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Aula 16 - 24 10 2017

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DIREITO DO TRABALHO I – AULA 16 – 24.10.2017
CONTINUAÇÃO
2) Equiparação salarial: art. 461, da CLT. Essa definição do que seria equiparação salarial é complementada pela doutrina e pela jurisprudência.
“Igual valor”:
Realizado com igual produtividade;
Mesma perfeição técnica;
Não pode existir tempo de casa superior a 2 anos entre os trabalhadores;
Exceção à equiparação salarial: art. 461, §2º. Não se aplica a equiparação quando a empresa estiver organizada em quadro de carreiras.
Estudar em casa a Súmula 6, do TST.
ALTERAÇÕES DO CONTRATO DE TRABALHO
Alteração contratual nem sempre significa prejuízo ao trabalhador. E mais do que isso, o mercado e sua dinâmica exigem que as alterações sejam feitas com certa frequência.
Por regra, só são aceitas alterações quando amis vantajosas aos trabalhadores, em observância ao Princípio da condição mais benéfica (Súmula 51, TST).
Classificação doutrinária: 
Alterações obrigatórias: aquela que não depende da vontade das partes. Somos obrigados a obedecer o que dita a lei, a decisão judicial e também a norma coletiva. Por exemplo, a lei estabelece uma nova base de cálculo para o imposto de renda.
Alterações voluntárias: aquela que depende da vontade das partes. Subdivide-se em:
Voluntárias bilaterais: é aquela que depende de mútuo consentimento, arts. 10 e 468, da CLT. Além do mútuo consentimento, tem que existir necessidade da alteração contratual e, ainda, a verificar de ausência de prejuízo direto ou indireto.
Voluntárias unilaterais: são as alterações que o empregado ou o empregador promovem sem a necessidade de concordância da outra parte. Por exemplo, concessão de vantagem isenta de contrapartida, vantagens que decorrem de anuência presumida, direito patronal diretivo (concessão de férias coletivas).
OBS: ligado ao poder diretivo do empregador. Do outro lado do poder diretivo, existe o direito de resistência do empregado, que significa que existe uma forma de desobediência que é legítima ao empregado. Isso acontece quando ele tenta proteger um bem seu ou a sua dignidade. Isso tem fundamento na CLT em seu art. 483.
Alterações funcionais:
Acúmulo funcional: é uma situação que ocorre depois da contratação quando um empregado recebe um conjunto adicional de funções, ou tarefas, restando urgente a análise de anuência e não prejuízo para a sua validade.
Promoção: toda promoção representa um acúmulo funcional, mas nem todo acúmulo é uma promoção, porque a promoção tem o elemento do reconhecimento. É um acúmulo que representa a evolução do contrato, então tem que existir a questão do mérito. Dependendo da promoção, há a necessidade de anuência do empregado.
Rebaixamento: é o contrário da promoção. O rebaixamento é proibido no direito trabalhista brasileiro, e mais, se ocorrer, é passível de ser cobrada uma indenização.
Reversão: art. 468, parágrafo único. É quando o empregado que estava em cargo de confiança volta para o cargo efetivo. Esse tipo de alteração é lícita.
Readaptação: é uma mudança de função que está diretamente ligada a um procedimento do INSS. Por exemplo, acidente e doença.
Alterações de lugar: essa é a única alteração contratual que tem uma sistemática na CLT, nos arts. 469 e 470. Ela é classificada de 3 modos:
Transferências: implica em mudança de domicílio do empregado.
Realocações: é mudança de lugar de trabalho, sem, no entanto, mudança de domicilio do empregado.
Remoções: é a mais simples mudança de local de trabalho. Por exemplo, quando se muda apenas o bairro do local onde o empregado trabalha.
O TST entende que, toda vez que houver uma remoção proposta por parte do empregador, ele tem que arcar com os custos adicionais do empregado. Quando a iniciativa da remoção é do empregado, presume-se que ele já está fazendo uma alteração mais favorável para ele. Súmula 29, TST. Também serve para realozação.
Todo caso de transferência devem ser pagos os custos adicionais do empregado.

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