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Aula_Teledeteção_2019

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TELEDETEÇÃO
AULA 02
Curso de Licenciatura em Geologia
Docente: Hairazate Abdurramane
2019
NOÇÕES BÁSICAS EM DETEÇÃO REMOTA 
O que é a deteção remota (ou teledeteção)?
A deteção remota é uma técnica que, através da aquisição de imagens, permite obter informação da superfície da Terra sem que haja contacto direto com ela. 
NOÇÕES BÁSICAS EM DETEÇÃO REMOTA 
 A deteção remota engloba todos os processos que consistem em captar e registar a energia de um raio eletromagnético emitido ou refletido, tratar e analisar a informação, para depois ser usada nos diversos campos de aplicação; neste sentido a fotografia aérea é usada para fazer deteção remota.
A deteção remota implica uma interação entre a energia incidente e o objeto de interesse.
 Entende-se como objeto de interesse a entidade geográfica objeto de estudo.
ETAPAS DE DETEÇÃO REMOTA
Os processos de deteção remota através de sistemas de imagens envolvem as sete etapas seguintes:
1. Fonte de energia ou iluminação (A) – Na origem de todo o processo tem de existir necessariamente uma fonte de energia que ilumina, ou que fornece energia eletromagnética, ao objeto de interesse;
ETAPAS DE DETEÇÃO REMOTA
2. Radiação e atmosfera (B) – Durante o seu percurso entre a fonte de energia e o objeto há uma interação com a atmosfera. Esta interação existe uma segunda vez durante o trajeto entre o objeto e o sensor. 
3. Interação com o objeto (C) – Após incidir no objeto, a energia interage com a sua superfície. A natureza desta interação depende das características da radiação e das propriedades da superfície do objeto. 
4. Registo da energia pelo sensor (D) – A energia difundida ou emitida pelo objeto vai ser captada e registada por um sensor que não está em contacto com o objeto.
5. Transmissão, recepção e tratamento (E) - A energia captada pelo sensor é transmitida, normalmente via eletrônica, para uma estação de recepção na qual a informação é transformada numa imagem (em formato fotográfico ou em formato digital). 
6. Interpretação e análise (F) – Para extrair a informação que desejamos sobre o objeto é necessário um tratamento visual e/ou digital da imagem. 
7. Aplicação (G) – A última etapa do processo consiste na utilização da informação extraída da imagem para melhor compreendermos o objeto, que nos conduza a novos aspetos ou para nos ajudar a resolver um determinado problema.
A radiação eletromagnética
 Para que um objeto seja iluminado é necessário uma fonte de energia sob a forma de radiação eletromagnética, a menos que o objeto produza essa energia. 
Para compreender a deteção remota é necessário conhecer duas características particularmente importantes da radiação eletromagnética, que são o comprimento de onda e a frequência.
O comprimento de onda equivale ao comprimento de um ciclo de uma onda, que corresponde à distância entre duas cristas sucessivas duma onda.
 A frequência representa o número de oscilações por unidade de tempo. A frequência é normalmente medida em Hertz (Hz) (isto é, em oscilações por segundo) ou em múltiplos de Hertz. 
O espectro eletromagnético
O espectro eletromagnético compreende desde comprimentos de onda curtos (dos quais fazem parte os raios gama e os raios x) até comprimentos de onda longos (dos quais fazem parte as micro-ondas e as ondas rádio).
 A deteção remota utiliza alguns espaços do espectro eletromagnético. 
Os comprimentos de onda mais pequenos utilizados em deteção remota situam-se no ultravioleta (UV).
Alguns materiais da superfície terrestre, sobretudo rochas e minerais, são fluorescentes ou emitem luz visível quando iluminados por radiação UV (ultravioleta). 
A luz que os nossos olhos detetam (um dos nossos sensores remotos) encontra-se dentro do espectro visível.

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