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politicas publicas definições, ciclo e modelo explicativo.

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Perspectivas Teóricas e Analíticas das Políticas Públicas 
 
Prof. Dr. Marcos Vinicius Pó 
Mestrado em Ciências Humanas e Sociais - UFABC 
 Polity: Sistema político: congresso, sistema de 
governo, instituições 
 
 Politics: Jogo político: partidos, eleições, interesses 
 
 Policy: Políticas públicas: intervenções/omissões 
destinadas a mudar ou restabelecer o equilíbrio 
social 
 
 Visões: 
 Conjunto de ações do governo que irão produzir efeitos específicos; 
 Soma das atividades dos governos, que agem diretamente ou através de 
delegação, e que influenciam a vida dos cidadãos. 
 “o que o governo escolhe fazer ou não fazer”. 
 Sistema de decisões públicas que visa a ações ou omissões, preventivas ou 
corretivas, destinadas a manter ou modificar a realidade de um ou mais 
setores da vida social, por meio da definição de objetivos e estratégias de 
atuação e da alocação de recursos necessários. 
 
 Características (elementos básicos): 
 Público(s) alvo(s) definidos 
 Definição de metas, objetivos, uma situação desejada 
 Medidas concretas e estratégias de intervenção (ou omissão) no 
funcionamento da sociedade 
 Alocação de recursos 
 Refletem normas, valores e crenças 
 
 
 Origens do estudo de políticas públicas 
(visões/abordagens) 
 Direito – sistema legal 
 Ciência política – jogo político 
 Administração – “técnica”, planejamento 
 
 Usos das teorias 
 Análise 
 Normativo 
▪ Formação de políticas 
▪ Prescrição de processos 
 Construção teórica 
▪ Estabelecimento de hipóteses testáveis 
▪ Predição 
 
 Política pública como um ciclo, formado por vários estágios e 
constituindo um processo dinâmico e de aprendizado 
 
 Construção analítica 
 Ajuda a entender as partes do processo de políticas públicas e 
como elas são influenciadas, assim como entender o seu 
progresso 
 Organização cronológica-lógica do desenvolvimento das políticas 
públicas 
 Facilitar a organização de informações e do raciocínio 
 
 Auxiliar na compreensão e clareza sobre processos 
complexos e cheios de interações 
 
 Nem sempre permitem o estabelecimento direto de relações 
causais e definição de hipóteses 
 
 Agenda: como os problemas entram na pauta 
pública 
 Elaboração: definição do problema a ser tratado 
 Formulação: seleção da alternativa 
 
 Implementação 
 
 Acompanhamento 
 
 Avaliação 
 
 Estágios: grandes 
agrupamentos de 
atividades 
 
 Produtos: resultados se o 
estágio for levado a cabo 
 
 Atividades funcionais: 
grandes sub-rotinas de 
ações e interações 
 
 Vantagens 
 Organiza a análise 
 Facilita a operacionalização de conceitos e variáveis 
 
 Críticas 
 Processos não lineares 
 Divisões artificiais entre atividades 
 Falta de relações causais 
 
 Institucionalismo 
 
 Processo 
 
 Grupos 
 
 Elites 
 
 Incrementalismo 
 
 Teoria dos jogos 
 
 Escolha pública 
 
 Sistêmico 
 
 Papel das instituições governamentais nas políticas 
públicas 
 
 Instituições: padrões estruturados de 
comportamento de indivíduos e grupos. 
 
 Instituições trazem legitimidade, universalidade e 
coerção. 
 
 Pouca análise do conteúdo, foco no processo. 
 Padrões identificáveis de 
atividades/ série de 
atividades políticas 
envolvidas na produção de 
políticas públicas. 
 
 Noção de ciclo 
 
 Pode implicar em um viés 
normativo. 
 
 Há relação entre processo e 
conteúdo? Como? 
 
 Política pública como equilíbrio entre grupos; 
 
 Análise de organização e interação entre grupos. 
 
 Características dos grupos: recursos como comunicação, 
riqueza, capacidade organizacional, acesso aos políticos, 
coesão, incentivos, capacidade de mobilizar coalizões. 
 
 Lógica da ação coletiva (Olson, 1965). 
 
 Forças de equilíbrio entre grupos: latência transformada 
em veto; filiação a vários grupos; necessidade de 
coalizão.... 
 
 Políticas públicas como preferências da elite 
governante 
 
 Povo apático, mal informado e manipulável. 
 
 Concordância da elite em torno de algumas 
instituições básicas, competição em torno de outras 
e de seus interesses. 
 
 Política pública primordialmente top-down, pouca 
influência bottom-up 
 Análise custo-benefício 
 
 Objetivo de maximizar o ganho social ou político. 
 
 Críticas ao racionalismo: 
 racionalidade limitada, 
 path dependence; 
 dificuldade para valorar objetivos excludentes; 
 impossibilidade de agregação de preferências; 
 dificuldade de cálculo. 
 
 Uso analítico com viés normativo. 
 Decisões parciais 
 
 Processo conservador de tomada de decisão 
 
 Vantagens de mitigação de riscos e facilidade de escolha 
 
 Viés descritivo e analítico, por vezes normativo e 
justificativa 
 
 Limitações teóricas 
 Dificuldades de estabelecimento de hipóteses testáveis 
 Dificuldades de operacionalizar conceitos 
 
 Busca da estratégia depende da consideração das 
expectativas de ações dos outros envolvidos em 
situações competitivas 
 
 Impasses entre grupos/atores 
 
 Refinamentos e aperfeiçoamentos 
 Jogos repetitivos 
 Construção de reputação 
 Uso de incentivos... 
 
 Abordagem permite operacionalizar hipóteses testáveis 
e tratamento matematizado 
 Lógica do homo economicus 
 
 Maximização dos benefícios individuais (voto, $, 
recursos, poder...) dos atores: políticos, burocratas, 
grupos econômicos e sociais 
 
 Abordagem economicista, com grande capacidade 
de gerar hipóteses testáveis, tratamento 
matematizado e predições 
 
 Críticas: simplificação da realidade nos modelos, 
desconsideração de valores morais e éticos 
 
 Sistema político como “caixa preta” que responde às 
forças do ambiente 
 
 Processo com realimentações e “sensores” para 
internalizar as influências ambientais 
 
 Maior enfoque nas respostas aos estímulos do 
ambiente e nos resultados (inputs-outputs) que no 
processo 
 Dimensões 
 Localização 
 Objetivos 
 Temporal

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