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1 1. TERMINOLOGIA CONTÁBIL BÁSICA E ALGUMAS CLASSIFICAÇÕES DE CUSTOS De acordo com Martins (2003) as terminologias da Contabilidade de Custos são assim definidas: Gasto — Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade. Sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos. Exemplos: • Gasto com mão de obra; • Gasto com aquisição de mercadorias para revenda; • Gastos com aquisição de matérias primas. Desembolso — Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do momento do gasto. Investimento — Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos. Exemplos: • Aquisição de Móveis e utensílios; • Aquisição de imóveis; • Aquisição de Marcas e Patentes. Custo — Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Exemplo: • Salário do pessoal da produção; • Matéria prima utilizada no processo produtivo; • Gastos com manutenção das máquinas da fábrica. Despesa — Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. 2 Exemplos: • Salário e encargos sociais do pessoal de Vendas; • Energia elétrica consumida nos escritórios; • Conta telefônica do escritório. Perda — Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Exemplos: • Perdas com incêndio; • Obsoletismo de estoques; • Perdas com enchente. Questão 1 Questão 2 Martins (2003) apresenta ainda algumas classificações de custos, conforme apresentação abaixo. Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica. 3 Custo da Produção Acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada no período. Pode conter Custos de Produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram completas no presente período. Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Pode conter custos de produção de diversos períodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos em diversas épocas diferentes. Questão 3 Questão 4 4 Questão 5 Questão 6 5 Questão 7 Questão 8 6 Questão 9 Questão 10 7 Questão 11 Alguns custos podem ainda ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo e são chamados de Custos Diretos com relação aos produtos. Outros realmente não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária e são chamados de Custos Indiretos com relação aos produtos. Questão 12 8 Questão 13 Outra classificação usual é a que leva em consideração a relação entre o valor total de um custo e o volume de atividade numa unidade de tempo. Divide basicamente os Custos em Fixos e Variáveis. Por exemplo, o valor global de consumo dos materiais diretos por mês depende diretamente do volume de produção. Quanto maior a quantidade fabricada, maior seu consumo. Dentro, portanto, de uma unidade de tempo (mês, nesse exemplo), o valor do custo com tais materiais varia de acordo com o volume de produção; logo, materiais diretos são Custos Variáveis. Por outro lado, o aluguel da fábrica em certo mês é de determinado valor, independentemente de aumentos ou diminuições naquele mês do volume elaborado de produtos. Por isso, o aluguel é um Custo Fixo. 9 Questão 14 Questão 15 10 Questão 16 Outras expressões e terminologias são costumeiramente utilizadas em Custos, como os Custos Primários e os custos de Transformação. Custos Primários: soma de matéria-prima com mão de obra direta. Não são a mesma coisa que Custos Diretos, já que nos Primários só estão incluídos aqueles dois itens. Assim, a embalagem é um Custo Direto, mas não Primário. Custos de Transformação: soma de todos os Custos de Produção, exceto os relativos a matérias-primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (componentes adquiridos prontos, embalagens compradas etc.). Representam esses Custos de Transformação o valor do esforço da própria empresa no processo de elaboração de um determinado item (mão de obra direta e indireta, energia, materiais de consumo industrial etc.). 11 Questão 17 Questão 18 12 Questão 19 2. ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS De acordo com Martins (2003) o Esquema Básico da Contabilidade de Custos pode assim ser definido: I. Separação entre Custos e Despesas; II. Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos ou serviços; III. Rateio dos Custos Indiretos. Os custos incorridos num período só irão integralmente para o Resultado desse mesmo período caso toda a produção elaborada seja vendida, não havendo, portanto, estoques finais. Já as despesas — de Administração, de Vendas, Financeiras etc. — sempre são debitadas ao Resultado do período em que são incorridas. Figura 1: Esquema Básico da Contabilidade de Custos Fonte: Martins, 2003 13 Questão 20 Questão 21 14 Questão 22 15 Questão 23 Questão 24 16 Questão 25 3. CUSTEIO POR ABSORÇÃO E CUSTEIO VARIÁVEL Segundo Martins (2003) custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos. Figura 2: Custeio por Absorção Fonte: Martins, 2003 No Custeio Variável, de acordo com Martins (2003), só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, 17 indo diretamente para o Resultado. E para os estoques só vão, como consequência, custos variáveis. Questão 26 Questão 27 18 Questão 28 Questão 29 19 Questão 30 Questão 31 20 Questão 32 Questão 33 21 Questão 34 4. PONTO DE EQUILÍBRIO De acordo com Martins (2003) o Ponto de Equilíbrio (também denominado Ponto de Ruptura — Break-even Point) nasce da conjugação dos Custos e Despesas Totais com as Receitas Totais. O ponto de equilíbrio é representado graficamente de acordo com a Figura 3. Figura 3: Gráfico do Ponto de equilíbrio Fonte: Martins, 2003 Até esse ponto, a empresa está tendo mais Custos e Despesas do que Receitas, encontrando-se, por isso, na faixa do Prejuízo; acima, entra na faixa do Lucro. Esse ponto é definido tanto em unidades (volume) quanto em reais (MARTINS, 2003). 22 Questão 35 Questão 36 23 Questão 37 Questão 38 24 Questão 39 Questão 40 Questão 4125 Questão 42 5. FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Segundo Martins (2003) é generalizada a ideia de que uma das finalidades da Contabilidade de Custos é o fornecimento do preço de venda. Para administrar preços de venda, é necessário conhecer o custo do produto; porém essa informação, por si só, embora seja necessária, não é suficiente. Além do custo, é preciso saber o grau de elasticidade da demanda, os preços de produtos dos concorrentes, os preços de produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa etc.; e tudo isso depende também do tipo de mercado em que a empresa atua, que vai desde o monopólio ou do monopsônio até a concorrência perfeita, mercado de commodities etc. O importante é que o sistema de custos produza informações úteis e consistentes com a filosofia da empresa, particularmente com sua política de preços. Considerando-se esses aspectos citados, os preços podem ser fixados: com base nos custos, com base no mercado ou com base numa combinação de ambos (MARTINS, 2003). 26 Questão 43 Questão 44 27 6. CUSTO-PADRÃO Segundo Martins (2013) o Custo-Padrão é uma arma de controle em Custos. Ele pode ser o ideal, fixado com base em condições ideais de qualidade de materiais, mão de obra e equipamento bem como de volume de produção. O Custo-Padrão serve, também de instrumento psicológico para melhoria do desempenho do pessoal, quando bem utilizado (MARTINS, 2013). Ao serem obtidos os valores de Custo Real, a primeira providencia é sua comparação com o Padrão, para se aquilatarem as diferenças. Essas precisam ser analisadas antes de se tomarem medidas para as correções (MARTINS, 2013). Questão 45 28 Questão 46 29 Questão 47 30 Questão 48 Questão 49 31 Gabarito 1 11 21 31 41 2 12 22 32 42 3 13 23 33 43 4 14 24 34 44 5 15 25 35 45 6 16 26 36 46 7 17 27 37 47 8 18 28 38 48 9 19 29 39 49 10 20 30 40
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