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recursos humanos- subsistemas aula 4

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DISCIPLINA: 
GESTÃO DE RECURSOS 
HUMANOS 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Carolina Walger 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
O trabalho é a maior expressão transformadora do homem. Sem ele não 
teríamos invenções, descobertas e formas diferentes de produzir; em síntese, o 
progresso e a geração de riqueza. O novo paradigma é agregar valor. E é neste 
novo conceito que aponta o trabalho como uma atividade mais agradável, 
desafiadora e recompensadora, necessitando de um ambiente físico que ofereça 
condições, para desempenhar as atividades com segurança, conservando sua 
saúde dos funcionários e priorizando a sua qualidade de vida. 
Nesta aula sobre retenção de pessoas, entraremos em um mundo onde é 
necessário entender as condições físicas, psicológicas, sociais e materiais que 
caracterizam o ambiente de trabalho. Tudo está inter-relacionado, por isso é 
importante entender os conceitos de segurança, higiene, ergonomia, processos 
psicossociais, qualidade de vida no trabalho (QVT), estresse. 
Esses conhecimentos o conduzirão a entender e verificar como, hoje, o processo 
de reter pessoas está intimamente relacionado às condições físicas e sociais 
que o gestor irá encontrar no seu lugar de trabalho. 
Considerando as significativas mudanças no mercado de trabalho, que se torna, 
muitas vezes, mais complexo, rápido e turbulento a cada dia, e tendo em conta 
a eminente busca por uma melhor qualidade de vida por parte dos trabalhadores 
de todos os níveis, fica a cada instante mais evidente a necessidade de as 
organizações cuidarem de seus talentos, bem como empreenderem esforços no 
sentido de captar, desenvolver e reter o capital humano. 
Afinal, qual é o segredo para a retenção de talentos? Um dos caminhos é ter um 
ambiente de trabalho que seja considerado excelente para os funcionários. A 
qualidade de vida no trabalho é um assunto muito abordado no atual ambiente 
das organizações e é um fator de grande importância na retenção de novos 
talentos e manutenção dos talentos já existentes. 
 
 
 
 
 
 
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Tornar os ambientes mais agradáveis, saudáveis e seguros é um objetivo que 
demanda conhecimento e necessidade por parte dos gestores e das empresas. 
Vamos, então, começar... e lembre-se: de todas as formas, você vivenciará ou 
já vivenciou todos os aspectos que de forma conceitual trabalharemos nessa 
aula. 
Assista ao primeiro vídeo com da professora Carolina no material on-line! 
Lá você terá mais detalhes da aula de hoje! 
 
 
CONTEXTUALIZANDO 
A maior parte da vida de uma pessoa é passada na organização onde trabalha. 
Significa que além de sua casa, é na a empresa que você passa a maior parte 
do tempo, onde surgem relações, problemas, planos, frustrações e doenças. É 
necessário, por isso, entender o que significa, por exemplo, higiene e segurança 
no trabalho, suas relações, sua dinâmica com a prática diária e as 
consequências de não observá-las. 
 
Podemos arriscar a dizer que sem condições físicas, psicológicas, ambientais e 
sociais, se torna difícil ou não é possível a prática profissional. 
Pense na sua empresa e em outras muitas e perceba a importância dos temas 
que vamos tratar. Boas condições de trabalho são necessárias para o 
desempenho do profissional do funcionário. 
 
 
 
 
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Administrar pessoas implica em responsabilidades legais e morais. Ou seja, é 
necessário assegurar que o local de trabalho esteja livre de riscos que, em algum 
momento, possam pôr em perigo a segurança física e/ou psicológica dos 
trabalhadores. É importante oferecer condições de trabalho que evitem prejuízos 
que acarretam custos à empresa e insatisfação e desmotivação por parte dos 
funcionários. 
O ambiente de trabalho deve proporcionar condições favoráveis para que as 
condições físicas e psicológicas dos trabalhadores sejam preservadas, evitando 
impactos físicos e/ou emocionais que reduzam substancialmente a 
produtividade. 
 
Problematização 
Minimizar as condições perigosas nos processos produtivos depende, 
principalmente, de saber identificar os fatores de risco que podem ocasionar 
acidentes e, consequentemente, atrasos na produção. Aproveite a oportunidade 
e inicie sua preparação como gestor responsável. O quadro a seguir apresenta 
uma classificação de riscos. Observe seu ambiente de trabalho e liste os fatores 
de risco nele existentes, classificando-os como no quadro. 
 
Riscos físicos Riscos químicos Riscos biológicos Riscos ergonômicos 
 
 
 
 
 
Agora, responda: o clima organizacional da empresa, do local de trabalho, a 
hostilidade entre as pessoas, as queixas contínuas e baixos salários aumentam 
o risco de acidentes? 
Anote suas impressões e, depois, compare-as com este direcionamento da 
professora! 
Dentre as variáveis que afetam o clima organizacional de uma empresa, a 
segurança, as condições do trabalho e um bom ambiente de trabalho colaboram 
com a satisfação e as expectativas das pessoas. 
 
 
 
 
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Quando se consegue criar um bom clima, há um aumento da eficácia e 
consequentemente de produtividade. Isso é fruto das políticas e ações da 
organização, em consonância com as necessidades dos funcionários, 
proporcionando a satisfação de suas necessidades, sua segurança, 
equipamentos apropriados, e direcionando seus comportamentos. 
 
Confira as considerações da professora Carolina quanto a esta questão 
que acabamos de ver... No material on-line! 
 
 
HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO 
Breve histórico da segurança no trabalho: mundo e Brasil 
Vamos entender a importância destes conceitos e suas aplicações. Para isso é 
importante conhecer brevemente a história da segurança no trabalho, no Brasil. 
De acordo com Pereira (2001), a saúde dos trabalhadores em um posto de 
trabalho é resultado das conquistas obtidas com as leis trabalhistas. Grande 
parte das primeiras indústrias não apresentava condições mínimas de garantia 
à saúde do trabalhador, pois eram localizadas em imensos galpões, armazéns 
velhos, com pouca iluminação, ventilação deficiente e sujeira. 
O tema da saúde do trabalhador ganhou força e importância com a Revolução 
Industrial. O foco dos empregadores era o lucro a qualquer preço, e com esse 
intuito ofereciam aos operários as mínimas condições de trabalho (PEREIRA, 
2001). 
Pereira (2001) explica que alguns fatores levam a acreditar que os altos índices 
de acidentes de trabalho eram ocasionados em função de: 
 Postos de trabalho inadequados e deficientes; 
 Ferramentas utilizadas de maneira imprópria e/ou em más condições; 
 Extensas jornadas de trabalho; 
 Ausência de pausas para descanso; 
 Falta de treinamento para execução das tarefas; 
 Ritmos excessivos de produtividade, dentre tantas outras causas. 
 
 
 
 
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Desses fatores surgiu a necessidade de criar leis para proteger a saúde e o bem-
estar do trabalhador. A primeira lei de proteção aos trabalhadores foi aprovada 
em 1802, na Inglaterra. 
À medida que os empregadores perceberam a relação entre o aumento da 
produtividade e as melhores condições de trabalho, passaram a dar mais 
atenção a essa causa, de modo que outros benefícios surgiram lenta e 
gradativamente. 
Um movimento em prol da saúde tornou-se necessário nas fábricas, surgindo, 
então, a figura do médico do trabalho, cujo papel era adotar medidas preventivas 
ocupacionais por meio de exames médicos admissionais e periódicos 
(PEREIRA, 2001). 
Em 1919, foi criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com a 
finalidade de promover a melhoria das condições de trabalho,bem como garantir 
os direitos ao trabalhador. Em 1950, estruturou-se um comitê misto da OIT com 
a Organização Mundial da Saúde (OMS), que aprovou uma resolução definindo 
as primeiras funções da medicina do trabalho; promover e manter o alto nível de 
bem-estar físico, mental e social do trabalhador em todas as profissões e auxiliar 
a adaptação do trabalho ao homem e de cada homem à sua tarefa. 
Contudo, somente entre 1953 e 1959 a OIT, atualmente vinculada à Organização 
das Nações Unidas (ONU), aprovou a necessidade da operação da medicina do 
trabalho no âmbito ocupacional. Dessa forma, foram definidas as ações e os 
serviços que os médicos dessa especialidade deveriam prestar aos 
empregadores e empregados (PEREIRA, 2001). 
De acordo com Pereira (2001), o Brasil, na condição de país colonizado, e com 
desenvolvimento tecnológico tardio, preocupou-se com a saúde do trabalhador 
a partir do surgimento de epidemias como febre amarela, cólera e peste, que 
matou dezenas de trabalhadores, ocasionando prejuízo para a economia da 
época. 
 
É durante o ciclo do café que ocorre a divisão internacional do trabalho e a saúde 
pública volta-se para o combate das epidemias. A classe trabalhadora dá início 
aos movimentos sociais de luta por seus direitos, organizando-se em greves, 
como as de 1907, 1912, 1917 e 1920. 
 
 
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Em decorrência dessas manifestações e da insatisfação da classe, foram 
surgindo leis objetivando a regulamentação da questão da higiene e segurança 
do trabalhador em seu ambiente de trabalho, assim como o surgimento do 
primeiro médico de fábrica, no Brasil. 
 
Lei n. 3.724/19 – compreende a intervenção do Estado nas condições de 
trabalho no Brasil. 
Decreto n. 16.027/23 – cria o Conselho Nacional do Trabalho para Previdência 
Social. 
Decreto n. 19.433/30 – cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, tendo 
como área de atuação a Higiene e a Segurança do Trabalho, conforme o artigo 
200 da Constituição Federal de 1988. 
Em 1934 criou-se a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho. 
Em 1943 houve a implantação do Código de Legislação Trabalhista – CLT, o 
qual vem regulamentar todas as normas trabalhistas determinando os direitos e 
deveres de empregador e empregado, não só no que diz respeito à segurança 
do trabalho, como também à jornada de trabalho, salário, previdência social, 
aposentadoria. 
Decreto-lei n. 7.036/44 – institui o seguro obrigatório ao trabalhador acidentado 
e a constituição de comissão interna para representar os trabalhadores no que 
concerne a higiene e segurança no trabalho, em empresas com mais de 100 
(cem) empregados. 
 
 
HIGIENE DO TRABALHO 
Segundo Chiavenato (2010), a higiene do trabalho pretende garantir um 
ambiente de trabalho saudável e seguro: 
Refere-se a um conjunto de normas e procedimentos que visa proteção da 
integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde 
inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. 
Relaciona-se com o diagnóstico e a prevenção das doenças ocupacionais a 
partir do estudo e controle de duas variáveis, o homem e o seu ambiente de 
trabalho. 
 
 
 
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Relaciona-se também com a busca de condições de trabalho saudáveis e 
higiênicas. 
 
Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no desenvolvimento 
das suas tarefas diárias. 
De acordo com o site, Portal da Educação, os principais tipos de risco 
ambiental que afetam os trabalhadores de um modo geral, estão separados 
em: 
 
Riscos físicos 
Os fatores físicos do ambiente de trabalho interferem diretamente no 
desempenho de cada trabalhador e na produção obtida pelo que se justifica a 
sua análise com o maior cuidado. 
 
 
Riscos químicos 
Substâncias químicas, utilizadas nos processos de produção industrial, são 
lançadas no ambiente de trabalho através de processos de pulverização, 
fragmentação ou emanações gasosas. Essas substâncias podem apresentar se 
nos estados sólido, líquido e gasoso. 
 
 
Riscos biológicos 
Relacionam-se com a presença de microrganismos no ambiente de trabalho, 
como bactérias, vírus, fungos, bacilos, etc., normalmente presentes em alguns 
ambientes de trabalho, como hospitais, laboratórios de análises clínicas, coleta 
de lixo, indústria do couro, tratamento de efluentes líquidos. 
 
 
 
 
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Riscos ergonômicos 
Verifica-se, algumas vezes, que os postos de trabalho não estão bem adaptados 
às características do operador, quer quanto à posição da máquina com que 
trabalha, quer no espaço disponível ou na posição das ferramentas e materiais 
que utiliza nas suas funções. Trataremos o tema da ergonomia e o porquê da 
sua necessidade mais adiante. 
 
 
 
Conhecendo os riscos e todas suas consequências, é importante saber e ter em 
conta os principais aspectos de higiene do trabalho que estão relacionados, de 
acordo com Chiavenato (2010, p. 471) com: 
Ambiente físico de trabalho 
 Iluminação: luminosidade adequada para cada tipo de atividade 
 Ventilação: remoção de gases, fumaça e odores desagradáveis, assim 
como o afastamento de possíveis fumantes; utilização de máscaras 
 Temperatura: manutenção de níveis adequados de temperatura 
 Ruídos: eliminação de ruídos, utilização de protetores de ouvido 
 Conforto: ambiente agradável e aconchegante 
 
Ambiente psicológico de trabalho 
 Relacionamentos humanos agradáveis 
 Atividade agradável e motivadora 
 Estilo de gestão democrática e participativa 
 Eliminação de possíveis fontes de estresse 
 Comprometimento pessoal e emocional 
 
 
 
 
 
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Aplicação de princípios de ergonomia 
 Máquinas e equipamentos adequados às características humanas 
 Mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas 
 Ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano 
 
Saúde ocupacional 
 Ambiente facilitador das relações interpessoais 
 Melhoria da produtividade 
 Redução de absenteísmo, acidentes, doenças e rotatividade 
 
Um ambiente de trabalho agradável facilita as relações interpessoais, melhora a 
produtividade e reduz acidentes. 
Contudo, os riscos de saúde como riscos físicos e biológicos, tóxicos e químicos, 
assim como condições estressantes de trabalho, podem provocar riscos de 
acidentes no trabalho, o que leva as empresas e os gestores a pensar e 
implantar e praticar ações que cuidam da segurança e da saúde dos 
funcionários. 
 
Segurança no trabalho 
Para Wachowicz (2009), a segurança no trabalho pode ser entendida como o 
conjunto de medidas que adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, 
as doenças ocupacionais, em como proteger a integridade e a capacidade 
laboral. 
A segurança no trabalho está relacionada com a prevenção de acidentes e com 
a administração de riscos ocupacionais. Sua finalidade é profilática, no sentido 
de antecipar-se para que os riscos de acidente sejam minimizados. 
Além disso, as condições de segurança, higiene e saúde no trabalho constituem 
o fundamento material de qualquer programa de prevenção de riscos 
profissionais e contribuem, na empresa, para o aumento da produtividade com 
diminuição dos acidentes. 
Ainda nos conceitos, vejamos que aspectos envolvem a segurança no trabalho: 
 Prevenção de acidentes 
 Prevenção de incêndios 
 Prevenção de roubos 
 
 
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Mais adiante, vamos ver cada um deles, mas, por hora, é importante conhecer 
o que significa acidente, dentro do tema que estamos estudando. 
 
O National Safety Council define acidente como uma ocorrência em uma série 
de fatos que, semintenção, produz lesão corporal, morte ou dano material. 
Essas definições consideram o acidente como um fato súbito, inesperado, 
imprevisto e não premeditado. Os acidentes de trabalho são classificados em: 
 
Acidente sem afastamento 
 Após o acidente a pessoa continua trabalhando e sem qualquer sequela 
ou prejuízo considerável. 
Acidente com afastamento 
O acidente impede que a pessoa continue suas atividades: 
 Incapacidade temporária 
 Incapacidade parcial permanente 
 Perda de qualquer membro ou parte do mesmo 
 Redução da função de qualquer membro ou parte do mesmo 
 Perda da visão ou redução funcional de um olho 
 Perda da audição ou redução funcional de um ouvido 
 Quaisquer outras lesões orgânicas, perturbações funcionais ou psíquicas 
que resultem em redução de menos de três quartos da capacidade de 
trabalho 
Incapacidade permanente total 
Provoca a perda total em caráter permanente da capacidade de trabalho. 
 
Basicamente, existem duas causas principais de acidentes: 
Condições inseguras 
 São as principais causas dos acidentes de trabalho: 
 Equipamento sem proteção 
 Equipamento defeituoso 
 Procedimentos arriscados em máquinas ou equipamentos 
 Armazenamento inseguro, sobrecarregado 
 Iluminação deficiente ou imprópria 
 
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 Ventilação imprópria (temperatura elevada ou muito baixa; Condições
física ou mecânicas inseguras constituindo-se em zonas de perigo)
Atos inseguros 
 As pessoas causam acidentes. Os atos inseguros das pessoas são:
 Carregar materiais pesados inadequadamente
 Trabalhar a velocidades muito rápidas ou muito lentas
 Utilizar esquemas de segurança inoperantes
 Usar equipamentos inseguros e usá-los inadequadamente
 Não usar procedimentos seguros
 Subir em escadas ou degraus depressa
 Distrair, negligenciar, brincar, arriscar, abusar etc.
É fundamental reduzir a possibilidades de acidentes dentro da empresa. As 
condições inseguras e os atos inseguros – certas características pessoais – 
causam acidentes que colocam em perigo a segurança dos funcionários. 
Prevenir acidentes é função e missão de todos. 
Leitura obrigatória 
Complete seus estudos sobre higiene e segurança do trabalho lendo: ”A 
importância dos programas de segurança na empresa”. p. 32 a 36 
Segurança e Higiene do trabalho (Organizador: Celso Augusto Rossete). São 
Paulo: Perarson. Coleção Bibliografia Universitária Pearson, 2014. 
Saiba Mais 
Assista ao vídeo: Pato Donald – Como sofrer um acidente de 
trabalho: https://vimeo.com/236453588
Sobre este tema de estudos, assista também ao vídeo da professora Carolina, 
que está no material on-line! 
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SAÚDE NO TRABALHO 
Segundo Chiavenato (2010), uma maneira de definir saúde é a ausência de 
doenças. Contudo, os riscos de saúde no desenvolvimento das atividades 
profissionais, como riscos físicos e biológicos, tóxicos e químicos, bem como 
condições estressantes de trabalho podem provocar riscos no trabalho. 
O ambiente de trabalho em si também pode provocar doenças. 
Esta definição prioriza as relações entre corpo, mente e padrões sociais. A saúde 
de uma pessoa pode ser prejudicada por doenças, acidentes ou estresse 
emocional. 
Com este panorama, é importante que os gestores assumam também a 
responsabilidade de cuidar do estado geral da saúde dos funcionários, incluindo 
logicamente seu bem-estar psicológico. 
Um funcionário competente, mas em depressão e ou com baixa autoestima, 
pode ser tão improdutivo como um funcionário que está doente ou hospitalizado. 
A Lei n. 24/94 instituiu o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, 
que exige: 
 Exame médico pré-admissional;
 Exame médico periódico;
 Exame de retorno ao trabalho (no caso de afastamento superior a 30
dias);
 Exame de mudança de função – transferência;
 Exame médico demissional (15 dias antes do desligamento).
Além destes exames exigidos por Lei, o Programa de Medicina Ocupacional 
realiza também: 
 Programas de proteção à saúde dos funcionários;
 Palestras de medicina preventiva;
 Elaboração do mapa de riscos ambientais;
 Relatório anual e arquivos de exames médicos com avaliação clínica;
 Exames complementares, visando a qualidade de vida dos funcionários e
maior produtividade da organização.
 
 
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Empresas interessadas em um bom desempenho de seus funcionários 
preocupam-se em criar programas de saúde ocupacional, garantindo, dessa 
forma, um alto rendimento profissional; assim como afastam de sua 
administração o aumento dos afastamentos por doença, aumento de custos de 
seguro, aumento de absenteísmo, rotatividade e baixa produtividade. 
Um programa de saúde ocupacional deve seguir as seguintes etapas: 
 Estabelecimento de um sistema de indicadores, onde constem 
estatísticas de afastamento e doenças; 
 Desenvolvimento de sistemas de relatórios médicos; 
 Desenvolvimento de procedimentos e regras para prevenção médica; 
 Recompensa aos gestores pela administração eficaz no que se refere à 
saúde ocupacional. 
 
Qual é o papel da ergonomia para a saúde? 
 
 
No Tema 1, conhecemos os riscos ergonômicos. Estes profissionais contribuem 
para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, 
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produtos, ambientes e sistemas dentro da organização, de modo a torná-los 
compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas. 
Em agosto de 2000, a Associação Internacional de Ergonomia (IEA) adotou a 
seguinte definição considerada oficial: 
“A ergonomia (ou fatores humanos) é uma disciplina científica relacionada ao 
entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou 
sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim 
de otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema.” 
Fonte: Abergo. 
A adoção aumenta a eficiência humana no momento em que se tomam decisões 
que marcam caminhos, para a correção das ações ou uso de equipamentos, 
causadores de acidentes ou doenças físicas ou mentais. 
O campo de atuação da ergonomia é extenso, abrangendo tudo que fazemos e 
que nos rodeia, desde a disposição do mobiliário e dos materiais de um pequeno 
escritório, até a planta do mais alto edifício ou parque industrial, passando por 
detalhes, como altura de mesas, cadeiras, formato de tesoura, ruído e 
temperatura de ambientes e uma infinidade de fatores que podem dificultar ou 
facilitar a vida das pessoas (IIDA, 2003). 
O objetivo prático da ergonomia é efetuar as adaptações do lugar de trabalho, 
dos instrumentos, das máquinas, dos horários e de tudo o necessário para o 
exercício da função a fim de evitar doenças ocupacionais e acidentes de 
trabalho. 
A ergonomia preocupa-se também, com as condições gerais de trabalho, tais 
como iluminação, ruídos e temperatura do local, que geralmente são conhecidas 
como agentes causadores de males na área de saúde física e mental. 
O importante é que através do estudo das situações procura-se traçar os 
caminhos para a correção, no sentido de aumentar a eficiência humana através 
de dados que permitam que se tomem decisões lógicas. 
De maneira geral, os domínios de especialização da ergonomia são: 
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Ergonomia física 
Inclui o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos 
repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho, projeto de 
posto de trabalho, segurança e saúde. 
Ergonomia cognitiva 
Refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e 
resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros 
elementos de um sistema. 
Ergonomia organizacional 
Concerneà otimização dos sistemas sociotécnicos, incluindo suas estruturas 
organizacionais, políticas e de processos. 
Muitas empresas já buscam a melhoria da qualidade do trabalho dos 
empregados e estabelecem uma série de programas como forma de incentivar 
a saúde do trabalhador. Nas grandes cidades e áreas mais industrializadas, os 
gestores conscientes dos futuros problemas estão investindo e colocando em 
prática estes programas. Preocupam-se também em realizar estudos sobre as 
vantagens da ergonomia para a melhoria da produção nas suas organizações. 
Se por um lado, o uso da ergonomia pode sugerir maior gasto, por outro 
representa uma economia para a empresa e como consequência, a melhoria da 
saúde do trabalhador e da sociedade. 
Estresse no trabalho 
Para Chiavenato (2010), estresse é um conjunto de reações físicas, químicas e 
mentais de uma pessoa decorrente de estímulos ou estressores que existem no 
ambiente; é uma condição dinâmica que surge quando uma pessoa é 
confrontada com uma oportunidade, restrição ou demanda relacionada com o 
que ele deseja. 
O estresse é a soma de perturbações orgânicas e psíquicas provocadas por 
diversos agentes agressores, tais como traumas, emoções fortes, fadiga, 
exposição a situações conflituosas e problemáticas. 
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A falta de perspectiva no trabalho de progresso profissional e a insatisfação 
pessoal, não somente derrubam o bom humor das pessoas como também 
provocam estresse no trabalho. 
Existem duas fontes principais de estresse no trabalho... interaja com a imagem 
e conheça: 
Causas ambientais 
Envolvem uma variedade de fatores externos e contextuais que podem conduzir 
ao estresse no trabalho. Por exemplo: programação de trabalho intensivo, falta 
de tranquilidade no trabalho, insegurança no trabalho, fluxo interno de trabalho 
e o número e natureza dos clientes internos a serem atendidos. 
Causas pessoais 
Envolvem uma variedade de características individuais que predispõem ao 
estresse. Cada pessoa reage sob diferentes maneiras na mesma situação aos 
fatores ambientais que produzem o estresse. 
O estresse no trabalho produz sérias consequências, tanto para o 
trabalhador como para a organização, tais como. 
Leitura Obrigatória 
Acesse a obra a seguir e leia as páginas 94 a 105: 
WACHOVICZ, Marta Cristina. Segurança, saúde e ergonomia. Curitiba: Ibpex, 
2007. 
Você anda estressado? Quer descobrir quanto? Acesse e faça o teste: 
http://www.ismabrasil.com.br/testes/teste-seu-nivel-de-stress 
Não perca esta oportunidade, assista ao vídeo “Saúde e Segurança do Trabalho 
- Faça a Escolha Certa”... é uma interessante animação.
https://www.youtube.com/watch?v=HMF7Av_lT8s 
Sobre este tema de estudos, assista também ao vídeo da professora Carolina, 
você confere lá no material on-line! 
 
 
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QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT) 
1. É possível ter qualidade de vida no trabalho? 
2. Ela proporciona uma maior participação por parte dos funcionários? 
3. Existe alguma relação entre QVT e eficácia organizacional? 
4. Um programa de QVT busca uma organização mais humanizada que 
proporciona condições de desenvolvimento de desenvolvimento pessoal 
e profissional? 
 
Acreditamos que poderá responder a todos estes questionamentos ao 
final deste tema, e entenderá a importância da prática da QVT nos 
processos produtivos da empresa. 
 
 
A expressão Qualidade de Vida no Trabalho foi cunhado por Louis Davis, na 
década de 1970. Para ele, o conceito de QVT refere-se à preocupação com o 
bem-estar geral e a saúde dos trabalhadores no desempenho de suas 
atividades. 
”A QVT responde a duas necessidades: dos trabalhadores, que reivindicam 
bem-estar e satisfação no trabalho, e das organizações, que precisam 
potencializar a produtividade e a qualidade.” (CHIAVENATO, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Para Wachowicz (2007), a QVT é uma forma de pensar a respeito das pessoas, 
do trabalho e da organização, tendo em vista o impacto do trabalho sobre os 
indivíduos e a eficácia organizacional. Para a autora, a QVT é uma compreensão 
abrangente e comprometida das condições de vida no trabalho, que inclui: 
 Aspectos de bem-estar; 
 Garantia de saúde e segurança física, mental e social; 
 Capacitação para realizar tarefas com segurança; 
 Bom uso da energia pessoal. 
O conceito de QVT implica em profundo respeito pelas pessoas. Para atingir 
níveis elevados de qualidade e produtividade, as organizações precisam de 
pessoas motivadas, que participem ativamente nos trabalhos que executam e 
que sejam recompensadas adequadamente pelas suas contribuições. 
 
O quadro a seguir mostra os prejuízos que pode ter um trabalhador pela 
ausência de QVT e os benefícios gerados pela prática da QVT: 
 
Ausência de QVT 
- Falta de disposição para o trabalho 
- Sofrimento e depressão 
- Relacionamento interpessoal comprometido 
- Redução da performance no trabalho 
- Adoecimento físico, mental e emocional 
- Aumento de absenteísmo, rotatividade e acidentes 
- Elevada imposição de normas 
- Conflito de valores 
Componentes da QVT 
- Satisfação com o trabalho executado 
- Possibilidade de futuro na organização 
- Relacionamento dentro da equipe e da organização 
- Reconhecimento pelos resultados 
Ambiente psicológico e físico de trabalho: 
- Participação ativa na organização 
- Liberdade na tomada de decisões 
 
 
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- Benefícios auferidos 
- Salários 
- Liberdade 
 
Modelos de QVT 
Entre os principais indicadores de QVT, podemos encontrar os modelos de 
Nedler e Lawer, o modelo de Hackman e Oldhan e o modelo de Walton. 
Vejamos a seguir os principais componentes dos modelos de QVT e seus 
autores... 
 
Modelo de Nadler e Lawler 
 Participação nas decisões 
 Reestruturação do trabalho 
 Recompensas 
 Ambiente de trabalho 
 
Modelo de Hackman e Oldhan 
 Variedade de habilidades 
 Identidade da tarefa 
 Significado da tarefa 
 Autonomia 
 Retroação do próprio trabalho 
 Retroação extrínseca 
 Inter-relacionamento 
 
Modelo de Walton 
 Compensação justa e adequada 
 Condições de segurança e saúde 
 Utilização e desenvolvimento de capacidades 
 Oportunidade de crescimento contínuo e segurança 
 Integração social 
 Constitucionalismo 
 Trabalho e espaço total de vida 
 Relevância social da vida no trabalho 
 
 
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Para ampliar seus conhecimentos sobre a necessidade da QVT e os perigos 
latentes, não só para os trabalhadores, mas também para as organizações, com 
o desconhecimento ou ausência dela, leia os ”Modelos de QVT” propostos nas 
páginas 196 a 200 da obra a seguir: 
Leitura Obrigatória 
WALGER, Carolina. VIAPIANA, Larissa. BARBOZA, Mariana. Motivação e 
satisfação no trabalho: em busca do bem-estar de indivíduos e organizações. 
Curitiba: Intersaberes, 2014. 
 
Assista ao vídeo “Qualidade de vida no trabalho”: 
https://www.youtube.com/watch?v=qoxW13XryFM 
 
Sobre este tema de estudos, assista, no material on-line, também ao vídeo da 
professora Carolina. 
 
 
MOTIVAÇÃO NO TRABALHO 
O homem se realiza naquilo que faz, 
e aquilo que faz realiza-o! 
 
Você, como está encarando o trabalho? Como castigo, como obrigação, como 
meio de vida, como condição para ser gente, como forma de ser cidadão do 
mundo e agente da história? 
Entender o trabalho como fonte de humanização e de realização pessoal é um 
dos objetivos deste tema. Sem trabalho não há cidadania. 
Trabalho? Para quê? Por quê? Fazemos essas perguntas visando entender a 
necessidade do trabalho nas nossasvidas, ao mesmo tempo que queremos 
identificar o significado dele no nosso dia a dia. O trabalho sempre ocupou um 
lugar importante na vida das pessoas. É através dele que nos realizamos ou não. 
 
 
 
 
 
22 
 
A relação que se pode fazer entre trabalho e existência capitaliza a constante 
necessidade do homem de transformar a natureza. É pelo trabalho que 
evoluímos, mesmo que em alguns momentos fosse limitado pelas condições 
socialmente estabelecidas. 
Por estes motivos, é primordial que a pessoa esteja motivada para realizar seu 
trabalho, e essa motivação se manifesta pela orientação do funcionário para 
realizar com agilidade e rigor as suas tarefas e continuar na sua execução até 
conseguir o resultado previsto ou esperado. 
 
São três os componentes na motivação: 
1. Intensidade (esforço despendido) 
2. Direção (qualidade do esforço) 
3. Persistência (tempo do esforço) 
 
Entende-se, desta forma, que a motivação é o processo de esforco para atingir 
um objetivo. Mas de nada adianta a intensidade do esforço se não for 
direcionado corretamente. A qualidade do esforço se vê comprometida quando 
a direção não é a correta, ou não é identificada a direção para atingir um objetivo, 
resolver um problema ou tomar uma decisão. 
A capacidade de persistência é outro dos fatores importantes da motivação. São 
os obstáculos, as decisões equivocadas e os erros na produção que, em algum 
momento da vida do trabalhador, podem interferir na motivação dos 
trabalhadores. 
A motivação do indivíduo é dele exclusivamente ou pode ser despertada por 
outras pessoas? 
Acompanhe o quadro das Teorias endógenas e exógenas. Perceba a relação 
que existe entre elas. Você acha que elas se complementam? 
 
Teorias Endógenas 
1. Arousal/Atividade/Energia 
Pressuposto fundamental: processos internos (estados fisiológicos e afetivos) 
mediatizam o impacto das condições de trabalho sobre o desempenho. 
 
 
 
 
23 
 
2. Expectativas-valência 
Pressuposto fundamental: as pessoas são motivadas a trabalhar quando 
acreditam que serão capazes de obter e realizar o que elas esperam do trabalho. 
 
3. Equidade 
Pressuposto fundamental: as pessoas são motivadas pelas necessidades de 
receber tratamento equitativo. 
 
4. Atitude 
Pressuposto fundamental: indivíduos com atitudes favoráveis ao seu trabalho e 
à sua organização serão mais motivadas na execução das suas tarefas. 
 
5. Intenção/Metas 
Pressuposto fundamental: o desempenho individual é determinado pelas metas 
das pessoas. 
 
6. Atribuição e Autoestima 
Pressuposto fundamental: a motivação é maior quando as causas do 
desempenho são percebidas como sendo estáveis e internas e a autoestima do 
indivíduo é elevada. 
 
 
Teorias Exógenas 
1. Motivos/Necessidades 
Pressuposto fundamental: as pessoas possuem tendências inatas ou adquiridas 
a buscar certos estímulos e evitar outros. 
 
2. Incentivos/Recompensas 
Pressuposto fundamental: características da situação do trabalho levam o 
trabalhador a associar determinadas formas de comportamento com a 
recompensa. 
 
 
 
 
 
24 
 
 
3. Reforço 
Pressuposto fundamental: as pessoas são motivadas a trabalhar bem quando o 
bom desempenho é seguido de consequências positivas. 
 
4. Metas/Objetivos 
Pressuposto fundamental: as pessoas apresentam melhor desempenho quando 
as metas desafiadoras, específicas e atraentes. 
 
5. Recursos pessoais e materiais 
Pressuposto fundamental: condições de trabalho que facilitam a obtenção das 
metas são fonte de motivação. 
 
6. Grupo e fatores sociais 
Pressuposto fundamental: as pessoas apresentam melhor desempenho quando 
a organização e os colegas facilitam a execução do trabalho e reconhecem o 
bom desempenho. 
 
7. Sistema sociotécnico 
Pressuposto fundamental: a motivação aumenta quando, no sistema de trabalho, 
existe harmonia nas condições de funcionamento pessoal, social e técnico. 
 
Que contribuição as teorias endógenas oferecem à elaboração 
de ações motivadoras dentro da empresa? 
Segundo Katzel e Thompson (1990), elas explicam a dinâmica da motivação, 
mas são as teorias exógenas que sugerem ações que podem ser feitas para 
mudar a motivação no trabalho. 
Na prática, as teorias endógenas, que lidam com as motivações dos 
funcionários, ficam no nível teórico, e são as teorias exógenas que fornecem os 
elementos de base para definir os programas de motivação para o trabalho, pois 
estas lidam com as características do trabalho, que podem ser modificadas por 
agentes externos, tais como oportunidades de promoção, condições de trabalho 
ou enriquecimento da tarefa. 
 
 
 
25 
 
Apesar da eficiência dos motivadores deduzidos a partir de diversas teorias 
exógenas, pode acontecer que, em uma situação determinada, eles não 
respondam às expectativas e às metas dos trabalhadores de uma organização. 
 
Pense em você e na empresa na qual você trabalha ou em alguma em que 
já tenha trabalhado... quais eram os fatores endógenos que geravam 
motivação e quais eram os fatores exógenos que favoreciam a 
motivação? 
 
Insatisfação no trabalho 
É importante identificar as causas de insatisfação no trabalho. O esquema a 
seguir mostra diferentes aspectos que incentivam por diversas causas o “não se 
sentir satisfeito” com o trabalho que está desempenhando ou por 
descontentamento pelo salário. Também são causas de insatisfação: 
 Conflitos; 
 Um líder em dissonância com a equipe; 
 Um ambiente de trabalho com riscos de acidentes pela falta de segurança; 
 Uma cultura organizacional onde as pessoas não são reconhecidas. 
 
 
 
 
26 
 
 
Ser infeliz no emprego é mais comum do que parece, especialmente se o 
mercado está aquecido e novas oportunidades costumam bater à porta. Mas, 
nem sempre, a pessoa insatisfeita vai dar ouvidos à tentação da mudança, seja 
por causa de um salário difícil de ser equiparado, um benefício oferecido pela 
empresa ou pela visibilidade do cargo ocupado em grandes multinacionais, por 
exemplo, são fatores que costuma “amarrar” a pessoa ao emprego, mesmo 
estando desmotivado. 
Nesse caso, se a decisão é permanecer, como fazer para que 
o fardo não seja tão pesado? 
Um caminho possível é a automotivação. A estratégia consiste em desenvolver 
um olhar mais criativo sobre o ambiente de trabalho, pois quando estamos 
desmotivados tendemos a olhar para o próprio umbigo. É preciso buscar 
oportunidades ao redor. 
Comece refletindo que nem tudo é ruim... identificar exatamente o que provoca 
a sua insatisfação pode ser o ponto de partida para adotar medidas pontuais 
para combatê-la. 
A seguir, veja cinco dicas para lidar com a insatisfação no trabalho. 
1. Converse com colegas e desenvolva novas formas de realizar tarefas e 
atingir os objetivos da organização; se entraves burocráticos do dia a dia 
atrapalham não só o seu desempenho, mas também o de outros 
profissionais, apresente um projeto para a modernização do sistema que 
beneficie toda a equipe. 
2. Não generalize a insatisfação; busque pontualmente o que o desagrada 
e defina estratégias específicas para lidar com cada aspecto negativo. Se 
for uma determinada tarefa, por exemplo, considere a possibilidade de 
delegá-la. 
3. Se o seu superior imediato é o problema, abra o jogo para ele ou para 
instâncias que estejam acima do seu chefe. A própria empresa pode 
cogitar que você seja direcionado para outro departamento ou informar 
que ele está para ser transferido. 
4. Lembra do sonho de exercer uma atividade que requeira uma atitude 
criativa mais acentuada? Talvezseja o momento de correr atrás dessa 
 
 
27 
oportunidade, e ela pode estar algumas salas ou mesas ao lado. Não 
feche os olhos para novos desafios em seu emprego atual. 
5. Se a situação ficar insustentável e você decidir que sairá da empresa, 
tome essa atitude antes que seu desempenho despenque a um nível 
assombroso e sua imagem profissional fique desgastada. Ela é o seu 
maior patrimônio. 
 
Pese o custo da sua decisão, e saiba até que ponto vale a pena sacrificar 
o prazer e a realização no trabalho em nome de vantagens externas. 
 
 
Leitura obrigatória 
Leia as páginas 148 a 162, sobre Causas situacionais da satisfação no trabalho: 
WALGER, Carolina. VIAPIANA, Larissa. BARBOZA, Mariana. Motivação e 
satisfação no trabalho: em busca do bem-estar de indivíduos e organizações. 
Curitiba: Intersaberes, 2014. 
 
Saiba Mais 
Assista ao vídeo “Motivação no trabalho: os 3 principais motivos da infelicidade 
no trabalho”: https://www.youtube.com/watch?v=BXCmjWvmXTI 
 
Agora assista ao vídeo da professora Carolina no material on-line! 
 
 
PROCESSOS PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO 
Há evidências muito difundidas, e que você conhece graças aos meios de 
comunicação, de que o estresse e os transtornos de ansiedade têm crescido nos 
últimos tempos, o que diminui a saúde e o bem-estar das pessoas. Muitos, por 
desespero, buscam as drogas e o álcool para ajudar a suportar as pressões. 
Genericamente, pode-se dizer que todas as situações citadas anteriormente, 
assim como as injustiças sociais e a degradação do ambiente, são 
consequências psicossociais da evolução político-econômica-social e 
tecnológica, tão incisivas em este momento. 
 
 
 
 
28 
 
 
Analise o mapa mental a seguir. Nele você terá uma visão rápida do todo: 
processos psicossocias, organização e interação humana, como pilares 
importantes na saúde e na produtividade empresarial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: adaptado de Zanelli, Silva e Tolfo (2011). 
 
De acordo com Zanelli, Silva e Tolfo (2011), uma possível definição da expressão 
“processo psicossocial” nos levaria às interações e às variáveis psicológicas e 
sociais do indivíduo. Estas variáveis podem ser recebidas de forma positiva ou 
negativa, afetando todos os membros, e se evidenciam quando se manifestam 
verbalmente, expressando temores, valores, atitudes e ações. 
Estes aspectos são um incentivo a ser geradores de mudança para obter o 
controle de suas vidas e ter consciência das razões, causas e consequências do 
que se deseja fazer. 
 
 
29 
 
Felizmente, cada vez mais, as empresas têm levado em consideração a 
importância dos processos psicológicos, que acontecem a nível dos 
trabalhadores que conformam a organização, assim como dos processos 
psicossociais, que se originam nos grupos de trabalho. 
Estes aspectos são tão importantes como os aspectos financeiros da 
organização, e surgem entre as pessoas e os grupos que trabalham na 
organização, sendo o resultado direto do entorno, da estratégia e o desenho da 
organização (ZANELLI, SILVA E TOLFO, 2011). Saiba mais sobre estes 
elementos agora: 
 
 Entorno 
Dentro de um nível macro, encontra-se o entorno. Entende-se que uma 
organização forma parte de um contexto socioeconômico e cultural multifacético 
com o qual relaciona-se. A organização é influenciada e influencia na 
conformação da realidade. 
 Estratégia 
Num segundo nível, encontramos a estratégia, ou seja, a resposta que uma 
organização deve dar ao entorno no qual se desenvolve, em termos de 
fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças. Para enfrentar essas 
demandas é necessário saber com quais recursos se conta para fazer-lhes 
frente. 
 Desenho da organização 
Em terceiro lugar, é necessário ter em conta o desenho da organização, em 
termos de tecnologia, estrutura organizacional e sistemas de organização, 
trabalho, gestão e desenvolvimento do Recurso Humano. 
 
A análise destes fenômenos envolve características que superam os níveis 
pessoal, grupal, organizacional e macrossocietário. Existe, então, uma intrincada 
combinação, em amplo sentido, das variáveis pessoais e sociais, em relação a 
promoção e otimização dos recursos vinculados à melhoria das tarefas, do 
ambiente social, estilos de liderança, aspectos ergonômicos, prevenção de 
acidentes, qualidade de vida, e com a cultura e dimensões gerais da organização 
(políticas, estratégias e tecnologia, entre outras). 
 
 
 
30 
 
 
De acordo com as fontes do International Labour Office (1984), os aspectos 
psicossociais nas organizações dizem respeito às interações que ocorrem no 
ambiente de trabalho, ao conteúdo do trabalho, ao suporte organizacional, às 
competências do funcionário, às necessidades, à cultura e valores, à relação 
entre o trabalho e outros aspectos da vida pessoal, como a família. 
 
Por conseguinte, os aspectos psicossociais podem influenciar a saúde, o 
desempenho e a satisfação no trabalho. Podemos deduzir que existe uma íntima 
relação entre os indicadores de QVT de Walton (estudados no tema 3 desta 
aula), e os aspectos psicossociais relacionados ao trabalho. 
 
 
Fatores psicossociais geradores de estresse 
Podem estar presentes no ambiente do trabalho e envolvem aspectos de 
organização, administração e sistemas de trabalho e qualidade das relações 
humanas. Por isso, o clima organizacional de uma empresa vincula-se não 
somente a sua estrutura e às condições de vida da coletividade do trabalho, mas 
também a seu contexto histórico, com seu conjunto de problemas demográficos, 
econômicos e sociais. 
Assim, o crescimento econômico da empresa, o progresso técnico, o aumento 
da produtividade e a estabilidade da organização dependem também dos meios 
de produção, das condições de trabalho, dos estilos de vida, do nível de saúde 
e bem-estar de seus trabalhadores. 
Na atualidade, produzem-se aceleradas mudanças tecnológicas nas formas de 
produção, as quais, consequentemente, afetam os trabalhadores em suas 
rotinas de trabalho, modificando seu entorno laboral e aumentando o 
aparecimento ou o desenvolvimento de enfermidades crônicas pelo estresse. 
Vejamos, então, com o surgimento dessas doenças, que tipo de riscos 
psicossociais sofrem os trabalhadores: 
 
 
31 
 
 
As mudanças significativas que ocorreram no mundo laboral, nas últimas 
décadas, resultaram em riscos emergentes no campo da segurança e saúde no 
trabalho e levaram – além de riscos físicos, químicos e biológicos – ao 
surgimento de riscos psicossociais. De fato, a insegurança no emprego, a 
necessidade de ter vários empregos e a intensificação do trabalho podem gerar 
estresse profissional e colocar em risco a saúde dos trabalhadores. 
Os riscos psicossociais englobam as características das condições de trabalho 
e, sobretudo, da sua organização, que afetam a saúde das pessoas através de 
mecanismos psicológicos e fisiológicos. Manifestam-se através de problemas 
como o absentismo, a rotação de pessoal, o estresse ou os defeitos de qualidade 
que, em conjunto, representam importantes custos tanto em termos de saúde 
para as pessoas como económicos para a empresa. 
 
Quando ocorre desequilíbrio entre as interações a seguir, aparece o risco de 
origem psicossocial: 
 
 
 
 
32 
 
 
Riscos psicossociais relacionados com a tarefa: 
 
 Conteúdo e significado do trabalho 
O trabalhador sente que a tarefa desenvolvida não é útil para a sociedade em 
geral nem lhe oferece a possibilidade de aplicar e desenvolver os seus 
conhecimentos e capacidades. Carga de trabalho 
As exigências do trabalho superam a capacidade do sujeito para responder às 
mesmas (sobrecarga) ou, pelo contrário, a realização das tarefas apresenta 
poucas exigências ao trabalhador (infracarga). 
 
 Autonomia 
A falta de autonomia (ex.: impossibilidade de controlar a duração e distribuição 
das pausas, impossibilidade de influir na ordem das tarefas, etc.) traz menor 
envolvimento do trabalhador na organização, afetando a sua motivação, gerando 
insatisfação e reduzindo o seu rendimento no trabalho. 
 
 Grau de automatização 
Na maioria dos processos automatizados, a organização e o ritmo de trabalho 
dependem do equipamento, limitando a tarefa do trabalhador a uma série de 
operações rotineiras e repetitivas. Pode ocorrer igualmente um empobrecimento 
das relações pessoais e das possibilidades de comunicação com outros 
trabalhadores, aparecendo o risco de isolamento. 
 
 
 
33 
 
Riscos psicossociais relacionados com a organização do tempo: 
 
 Duração e distribuição do horário de trabalho 
Impossibilidade de recuperação física e mental do organismo humano, 
decorrente da realização de um horário de trabalho contínuo e excessivo 
(superior a 8 horas diárias). 
 
 Horário por turnos 
As mudanças de horário provocam uma série de consequências relacionadas 
com a redução da atividade mental e da capacidade de atenção/reação, e com 
o equilíbrio nervoso e a fadiga, juntamente com alterações do sono, 
repercutindo-se a nível familiar e social. 
 
 Descansos e pausas 
A distribuição das pausas está relacionada com o tipo de horário, a possibilidade 
de flexibilidade do mesmo e, sobretudo, com o tipo de tarefa realizada. Na 
organização do período de trabalho, deve-se promover a realização de intervalos 
para descanso, de duração não inferior a uma hora nem superior a duas, de 
modo que o trabalhador não preste mais de cinco horas de trabalho consecutivo. 
 
 
Riscos psicossociais relacionados com a estrutura: 
 
 Definição da tarefa 
A incerteza/ambiguidade/indefinição do modo de realização das tarefas 
associadas a determinado posto de trabalho pode colocar o trabalhador em 
situações contraditórias ou de indecisão e geradoras de estresse. 
 
 Estrutura da hierarquia 
Conhecer a estrutura da empresa e o lugar que cada um ocupa na mesma é 
importante para o desenvolvimento, tanto dos trabalhadores como da própria 
empresa. 
 
 
34 
 Canais de informação e comunicação
A informação que o trabalhador precisa conhecer, tanto para desempenhar 
adequadamente a sua função como para trabalhar sem riscos para a sua 
segurança e saúde, deve ser transmitido de forma clara e simples e deve chegar 
a todo o pessoal. 
 Relações entre departamentos e trabalhadores
As boas relações entre os diferentes departamentos da empresa e entre os 
próprios funcionários contribuem para a melhoria do ambiente de trabalho e da 
produtividade. 
 Desenvolvimento profissional
A falta de possibilidades de promoção pode provocar a perda de interesse por 
tudo aquilo não relacionado com a rotina diária e, por outro lado, uma formação 
inadequada para o desempenho dos trabalhos constituem fontes de estresse. 
 Sistema de recompensas ou compensações
A interação entre um esforço elevado e um baixo nível de recompensas 
(instabilidade profissional, falta de perspectivas de promoção, falta de respeito e 
reconhecimento, etc.), a longo prazo, representa a situação de maior risco para 
a saúde. 
É importante monitorar e melhorar constantemente os ambientes de 
trabalho no nível psicossocial, a fim de criar empregos de qualidade e 
assegurar o bem-estar dos trabalhadores, o que contribui para a 
prevenção de riscos psicossociais. 
Leitura Obrigatória 
Acesso a Biblioteca Virtual, pelo ÚNICO, e leia as páginas 118 a 122, 
sobre Trabalho, qualidade de vida e promoção de saúde: 
ZANELLI, José Carlos. Interação humana e gestão: a construção psicossocial 
das organizações de trabalho. São Paulo: Casa do psicólogo, 2008. 
 
 
35 
 
 
Saiba Mais 
Assista ao vídeo “Gestão do estresse e dos riscos psicossociais no trabalho”: 
https://www.youtube.com/watch?v=bMIwfXgBImk 
Assista esta reportagem sobre a influência de fatores psicossociais no trabalho: 
http://g1.globo.com/ma/maranhao/bom-dia-mirante/videos/t/edicoes/v/palestra-
fala-sobre-influencia-de-fatores-psicossociais-no-trabalho/3580255/ 
 Não esqueça do vídeo da professora Carolina, que fala sobre esse tema! Está 
lá no material on-line! 
 
 
TROCANDO IDEIAS 
É importante saber usar as informações e os conhecimentos obtidos através do 
desenvolvimento dos temas estudados e aplicá-los em situações concretas. Por 
isso, no Fórum, responda a seguinte questão, explicando claramente sua 
posição: 
A satisfação no trabalho e o aumento da produtividade relacionam-se 
diretamente com a minimização das condições insalubres e perigosas nos 
processos do trabalho? 
Através dos temas estudados, você pensa que tem perfil para ser um gestor de 
RH? 
Como analisa as principais atitudes que as pessoas que trabalham em grupo 
manifestam dentro de um contexto de trabalho? 
É possível modificar as atitudes no ambiente profissional? 
 
 
NA PRÁTICA 
Baterias Máxima 
Gabriela Passos herdou de seu pai a Baterias Máxima, fabricante de baterias 
para carros e pilhas de pequeno porte. Como presidente da organização, 
Gabriela procurou conhecer mais profundamente os negócios e o esquema de 
produção da empresa. 
 
 
 
36 
 
 
Os relatos de gerentes e funcionários a deixaram preocupada com as condições 
internas de trabalho, consideradas insalubres e perigosas, fruto de trabalho 
direto com produtos químicos – ácidos e chumbo, que geram como 
consequências: 
 Riscos de acidentes de gravíssimos; 
 Doenças profissionais irrecuperáveis; 
 Reclamações trabalhistas por periculosidade; 
 Ações criminais por doenças e acidentes graves. 
 
Além disso, o custo das indenizações era extremamente alto e implicava grandes 
perdas para a organização. Por outro lado, eram vidas humanas que estavam 
em jogo naqueles processos judiciais. Gabriela pediu ajuda para o Gestor de RH. 
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos 
humanos nas organizações. 3 ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2010 (Adaptado). 
 
 
Como você procederia no lugar da Gabriela? 
 
 
 
Resolução do Caso 
 
Você, como gestor, é o responsável pelas soluções aos problemas 
organizacionais. Então, é importante: 
 
 Analisar a situação da empresa com relação às condições de trabalho 
perigosas e insalubres; 
 Identificar as condições de risco que devem ser eliminadas; 
 Propor ações pontuais e procedimentos para melhorar e reduzir a 
possibilidade de acidentes, minimizando as condições perigosas e 
incentivando o uso de equipamentos de proteção individual; 
 
 
 
 
37 
 
 
Desenvolver um processo para a criação de uma equipe de Segurança no 
Trabalho (CIPA). 
 
Não esqueça de colocar: 
INPUT 
Informações que entram 
PROCESSO 
Dinâmica do mesmo 
OUTPUT 
Informações, ações que saem 
 
Para tanto, você vai precisar recorrer aos seguintes assuntos estudados: 
 Conceitos de H&S 
 Tipos de risco 
 Acidentes 
 Causas dos acidentes 
 Classificação dos acidentes 
 Diferentes ambientes de trabalho 
 Qualidade de Vida no Trabalho 
 Satisfação e processos psicossociais. 
 
As possíveis ações que você, como gestor de RH, pode propor são: 
 Contratar médicos do trabalho, para verificar o estado de saúde dos 
funcionários; 
Localizar as principais áreas de risco dentro a empresa e minimizar as 
condições perigosas, incentivando o uso de EPIs; além de reformar as 
instalações internas da empresa para reduzir os perigos; 
 Reduzir o impacto dos ácidos utilizados na elaboração dos produtos, 
adquirindo e usando adequadamente equipamentos de trabalho, 
reduzindo, com isso, o impacto ambiental, por meio da reutilização dos 
detritos dentro de um programa de Responsabilidade Social; 
 Organizar uma equipe de Segurança do trabalho (CIPA) para reduzir os 
acidentes de trabalho. 
 
 
38 
 
 Criar um fundo de ajuda para os funcionários que adquiriram doenças 
graves durante a prática do seu trabalho. 
 
 
Veja no vídeo que está no material on-line os comentários da professora 
Carolina sobre este estudo de caso prático. 
 
 
SÍNTESE 
Estudamos nesta aula temas importantes na formação de um gestor. A 
modernidade organizacional trouxe à tona uma série de indagações que estão 
sendo assumidas pelos novos gestores. 
 
Foram apresentados aspectos importantes para que os trabalhadores possam 
desempenhar suas funções, dentro de um ambiente seguro, tanto físico como 
psicológico. 
 
As reflexões e considerações conceituais feitas ao longo do desenvolvimento 
dos temas de estudo destacam a importância do trabalho para que se possa 
entender a grande variedade de fatores envolvidos, para que seja produtivo e 
realizador. 
 
É prioritário saber e entender que o bom desempenho do trabalhador está 
permeado por um conjunto de condições materiais, sociais, psicológicas e 
culturais. 
 
Os assuntos que estudamos explicitam, principalmente, as ações que devem ser 
assumidas no âmbito organizacional, através de seus gestores, para que o 
funcionário resgate seu papel de cidadão responsável e inteligente, frente a 
responsabilidade do trabalho. 
 
Só desta forma surgirá um homem consciente de suas potencialidades, 
transformador através de suas competências e habilidades dos processos e dos 
resultados, como fruto de seu desempenho profissional. 
 
 
39 
 
 
Espera-se que você, como gestor, obtenha, através da assimilação dos 
conteúdos, uma certa autonomia intelectual para fazer as análises, sínteses e 
aplicações pertinentes. 
 
É importante perceber que os conceitos de segurança e higiene do trabalho 
estão intimamente relacionados, e que é necessário entendê-los, hoje, 
conhecendo e valorizando os avanços obtidos através da história. 
 
A prevenção de acidentes está em consonância com as instalações físicas da 
empresa, os equipamentos usados e também com o clima organizacional, que é 
importante para evitar acidentes pelo comprometimento psicológico e/ou 
relacional dos trabalhadores. 
 
Na prática, você quem tem que analisar e tomar decisões encima dos 
conhecimentos adquiridos. Lembra-se do levantamento de riscos possíveis na 
sua empresa? 
 
 
Agora assista os comentários finais da professora Carolina, lá no material 
on-line! 
 
 
Até a próxima aula! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
REFERÊNCIAS 
CARVALHO, L. M. Educação corporativa e desempenho estratégico. Revista de 
Administração FACES Journal, v. 13, n. 3, p. 66-85, 2014. 
 
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas 
organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
 
FREIRE, D. A. L. Treinamento e Desenvolvimento em Recursos Humanos: 
encenando e efetivando resultados. Curitiba: Intersaberes, 2014. 
 
KNAPIK, J. Gestão de Pessoas e Talentos. Curitiba: Intersaberes, 2011. 
 
LEITE, N. R. P.; ALBUQUERQUE, L. G. A estratégia de gestão de pessoas como 
ferramenta do desenvolvimento organizacional. Revista Ibero-Americana de 
Estratégia, v. 9, n. 1, p. 32-55, 2010. 
 
MARRAS, J.P. Administração de Remuneração. São Paulo: Pearson Education 
do Brasil, 2012. 
 
MOSCARDINI, T.; KLEIN, A. Z. Estratégias de educação corporativa e suas 
relações com os diferentes níveis de aprendizagem organizacional. Revista de 
Administração da UFSM, v. 8, n. 1, p. 89-102, 2015. 
 
ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2005.

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