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PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA 
ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
MARINA LIMA EMRICH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL EM GESTANTES: UMA 
REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
2013 
2 
 
 
MARINA LIMA EMRICH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL EM GESTANTES: UMA 
REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado ao curso de Especialização em Fisioterapia 
Dermatofuncional do Centro de Estudos Avançados e 
Formação Integrada, chancelado pela Pontífica Universidade 
Católica de Goiás. 
 
Orientadora: prof.Ms. Alessandra Ferreira de Noronha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
2013 
3 
 
RESUMO 
 
Drenagem linfática manual em gestantes: Uma revisão da Literatura. 
 
Introdução: A drenagem linfática manual é uma técnica de massoterapia realizada 
com intuito de mobilizar a linfa, removendo o acúmulo de líquido em determinado 
segmento corporal, sendo de extrema importância a realização em gestantes pelas 
alterações que ocorrem no organismo. Objetivo: Demonstrar através da revisão da 
literatura, a utilização e aplicabilidade da drenagem linfática manual em gestantes. 
Métodos: Trata-se de um estudo de revisão da literatura a cerca da utilização da 
drenagem linfática manual no período gestacional. Foram utilizados artigos de revistas 
indexadas em sites de busca como Scielo, Bireme, Pubmed, além de livros relacionados 
ao assunto. Foram selecionados livros e artigos datados dos últimos 10 anos, salvo 
referências clássicas. Resultados: Os resultados que obtivemos relacionando alguns 
artigos, demonstrou a importância da drenagem linfática manual em gestantes, sendo 
as respostas ao tratamento imediatas quando realizado a perimetria principalmente nos 
membros acometidos por edemas. Conclusão: A drenagem linfática manual 
demonstrou ser efetiva para as gestantes, tendo resultados satisfatórios em vários 
estudos, havendo redução significativa do edema e da tensão muscular gerada nesse 
período. 
 
Palavras-chave: drenagem linfática manual; gestante; edema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Durante a gravidez, é necessário que ocorra alterações físicas no corpo da 
mulher para que se tenha um perfeito crescimento e desenvolvimento do feto. Porém 
essas alterações podem ás vezes trazer como conseqüência dor e limitações em suas 
atividades diárias. Os conhecimentos das alterações ocorridas durante a gestação são 
fundamentais para possibilitar a distinção do que é fisiológico para a gestante do que é 
patológico1 . 
 O possível edema que surge no período gestacional pode ser considerado como 
um excessivo acúmulo de líquido nos tecidos, podendo aparecer subitamente. Desta 
forma, pode-se dizer que cerca de 1/3 das grávidas exibe edema generalizado em torno 
da 38ª semana de gestação2 . 
 A Drenagem Linfática Manual (DLM) é uma técnica que desloca a linfa na 
direção dos gânglios linfáticos, tendo como objetivo criar um diferencial de pressão a 
fim de promover o deslocamento da linfa e do fluido intersticial, visando sua 
recolocação na corrente sanguínea e, consequentemente, a diminuição do edema do 
membro ou do local tratado. Esta técnica vem sendo bastante utilizada na atualidade 
para linfedemas de membros superiores e inferiores, principalmente em gestantes, com 
o intuito de proporcionar diminuição e alívio do edema de pernas e pés, bem como 
evitar a retenção de líquidos3 . 
 O fisioterapeuta pode intervir tanto do ponto de vista preventivo como também 
no tratamento de diversas alterações decorrentes do período gestacional, entre elas 
alterações posturais, respiratórias, vasculares, dentre outras2 . 
 As manobras utilizadas em DLM são superficiais, feitas num ritmo contínuo e 
lento para que a linfa seja conduzida gradativamente, de forma progressiva e harmônica. 
A pressão deve ser leve e suave, de modo a preservar a integridade dos tênues capilares 
que são a principal via de drenagem do linfedema. Deve ser sempre iniciada com a 
“evacuação” ou “desbloqueio” das regiões proximais através da manobra de 
bombeamento seguindo-se distalmente para as regiões comprometidas através dos 
estímulos manuais, aumentando a motricidade do linfangion e, conseqüentemente, o 
fluxo linfático4 . 
 Portanto, a Fisioterapia adota um papel tanto de prevenção quanto de 
reabilitação destas pacientes tão especiais, buscando não só devolver-lhes todas as 
5 
 
capacidades e habilidades que, em decorrência da gravidez poderiam estar alteradas, 
mas tentar resgatar, através do toque lento e rítmico da drenagem linfática manual, a 
mais plena harmonia entre corpo e mente da gestante, tão modificados neste período5 . 
Sendo assim, o objetivo do estudo constitui em demonstrar através da revisão de 
literatura, a utilização e aplicabilidade da drenagem linfática manual em gestantes, 
observando as alterações funcionais, os cuidados, as contra-indicações e os benefícios 
da drenagem linfática manual em gestantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
MÉTODOS 
 
O presente estudo trata-se de uma revisão da literatura a cerca da utilização da 
drenagem linfática manual no período gestacional. 
Para a realização deste estudo foram utilizados artigos de revistas indexadas em 
sites de busca como Scielo, Bireme, Pubmed, além de livros relacionados ao assunto. 
Os critérios adotados para a seleção bibliográfica foram livros e artigos datados 
nos últimos 10 anos, salvo exceções de referências clássicas anteriores a esta data. 
Foram selecionados apenas os artigos escritos em inglês e português e as palavras 
chaves utilizadas foram: drenagem linfática manual, gestante e edema. 
Posteriormente, procedeu-se a leitura e análise da literatura em questão, para a 
construção dos resultados, discussão e considerações finais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A gestação é definida como um processo fisiológico compreendido pela 
sequência de adaptações ocorridas no corpo da mulher a partir da fertilização. Ao longo 
das prováveis 39 semanas de gestação a mulher está sujeita a estas adaptações 
fisiológicas e anatômicas, que culminam em alterações funcionais e metabólicas6 . 
As alterações que ocorrem na gestação são resultado da ligação de quatro 
mudanças principais: primeiramente as mudanças que ocorrem no colágeno e no 
músculo involuntário, mudanças essas mediadas por ações hormonais; outra mudança 
que leva a alterações fisiológicas é o aumento do volume sanguíneo que resulta na 
maior distribuição de sangue para útero e rins; outra mudança relevante é o 
desenvolvimento do feto, esse desenvolvimento pode gerar aumento e deslocamento do 
útero; e por fim a mudança do peso corporal da mulher pode vir a gerar alterações 
posturais e mudança do centro de gravidade6 . 
Dentro das alterações hormonais que ocorrem com a gestante, temos a 
progesterona, um hormônio que é secretado pelo corpo lúteo até a décima semana de 
gestação e posteriormente começa a ser secretada pela placenta, a qual utiliza o 
colesterol materno como fonte primária7 . 
Este hormônio tem um papel importante na redução do tônus do músculo liso. 
Isso ocorre principalmente para reduzir as contrações do útero, impedindo que essas 
provoquem um aborto espontâneo. Porém a redução do tônuspode fazer com que o bolo 
alimentar permaneça por mais tempo no estômago, o que causa a náusea8 . 
Outro hormônio que tem papel importante na gestação é o estrogênio. Os 
estrogênios na fase inicial da gestação são providos da corrente sanguínea materna. Já 
na vigésima semana de gestação, 90% da produção passa pela glândula supra-renal 
fetal. Esse hormônio durante a gravidez tem importante função de aumentar os níveis de 
prolactina, preparando as mamas para lactação. Além disso, é responsável pelo aumento 
do útero materno e pelo depósito de relaxina nas articulações pélvicas. Esse depósito de 
relaxina faz com que os ligamentos pélvicos da mãe e as articulações sacro ilíacas se 
tornem flexíveis, e a sínfise pubiana elástica. O estrogênio pode levar a retenção de água 
e consequentemente retenção de sódio na mulher, causando o edema gestacional7 . 
Por fim, a relaxina outro hormônio essencial na gestação é secretada pelo corpo 
lúteo do ovário e dos tecidos placentários. Esse hormônio é encontrado durante o 
8 
 
período gestacional. A sua concentração varia durante a gestação, aumentando durante o 
primeiro trimestre e declinando no segundo. Sua função é de substituição de colágeno 
em tecidos alvos. Ele substitui o colágeno já existente por outro que possui em sua 
apresentação uma forma remodelada e modificada, apresentando maior flexibilidade e 
extensibilidade7 . 
Segundo um estudo realizado por Guyton ; Hall8, o hormônio relaxina quando 
injetado, causou relaxamento dos ligamentos da sínfise pubiana de um rato. Mas se 
observou que esse efeito é fraco e provavelmente pode ser ausente na mulher grávida. 
Portanto o papel de promover relaxamento nos ligamentos da sínfise púbica em 
mulheres gestantes é, desempenhado, em grande parte, pelos estrogênios. No entanto, 
todas essas funções hormonais, tornam possível a gestação e preparam a mulher para o 
momento do parto. 
As alterações músculo-esqueléticas ocorrem pelo ganho de peso materno 
progressivo associado ao aumento do abdome, mamas e ainda pelo aumento de 
hormônios placentários. A gestante também se adéqua a uma “marcha anseriana” em 
busca de equilíbrio, o que dificulta suas atividades de vida diária. Todas essas 
adaptações podem provocar desconfortos e indisposições na mulher gestante. Os mais 
freqüentes relatos de desconforto são sintomas como dor, sensação de peso, 
formigamento e fadiga. Também relatam desconforto na região abdominal, e sensação 
de peso na região pélvica podendo se irradiar para MMII, dificultando a marcha, e ainda 
podendo causar impotência funcional para alguns movimentos9. 
Uma das adaptações mais significativas no sistema cardiovascular da gestante é 
o aumento do volume sanguíneo, aumentando cerca de 40% na gestação, isso ocorre 
para ser possível enfrentar as necessidades crescentes da parede uterina, servindo 
placenta e outras demandas localizadas no corpo. Outra alteração notada é a função 
cardíaca alterada devido a mudança de posicionamento do coração e também observa-se 
diminuição da PA pelas alterações que se manifestam na pressão diastólica, e a pressão 
sistólica sofre pequeno decréscimo. Se colocada na posição supina a gestante tem 
pequena alteração na pressão sistólica, como na pressão diastólica7 . 
Mollart10, relata que as grandes mudanças durante a gravidez podem provocar na 
mulher sensações de vulnerabilidade, medo e ansiedade. Esses sentimentos podem 
deixar a mulher instável emocionalmente. Essas emoções estagnadas ou não resolvidas 
podem explicar o porquê de algumas gestantes terem edema e outras não. 
9 
 
Com o objetivo de intervir diante destas alterações, algumas técnicas são eleitas 
para amenizar o edema e seus sintomas. Uma técnica que vem sendo utilizada é a 
Drenagem linfática manual, técnica de massoterapia realizada com o intuito de 
mobilizar a linfa removendo o acúmulo de líquido de um determinado segmento 
corporal11. 
A drenagem da linfa é essencial para reparar alguma alteração que venha a 
ocorrer no sistema linfático. A drenagem linfática foi descoberta em 1892, por 
Winiwater, um professor austríaco12 . 
A técnica de Drenagem linfática manual está diretamente relacionada ao sistema 
linfático, sendo este sistema uma grande via auxiliar de drenagem do sistema venoso e o 
sistema mais complexo do ser humano. A rede linfática faz parte do sistema vascular, 
sendo uma via acessória a qual permite que os líquidos dos espaços intersticiais possam 
fluir para o sangue13 . 
É importante salientar que a DLM deve ser feita por fisioterapeutas que 
conheçam e dominem a anatomia e fisiologia do sistema linfático além da técnica de 
drenagem a ser utilizada, uma vez que executadas de maneira errada, poderão prejudicar 
o indivíduo que estará recebendo a massagem14. 
As gestantes têm maior predisposição de desenvolver edema, cerca de 80% das 
gestantes desenvolvem, sendo que metade dos 80% desses edemas é limitada aos 
membros inferiores, e a outra metade é mais generalizado. Um fator que influencia o 
aparecimento de edema é o aumento de peso durante a gravidez15. 
O edema acumulado de modo anormal nos membros inferiores pode causar a 
compressão do nervo cutâneo femoral lateral da coxa ao passar pelo ligamento inguinal. 
Particularmente, quando o edema está localizado sobre o tornozelo, pode comprimir o 
nervo tibial posterior em seu percurso posterior ao maléolo medial, ocasionando 
parestesias e fraqueza muscular4 . 
Cardoso et al.5 realizou um estudo com uma gestante no 3º trimestre de 
gestação, onde foram realizadas 8 sessões de drenagem linfática manual. Ao final do 
estudo foi verificado que o edema gestacional diminuiu, houve uma diminuição da PA 
devido ao relaxamento da gestante com a realização do tratamento, a freqüência 
cardíaca também diminuiu devido ao efeito calmante da drenagem e outro benefício 
encontrado ao final do tratamento foi que a freqüência respiratória da gestante teve uma 
redução significativa. 
10 
 
Já no estudo realizado por Silva e Brongholi1, houve participação de 2 gestantes, 
e não foi observado redução da PA depois das sessões de drenagem linfática manual, 
obtendo assim, um resultado diferente do estudo anterior. As mesmas realizaram 15 
sessões de drenagem linfática manual após o 3º mês de gestação. Depois da realização 
das 15 sessões, observou-se diminuição do edema, que foi medido através da perimetria 
(medida realizada através da circunferência de um segmento, é utilizado uma fita 
métrica para realização da medida), houve também redução da freqüência cardíaca. 
Outra alteração observada foi que a freqüência e o volume urinário tiveram aumento 
significativo, deixando as gestantes satisfeitas com o resultado final. 
Santos et al. 2 também realizou um estudo com resultados satisfatórios onde 
houve a participação de 6 gestantes no último trimestre de gestação. Para realização do 
mesmo, foi realizada uma única sessão de drenagem linfática manual em todas as 
participantes. Foi realizado a perimetria em membros inferiores antes e depois do 
atendimento e observou-se redução da perimetria de até 2 cm por local demarcado, 
sendo que em cada membro inferior foram feitas cinco marcações. 
Em seu estudo de caso, Piccinin et al.16 confirmou os benefícios da drenagem 
linfática manual na reabsorção do líquido intersticial, sendo uma forma de tratamento 
eficaz no edema gestacional. 
A utilização dessa técnica traz diversos benefícios como melhora da circulação e 
oxigenação dos tecidos, acelera o processo de cicatrização aumentando a reabsorção de 
hematomas e equimoses11 . 
No estudo feito por Oliveira e César17, com a utilização da técnica de drenagem 
linfática manual foi possível mais uma vez comprovar a redução na perimetria e do 
volume em membros inferiores tratados, drenando os líquidos excedentes que banham 
as células e mantendo o equilíbrio hídricodos espaços intersticiais a fim de conter o 
edema em um nível confortável. 
O sistema linfático tem uma função de drenar fluídos intersticiais e proteínas, os 
quais são devolvidos ao sistema circulatório por meio dos vasos linfáticos. Também 
realiza transporte de lipídios e proteínas lipossolúveis18 . 
Portanto, o sistema linfático é formado por capilares linfáticos, linfonodos e 
órgãos linfóides, incluindo tonsilas, baço, timo e amídalas. Ele possui quatro funções 
específicas e primordiais: devolver o plasma e as proteínas plasmáticas que extravasam 
dos vasos a circulação sanguínea; prevenir a formação de edemas; regular homeostase 
11 
 
extracelular; dificultar a disseminação de infecções ou células malignas nos linfonodos, 
eliminando bactérias e substâncias desconhecidas13 . 
Leduc cita as quatro manobras principais da drenagem linfática manual, a 
drenagem dos linfonodos. Existem também os movimentos circulares, movimentos 
combinados. E por fim a manobra de bracelete, que é a mais utilizada quando o edema 
atinge grandes proporções19 . 
No estudo feito por Godoy14, a drenagem linfática manual é uma técnica de 
extrema importância para redução do edema. Para o autor, diversos materiais além das 
mãos podem ser utilizados como facilitadores para exercer uma pressão externa, como o 
uso de um rolete no membro afetado. O resultado encontrado foi satisfatório quando há 
uma junção da drenagem linfática manual junto com um instrumento para realizar a 
pressão no local. 
Não devemos esquecer que a drenagem linfática manual como qualquer outra 
técnica possui suas contra indicações. Ela está totalmente contra indicada em casos de 
tumores malignos, na tuberculose, em infecções agudas, reações alérgicas, em edemas 
sistêmicos de origem cardíaca e renal. A técnica de drenagem linfática manual também 
possui contra indicações relativas em casos de hipertiroidismo, asma, bronquite, flebite 
e trombose venosa profunda18 . 
A técnica de drenagem linfática manual tem como objetivo diminuir o edema, 
para manter ou restaurar a função além do aspecto do membro, prevenindo e tratando as 
alterações no local afetado. A drenagem linfática manual torna possível a aceleração do 
retorno venoso ao coração. Essa técnica é indicada na prevenção e tratamento de 
edemas, linfedemas, fibroedemas, queimaduras, enxertos, gravidez, varizes entre 
outros20 . 
Confirmando a eficácia da drenagem linfática manual em gestantes, Oliveira21 
realizou um estudo com uma gestante na 21ª semana de gestação, onde foram realizadas 
sessões de drenagem linfática manual em duas gestantes. A gestante estava com edema 
presente em extremidades de membros inferiores e membros superiores. O resultado do 
estudo foi satisfatório, pois a mesma relatou grande melhora, principalmente em mãos e 
pés, sendo que antes da realização da drenagem linfática manual ela estava com 
dificuldades em realizar suas atividades de vida diária e depois das sessões sentiu um 
grande bem estar . 
12 
 
A técnica de drenagem linfática manual em gestante é realizada principalmente 
nos membros inferiores sendo importante salientar que técnicas utilizadas na drenagem 
linfática manual são superficiais, feitas de uma forma contínua e lenta, para a linfa ser 
conduzida de maneira rítmica e progressiva. A pressão deve ser leve e suave, superando 
a pressão interna fisiológica, podendo chegar entre 25 a 40 mmHg nos grandes vasos 
linfáticos. O cuidado com a intensidade da pressão visa à preservação da integridade dos 
tênues capilares20 . 
Spaggiari4, realizou um estudo com 20 gestantes após a 28ª semana de gestação 
utilizando a drenagem linfática manual. Foram realizados três tipos de movimentos, 
sendo o deslizamento profundo, que consiste em exercer uma pressão e um 
deslocamento da mesma seguindo a direção centrípeta dos vasos linfáticos. O outro 
movimento realizado foi o deslizamento superficial, realizado da mesma forma que o 
anterior, porém com uma pressão menor. O último movimento foi o bombeamento ou 
manobra ganglionar, que se baseia em três compressões suaves realizadas com a face 
palmar do 2º ao 5º dedo das mãos do fisioterapeuta sobre os gânglios linfáticos. Nesse 
estudo foi avaliado o grau de edema gestacional, a PA e um questionário para avaliar a 
dor relacionada ao formigamento e inchaço. Ao final obteve-se resultado satisfatório na 
redução do edema, houve uma pequena redução da PA das gestantes e uma melhora 
significativa da dor. 
É preferível que a mulher gestante se deite em decúbito lateral esquerdo, pois 
ocorre uma melhora da circulação sanguínea, e nesta posição não há obstrução das 
grandes veias abdominais e o sangue que se acumula nas extremidades inferiores 
retornará com mais facilidade a circulação sistêmica. Não é aconselhável que a gestante 
se deite em posição supina, pois pode ocorrer alterações hemodinâmicas como 
compressão dos vasos abdominais e pélvicos, diminuindo o retorno venoso ao coração 
direito e prejudicando o fluxo útero-placentário7 . 
É importante salientar que com a elevação do segmento corporal a técnica de 
drenagem linfática manual ocorre de maneira facilitada. O paciente deverá ficar em 
posicionamento adequado, que seria de 15 a 20°, ou não obterá um bom retorno 
linfático22 . 
Recomenda-se que não devemos utilizar nenhuma técnica de drenagem linfática 
manual no abdômen da mulher gestante, pois as manobras poderiam estimular 
contrações uterinas, e essas podem levar a um aborto espontâneo. Outro cuidado que 
13 
 
deve ser tomado para se utilizar essa técnica em gestantes é quanto ao número de vezes 
semanais que será realizada a técnica, sendo recomendadas duas a três sessões semanais 
para não sobrecarregar o sistema linfático da gestante4 . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A drenagem linfática manual realizada de maneira adequada vem se mostrando 
eficaz e satisfatória para as mulheres gestantes. Estudos comprovaram que a drenagem 
linfática manual leva a gestante a ter uma diminuição significativa do edema gestacional 
e alívio significativo dos sintomas de dor, formigamento, inchaço. Além disso, essa 
técnica mostrou-se eficaz para um relaxamento da paciente, havendo diminuição da 
freqüência respiratória, freqüência cardíaca e da PA dessas pacientes. 
Seria interessante para estudos futuros comparar gestantes que iniciam a 
drenagem linfática manual em tempos diferentes, buscando uma que inicie no 3º mês de 
gestação, onde ainda não se tem edemas e nem dores musculares presentes, e uma 
gestante que comece a drenagem linfática manual após o 6º mês de gestação, onde já se 
têm edemas e as dores musculares presentes. Esse estudo seria interessante para reforçar 
a importância da drenagem linfática manual, mostrando os benéficos daquela que 
iniciou as sessões no começo da gestação. 
Dessa forma a fisioterapia na abordagem desse problema vem utilizando com 
freqüência a técnica de drenagem linfática manual, como meio de prevenção das 
possíveis alterações que podem ocorrer e também como solução das alterações que já 
tiverem se manifestado. 
Assim a utilização da técnica de drenagem linfática manual realizada de maneira 
correta, melhora os desconfortos, danos funcionais e até mesmo estéticos, 
proporcionando a gestante um enorme bem estar e melhora da qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. Silva MD, Brongholi K. Drenagem linfática corporal no edema gestacional. Revista 
Interbio. v.1, n.2. Dourados: Jan./Jun. 2007. 
2. Santos FP, et al. Análise comparativa da drenagem linfática manual e inelastoterapia 
aplicadas no edema gestacional em membros inferiors. 2009. Disponível em: 
<HTTP//www.inelastoterapia.com.br/pdf/Inelastoterapia_Alexandre.pdf.>.Acesso em: 
25/10/2012. 
 
3. Leduc A, Leduc O. Drenagem limfática : teoria e prática. 2a ed. São Paulo: Manole, 
2000. 
 
4. Spaggiari CW. O efeito da drenagem linfática manual em gestantes no final da 
gravidez. 2008. 76f. Dissertação de mestrado: (Mestrado em tocoginecologia, área de 
ciências biomédicas) Universidade Estadual de Campinas UNICAMP, Campinas SP, 
2008. 
 
5. Cardoso CM, et al. Drenagem linfática manual de membros inferiores de uma 
paciente no terceiro trimestre de gestação. 2003. Disponível em: <HTTP//www.fisio-
tb.unisul.com.br/Tccs/036/caroline/artigocarolinemazoncardoso.pdf>. Acesso em 
25/10/2012. 
 
6. Polden M, Mantle J. Fisioterapia em ginecologia e obstetrícia. São Paulo: Santos 
livraria editor, 2002. 442p. 
 
7. Baracho E. Fisioterapia aplicada à Obstetrícia, Uroginecologia e Aspectos de 
Mastologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 579p. 
 
8. Guyton AC, Hall JE. Tratado de fisiologia médica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan. 2002. 970p. 
 
9. Conti MHS, et al. Desconfortos músculo-esqueléticos da gestação – Uma visão 
obstétrica e fisioterápica. Femina. v.31, n.6, p.531-535, 2003. 
 
10. Mollart L. Pregnancy edema, emotions and reflexology. The jornal of the

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