de peças/órgãos. Todas as fichas das intervenções são enviadas aos Serviços de Administrativos para processamento, após a conclusão do trabalho de manutenção. Todos os dados recolhidos nas Fichas 5, 9, 10, 11 e 12, servirão de base para atualizar o histórico das intervenções (Ficha 6) e o histórico de peças/órgãos (Ficha 7). Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 40 CAPÍTULO IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS Pode concluir-se de uma forma geral que: A empresa Bento Forrador Lda. onde foi desenvolvido este projeto não realiza uma manutenção preventiva, como ferramenta para a redução de tempos improdutivos dos veículos e equipamentos, principalmente para que estes se conservem em ótimas condições de operação. Sendo a manutenção corretiva a única ferramenta para reparações dos veículos e equipamentos, o resultado são atrasos e custos elevados de reparação. Para se implementar um programa de manutenção preventiva é necessário que os veículos e equipamentos sejam mantidos em condições ótimas de operação, dando início a um adequado controlo sobre os veículos e equipamentos e poder medir a eficácia do programa. A determinação das rotas de manutenção utilizando os critérios dos fabricantes, é necessária para poder manter os veículos e equipamentos trabalhando e obter um melhor aproveitamento destes. Ao existir um controlo sobre o estado dos veículos e equipamentos é possível prever falhas, reduzindo assim probabilidade de falhas apelantes. Todo programa de manutenção deve submetido a constantes revisões, retroalimentações e verificações, para atualizá-lo e mantê-lo ativo, buscando sempre manter os veículos e equipamentos em boas condições. O êxito do programa de manutenção preventiva é garantido pelo grau de participação e envolvimento na cultura de manutenção dos membros da empresa, desde administração aos funcionários. A partir desta pesquisa, existe a possibilidade de desenvolvimentos e implementações de novos trabalhos investigativos. Dessa forma, sugerem-se algumas propostas de trabalhos que poderiam ser desenvolvidos no futuro; como por exemplo: A implementação de sistema de manutenção para cada equipamento da empresa, uma vez que observamos nos gráficos das necessidades de manutenção por grupo funcional em que todos há um grau de criticidade bastante elevado; Estudos de caso para uma avaliação e comparação de custo da manutenção encontrada com a manutenção preventiva proposta. Aplicação urgente de Procedimentos de Manutenção Preventiva, permitindo assim, alargar a vida útil dos veículos, evitando paragens desnecessárias e manter o CAPÍTULO IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS 41 histórico arquivado de cada equipamento para ter melhor conhecimento dos veículos. Aquisição de um software de Gestão de Manutenção para apoio à Manutenção, permitindo assim tirar partido das suas ferramentas. Esta aquisição deve ser feita após a implementação de uma verdadeira política de manutenção, o que não acontece atualmente. Implementação dos 5S em toda a Empresa. Admissão de mais estagiários nas áreas da engenharia Mecânica e de eletrotécnica. Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 42 REFERÊNCIAS Bento Forrador, l. (18 de 10 de 2017). Informações Fornecidas por Cabo Verde. Obtido de Informações Fornecidas por Cabo Verde: www.bentoforrador.cv Cabral, J. P. (1998). Organização e Gestão da Manutenção dos conceitos à prática... Lisboa: Lidel - Edições Técnicas, Lda. Cabral, J. P. (2003). Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios. 1ª Edição Lidel. Cabral, J. P. (2004). Organização e Gestão da Manutenção Dos Conseitos à Prática... Lisboa: Lidel-Edições Técnicas, Lda. Cabral, J. P. (2006). Organização e Gestão da Manutenção dos conseitos à pratica... Lisboa: Lidel-Edições Técnicas, Lda. Cabral, J. P. (2009). Gestão da Manutenção de Equipamentos, Instalações e Edifícios. Lisboa: Lidel - Edições Técnicas, Lda. Carvalho, F. (26 de Agosto de 2012). Sistemas de Gestão Integrada e Cultural Organizacional. Obtido de Sistemas de Gestão Integrada e Cultural Organizacional: http://sistemasdegestaointegrada.blogspot.com/2012/08/a-evolucao-da-manutencao-e- quais-os.html Costa, A. A. (2012). Técnica Automóvel. Edições Alves Costa. Fayol, H. (1950). Adminstração Industrial e Geral. São Paulo: Atlas S.A. Ferreira, A. B. (1975). Novo Dicionário Aurélio da língua Portuguesa . Brasil: Nova Fronteira. Ferreira, L. A. (1998). Uma Introdução à Manutenção. Porto: Publindustria. Kumar. (2009). Maintenane productivity and performance measurement. Em A. Parida, Handbook of Maintenance Management and Engineering, (pp. pp. 17-41). London: Springer. Mirshawka, V., & Olmedo, N. L. (1993). Manutenção Combate aos Custos da Não-eficácia a Vez do Brasil. São Paulo: Makron Books. Monchy, F. (1989). A Função Manutenção: Formação para Gerência de Manutenção Industrial. São Paulo: Durban Lda. NG, b. (2 de Dezembro de 2016). Manutenção preventiva, preditiva e corretiva: entenda a diferença. Obtido de Manutenção preventiva, preditiva e corretiva: entenda a diferença: http://www.ngi.com.br/novidades/manutencao-preventiva-preditiva- corretiva-diferenca/ Referências 43 Portuguesa, N. (Setembro de 2007). Termonologia da Manutenção. CT 94 (APMI). Sacristán, F. R. (1992). Gestão industrial: manutenção mecânica e eléctrica na indústrias e nas oficinas. Mem Martins: Cetop. Sacristán, F. R. (2001). Manual del Mantenimiento Integral en la Empresa. Madrid: Fundación Confemetal . Sogilub. (21 de Abril de 2014). Quais os impactos ambientais causados pelos óleos usados. Obtido de Quais os impactos ambientais causados pelos óleos usados: http://www.ecolub.pt Tavares, L. (1996). Excelência Na Manutenção - Estrategia, Otimização E Gerenciamento. Salvador: Casa da Qualidade. Tavares, M. C. (2005). Manutenção centrada no negócio. Rio de Janeiro: Novo Polo. Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 44 APÊNDICE APÊNDICE I – Viaturas e Equipamentos Existente na Empresa Tabela 3 - Viaturas existentes na Empresa Tipo Viatura (Marca) Viatura (Modelo) Quantidade (Unidade) Veículos Atrelados Trator SCANIA 143E -400 HP 6X4 1 VOLVO FL10 H 4X2 1 VOLVO FL 7 4X2 1 VOLVO FL 10 4X2 3 VOLVO FL10421 1 DAF 360 ATI 4X2 1 DAF 95 - 310 - 4X2 1 DAF 95 - 350 - 6X2 1 DAF AE4W745 1 DAF XF 95 1 DAF TE47XS 1 DAF FT CF85.410 1 DAF FT CF85.460 1 VOLVO F7 4X2 1 Atrelado 20 NETAM - 20'E0360001 1 BPA - 20' 7042241003 1 NETAM - 20' HAL 36092 1 BARTOLETT - 20' 3627 1 ADIGE - 20' 2029 1 DAF - 20' 4523366 1 YORK - 20' 61716 1 ATRELADO - 20' 3 ATRELADO - 20' OLO220668 1 METALO VOUGA 12050025 1 ATRELADO - 20' 11596 1 ATRELADO - 20' 75261142 1 ATRELADO - 20' 75261153 1 ATRELADO - 20' 10503 1 ATRELADO - 20' 9037 1 ATRELADO - 20' 11631 1 ATRELADO - 20' 10412 1 ATRELADO - 20' 75261162 1 Atrelado 40 SIMA LIFT - 40' 31001702 1 ATRELADO - 40' 8 APÊNDICE 45 NETAM - 40' ED-32-CB-22474 1 ATRELADO - 40' 11222 1 ATRELADO - 40' 17370 1 ATRELADO - 40' 197247 1 ATRELADO - 40' 970604 1 ATRELADO - 40' 17413 1 ATRELADO - 40' 970601 1 Viaturas DAF 3600 ATI Turbo 8X2 1 VOLVO FL 10 H - 6X2 1 VOLVO FL10 1 VOLVO F 720 6X2 1 DAF 85330 ATI 6X2 1 TOYOTA DYNA 1 TOYOTA HILUX 2.4 D-PICK-UP 4X4 1 TOYOTA HILUX 4X4 1 TOYOTA LAND CRUISER 4X4 1 TOYOTA LAND CRUISER HZJ75LPMR 1 VOLVO 740 DIESEL 1 Empilhadoras MITSUBISHI FD25 1 MITSUBISHI FD20 1 HYSTER H5XM 2.5 1 TOYOTA 62-6F DF25 1 Multifunções JCB SLP5AJKG6E1188508 1 CATERPILLAR V150 1 Auto Gruas GROVE GMK 5200 1 FAUN RTF 30 - 2 1 Tabela 4 - Equipamentos existentes na Empresa Equipamentos Modelos Quantidade (Unidade) Compressor de Ar de 40Kg/cm^2 HYDROVANE 818 1 Compressor de Ar ATLAS XA 60 DD 1 Compressor de Ar FORD 2714E 1 Carregador de Baterias Automotivo BC 250B 4 Aparelho de testar Bico de injetores EPS 100 1 Torno Mecânico T.71-78 1 Torno Mecânico SUPER-AT 1 Prensa Hidráulico 60 TON P60H 9J01 1 Limadora Mecânica ES 005 1 Fresadora Mecânica ALCERA EN 700 3231 1 Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 46 Moto Esmeril R 7125 200 2 Máquina Corte Plasma TOMAHAWK 1538 1 Máquina Corte Plasma PLASMA 60 1 Guilhotina de Corte chapas DARLEY 1 Máquina de Solda Tic LF K14025-1W 1 Máquina desmonta dora de Pneus EL-1290 1 Aspirador NEXT HEPA 1800 1 Máquina Oxicorte 1 Aparelho de solda de oxigénio e carbureto 2 Funilaria e Pintura 5 Máquina de furar de bancada Grande ER 825 173591 1 Furador Hidráulico de Chapa HP110 2 Máquina de Solda ALEX 300ª 2 Quinadeira de 0 à 2mm 1 Máquina Serra de Fita SY/260 1 prensa Hidráulico DE 1000 Bar 1 Dobradora de tubos Hidráulicos BOVENAU-CB18000 1 Prensa Manual para Engatillar Tubos HIDRAFLEX 1 Máquina Crimpar Mangueiras e cabos FINN-POWER 60056-193792 1 Clipadeira Hidráulica Manual ATS 1 Máquina Lavadora de Alta Pressão KARCHER HDS9/18-4M 2 Gerador SDMO A 41.2M6A C1/4 1 Gerador Majirus DEUTZ 160 1 Gerador MOSA GE 115 PSX 1 Gerador IVECO 1 Guincho Hidráulico CLATA G2000 2 Máquina de Equilibrar Pneus S615 14229088 1 Máquina de Solda Electro génio 2 Bomba de Massa Pneumático 1/7-18M 1 Máquina de furar de bancada Pequeno S68 75588 2 Serra Circular para Metais DECS90L2/4 1 Porta Palete (200Kg) FENWICK M2054-115 1 Porta Palete (75Kg) EQUIPLEVA FK BULLL 1 Porta Palete (1000Kg) QUICKIFT SGH 1003 1 Porta Palete (1000Kg) LOGITRA NS-TP 1 APÊNDICE 47 APÊNDICE II – Plano de Manutenção PLANO DE MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS ARTICULADOS DESIGNAÇÃO INTERVALO SERVIÇO S 3 W 6 S 9 W 12 SERVIÇO DE CONTROLO E DE AJUSTE Controlar a tensão e Estado das Correias Trapezoidais X X Secador de Ar: caso água na caldeira de ar, drenar e trocar Cartucho X X Limpar Controlar Filtro de Ar seco: Limpar ou substituir X X Bomba de Alimentação de Combustível: Filtro X X Filtro Prévio de Combustível: Evacuar água e Impurezas X X Controlar Níveis tomada de força X X Níveis Caixa de Velocidade X X Mancal da Manga de Eixo Dianteiro X X Dispositivo de Basculamento da Cabina X X Mancais das Molas X X SERVIÇO DE LUBRIFICAÇÃO Tirantes, tracções, Articulações e Fechaduras X X Lubrificar restantes áreas não conectadas X X Ajustar lubrificação automática X X X x Cilindros de travão X X X X Dispositivos de Basculante de Cabina: mecanismo de fecho X X Portas X X Manga de Eixo Dianteira X X X X Eixo de Cames de Travão X X Substituição de Óleo Hidráulico X X SERVIÇO DE SEGURANÇA TECNICA Controlar: estado, função, estancamento, colocação, danificação, corrosão e locais de atrito Motor; Caixa de velocidade; Tomadas de Forças; Eixos (controle visual) X X X X Sistema de Direção X X X X Manga de Eixo Dianteira X X X X Sistema Pneumático X X Basculador da Cabina X X Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 48 Porcas de Roda X X X X Grampos de Molas e Parafusos de Fixação X X X X Direção, Barra, Porcas, Rótulas X X X X Travões, Estancamento, Danificação, Corrosão, Locais de Atrito, Desgaste de Lonas X X X X Controlo de Funcionamento e de Eficácia X X X X SERVIÇO DE INSPECÇÃO PREVENTIVA Controlar: estado, função, estancamento, colocação, danificação, corrosão e locais de atrito Sistema de Combustível X X X X Eixos X X X X Dispositivos de Basculante de Cabina: mecanismo de fecho X X Apoios de Cabina X X Função de Bloqueio de Fechadura de Direção e do Arranque X X Instalação de Escape X X X X Acionamento de Travão e de Escape X X X X Sistema de refrigeração e de Aquecimento X X X X Conexões, Fixações e Colocações de Cabos: Baterias; Motor de arranque, Alternador de ponto de massa X X X X Ajuste de Bomba de Lubrificação Central X X Embraiagem X X X X Suspensão: Laminas e Distanciadores de Borracha X X X X Controlar Fixação e Segurança Parafusos e Porcas: motor, caixa de velocidade, eixos, chassis, fixação da carroçaria X X X X Apertar braçadeiras de tubos de refrigeração e de Ar X X SERVIÇO DE CONTROLO DE CONTROLO E DE CONSERVAÇÃO Controlar Níveis de Líquido Sistema de refrigeração e de Aquecimento (controlar nível de fluido) X X Óleo de Motor X X Direção hidráulica X X Acionamento da Embraiagem Hidráulica X X Sistema de lavagem de vidros X X X X Sistema Hidráulico X X X X Baterias X X X X Controlar: Funcionamento, Estado e Eficácia APÊNDICE 49 Instalação Elétrica: sistema de sinalização, luzes, interruptores, instalação de limpeza e lavagem X X Outros Consumidores de Corrente X X Pneus: Estado e Pressão de Ar X X SERVIÇO DE CONTROLO E DE CONSERVAÇÃO DO ATRELADO PORTA CONTENTOR Controlar Sistemas Pneumático (verificar pressões de funcionamento) X X X X Cabeçote: verificação de desgastes X X Prato de Engate: limpeza, inspeção visual, verificação de desgastes, verificação de torque, regulagem, lubrificação e teste de funcionamento X X Pneus: Estado e Pressão de Ar X X X X S 3: três meses; W 6: seis meses; S 9: nove meses; W 12: doze meses Ficha 3 - Plano de manutenção Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 50 APÊNDICE III – Controlo e Inspeção de Viaturas VERIFICAÇÃO DIÁRIA - CHECK LIST OPERADOR: DATA: KM/HORA: VIATURA: OK: Normal; PR: Programar Reparação;RI: Reparação imediata; NA: Não Aplicável ITENS SITUAÇÃO OBSERVAÇÃO Nível de Água Nível de Óleo de Motor Lubrificação Nível de Óleo Hidráulico Derrames Superficiais Derrame de Óleo com contaminação do solo Mangueiras Motor Transmissão Embraiagem Suspensão Frente (Molas, Casquilhos, Cavilhas, Barra Estabilizadora) Suspensão Traseira (Molas, Pneumático, Barra Estabilizadora, Tirantes e Casquilhos) Direção (Bomba Hidráulico, Barra e Manga de Eixo Compressor de Ar Correias Trapezoidais Diferencial Travão de Serviço Travão de Estacionamento Funcionamento do travão de Motor Travão Eléctrico Cardans Cruzetas Casquilhos Pneus Dianteiros Pneus Traseiros Basculamento e Fecho de Cabina Assentos Portas Fechaduras/Trincos Vidros APÊNDICE 51 Painel de Instrumento Baterias (Nível) Instrumentos: Alarme Luminoso (T. Força, Temperatura, Pressão de Óleo e Nível Combustível) Alarmes Sonoros (Marcha Atrás, Ar, Temperatura, Cabine e Pressão de Óleo) Faróis Rotativo e Luz de Trabalho Buzinas Chassis, Básculas, Carroçaria Cinto de Segurança Triangulo, Macaco, Chave de Roda Documentos, Placas Extintor Retrovisores Ventilação Limpeza Geral Toques ou Risco na Pintura Acabamentos Internos (Forros, Tapetes e Painéis) Sistemas de Emergência Estribos de Pendura ANOTAÇÕES (OPERADOR): RESPONSÁVEL: COMENTÁRIOS: Ficha 4 - Controlo e inspeção de viaturas Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 52 APÊNDICE IV – Ficha de Intervenção/Peças FICHA DE INTERVENÇÃO/PEÇAS MÁQUINA / VIATURA – MARCA______________ OBRA Nº _________ Data ___/___/___ Nº DO EQUIPAMENTO / MATRICULA ________________ LEITURA DO CONTA-HORAS / KM _______________ INTERVENÇÃO PROGRAMADA INTREVENÇÃO ACIDENTAL Código da Peça Designação da Intervenção / Peça Quanti. Tempo da Intervenção (Horas) Observação Trabalho realizado por ___________________ Ficha 5 - Ficha de intervenção/peças APÊNDICE 53 APÊNDICE V – Históricos das intervenções HISTÓRICO DAS INTERVENÇÕES MÁQUINA / VIATURA – MARCA ____________ MATRICULA __________________ N. DO EQUIPAMENTO _________________________ DATA ___/___/_______ DESIGNAÇÃO DAS INTERVENÇÕES NÚMEROS REPETIDOS DE INTERVENÇÕES Número Total de Intervenções repetidas Tempo Médio entre Intervenções (MTBF) Tempo médio das Intervenções (MTTR) 1º 2º 3º 4º Leitura do Conta – Horas (Horas) Tempo de Intervenções (Horas) Leitura do Conta – Horas (Horas) Tempo de Intervenções (Horas) Leitura do Conta – Horas (Horas) Tempo de Intervenções (Horas) Leitura do Conta – Horas (Horas) Tempo de Intervenções (Horas) Ficha 6 - Histórico das intervenções Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 54 HISTÓRICOS DAS PEÇAS / ORGÃOS MÁQUINA / VIATURA – MARCA ____________ MATRICULA __________________ N. DO EQUIPAMENTO _________________________ DATA ___/___/_______ CÓDIGO DESIGNAÇÃO DAS PEÇAS / ÓRGÃOS SUBSTITUÍDOS NÚMEROS REPETIDOS DE PEÇAS / ÓRGÃOS Número Total de Substituições repetidas Tempo Médio entre Substituições (MTBF) Tempo médio das Substituições (MTTR) 1º 2º 3º 4º Leitura do Conta – Horas (Horas) Tempo de Intervenções (Horas) Leitura do Conta – Horas (Horas) Tempo de Intervenções (Horas) Leitura do Conta – Horas (Horas) Tempo de Intervenções (Horas) Leitura do Conta – Horas (Horas) Tempo de Intervenções (Horas) Ficha 7 - Histórico das Peças/Órgãos APÊNDICE 55 APÊNDICE VI – Ficha Técnica FICHA TÉCNICA MÁQUINA / VIATURA – MARCA ___________________ MATRÍCULA: ______________________ N.º DE EQUIPAMENTO: ____________ DESIGNAÇÃO MARCA MODELO REPRESENTANTE MORADA E TELEFONE NÚMERO DE SÉRIE DE EQUIPAMENTO NÚMERO DE MATRICULA DE EQUIPAMENTO DATA DE AQUISIÇÃO DATA DE ENTRADA EM SERVIÇO PREÇO PESO DE VEÍCULO OU EQUIPAMENTO MECANISMO DE ACCIONAMENTO CARACTERÍSTICA DE MARCA RODAS MOTRIZES SISTEMAS DE TRAVÕES DIRECÇÃO CAIXA DE CARGA DADOS RELATIVOS AO RUÍDO DADOS RELATIVO Á VIBRAÇÃO Ficha 8 - Ficha técnica Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 56 APÊNDICE VII – Manutenção Periódica dos Três Meses MANUTENÇÃO PERIÓDICA DOS TRÊS MESES MÁQUINA / VIATURA – MARCA: __________________ MATRÍCULA: __________________ N.º DE EQUIPAMENTO: ________________ DESIGNAÇÃO DA ACÇÃO APLICAÇÃO DE PEÇAS TEMPO INTERVENÇÃO (Horas) SEM COM Ajustar Lubrificação Automática Lubrificar Cilindros de travão Lubrificar Manga de Eixo Dianteira Controlar Motor (caixa de velocidade; tomadas de força: eixos) Controlar Sistema de direção Controlar Manga de Eixo Dianteira Controlar porca de Rodas Controlar Grampos de Molas e Parafusos de Fixação Controlar Direção, Barra, Porcas e Rótulas Controlar Travões, Estancamentos, Danificação, Corrosão, Locais de Atrito, Desgastes de Lonas Controlo de funcionamento e de Eficácia Controlo de sistema de Combustível Controlo de Eixos Controlo de Instalação e Escape Controlo de Acionamento de Travões e Escape Controlar Sistema de Refrigeração e de Aquecimento Controlar Conexões, Fixações e Colocações de Cabos: baterias, motor de arranque, alternador de ponto de massa Controlo de Embraiagem Controlar Suspensão (Lâminas e distanciadores de borracha) Controlar Sistema Hidráulico (verificar pressões de funcionamento) Cabeçote: verificação de desgastes Prato de Engate: limpeza, inspeção visual, verificação de desgastes, verificação de torque, regulagem, lubrificação e teste de funcionamento Pneus: Estado e Pressão de Ar Trabalho Realizado Por: ____________________________ Ficha 9 - Manutenção periódica dos três meses APÊNDICE 57 APÊNDICE VIII – Manutenção Periódica dos Seis Meses MANUTENÇÃO PERIÓDICA DOS SEIS MESES MÁQUINA / VIATURA – MARCA: __________________ MATRÍCULA: __________________ N.º DE EQUIPAMENTO: ________________ DESIGNAÇÃO DA ACÇÃO APLICAÇÃO DE PEÇAS TEMPO INTERVENÇÃO (Horas) SEM COMControlar a tensão e Estado das Correias Trapezoidais Controlar e Ajustar Secador de Ar: caso água na caldeira de ar, drenar e trocar Cartucho Controlar Filtro de Ar seco: Limpar ou Substituir Limpar Bomba de Alimentação de Combustível: Filtro Limpar Filtro Prévio de Combustível: Evacuar água e Impurezas Controlar Níveis de tomada de força Controlar Níveis Caixa de Velocidade Controlar Mancai de Manga de Eixo Dianteiro Controlar Dispositivo de Basculamento da Cabina Controlar Mancais das Molas Lubrificar Tirantes, Trações, Articulações e Fechaduras Lubrificar restante áreas não conectadas Ajustar lubrificação automática Lubrificar Cilindros de Travão Lubrificar Dispositivos de Basculante da Cabina: mecanismo de fecho Lubrificar Portas Lubrificar Manga de Eixo Dianteira Lubrificar Eixo de Cames de Travão Substituição de Óleo Hidráulico Controlar Motor; Caixa de velocidades; Tomadas de Força; Eixos (Controlo visual) Controlar Sistema de direção Controlar Manga de Eixo Dianteira Controlar sistema Pneumático Controlar Basculador da Cabina Controlar Porcas de Rodas Controlar Grampos de Molas e Parafusos de Fixação Controlar Direção, Barra, Porcas, Rotulas Controlar Travões, Estancamento, Danificação, Corrosão, Locais de Atrito, Desgaste de Lonas Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 58 Controlo de Funcionamento e de Eficácia Controlar Sistema de Combustível Controlar Eixos Controlar Dispositivos de Basculamento da Cabina: mecanismo de fecho Controlar Apoio de Cabina Controlar Função de Bloqueio da Fechadura de direção e do Arranque Controlar Instalação de Escape Controlar Acionamento de Travão de Escape Controlar Sistema de Refrigeração e de Aquecimento Controlar Conexões, Fixações e Colocações de Cabos: Bateria; Motor de arranque, Alternador do ponto de massa Controlar Ajuste de Bomba de Lubrificação Central Embraiagem Controlar Suspensão: Laminas e Distanciadores de Borracha Controlar Fixação e Segurança de Parafusos e Porcas: motor, caixa de velocidades, eixos, chassis, fixação de carroçaria Controlar Sistema de refrigeração e de Aquecimento (controlar nível de fluido) Controlar Óleo de Motor Controlar Nível de Líquido (Direção Hidráulica) Controlo de Nível de Líquido (Acionamento da Embraiagem Hidráulica) Controlo de Nível de Líquido em Sistema de Lavagem de Vidros Controlo de Nível de líquidos (Baterias) Controlo de Nível de líquidos de Sistema Hidráulico Controlo Instalação Elétrica: sistema de sinalização, luzes, interruptores, instalação de limpeza e lavagem Controlar Outros Consumidores de Corrente Controlar Pneus: Estudo e Pressão de Ar Controlar Sistema Hidráulico (verificar pressões de funcionamento) Controlar Desgastes, Articulações e Macacos Hidráulicos Controlar Desgastes ou Fissuras de Vedantes cilindros Hidráulico Controlar Desgastes ou Fissuras na Mangueira de Óleo Trabalho Realizado Por: ____________________________ Ficha 10 - Manutenção periódica dos seis meses APÊNDICE 59 APÊNDICE IX – Manutenção Periódica dos Nove Meses MANUTENÇÃO PERIÓDICA DOS NOVE MESES MÁQUINA / VIATURA – MARCA: __________________ MATRÍCULA: __________________ N.º DE EQUIPAMENTO: ________________ DESIGNAÇÃO DA ACÇÃO APLICAÇÃO DE PEÇAS TEMPO INTERVENÇÃO (Horas) SEM COM Ajustar Lubrificação Automática Lubrificar Cilindros de travão Lubrificar Manga de Eixo Dianteira Controlar Motor (caixa de velocidade; tomadas de força: eixos) Controlar Sistema de direção Controlar Manga de Eixo Dianteira Controlar porca de Rodas Controlar Grampos de Molas e Parafusos de Fixação Controlar Direção, Barra, Porcas e Rótulas Controlar Travões, Estancamentos, Danificação, Corrosão, Locais de Atrito, Desgastes de Lonas Controlo de funcionamento e de Eficácia Controlo de sistema de Combustível Controlo de Eixos Controlo de Instalação e Escape Controlo de Acionamento de Travões e Escape Controlar Sistema de Refrigeração e de Aquecimento Controlar Conexões, Fixações e Colocações de Cabos: baterias, motor de arranque, alternador de ponto de massa Controlo de Embraiagem Controlar Suspensão (Lâminas e distanciadores de borracha) Controlar Sistema Hidráulico (verificar pressões de funcionamento) Cabeçote: verificação de desgastes Prato de Engate: limpeza, inspeção visual, verificação de desgastes, verificação de torque, regulagem, lubrificação e teste de funcionamento Pneus: Estado e Pressão de Ar Trabalho Realizado Por: ____________________________ Ficha 11 - Manutenção periódica dos nove meses Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 60 APÊNDICE X – Manutenção Periódica dos Doze Meses MANUTENÇÃO PERIÓDICA DOS DOZE MESES MÁQUINA / VIATURA – MARCA: __________________ MATRÍCULA: __________________ N.º DE EQUIPAMENTO: ________________ DESIGNAÇÃO DA ACÇÃO APLICAÇÃO DE PEÇAS TEMPO INTERVENÇÃO (Horas) SEM COM Controlar a tensão e Estado das Correias Trapezoidais Controlar e Ajustar Secador de Ar: caso água na caldeira de ar, drenar e trocar Cartucho Controlar Filtro de Ar seco: Limpar ou Substituir Limpar Bomba de Alimentação de Combustível: Filtro Limpar Filtro Prévio de Combustível: Evacuar água e Impurezas Controlar Níveis de tomada de força Controlar Níveis Caixa de Velocidade Controlar Mancai de Manga de Eixo Dianteiro Controlar Dispositivo de Basculamento da Cabina Controlar Mancais das Molas Lubrificar Tirantes, Trações, Articulações e Fechaduras Lubrificar restante áreas não conectadas Ajustar lubrificação automática Lubrificar Cilindros de Travão Lubrificar Dispositivos de Basculante da Cabina: mecanismo de fecho Lubrificar Portas Lubrificar Manga de Eixo Dianteira Lubrificar Eixo de Cames de Travão Substituição de Óleo Hidráulico Controlar Motor; Caixa de velocidades; Tomadas de Força; Eixos (Controlo visual) Controlar Sistema de direção Controlar Manga de Eixo Dianteira Controlar sistema Pneumático Controlar Basculador da Cabina Controlar Porcas de Rodas Controlar Grampos de Molas e Parafusos de Fixação Controlar Direção, Barra, Porcas, Rotulas Controlar Travões, Estancamento, Danificação, Corrosão, Locais de Atrito, Desgaste de Lonas Controlo de Funcionamento e de Eficácia APÊNDICE 61 Controlar Sistema de Combustível Controlar Eixos Controlar Dispositivos de Basculamento da Cabina: mecanismo de fecho Controlar Apoio de Cabina Controlar Função de Bloqueio da Fechadura de direção e do Arranque Controlar Instalação de Escape Controlar Acionamento de Travão de Escape Controlar Sistema de Refrigeração e de Aquecimento Controlar Conexões, Fixações e Colocações de Cabos: Bateria; Motor de arranque, Alternador do ponto de massa Controlar Ajuste de Bomba de Lubrificação Central Embraiagem Controlar Suspensão: Laminas e Distanciadores de Borracha Controlar Fixação e Segurança de Parafusos e Porcas: motor, caixa de velocidades,eixos, chassis, fixação de carroçaria Controlar Sistema de refrigeração e de Aquecimento (controlar nível de fluido) Controlar Óleo de Motor Controlar Nível de Líquido (Direção Hidráulica) Controlo de Nível de Líquido (Acionamento da Embraiagem Hidráulica) Controlo de Nível de Líquido em Sistema de Lavagem de Vidros Controlo de Nível de líquidos (Baterias) Controlo de Nível de líquidos de Sistema Hidráulico Controlo Instalação Elétrica: sistema de sinalização, luzes, interruptores, instalação de limpeza e lavagem Controlar Outros Consumidores de Corrente Controlar Pneus: Estudo e Pressão de Ar Controlar Sistema Hidráulico (verificar pressões de funcionamento) Controlar Desgastes, Articulações e Macacos Hidráulicos Controlar Desgastes ou Fissuras de Vedantes cilindros Hidráulico Controlar Desgastes ou Fissuras na Mangueira de Óleo Trabalho Realizado Por: ____________________________ Ficha 12 - Manutenção periódica dos doze meses Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 62 ANEXO ANEXO I – Declaração de Trabalho da manutenção na Empresa Ficha 13 - Declaração de trabalho da manutenção na Empresa Fonte: Extraído do Bento Forrador ANEXO 63 ANEXO II – Tabela de Artigos de Estoque para Manutenção Tabela 5 - Tabela de artigos em estoque para manutenção Fonte: Extraído do Bento Forrador Artigos Periodicidade (Anos) Quantidade Por Ano Frascos de 0,5 litros de óleo de travão 1,0 24 1 Retrovisor roda frente e ret. roda lateral 2,0 10 0 Fusível 10A 1,0 100 2 Lata de primário(shoppraimer) 1,0 1 1 Caixas de lâmpadas 24V 21W (50unidd) 1,0 5 1 Lâmpadas 24V 70W 1,0 7 1 Componente e de secante 1,0 11 1 Lata de primário 1,0 1 3 Anticongelante 1,0 12 1 Terminal isolado fêmea de 4mm 1,0 50 2 Terminal isolado macho de 5mm 1,0 50 2 Terminal isolado 1,0 50 2 Terminal isolado fêmea de 6,3mm 1,0 50 2 Parafusos cab sex. M6*20 1,0 50 2 Parafusos cab sex. M6*30 1,0 50 2 Parafusos cab sex. M8*20 1,0 50 2 Parafusos cab sex. M8*30 1,0 50 2 Porcas autoblocante M6 1,0 50 2 Porcas autoblocante M8 1,0 50 2 Porcas autoblocante M10 1,0 50 2 Porcas sextavado M6 2,0 200 1 Porcas sextavado M8 2,0 200 1 Anilhas plana M6 1,0 50 2 Anilhas plana M8 1,0 50 2 Luvas preto 1,0 50 2 Vedantes 176*7163*26,176*7*180 1,0 12 2 cxs de lâmpadas 24v5w 1,0 8 1 Terminais de encaixe 1,0 64 1 Filtro de Óleo B7396 1,0 10 1 Filtro de Óleo OC 280 1,0 10 1 Filtro de combustível SP830M 1,0 10 1 Filtro de combustível DN220 1,0 10 1 Correia 3A 1950 e 13x1250LA 1,0 10 1 Filtro de Ar E1024L 1,0 20 1 Escovas de Motor de Arranque 1,0 45 1 Sistema de Gestão da Manutenção – Bento Forrador 64 Pastilha de travão 1,0 10 1 Retentor Vm 260 1,0 20 1 Cola loctite super 1,0 10 1 Válvulas Pneumática de segurança 1,0 10 1 Mangueira de Ar Comprimido 1,0 100mts 1 Bomba de Óleo 1,0 12 1 Válvulas da Suspensão 1,0 8 1 Válvula Diafragma Filtro de Manga 1,0 6 1 Compressor Volvo 1,0 5 1 Compressor Scania 1,0 5 1 Válvula de Controle 1,0 10 1 Válvula de Solenoide Pneumática Elétrica 1,0 10 1 Válvula Relé e Emergência Tipo RE4 1,0 10 1 Válvula de Descarga Rápida 1,0 12 1 Válvula de Exaustão 1,0 10 1 Filtro de Linha 1,0 10 1 Válvula de Descarga Rápida com Função Bloqueio 1,0 7 1 Válvulas de Acionamento Push/Pul 1,0 2 1 Válvula Direcional Pneumática 1,0 3 1 Válvula de Dreno do Solenoide 1,0 5 1 Jogos de Repº cilindro embraiagem 1373532 1,0 1 1 Cabeça de acoplamento 2 vias M16*1,5(AMA) 1,0 6 1 Cabeça de acoplamento 2 vias M16*1,5(VERM) 1,0 6 1 Abraçadeira MET.(W2) 8-16-9 mm 1,0 60 1 Abraçadeira MET.(W2) 12-22-9 mm 1,0 60 1 Abraçadeira MET.(W2) 16-27-9 mm 1,0 60 1 Abraçadeira MET.(W2) 25-40-9 mm 1,0 60 1 Diafragma T30 1,0 20 1 Diafragma T24 1,0 20 1 Caixa de cola junta 1,0 1 1 Abraçadeiras(200,300,430,e 540mm) 1,0 100 1 Anilhas para hidráulicas(16,7*624*1,5mm) 1,0 80 1 Anilhas para hidráulicas(17,3*24*1,5mm) 1,0 80 1 Anilhas para hidráulicas(20,7*28,6*2,5mm) 1,0 80 1 Anilhas para hidráulicas(21,5*28,6*2,5) 1,0 80 1 Anilhas para hidráulicas(27,2*36,6*2,5) 1,0 80 1 Anilhas para hidráulicas(33,0*42,0*3,4mm) 1,0 80 1 Engates rapº (40,005=40F0150680) 1,0 60 1 Engates rapº (40F00606=40F0160680) 1,0 60 1 Servo embraiagem 1443524 1,0 10 1 Baião c/ 25lts de desengordurante 1,0 1 1 Garrafas de oxigénio 1,0 2 1 Filtros de gasóleo SP 830 1,0 18 1 ANEXO 65 Parafusos M8*20;M8*30;M8*40;M8*50mm 1,0 50 1 Litros de gasóleo DN220 1,0 12 1 Latas de tinta (preto e primário) 20kg cada 1,0 2 1 Óleo DO 300 1,0 16lts 1 Lâmpadas H1-12V 55W 1,0 10 1 Pneus 275 / 70 R16 1,0 8 1 Caixa junta c/ 12 un. 1,0 1 1 Pares de escovas 1,0 10 1 Tubo hidráulico (fact.nº 50389) 1,0 10mts 1 Terminais de encaixe 1,0 200 1 Lata de tinta primária 1,0 20lts 1 Lâmpadas 24x21 1,0 50 1 Lâmpadas 12v55w H3 1,0 8 1 Filtros de gasóleo (fact./Rec. nº 738) 1,0 24 1 Casquilhos (fact.nº 50702) 1,0 20 1 Caixas de lâmpadas 24*21 1,0 5 1